S.Martyn singlecut (feeling bass II) 5 cordas
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S.Martyn singlecut (feeling bass II) 5 cordas
Bem pessoal, acho que devo ao menos escrever algo sobre esse projeto que era um sonho que estava em meu coração e que graças a Deus e através deste fórum pude conhecer o Samuel e então o projeto sairia do plano dos sonhos e se tornaria uma realidade. E que realidade!
Só para explicar, além do sonho de ter um baixo custom (conheço poucas pessoas que não sonham com isso) eu tinha uma urgente necessidade em adquirir um baixo leve, pois tenho alguns problemas de coluna que incomodam bastante e não queria migrar de imediato a baixos de 4 cordas ou short scale, gosto de baixos grandes e de 5 cordas, embora pretenda ter um elétrico 4 cordas como opção, mas não a principal. Então a escolha de um custom, foi determinada mesmo pela ergonomia que diferente de um baixo de vitrini, pode ser determinado pelo cliente.
Depois de muito conversar com alguns luthiers, cotar vários preços e quase fechar com alguns, conheci esse talentoso luthier e expliquei como queria um baixo, mas não falei sobre o shape, pois tinha milhões de idéias que precisariam ser feitos alguns baixos. Daí conversando com o Samuel e compartilhando com minha esposa, chegamos no shape single cut e no top de jequitibá spalted, que são lindos (a mulher tinha que gostar pois ela me ajudaria a pagar, hehe). O problema do shape é que eu temia ficar pesado por falta da cavidade na parte de cima, mas o Samuel me tranquilizou, falando que com os “tone chambers” e demais técnicas de construção aliviaria muito o peso.
Falando do Samuel, na entrevista não me deixou mais procurar outro luthier, ele se mostrava sempre interessado em fazer um projeto muito bom, já falei por aqui, parecia que o baixo era para ele, sempre dando opniões para melhorar o nosso projeto, quando pensava em algo mais “humilde” ele falava: Gledson, que tal fazermos assim? É mais top! Mas sempre respeitando minha opnião, então o resultado foi um mix de minhas escolhas e opniões do Samuel (e da minha esposa, rs), mas no geral respeitei muito o que ele falava, afinal foi me passada uma tremenda confiança e a satisfação dos demais clientes me garantiam que ele sabia o que estava fazendo.
Bem, o projeto demorou um pouco a sair, muitos contratempos com encomendas do exterior, outros baixos sendo confeccionados em paralelo e a ansiedade parecia que iria me consumir, mas a cada atualização de fotos, a emoção aumentava e quando finalizou o projeto, ainda tive que esperar 21 dias para a transportadora deixar o baixo em minhas mãos, haja coração.
Sendo assim, aqui começa a review propriamente dita.
O Baixo ficou assim: (pode ser conferido aqui: https://www.contrabaixobr.com/t19341-mais-um-s-martyn-a-caminho-5-cordas)
Modelo single cut 5 cordas “set in neck”;
Corpo em vinhático com tone chambers e top em jequitibá spalted;
Braço em peroba do campo, marfim e rouxinho.;
Escala em jacarandá em 35” com marcação em blocos e personalização na 12ª casa, com a inscrição “JESUS”;
Ponte Hipsoht A style com espaçamento em 18mm;
Tarraxas Gotoh;
Captação: Bartolini HB deep tone (com ligações em série, paralelo e single); e
Pré amp: Aguilar OBP-3 com chave ativo/passivo e tone passivo.
O Baixo ficou muito bonito, todos os detalhes foram feitos com esmero, um cuidado em cada detalhe, as fotos mostradas não fazem jus ao baixo, de perto ele é surpreendente, fico sem palavras para descrever o choque que causa ao ver esse top de perto.
Quem olha o baixo pede para examinar com mais cuidado e fica mais espantado com os detalhes, tudo nele é bonito, a parte elétrica dele veio toda muito bem blindada, soldas bem feitas e todos os fios muito bem organizados, os rebaixamentos na parte de tras, os “póros” da madeira do vinhático aparentes dão um charme e o top spalted então? Coisa de louco aquilo! Pena que não dá para tocar o baixo movimentando-o 360°, hehehe. Queria muito ter visto os outros membros da família de perto, devem ser maravilhosos.
O baixo é bem leve, bem mais leve que o outro baixo que tenho, é extremamente confortável e tem uma ótima tocabilidade, é uma delícia tocar nesse baixo, creio que por ser singlecut a facilidade de acesso às últimas casas é bem grande, já comentei aqui algumas vezes que agora canso bem menos tocando. A ergonomia desse baixo foi a característica que mais me agradou, pois eu tinha necessidade de um baixo assim.
Sobre o som: O baixo é extremamente versátil. Eu não sei usar um baixo de uma única forma, sou louco por controles, não tem jeito. Até tentei deixar o baixo passivo apenas com volume e tom, mas no decorrer do projeto foi incluído um pré Aguilar e as chaves de seleção de bobinas, isso confere ao baixo uma possibilidade bem variada de timbres e são bem legais. Gosto do estilo de captadores da Bartolini, mas confesso que fiquei curioso de saber como esse baixo soaria com um par de captadores do Samuel, mas a compra dos captadores foi anterior à negociação então ficaram eles mesmos, mas o resultado também foi satisfatório.
Quando as bobinas estão em série, vem um timbre bem cheio. Ótimo, acho que esse é o melhor som desse baixo e é a configuração que mais uso, amo quando desliso pelas cordas em vem aquele som discreto de trastes, dá um charme bem grande ao groove. Quando em single fica bem legal mesmo, não chega a ter “aquele” timbrão de jazzbass, mas o baixo é outro esquema, set in neck, 24 trastes, etc. Mas dá para chegar num som anasalado da ponte com a ajuda do pré e fica bem legal. A única configuração que não consegui usar direito ainda é quando os captadores estão em paralelo, mas já estava prevendo isso, tanto que pedi para essa configuração ficar no push-pull, assim só é usada em alguma coisa bem específica mesmo. Vale lembrar que cada controle de chaves ou push-pull são distintas para cada captador, enão dá para mesclar as configurações de pickups, ou seja, vou demorar um bom tempo para testar tudo, mas o que não tenho no momento é pressa, rs.
Pessoal, essa review pode parecer tendensiosa, pois não foram apontadas falhas no instrumento, bem, talves se alguém mais criterioso como o allexcosta testasse o baixo pudesse ver algo que não o agradava, mas o baixo “casou” comigo, sinto uma felicidade grande com tudo nesse projeto, então as impressões aqui são baseadas nas minhas percepções.
Fica aqui meus agradecimentos a Deus por permitir a conclusão desse projeto, à minha esposa por não deixar fechar negócio em qualquer baixo, ao Samuel por ter feito um baixo que eu gostasse tanto e aos amigos do fórum que acompanharam o projeto, deram dicas (como quando pedi ajuda para escolher a ponte) ou simplesmente se alegraram junto comigo com cada etapa da construção.
Quando tiver mais um tempinho insiro fotos detalhadas de tudo que falei aqui, não prometo audio (ahaha!), mas se possível o farei para a review ficar completa.
Só para explicar, além do sonho de ter um baixo custom (conheço poucas pessoas que não sonham com isso) eu tinha uma urgente necessidade em adquirir um baixo leve, pois tenho alguns problemas de coluna que incomodam bastante e não queria migrar de imediato a baixos de 4 cordas ou short scale, gosto de baixos grandes e de 5 cordas, embora pretenda ter um elétrico 4 cordas como opção, mas não a principal. Então a escolha de um custom, foi determinada mesmo pela ergonomia que diferente de um baixo de vitrini, pode ser determinado pelo cliente.
Depois de muito conversar com alguns luthiers, cotar vários preços e quase fechar com alguns, conheci esse talentoso luthier e expliquei como queria um baixo, mas não falei sobre o shape, pois tinha milhões de idéias que precisariam ser feitos alguns baixos. Daí conversando com o Samuel e compartilhando com minha esposa, chegamos no shape single cut e no top de jequitibá spalted, que são lindos (a mulher tinha que gostar pois ela me ajudaria a pagar, hehe). O problema do shape é que eu temia ficar pesado por falta da cavidade na parte de cima, mas o Samuel me tranquilizou, falando que com os “tone chambers” e demais técnicas de construção aliviaria muito o peso.
Falando do Samuel, na entrevista não me deixou mais procurar outro luthier, ele se mostrava sempre interessado em fazer um projeto muito bom, já falei por aqui, parecia que o baixo era para ele, sempre dando opniões para melhorar o nosso projeto, quando pensava em algo mais “humilde” ele falava: Gledson, que tal fazermos assim? É mais top! Mas sempre respeitando minha opnião, então o resultado foi um mix de minhas escolhas e opniões do Samuel (e da minha esposa, rs), mas no geral respeitei muito o que ele falava, afinal foi me passada uma tremenda confiança e a satisfação dos demais clientes me garantiam que ele sabia o que estava fazendo.
Bem, o projeto demorou um pouco a sair, muitos contratempos com encomendas do exterior, outros baixos sendo confeccionados em paralelo e a ansiedade parecia que iria me consumir, mas a cada atualização de fotos, a emoção aumentava e quando finalizou o projeto, ainda tive que esperar 21 dias para a transportadora deixar o baixo em minhas mãos, haja coração.
Sendo assim, aqui começa a review propriamente dita.
O Baixo ficou assim: (pode ser conferido aqui: https://www.contrabaixobr.com/t19341-mais-um-s-martyn-a-caminho-5-cordas)
Modelo single cut 5 cordas “set in neck”;
Corpo em vinhático com tone chambers e top em jequitibá spalted;
Braço em peroba do campo, marfim e rouxinho.;
Escala em jacarandá em 35” com marcação em blocos e personalização na 12ª casa, com a inscrição “JESUS”;
Ponte Hipsoht A style com espaçamento em 18mm;
Tarraxas Gotoh;
Captação: Bartolini HB deep tone (com ligações em série, paralelo e single); e
Pré amp: Aguilar OBP-3 com chave ativo/passivo e tone passivo.
O Baixo ficou muito bonito, todos os detalhes foram feitos com esmero, um cuidado em cada detalhe, as fotos mostradas não fazem jus ao baixo, de perto ele é surpreendente, fico sem palavras para descrever o choque que causa ao ver esse top de perto.
Quem olha o baixo pede para examinar com mais cuidado e fica mais espantado com os detalhes, tudo nele é bonito, a parte elétrica dele veio toda muito bem blindada, soldas bem feitas e todos os fios muito bem organizados, os rebaixamentos na parte de tras, os “póros” da madeira do vinhático aparentes dão um charme e o top spalted então? Coisa de louco aquilo! Pena que não dá para tocar o baixo movimentando-o 360°, hehehe. Queria muito ter visto os outros membros da família de perto, devem ser maravilhosos.
O baixo é bem leve, bem mais leve que o outro baixo que tenho, é extremamente confortável e tem uma ótima tocabilidade, é uma delícia tocar nesse baixo, creio que por ser singlecut a facilidade de acesso às últimas casas é bem grande, já comentei aqui algumas vezes que agora canso bem menos tocando. A ergonomia desse baixo foi a característica que mais me agradou, pois eu tinha necessidade de um baixo assim.
Sobre o som: O baixo é extremamente versátil. Eu não sei usar um baixo de uma única forma, sou louco por controles, não tem jeito. Até tentei deixar o baixo passivo apenas com volume e tom, mas no decorrer do projeto foi incluído um pré Aguilar e as chaves de seleção de bobinas, isso confere ao baixo uma possibilidade bem variada de timbres e são bem legais. Gosto do estilo de captadores da Bartolini, mas confesso que fiquei curioso de saber como esse baixo soaria com um par de captadores do Samuel, mas a compra dos captadores foi anterior à negociação então ficaram eles mesmos, mas o resultado também foi satisfatório.
Quando as bobinas estão em série, vem um timbre bem cheio. Ótimo, acho que esse é o melhor som desse baixo e é a configuração que mais uso, amo quando desliso pelas cordas em vem aquele som discreto de trastes, dá um charme bem grande ao groove. Quando em single fica bem legal mesmo, não chega a ter “aquele” timbrão de jazzbass, mas o baixo é outro esquema, set in neck, 24 trastes, etc. Mas dá para chegar num som anasalado da ponte com a ajuda do pré e fica bem legal. A única configuração que não consegui usar direito ainda é quando os captadores estão em paralelo, mas já estava prevendo isso, tanto que pedi para essa configuração ficar no push-pull, assim só é usada em alguma coisa bem específica mesmo. Vale lembrar que cada controle de chaves ou push-pull são distintas para cada captador, enão dá para mesclar as configurações de pickups, ou seja, vou demorar um bom tempo para testar tudo, mas o que não tenho no momento é pressa, rs.
Pessoal, essa review pode parecer tendensiosa, pois não foram apontadas falhas no instrumento, bem, talves se alguém mais criterioso como o allexcosta testasse o baixo pudesse ver algo que não o agradava, mas o baixo “casou” comigo, sinto uma felicidade grande com tudo nesse projeto, então as impressões aqui são baseadas nas minhas percepções.
Fica aqui meus agradecimentos a Deus por permitir a conclusão desse projeto, à minha esposa por não deixar fechar negócio em qualquer baixo, ao Samuel por ter feito um baixo que eu gostasse tanto e aos amigos do fórum que acompanharam o projeto, deram dicas (como quando pedi ajuda para escolher a ponte) ou simplesmente se alegraram junto comigo com cada etapa da construção.
Quando tiver mais um tempinho insiro fotos detalhadas de tudo que falei aqui, não prometo audio (ahaha!), mas se possível o farei para a review ficar completa.
Última edição por gpraxedes em Sáb Jun 16, 2012 11:34 am, editado 1 vez(es)
gpraxedes- Membro
- Mensagens : 7475
Localização : Manaus
Re: S.Martyn singlecut (feeling bass II) 5 cordas
Ô Gledson, tenta dar uns parágrafos aí, fiquei meio perdido no "blocão" de texto... Abç!
____________________________
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Thales_Sr- Moderador
- Mensagens : 7435
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Re: S.Martyn singlecut (feeling bass II) 5 cordas
foi ctr c ctr v do word, vou arrumar... Me fala aí se precisa arrumar mais alguma coisa, ok? Obrigado pela observação
gpraxedes- Membro
- Mensagens : 7475
Localização : Manaus
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