Contrabaixos Romenos

Olá gostaria de saber se alguem possue alguma informação , ou ja testou os contrabaixos romenos que o Paulo Gomes esta oferecendo no seu site - http://www.paulogomes.com.br/, pois fiquei sabendo que o valor esta entre 15 á 20 mil reais, e gostaria de saber se a qualidade do instrumento vale o valor cobrado.

Obrigado pela Atenção
Matiaz

Eu não pagaria 15 mil num instrumento desses, sinceramente. Me corrijam se eu estiver errado, mas esses romenos são instrumentos de fabrica que o PG reforma e tal. Se for esse preço eu acho abusivo. Com esse valor acha-se instrumentos antigos muito interessantes. O Paulo Russo mesmo me ofereceu um baixo alemão de um amigo que mudou-se do Brasil e estava pedindo 10 ou 12 mil se não me engano. Instrumento de fábrica reformado/regulado acho que compensa os chineses mesmo. O que seria metade desse valor.

O Eliel deve cobrar uns 9 ou 10 mil pra fazer um baixo todo em madeira importada. E o trabalho dele é impecável, posso garantir.

Filipe, vou ter que descordar completamente de você! Já tive um Romeno que o paulo vende, e ele era maravilhoso, me arrependi de ter trocado ele pelo meu antigo paulo gomes. Hoje quem toca nele é um colega que estuda no Mississipi com o Marcos Machado, e o instrumento soa muito bonito. Essse mesmo garoto usou meu baixo durante um ano na Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, que é uma orquestra profissional.
O valor é justo e não tem menor comparação com um baixo chinês, visto que o baixo é todo de madeira maciça e europeia. Inclusive vários luthieres daqui fazem o mesmo trabalho com o mesmo baixo, por exemplo o Kolstein e o pesson da Upton Bass. Outra referência é o Célio Barros que acabou de comprar um baixo romenos desses para ele.
com 12 mil reais não se compra nenhum instrumento antigo legal. Baixos alemães podem ser muito ruins, e qualquer baixo desse valor alemão vai ser de fábrica com 100% de certeza.
Recomendo esse baixo para qualquer músico com ambições profissionais.

Por coincidência, ontem falei com a Edna sobre esses baixos... pelo o que ela me disse, o mínimo que dá pra fazer é na faixa de 18 mil Reais. Segundo a própria Edna "Os baixos romenos são todo maciços, das melhores madeiras dos Bálcãs, espelho em ypê e regraduado, montado e envernizado pelo Paulo. O verniz pode ser fosco".

Eu acho que pra realidade do músico brasileiro, esse valor é bem salgado, mas, pelas características e procedência, como disse o Luiz, o valor é justo (tive contato com um desses lá na Escola Livre de Música Erudita). Investir 18K num baixo desses pra fazer gig de barzinho e no final da noite levar um cachê de 200 Reais (quando chega a isso) não me parece muito sensato.

Gostaria de saber quais as impressões dos romenos para quem tocou neles, e se pode ser comparado com os instrumentos de fora do país no valor de 10 mil dolares.

PS: MUITO OBRIGADO PELA AJUDA, ESTOU LOCO PRA MUDAR DE INSTRUMENTO , NÃO AGUENTO MAIS CHINÊS !!!

Nunca toquei num Acústico de 10 mil dólares produzido lá fora, mas sem dúvidas o baixo Romeno que tive acesso era um baita instrumento, um som bonito, encorpado, tudo de bom... porém, achei que os instrumentos maciços fabricados aqui no Brasil pelo próprio Paulo Gomes, Marcos Vinícius, Jonas Caldas e outros, não deixam nada a dever e linhas gerais de som e construção. Até por isso, continuo não vendo necessidade de pagar 18K num baixo Romeno.

Então a informação que eu tinha não é verdadeira. Mas ainda assim como o Claudio disse eu não pagaria esse valor num baixo Romeno, visto que temos luthiers de alto nível por aí, o Paulo Ramos também poderia entrar na lista aí do Claudio. Eu acho o valor de instrumentos no Brasil muito salgado também!

Pensar em comprar um instrumento só pelo retorno que você vai ter é pensar pequeno. Sem dúvida quando o músico tem bons equipamentos isso o faz conseguir mais trabalhos. Quem sabe até trabalhos maiores do que 'gigs em barzinhos'. Na minha opinião um instrumento de qualidade e que responda às expectativas do músico o ajudará muito com a busca de sua sonoridade eusa musicalidade.
Meu conselho, matiaz, é que vá guardando dinheiro e experimentando uns baixos que aparecem por aí. Alguma hora vai achar o contrabaixo que vai ser seu pro resto da vida (E pode ser o romeno, um contrabaixo de luthier brasileiro ou qualquer outro). E não pense somente no retorno financeiro. Esse tipo de pensamento é muito limitado.
Se for marcar de visitar o Paulo Gomes, me de um toque. Gostaria de ir junto

É muito difícil julgar o valor de um instrumento. Como disse o Luiz, se o músico tem ambições profissionais em alto nível, vai gastar algo parecido com esses preços pra se sentir realmente satisfeito com um contrabaixo acústico.

Agora, tem gente que gasta sem precisar e sem nem saber avaliar. Aliás, se existe essa pergunta sobre a qualidade do instrumento, provavelmente a melhor dica é apostar num contrabaixo mais barato. Quem precisa de um intrumento dessa qualidade sabe o que quer.

Tem gente que precisa de um instrumento de primeira, não tem essa grana pra gastar e acaba fazendo um baita som com instrumentos de pior qualidade.

É o famoso "tira leite de pedra" e tem gente que tira meeeeesmo!

Gostaria de opiniões sobre os romenos , em relação a sonoridade e timbre e qualidade da madeira, pois estudo erutido e quado vai se estudar algum concerto ou estudo , percebe-se o necessidade de som , que vão desde as partes solisticas até as mais "líricas" , e nesse aspectos o chines falha , estudo muito para poder ter uma sonoridade satisfatoria , enquanto meus colegas(que possuem instrumenos de qualidade )conseguem mais facilmente.

Agora que o Claudio falou que eles não saem por menos de 18 e o espelho é im ypê, eu já penso que com esse valor dá para comprar por exemplo um Paulo Gomes usado.
Um instrumento de 10 mil dólares aqui é bem legal. Dá para comprar um baixo Alemão antigo com o som bastante interessante. Porém para ter acesso a esse instrumento você vai ter que vir pros estados unidos e comprar um case que não sai por menos de 2 mil dólares.
Tenho certeza que os romenos são instrumentos excelentes. Mas eu consideraria o Paulo Ramos. Sei que ele demora bastante para fazer um instrumento mas ele cobra algo nesse valor.
No Brasil acontece um fenômeno muito interessante. Pro exemplo meu paulo gomes vale mais aqui do que aí. Assim como os arcos feitos no Brasil tem um valor de mercado interessante por aqui, normalmente vedem pelo dobro do valor pago no Brasil. O problema é que o pessoal daqui não aprova a qualidade dos instrumentos brasileiros, inclusive quando encontrei o Maximo Giorgio no David Gage, ele falou que ele nunca tocou em tantos baixos ruins como no Brasil. Inclusive com muito mal gosto e falta de respeito chamou os baixos feitos no Brasil de caixa de sapato.
Outra questão é que no Brasil não existe comprador para instrumentos tops, como os baixos italianos, franceses e ingleses antigos, pois eles vedem por mais de cem mil dólares. Então fica complicado para um luthier iniciante que deveria ter contato com instrumentos como esse para poder aprender.

eu continuo não vendo porque um instrumento custar 100 mil dinheiros de qualquer espécie.

toque em um e irá entender!
Faz mas sentindo também quando você ganha 20 mil dólares por mês no seu trabalho!
Um dia agente chega lá!

Só uma curiosidade, o David Gage acabou de vender um dos baixos que pertenciam ao Fred Zimmerman, quem comprou foi o Eugene Levinson e custou a bagatela de 600 mil dólares!

É pode até ser. Talvez seja porque eu não tenha essa grana, ou por que nunca toquei em um, igual vc falou. Ainda assim existem questões políticofilosóficas que me fazem pensar de outra forma.

Ainda bem que existe música independente do negócio da música. Existem pessoas fazendo música/arte e sentindo as em todos os lugares do mundo, até os mais extremos que possamos imaginar, seja numa tribo no meio do mato ou no alto do morro do Alemão. Pra mim esses são verdadeiros músicos/artistas.

Por um simples fato esse negócio de instrumento que custa absurdo não me dece, em qual opção teremos chance de ter melhor música: um músico com um instrumento de 100mil ou 20 músicos com instrumento de 5mil? Ainda bem que a música não é diretamente proporcional ao valor investido. É um fator a ser levado em conta, mas não torna ninguém mais músical ou mais hábil ou mais criativo, ter um instrumento caro...

E isso, pq nem entrei num discurso mais extremo aqui de pessoas que não tem comida, casa, paz, amor, carinho... dou aula de música numa escola regular pública, e isso é algo comum de encontrar. O que a música significa pra essa galerinha é algo que não chega perto do que o músico com seu instrumento de 100mil vai sentir, aposto.

Uhh, acho que desvirtuei o tópico de mais... só pra concluir: a música (principalmente a música erudita européia) se tornou muito elitizada, o músico de hoje é hiper treinado, e passa ter exigencias aburdas, que no capitalismo se convertem em altos custos. Desculpem-me os amigos foristas pela fugida do assunto em questão.
Obs.: Nada pessoal Luiz!

Filipe Castro - entendo o seu ponto de vista , e concordo plenamente.

Mas estou querendo saber a sonoridada e qualiade de instrumentos "caros" ou Romenos, Alemães nessa faixa etária de 10 mil dolares ou 20 mil reais , e se esses baixos do paulo valem apena .

PS: Filipe, nada pessoal , é só pro assunto em questão voltar ser o foco

Claro! sem problemas cara! =D

Eu soube que os baixos do PG estão na faixa de 30mil e do Andrea Spada também, um luthier que é excelente (nunca toquei em um baixo de nenhum deles, to usando como base umas pesquisas que eu fiz, e opinioes de terceiros) é o Paulo Ramos, que tem contrabaixos a partir de 18 mil. Eu cheguei a liguer pro Paulo Ramos (bragança paulista) e ele é um senhor muito atencioso. Derepente é uma opção. Acredito também que tirando fator preço, os instrumentos de qualquer um desses luthiers valem a pena. O Paulo Gomes é certeiro, o cara é muito competente. Eu questiono preço, acho caro, mas qualidade acho q não dá pra questionar.

matiazvelho escreveu:Filipe Castro - entendo o seu ponto de vista , e concordo plenamente.

Mas estou querendo saber a sonoridada e qualiade de instrumentos "caros" ou Romenos, Alemães nessa faixa etária de 10 mil dolares ou 20 mil reais , e se esses baixos do paulo valem apena .

PS: Filipe, nada pessoal , é só pro assunto em questão voltar ser o foco

Matiaz, se você tem interesse em um Paulo Gomes, estou levando um daqui dos estados unidos para o Atelier dele, ele vai vender por 20 mil reais. Vai estar disponível provavelmente na semana do natal.
Bom vou ser muito sincero contigo. Tenho uma experiência relativamente boa com instrumentos nessa faixa de preço. Infelizmente nesse valor os instrumentos ainda vão variar bastante de qualidade. Não importa se é Alemão, italiano ou de onde for, existe instrumentos ruins de qualquer nacionalidade, e você ficaria surpreso em saber que alguns custam até mais que isso. Por 10 mil dólares não dá para comprar um instrumento as escuras. Você realmente vai precisar experimentar todas opções e decidir entre a que te atender melhor, 20 mil reais não é um instrumento top de linda, mas de qualquer maneiro é uma fortuna. Não quero te desanimar, fica mais como um conselho de quem passou por isso a pouco tempo. Toquei e mais de vinte baixos diferentes quando estava procurando um instrumento melhor, e esperei achar um instrumento que me apaixonasse na hora que eu tocasse a primeira nota. Toma tempo mas é o melhor a se fazer. Existem instrumentos muito bons nesse valor só precisa procurar.

Felipe, concordo em parte contigo. Vale a pena lembrar que música erudita nunca foi um estilo popular no sentido de ser acessível a qualquer pessoa de qualquer classe. Primeiro por conta da complexidade musical que acaba não sendo acessível a qualquer um. Segundo por um motivo muito simples, uma orquestra tem em torno de 100 músicos. Não dá para juntas 100 músicos num teatro legal e achar que não vai gastar uma grana preta. Esse e muitos outros fatos fazem a música erudita ser de certa forma muito elitizada. Me preocupa muito pois cada vez mais os jovens estão desaparecendo da sala de concerto, e quem sustenta a música erudita ainda são as pessoas que ouviam esse estilo a mais de 50 anos atrás.

Voltando a instrumentos caríssimos. Se um estudante de música não gênio espera um dia conseguir um emprego em uma orquestra de primeira, como a OSESP, a Filarmonica de Bh, ou as orquestras tops internacionais, ele vai precisar investir sua vida em todos os sentidos na música. Os padrões são altíssimos e existe um balanço, então ai entra um instrumento excelente. Vamos considerar a situação hipotética de dois músicos que tocam exatamente um como o outro e tem a mesma experiência, mas um tem um instrumento melhor, o que tiver o melhor baixo vai ganhar o emprego. Todo instrumento tem limites, mas músicos não, então acho que cada um tem o instrumento que atende melhor a sua mentalidade e técnica músical. Tenho certeza que o Levinson precisa de um instrumento como os que ele tem, pois para ele conceber toda sua genialidade musical ele precisa de algo a mais que um mac book pro. Entende meu ponto? Tenho um amigo que e Designer de video games e o computador dele custa uma fortuna, não chega nem perto do preço de um instrumento, mas ele podia ter comprado um mac book pro por mil dólares? Não, ele precisa de algo que atenda o que ele pode fazer. Instrumentos tem limites músicos não, então naturalmente os instrumentos vão precisar chegar em outro nível para atender aos instrumentistas.

Não vou julgar quem é mais músico que quem, se é o cara que toca muito bem num violino de 200 reais ou se é o Perlman que tem um Stradvaris de 3 milhões de dólares.
Em momento algum disse que o fato de você ter um instrumento excelente vai afetar diretamente sua mentalidade musical. Vai sim melhorar, seu som, e vai facilitar sua vida em um monte. Mas não é o baixo que estuda agente, somos nós que estudamos o instrumento.
Acho que cada um faz o que quer com o dinheiro que tem, todos nós poderiamos gastar menos com uma série de coisa e ajudar. Mas existem várias maneiras de ajudar. O edicson ruiz tem um Baixo Gagliano que custa quase um milhão de dólares. Todo mês ele volta para venezuela para ensinar os alunos da Simon Bolivar, muitos deles eram meninos de rua. Quem vai dizer que ele é perdulário?
O grande lance é nunca julgar! Não existe preto no braco.

Luiz,

Mto legal o comentário! Estou começando no contrabaixo com um objetivo profissional e foi mto esclarecedor.

aqui o Celio está tocando com seu baixo Romeno vendido pelo paulo gomes.

muito bom o som com pickaup, pré e tudo mais, só ñ gostei, trasteja um pouco, corda baixa para facilita pizz.

o célio usa as cordas coladas no braço, por isso trasteja.