Transformando um Squier em Fretless
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Transformando um Squier em Fretless
Prezados,
Venho por meio desde post compartilhar com vocês minha mais recente experiência. Transformei um Squier em Fretless. Depois de intensas negociações com meu filho, peguei o Squier dele e fiz a transformação. A negociação foi complicada, tive que dar em troca um dos meus baixos feito pelo Cássio, e traçar um plano de aulas pra ensinar a ele a tocar no acústico... tudo bem, topei, e o resultado final mostrou que valeu muito a pena, ficou ótimo!
Vou postar os textos com o link para as fotos de todos os passos que fiz. Espero que esse tutorial sirva de inspiração pra alguém que também queira tentar a transformação e ainda não teve coragem de arriscar! Vamos lá....
====================================
Foto 01: O baixo original
Nesta foto vemos o baixo original, ainda com as cordas normais e com os trastes.
Foto 02: Retirando os trastes
Na retirada dos trastes, utilizei apenas uma faca olfa e uma chave de fenda daquelas bem pequenas. Essa operação foi mais fácil do que eu imaginava, somente 4 trates deram trabalho pra sair (repare na foto que são os 4 trastes que estão tortos), todos os outros sairam retos, com facilidade e somente com a ação da faca olfa. Não foi necessário usar ferro de solda pra amolecer a cola. O macete é entrar com a faca olfa em diagonal no limite entre o traste e a escala, e vir puxando a faca pra cima bem devagar pra não detonar a escala.
No final, descobri a grande e verdadeira utilidade de uma faca olfa: Retirar trastes. É bem verdade que no fim do processo, minha faca olfa parecia mais uma faca de churrasco, cheia de dentes!
Como diz o pessoal lá da escola de música erudita: "Se traste fosse bom, não tinha esse nome..."
Foto 03: A primeira lixa
Antes de começar a fechar as cavidades dos trastes, fiz uma primeira mão de lixa pra deixar a escala toda uniforme (usei uma lixa 180). Durante esse processo, o pó que sai da escala fechou todas as cavidades, e foi necessário usar o pincel pra retirar o pó de madeira das cavidades. Usei também a lâmina da espátula para retirar a sobra de cola que ficou nos cantinhos das cavidades.
Foto 04: Fechando as cavidades com a massa
Pra fechar as cavidades dos trastes, usei uma massa própria pra madeira feita a base de Ipê. A massa tem quase a mesma cor da escala. Existem massas em todos os tons de madeira, mas optei por uma que fosse mais próxima da cor da minha escala, minha idéia era fazer linhas bem fininhas e invisíveis mesmo que de perto.
Pra passar a massa não tem segredo. Primeiro espalhei no sentido horizontal, e sem deixar secar retirei o excesso. Depois, passei uma segunda mão de massa no sentido horizontal, e também retirei o excesso. Usei uma espátula de metal polido pra fazer esse trabalho. Essa massa rende muito, seguramente deve dar pra fazer uns 20 baixos com cada tubo desses.
Foto 05: Dando o acabamento
O meu grande erro nisso tudo, foi deixar a massa secando de um dia para o outro. A embalagem da massa dizia pra fazer a lixa após no máximo 2 horas da aplicação da massa, mas eu resolvi fazer o acabamento no dia seguinte, e até agora estou sentindo os efeitos no meu braço direito!
Usei uma lixa 180 pra retirar toda a massa do braço. Passei horas lixando e usei 2 folhas inteiras de 180 pra completar o processo (achei que toda aquela massa jamais fosse desgrudar da escala. Haja braço). Depois que consegui finalmente retirar toda a massa, usei uma lixa 220 bem fininha pra dar o acabamento, e deixar a escala com aquela sensação de superfície aveludada, parecendo novamente uma escala de contrabaixo. Pra fazer o acabamento dos cantinhos das cavidades, usei uma micro-retífica com lixa 250.
A essa altura dos acontecimentos eu já não tinha mais braço nem pra levantar um copo d'água... a micro-retífica me salvou!
Foto 06: Hidratando a escala
Percebi que minha escala estava realmente com sede... passei duas mãos de Óleo de Peroba pra hidratar a escala. Na primeira mão, a escala secou em menos de 5 minutos. Na segunda mão levou pouco mais de 15 minutos pra estar completamente seca e hidratada, com uma aparência saudável e pegada bem macia. Um Perfex novo e seco foi utilizado pra passar o óleo na escala.
Foto 07: Cordas e primeira afinação
Após todo o processo de transformação pronto, foi a vez de colocar as cordas. Usei um jogo D'Addario Chromes ECB81 Flat Wound .045/.065/.080/.100 e um afinador Boss TU-15 pra completar a tarefa.
Foto 08: O produto final e as regulagens
Depois de encerrado todo o processo de transformação do baixo em fretless, tive que fazer algumas regulagens pra que o instrumento pudesse recuperar a tocabilidade.
Antes da transformação, o baixo usava cordas .040, e agora passou a usar .045, sem contar o fato de que todas as cordas foram retiradas de uma só vez. Com isso, o baixo passou a trastejar no início do braço junto ao Nut. (é isso mesmo... um baixo fretless também trasteja)
Com uma régua de ferro sobre a escala, ficou fácil perceber que havia uma covexidade no braço. Afrouxei as cordas, girei o tensor em 1/4 no sentido anti-horário, e voltei a afinar as cordas, e pra minha surpresa parou de trastejar logo na primeira tentativa. Pronto, esse problema estava resolvido!
A segunda regulagem foi na altura das cordas. Pra mim, fretless tem que ter as cordas o mais rente possível do braço. Essa foi fácil. Com a chave Allen fui soltando os parafusos dos Saddles até as cordas chegaram na altura que eu queria, mas com muita paciência e cuidado, fazendo uma volta de cada vez, e testanto o trastejamento nas casas 1 e 12.
A terceira e úlltima regulagem foi das oitavas. Primeiro eu fiz no ouvido mesmo, pra ver se a idade não está me deixando surdo. Fiz o harmônico na casa 12 na corda (E) e em seguida fiz a nota na casa 12. As duas estavam em alturas completamente diferentes. Com uma chave Phillips fui apertando o parafuso horizontal do Saddle até que a nota da casa 12 estivesse na mesma altura do harmônico. Fiz esse mesmo processo para as outras cordas. Isso demorou muito, é um trabalho de paciência e bastante precisão.
No final, peguei o afinador Boss TU-15 e fui conferir as oitavas. Esse afinador tem uma função que diz se a oitava da corda está regulada ou não, e se estiver desregulada ele indica pra que lado o parafuso deve ser ajustado.
Com o afinador nas mãos, pude conferir que aos 41 anos minha audição ainda está em dia.
O resultado final, é que o baixo ficou com um som roncado, com um punch animal, daqueles de tremer as paredes... surpreendeu muito as minhas expectativas. Agora, meu filho tá querendo ele de volta... hahahaha, perdeu!!!
Bem... essa foi minha primeira "aventura" na tentativa de brincar de Luthier. Acabou dando certo, e serviu como experiência pra futuras empreitadas. Mas, principalmente, serviu pra dar mais valor ainda ao trabalho de um Luthier profissional, pois pude sentir o quanto é meticuloso o trabalho desses profissionais, é um trabalho que não permite erros e acima de tudo é necessário ter muita paciência. Quando um Luthier te disser que vai levar uma semana pra converter teu baixo em fretless, não fique revoltado, acredite, é no mínimo o tempo que ele necessita pra fazer um
excelente trabalho!
Quem quiser, fique a vontade pra fazer comentários, críticas, tirar dúvidas e trocar idéias sobre o assunto.
[ ]s
Cláudio
Venho por meio desde post compartilhar com vocês minha mais recente experiência. Transformei um Squier em Fretless. Depois de intensas negociações com meu filho, peguei o Squier dele e fiz a transformação. A negociação foi complicada, tive que dar em troca um dos meus baixos feito pelo Cássio, e traçar um plano de aulas pra ensinar a ele a tocar no acústico... tudo bem, topei, e o resultado final mostrou que valeu muito a pena, ficou ótimo!
Vou postar os textos com o link para as fotos de todos os passos que fiz. Espero que esse tutorial sirva de inspiração pra alguém que também queira tentar a transformação e ainda não teve coragem de arriscar! Vamos lá....
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Foto 01: O baixo original
Nesta foto vemos o baixo original, ainda com as cordas normais e com os trastes.
Foto 02: Retirando os trastes
Na retirada dos trastes, utilizei apenas uma faca olfa e uma chave de fenda daquelas bem pequenas. Essa operação foi mais fácil do que eu imaginava, somente 4 trates deram trabalho pra sair (repare na foto que são os 4 trastes que estão tortos), todos os outros sairam retos, com facilidade e somente com a ação da faca olfa. Não foi necessário usar ferro de solda pra amolecer a cola. O macete é entrar com a faca olfa em diagonal no limite entre o traste e a escala, e vir puxando a faca pra cima bem devagar pra não detonar a escala.
No final, descobri a grande e verdadeira utilidade de uma faca olfa: Retirar trastes. É bem verdade que no fim do processo, minha faca olfa parecia mais uma faca de churrasco, cheia de dentes!
Como diz o pessoal lá da escola de música erudita: "Se traste fosse bom, não tinha esse nome..."
Foto 03: A primeira lixa
Antes de começar a fechar as cavidades dos trastes, fiz uma primeira mão de lixa pra deixar a escala toda uniforme (usei uma lixa 180). Durante esse processo, o pó que sai da escala fechou todas as cavidades, e foi necessário usar o pincel pra retirar o pó de madeira das cavidades. Usei também a lâmina da espátula para retirar a sobra de cola que ficou nos cantinhos das cavidades.
Foto 04: Fechando as cavidades com a massa
Pra fechar as cavidades dos trastes, usei uma massa própria pra madeira feita a base de Ipê. A massa tem quase a mesma cor da escala. Existem massas em todos os tons de madeira, mas optei por uma que fosse mais próxima da cor da minha escala, minha idéia era fazer linhas bem fininhas e invisíveis mesmo que de perto.
Pra passar a massa não tem segredo. Primeiro espalhei no sentido horizontal, e sem deixar secar retirei o excesso. Depois, passei uma segunda mão de massa no sentido horizontal, e também retirei o excesso. Usei uma espátula de metal polido pra fazer esse trabalho. Essa massa rende muito, seguramente deve dar pra fazer uns 20 baixos com cada tubo desses.
Foto 05: Dando o acabamento
O meu grande erro nisso tudo, foi deixar a massa secando de um dia para o outro. A embalagem da massa dizia pra fazer a lixa após no máximo 2 horas da aplicação da massa, mas eu resolvi fazer o acabamento no dia seguinte, e até agora estou sentindo os efeitos no meu braço direito!
Usei uma lixa 180 pra retirar toda a massa do braço. Passei horas lixando e usei 2 folhas inteiras de 180 pra completar o processo (achei que toda aquela massa jamais fosse desgrudar da escala. Haja braço). Depois que consegui finalmente retirar toda a massa, usei uma lixa 220 bem fininha pra dar o acabamento, e deixar a escala com aquela sensação de superfície aveludada, parecendo novamente uma escala de contrabaixo. Pra fazer o acabamento dos cantinhos das cavidades, usei uma micro-retífica com lixa 250.
A essa altura dos acontecimentos eu já não tinha mais braço nem pra levantar um copo d'água... a micro-retífica me salvou!
Foto 06: Hidratando a escala
Percebi que minha escala estava realmente com sede... passei duas mãos de Óleo de Peroba pra hidratar a escala. Na primeira mão, a escala secou em menos de 5 minutos. Na segunda mão levou pouco mais de 15 minutos pra estar completamente seca e hidratada, com uma aparência saudável e pegada bem macia. Um Perfex novo e seco foi utilizado pra passar o óleo na escala.
Foto 07: Cordas e primeira afinação
Após todo o processo de transformação pronto, foi a vez de colocar as cordas. Usei um jogo D'Addario Chromes ECB81 Flat Wound .045/.065/.080/.100 e um afinador Boss TU-15 pra completar a tarefa.
Foto 08: O produto final e as regulagens
Depois de encerrado todo o processo de transformação do baixo em fretless, tive que fazer algumas regulagens pra que o instrumento pudesse recuperar a tocabilidade.
Antes da transformação, o baixo usava cordas .040, e agora passou a usar .045, sem contar o fato de que todas as cordas foram retiradas de uma só vez. Com isso, o baixo passou a trastejar no início do braço junto ao Nut. (é isso mesmo... um baixo fretless também trasteja)
Com uma régua de ferro sobre a escala, ficou fácil perceber que havia uma covexidade no braço. Afrouxei as cordas, girei o tensor em 1/4 no sentido anti-horário, e voltei a afinar as cordas, e pra minha surpresa parou de trastejar logo na primeira tentativa. Pronto, esse problema estava resolvido!
A segunda regulagem foi na altura das cordas. Pra mim, fretless tem que ter as cordas o mais rente possível do braço. Essa foi fácil. Com a chave Allen fui soltando os parafusos dos Saddles até as cordas chegaram na altura que eu queria, mas com muita paciência e cuidado, fazendo uma volta de cada vez, e testanto o trastejamento nas casas 1 e 12.
A terceira e úlltima regulagem foi das oitavas. Primeiro eu fiz no ouvido mesmo, pra ver se a idade não está me deixando surdo. Fiz o harmônico na casa 12 na corda (E) e em seguida fiz a nota na casa 12. As duas estavam em alturas completamente diferentes. Com uma chave Phillips fui apertando o parafuso horizontal do Saddle até que a nota da casa 12 estivesse na mesma altura do harmônico. Fiz esse mesmo processo para as outras cordas. Isso demorou muito, é um trabalho de paciência e bastante precisão.
No final, peguei o afinador Boss TU-15 e fui conferir as oitavas. Esse afinador tem uma função que diz se a oitava da corda está regulada ou não, e se estiver desregulada ele indica pra que lado o parafuso deve ser ajustado.
Com o afinador nas mãos, pude conferir que aos 41 anos minha audição ainda está em dia.
O resultado final, é que o baixo ficou com um som roncado, com um punch animal, daqueles de tremer as paredes... surpreendeu muito as minhas expectativas. Agora, meu filho tá querendo ele de volta... hahahaha, perdeu!!!
Bem... essa foi minha primeira "aventura" na tentativa de brincar de Luthier. Acabou dando certo, e serviu como experiência pra futuras empreitadas. Mas, principalmente, serviu pra dar mais valor ainda ao trabalho de um Luthier profissional, pois pude sentir o quanto é meticuloso o trabalho desses profissionais, é um trabalho que não permite erros e acima de tudo é necessário ter muita paciência. Quando um Luthier te disser que vai levar uma semana pra converter teu baixo em fretless, não fique revoltado, acredite, é no mínimo o tempo que ele necessita pra fazer um
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Cláudio
Claudio- Membro
- Mensagens : 15413
Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Transformando um Squier em Fretless
Claudio, estou tomando coragem pra tirar os trastes do meu Tagima B4, mas queria uma dica pra cor da massa.
A escala é em brazilian rosewood. coloração parecida com essa sua.
A Ipê fica boa ou tem outra que seria ideal para ficar o mais próximo da cor da escala?
A escala é em brazilian rosewood. coloração parecida com essa sua.
A Ipê fica boa ou tem outra que seria ideal para ficar o mais próximo da cor da escala?
Daniel- Membro
- Mensagens : 5329
Localização : BR
Re: Transformando um Squier em Fretless
Sim, pra escalas rosewood, a que melhor se aproxima é a Ipê mesmo... pelo menos eu não conheço outra!
____________________________
[ ]s Cláudio -- Por que Fretless? porque se Traste fosse bom não teria esse nome!
My name is Lucifer... please, take my hand (by Black Sabbath)
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Claudio- Membro
- Mensagens : 15413
Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Transformando um Squier em Fretless
Valeu. Eu acabei procurando um amigo que é marceneiro e ele vai fazer a massa na cor certinha da escala, me ajudar a lixar, etc Acho que ficará legal.
Outra coisa, eu tava vendo cordas flatwound no ebay e fiquei na dúvida.
Seria melhor pegar logo uma de 50-105 ou não? Tem umas lá de 55!!
Qual seria o efeito prático num fretless ao usar cordas com esse calibre acima de 45-100?
Outra coisa, eu tava vendo cordas flatwound no ebay e fiquei na dúvida.
Seria melhor pegar logo uma de 50-105 ou não? Tem umas lá de 55!!
Qual seria o efeito prático num fretless ao usar cordas com esse calibre acima de 45-100?
Daniel- Membro
- Mensagens : 5329
Localização : BR
Re: Transformando um Squier em Fretless
Antes de comprar a corda, certifique-se de que o seu Tagima suporta cordas .50 isso afeta a regulagem do tensor. Se você não tiver certeza, e pra que não haja problemas com regulagens, tente adotar o mesmo calibre das cordas que estão nele hoje! só o fato de você retirar todas as cordas e uma só vez, e de fazer pressão no braço pra lixar, já vai mexer com o tensor, e se você colocar uma corda de calibre maior, irá mexer mais ainda.
O meu Squier tinha cordas .40, depois da conversão adotei .45 Flat Daddario Chrome, e tive que mexer no tensor!
O meu Squier tinha cordas .40, depois da conversão adotei .45 Flat Daddario Chrome, e tive que mexer no tensor!
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Claudio- Membro
- Mensagens : 15413
Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Transformando um Squier em Fretless
O meu já está com cordas .45. Você chegou a testar ou ouvir o som dessas cordas? Acha que valeria a pena pelo peso extra ou as .45 dão pro gasto?
Daniel- Membro
- Mensagens : 5329
Localização : BR
Re: Transformando um Squier em Fretless
Não... nunca ouvi um fretless com .50 quando adotei a .45 fiz meio que na cara e na coragem mesmo, sem testes.
____________________________
[ ]s Cláudio -- Por que Fretless? porque se Traste fosse bom não teria esse nome!
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Claudio- Membro
- Mensagens : 15413
Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Transformando um Squier em Fretless
Acho que 0.50 ia ser meio 'bruto', ainda mais que seu baixo eh de 5, a sizona iria ficar praticamente impossível de tocar hehe
____________________________
http://musicainstrumentalbrasileira.wordpress.com
LuCaSbass- Membro
- Mensagens : 10830
Re: Transformando um Squier em Fretless
o meu são 4 cordas. Mas só de imaginar um cinco cordas proporcional a esse calibre eu pego logo o fio do poste aqui em frente de casa q deve ter a mesma espessura!!
Essa .50 tem a Mi em .105...já deve ser animal!!
Essa .50 tem a Mi em .105...já deve ser animal!!
Daniel- Membro
- Mensagens : 5329
Localização : BR
Re: Transformando um Squier em Fretless
A mi em 105 nao eh nada demais. Alias muitos encordoamentos .045 (diria ateh a maioria) tem a mi em 1.05, a sol em .50 tambem nao chega a assustar, mas tem q ver se o baixo aguenta, nem todos sao projetados pra isso. Mais importante q olhar a bitola da corda eh olhar a forca q ela exerce quando afinada. Isso q vai ser o fator crucial, e como sempre: Converse com seu luthier de confianca.
____________________________
Sem anistia...
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
Localização : Terra
Re: Transformando um Squier em Fretless
Cláudio, sou recém chegado ao site.
Pretendo tirar os trastes do meu Tagima B 5. Comprei cordas normais Daddario Round Wound. Será que elas vão ser abrasivas no meu braço fretless?
Devo esperar e pegar as half?
Existe meios de (pela ponte) colocar as notas afinadas no meio dos trates, para manter a digitação como se fosse um braço com trastes?
Grato amigo.
Abs Léo, a seu dispor.
Pretendo tirar os trastes do meu Tagima B 5. Comprei cordas normais Daddario Round Wound. Será que elas vão ser abrasivas no meu braço fretless?
Devo esperar e pegar as half?
Existe meios de (pela ponte) colocar as notas afinadas no meio dos trates, para manter a digitação como se fosse um braço com trastes?
Grato amigo.
Abs Léo, a seu dispor.
leopoldoclaro- Membro
- Mensagens : 1
Localização : São Paulo
Re: Transformando um Squier em Fretless
leopoldoclaro escreveu:Cláudio, sou recém chegado ao site.
Pretendo tirar os trastes do meu Tagima B 5. Comprei cordas normais Daddario Round Wound. Será que elas vão ser abrasivas no meu braço fretless?
Devo esperar e pegar as half?
Seja bem-vindo ao nosso Fórum.
Há muita polêmica em torno desse assunto. Apesar das fotos existentes que mostram escalas de fretless marcadas e desgastadas por cordas Round, ainda tem baixistas que curtem o som desse tipo de corda em fretless. Eu prefiro cordas flat sempre, inclusive em baixos com trastes.
leopoldoclaro escreveu:
Existe meios de (pela ponte) colocar as notas afinadas no meio dos trates, para manter a digitação como se fosse um braço com trastes?
Essa dúvida eu não compreendi bem... mas nada impede de você continuar com a digitação no centro das casas, mas considere a possibilidade de começar a toca em cima do local onde entes ficavam os trastes!
____________________________
[ ]s Cláudio -- Por que Fretless? porque se Traste fosse bom não teria esse nome!
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Claudio- Membro
- Mensagens : 15413
Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Transformando um Squier em Fretless
Olá Claudio Bass, bom sou novo aki, quero fazer umas perguntas:
eu tenho um baixolão Wolf 4 cordas, estou querendo fazer isso, tirar todos os trates, eu já estive pesquisando para tirar os trates com um alicete de corte, o que vc acha disso?
vc acha que, por ser um baixolão novo vai dar muito trabalho?
vc sabe aonde eu acho esta corda 45 Flat Daddario Chrome aki na net?
tem alguma tinta ou betume para deixar o braço do baixolão todo preto ?
Ah parabéns viu, boa matéria postado pra nós !!!
eu tenho um baixolão Wolf 4 cordas, estou querendo fazer isso, tirar todos os trates, eu já estive pesquisando para tirar os trates com um alicete de corte, o que vc acha disso?
vc acha que, por ser um baixolão novo vai dar muito trabalho?
vc sabe aonde eu acho esta corda 45 Flat Daddario Chrome aki na net?
tem alguma tinta ou betume para deixar o braço do baixolão todo preto ?
Ah parabéns viu, boa matéria postado pra nós !!!
Candiao Bass- Membro
- Mensagens : 7
Localização : Resende RJ
Re: Transformando um Squier em Fretless
Candiao Bass escreveu:
eu já estive pesquisando para tirar os trates com um alicete de corte, o que vc acha disso?
Eu acho que um alicate de corte pode causar algum tipo de dano a escala do instrumento. Ainda prefiro acreditar que aquecer o traste com ferro de solda e levantá-lo com uma lámina seja mais eficiente!
Candiao Bass escreveu:
vc acha que, por ser um baixolão novo vai dar muito trabalho?
Independente de ser um baixo eletroacústico ou um baixo elétrico, o trabalho será rigorasamente o mesmo!
Candiao Bass escreveu:
vc sabe aonde eu acho esta corda 45 Flat Daddario Chrome aki na net?
http://www.musicware.com.br
Candiao Bass escreveu:
tem alguma tinta ou betume para deixar o braço do baixolão todo preto ?
Não faço idéia do que seja... vamos aguardar que algum Luthier de plantão apareça para esclarecer!
Candiao Bass escreveu:
Ah parabéns viu, boa matéria postado pra nós !!!
Valeu, obrigado... e seja bem-vindo ao nosso Fórum!
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Claudio- Membro
- Mensagens : 15413
Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Transformando um Squier em Fretless
Claudio
é bem verdade questões de ressuscitar tópicos!
mais não se ressuscita o que não morre!
um post deste tem que ser comentado, favoritado, acompanhado e tudo o mais que tenha direito!
sinceramente, fiquei impressionado com a qualidade das informações e com seu carinho com os iniciantes, dando atenção e sendo cortes!
não sei como sobrevivi sem este fórum ate hoje!
muito obrigado a todos do contrabaixobr!
espero dar minha porção tão logo possa!
é bem verdade questões de ressuscitar tópicos!
mais não se ressuscita o que não morre!
um post deste tem que ser comentado, favoritado, acompanhado e tudo o mais que tenha direito!
sinceramente, fiquei impressionado com a qualidade das informações e com seu carinho com os iniciantes, dando atenção e sendo cortes!
não sei como sobrevivi sem este fórum ate hoje!
muito obrigado a todos do contrabaixobr!
espero dar minha porção tão logo possa!
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Cort GB75!
https://www.facebook.com/jocelius
Clubes: MG#068, Gospel#168, Cort#101.
Re: Transformando um Squier em Fretless
Eu estava tentando criar coragem para fazer o mesmo com um tagima que tenho parado depois desse resultado eu vou fazer.. mais ClaudioBass Grava um som do Bass e compartilha!!!
Parabéns pelo trabalho. ficou muito bom!
Parabéns pelo trabalho. ficou muito bom!
mickaelvitor- Membro
- Mensagens : 25
Localização : Monte Negro
Re: Transformando um Squier em Fretless
ClaudioBass, vc não precisou mexer na altura da pestana ("nuts")?
pequod- Membro
- Mensagens : 4
Localização : Goiania
Re: Transformando um Squier em Fretless
Eu gostaria de fazer o mesmo com um velho gianola que tenho em casa, mas não iria me contentar se não retirasse os "dots"... Como se faz isso? O problema é que em um luthier como o Gravina, isso não deve ficar barato, então não faço nunca e fico sempre optando por comprar um fretless pronto, mesmo... É que o Gianola é o que uso para estudo e ensaios. Não gosto de levar instrumento caro por aí. Aquí no RJ tão roubando até pensamento...
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
Localização : Rio de Janeiro
Re: Transformando um Squier em Fretless
Rico escreveu:Eu gostaria de fazer o mesmo com um velho gianola que tenho em casa, mas não iria me contentar se não retirasse os "dots"... Como se faz isso?
Você pode procurar uma massa que seja de cor parecida com a escala do seu baixo, ou uma clara e pigmentar até atingir a coloração desejada e também pode arriscar fazer uma escala.
Rick Charles- Membro
- Mensagens : 3919
Localização : Cel. Fabriciano - MG (Fim de mundo)
Re: Transformando um Squier em Fretless
Hum... Que tipo de massa se usa para isso????
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
Localização : Rio de Janeiro
Re: Transformando um Squier em Fretless
A massa que o Claudio usou no quarto passo.
Rick Charles- Membro
- Mensagens : 3919
Localização : Cel. Fabriciano - MG (Fim de mundo)
Re: Transformando um Squier em Fretless
Fiz o processo em um Benson JB. O braço ficou lindo e o som maravilhoso. Não tive a dificuldade com trastejamento - como narrou o Claudio -, entretanto, não sei se pelo fato da ponte estar com alguns parafusos de regulagem da altura das cordas faltando, mas as cordas ficaram um pouco altas.
rasfaelbass- Membro
- Mensagens : 2
Localização : Feira de Santana
Re: Transformando um Squier em Fretless
Trabalho muito bem feito e explicado. Vê-lo me deu vontade de tirar os trastes do meu 4 cordas... que tentação.
Estive aqui pensando, cobrir os sulcos dos trastes é meramente estético ou deixá-los abertos influencia no som do instrumento?
Estive aqui pensando, cobrir os sulcos dos trastes é meramente estético ou deixá-los abertos influencia no som do instrumento?
Vitão- Membro
- Mensagens : 82
Localização : Saturno
Re: Transformando um Squier em Fretless
^ também tenho essa dúvida!
E esse processo de remoção de trastes, rola em uma escala de marfim?
E esse processo de remoção de trastes, rola em uma escala de marfim?
ursoouindio- Membro
- Mensagens : 78
Localização : Porto Alegre
Re: Transformando um Squier em Fretless
Cláudio, parabéns!!! Pelas fotos o serviço ficou de primeira!!! Deu ate vontade de esperimentar num baixolão que tenho aqui. Onde você comprou essa massa?
marlon.santosalmeida- Membro
- Mensagens : 107
Localização : Araruama
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