Protetor Auricular: ensaios, shows, etc

Galera, tudo bom?

Ontem estava ensaiando com minha banda, um pouco barulhenta - já que ensaiamos em uma sala pequena e regulamos de acordo com a bateria - e antes de ir me armei com um protetor auricular da Vic Firth que me custou milhões - mas a saúde da audição não tem preço, certo!?

Pois bem, começamos a tocar e tudo soou muito estranho hehe
A guitarra não tinha presença, o baixo lááááá no fundo, pouco se escutava, e sobre a bateria eu nem consegui perceber de tão estranha que achei a situação. Também na hora de cantar foi horrível...
Resultado: fui tirando ele da orelha até que já estava praticamente tudo fora e o som melhorou. Os instrumentos pareceram voltar a vida.
Achei estranho já que a Vic Firth diz que ele apresenta uma reta de suavização constante para as diferentes frequências. Esperava melhor resultado.

Bem, dessa forma, gostaria de ler dicas sobre o uso dessa ferramenta importante e se vocês usam algo semelhante, até mesmo esses Vic Firth e se gostam deles.

Valeu!

Tentei usar por umas 2, 3 vezes com um protetor da Etymotic. Desisti e joguei numa gaveta que nem sei qual é. Não ouvia nada e me perdia nas músicas por isso.

Pois é, fiquei assim ontem, sem saber direito onde a música estava, um caos.
Vou tentar mais algumas vezes.
Para ir a shows eu gosto do resultado, mas para tocar foi frustrante.

Acho que aqueles que vendem em casas de EPI vai dar o mesmo resultado rsrs

/\
hehe, muitas vezes uso aqueles para dormir, moro ao lado de uma avenida. Sinto que ele bloqueia tudo de uma forma não uniforme. Esse da Vic Firth parece que vc colocou um filtro apenas para diminuir a intensidade sonora, por exemplo, ao ouvir uma música.

Vc usa algum, Guga?

Foi o segundo ensaio que usei e parece que nesse último a qualidade piorou.

É complicado.

Se você insistir termina acostumando de certa forma.

Importante prevenir. Não uso, mas meus ensaios são em volumes muito moderados mesmo. O batera precisa saber tocar de uma forma que uniformize o som, num volume baixo. É inclusive muito melhor pra acertar as coisas. Show é outro papo.

Protetor é importante. Perda auditiva não tem volta...

O lance é acostumar, e usar a atenuação adequada para cada situação. Os mais fraquinhos atenuam uns 9 dBs, os mais fortes uns 20. Estou me referindo aos protetores musicais, esses com resposta mais plana (que nunca é plana de fato). Para um ensaio os de 9 servem. Para shows eu não fico sem os meus, e é só questão de costume mesmo. No início é bem estranho. Depois de algum tempo você começa a ouvir tudo ardido e estridente quando tira eles do ouvido.

Os laranjas da 3M atenuam cerca de 23dBs, mas são totalmente desequilibrados. Cortam só os agudos, e os graves passam. Experimente... no baixo fica bom, mas os pratos e voz vão sumir.

Meus ensaios eram bem piores que os shows.

Acho que vocês não têm idéia do que seja uma bacurinha numa sala fechada.

/\
kkkkkk Eu tenho afinal também estou na Bahia!

AndréBurger escreveu:/\
hehe, muitas vezes uso aqueles para dormir, moro ao lado de uma avenida. Sinto que ele bloqueia tudo de uma forma não uniforme. Esse da Vic Firth parece que vc colocou um filtro apenas para diminuir a intensidade sonora, por exemplo, ao ouvir uma música.

Vc usa algum, Guga?

Foi o segundo ensaio que usei e parece que nesse último a qualidade piorou.

Velho eu uso um de EPI aqueles amarelos mesmo de 2 reais, funciona que é uma beleza e tem outro laranja que parece uma espuma, vc aperta e ele se molda ao ouvido mas esse já abafa demais mais é bem eficiente.

allexcosta escreveu:Meus ensaios eram bem piores que os shows.

Acho que vocês não têm idéia do que seja uma bacurinha numa sala fechada.

Eu tenho!
Tem situações que precisam de um daqueles que apertam o cérebro.

Guga Bass escreveu:kkkkkk Eu tenho afinal também estou na Bahia!

É que o fórum é Paulista.

Rico
não quero me meter na vida do batera, não.
fora que dependendo do estúdio a caixa fala mais ou menos, creio que ser batera seja um perrengue.

joabi
é, esses da 3M são bons para dormir!

allex
e vc nunca usou protetor? não saia do ensaio com piiii nos ouvidos?

e allex, fui procurar no google o que é uma bacurinha e os dois significados que encontrei se encaixam perfeitamente bem na sua frase kkkkk

AndréBurger escreveu:allex
e vc nunca usou protetor? não saia do ensaio com piiii nos ouvidos?

Sempre usei e até hoje uso quando vou ao centro da cidade, ao cinema, etc. Carrego um comigo 24/7

Mesmo assim saía desse jeito dos ensaios e não consigo falar no telefone com o ouvido direito.

e allex, fui procurar no google o que é uma bacurinha e os dois significados que encontrei se encaixam perfeitamente bem na sua frase kkkkk

Se você escrever bacurinha no Google ele pergunta: você quis dizer "fábrica de loucos"

Ixi, então essa palavra vale para tudo
Google me sugeriu:
https://pt.wiktionary.org/wiki/bacurinha

Eu deixo na minha mochila um da 3M. Em trajetos de metrô, ônibus, e outros meios onde tem bastante gente, parece que você está em outro mundo. Muito bom.

Bacurinha é isso:




Isso aí junto com timbal vira uma fábrica de loucos mesmo.

/\

kkkkkkkkkk
só pela figura do cara batendo na pele dela já dei aquela piscada no olho.

Nunca saio de casa sem os meus protetores auditivos. Uso eles na rua, no serviço, nos ensaios e nos shows. Ouço melhor com eles e me sinto péssimo quando os esqueço.

Espero que esse texto ajude.

https://www.contrabaixobr.com/t23795-sexto-contraponto-sobre-como-ser-capaz-de-apreciar-sempre-a-musica-em-sua-plenitude

^Eu entrei para postar o link desse excelente tópico. Não deu tempo...

andré, é possível usar algum tipo de monitoramento in-ear neste ensaio?

eu uso o Etymotic. Não sei se é o costume, mas ouço tudo na sala de ensaio ou no show. As vezes tenho vontade de sair com ele na rua, tamanho o conforto.

Não sei se é a idade, mas a barulheira e massaroca sonora de SP esta me fazendo mal...

fernando pullbass escreveu:Não sei se é a idade, mas a barulheira e massaroca sonora de SP esta me fazendo mal...

Morei na Duque de Caxias, no Centrão.

Uma semana ali me envelhece um ano.

É por isso que NYC é louco. É gigante mas não é aquela zona. E no dia que você tá meio chateado da cidade, ali do lado tá o Central Park, que parece uma floresta.

O Ibirapuera é legal e tal, mas daqui que você chegue já tá na hora de voltar.

No começo, o protetor auricular é uma chatice, vc não escuta os instrumentos direito, se perde nas musicas... mas depois que acostuma, não tem mais volta. Pelo menos pra mim, é impensável ensaiar ou assistir um show sem proteger minha audição. Carrego o protetor sempre junto das minhas tralhas pra garantir que não vou ficar com o ouvido zunindo no dia seguinte.

AndréBurger escreveu:
e allex, fui procurar no google o que é uma bacurinha e os dois significados que encontrei se encaixam perfeitamente bem na sua frase kkkkk

( ͡° ͜ʖ ͡°)

Pior é você entrar em casa, depois de um dia de ensaio, show ou até um passeio, no silêncio do quarto ficar ouvindo aquele zumbido.Sempre ando com um protetor na mochila.As vezes uso meu fone , aquele AKG 414 , desligado, apenas para abafar o som da rua. E funciona.

^ Pior. Você falou dos protetores e tal. Usa os mesmos que eu usei e desisti. Esse tópico me fez pensar em comprar um pacote daqueles 3M de espuma pra ensaiar. Vou fazer isso e ver se acostumo. Já ouço música no headphone o dia todo, daqui a pouco estarei mais surdo que a Velha da Praça.

O Etymotic foi o melhor que usei até agora, pois ele não abafa tanto o som.

Eu morria e não sabia que bacurinha significava outra coisa. Acho que é em Portugal, não?

De qualquer forma, tem que insistir um pouco pra acostumar a usar ear plug, mesmo os mais equilibrados como os Etymotic.

Nos ensaios uso aquele EPI laranjinha genérico, mesmo. Atenua bastante, viu. Meus ouvidos após o ensaio agradecem muito.
Mas é verídico, ele privilegia as baixas frequências, mesmo. Fica um gravão doido, hehe. Mas eu acho de boas, não me perco em nada. Uso pela proteção da audição, mesmo, e pra mim faz uma baita diferença usá-los nos ensaios.

Eu não gosto de usar, com algumas bandas consigo ficar sem, mas tem umas que é inviável, uso os laranjinhas genéricos e descartáveis, tem feito um bom serviço quando precisei, atrapalha um pouco o som sim, mas o beneficio é maior...

As bandas que não uso eu saio do ensaio sem o piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii no ouvido, mas as que tenho q usar, se não tiver usando, a cabeça doi no ensaio, é assustador...rs

eu costumo usar meu fone da KOSS mesmo, o the plug, ele ja abafa bem o som...

uso no power fone, com uma linha da mesa e o sinal do ampli pro baixo...

meu batera não é nada polido e os guitarristas nada humildes na questão do volume rsrs

mais teremos que mudar isso pq só da microfonia e o vocalista se lasca todo...

allexcosta escreveu:Eu morria e não sabia que bacurinha significava outra coisa. Acho que é em Portugal, não?

De qualquer forma, tem que insistir um pouco pra acostumar a usar ear plug, mesmo os mais equilibrados como os Etymotic.

Ué, encontrei como sendo uma gíria do Nordeste mesmo. Cê nunca ouviu isso na Bahia?
O meu Etymotic eu devo ter perdido

Willian Casagrande escreveu:Ué, encontrei como sendo uma gíria do Nordeste mesmo esmo. Cê nunca ouviu isso na Bahia?

Jamais.

Deve ser daquela outra Bahia que só existe em novela da Globo, aquela do acarajé quente ou frio.

Na Bahia de verdade bacurinha é um instrumento musical.

allexcosta escreveu:
Jamais.

Deve ser daquela outra Bahia que só existe em novela da Globo, aquela do acarajé quente ou frio.

Na Bahia de verdade bacurinha é um instrumento musical.

Hahaha imaginei mesmo. Então, desconsideremos esse significado curioso.

Não ensaio sem, uso aqueles baratos mesmo, que compramos em loja de material de construção. Uso também quando vou assistir a shows em espaços pequenos. Quando vou tocar ao vivo prefiro não usar, mata um pouco o "calor" do ao vivo, a não ser que o som esteja insuportável.

É questão de costume. Com o tempo a gente acostuma com a "equalização" do protetor. Os que eu uso corta principalmente os agudos e médio-agudos. Ouço tudo e todos numa boa.

nossa, esse da Vic Firth cortou muito os médio-agudos.
O baixo foi o que menos sofreu.

Vocês cantam com eles, também?

Obrigado por mover o tópico. Hoje a caminho do trabalho pensei 'acho que aquela seção não se encaixa muito bem' rs

Willian Casagrande escreveu:

allexcosta escreveu:Eu morria e não sabia que bacurinha significava outra coisa. Acho que é em Portugal, não?

De qualquer forma, tem que insistir um pouco pra acostumar a usar ear plug, mesmo os mais equilibrados como os Etymotic.

Ué, encontrei como sendo uma gíria do Nordeste mesmo. Cê nunca ouviu isso na Bahia?
O meu Etymotic eu devo ter perdido

por aqui, bacurinha significa pepeca, periquita, perereca...

e engraçado, joguei protetor auricular na net e ele parece ser tão polêmico quanto mamilos.
http://extra.globo.com/noticias/carnaval/claudia-leitte-recebe-chuva-de-criticas-apos-protetores-de-ouvido-na-sapucai-15098666.html

Que coisa, o pessoal descendo o pau na mulher por conta disso.

Rs, parece que tocar 'baixo'/preservar a audição é um crime.

A maioria aqui parece que usa, a galera olha torto pra vcs? rs

Sim. Vou a eventos com o protetor e sou tratado como fresco.

Em shows, as pessoas me olham como seu eu tivesse alguma deformação na orelha.

Quando eu tocava em banda de metal eu usava aqueles que vendem em loja de EPI (na verdade era o mesmo que usava no trabalho na época que fui técnico de segurança do trabalho), principalmente na banda de death metal, que tinha um baterista que largava o braço. Depois que parei de tocar essas paradas, perdi o costume, mas admito que tenho q voltar a usar.
No entanto, usava apenas no ensaio, já que a minha realidade de músico de rock independente faz com q eu não tenha tantos shows na minha agenda e os mesmos nunca duram mais que uma hora e meia, logo a exposição ao ruído não extrapola muito os limites saudáveis.

AndréBurger escreveu:A maioria aqui parece que usa, a galera olha torto pra vcs? rs

Se olha...

Sempre tive o costume de visitar templos religiosos. Por um motivo ou outro, coincide que quando é protestante termina sendo Assembléia de Deus, que normalmente tem um som muito alto e muito ruim.

Certa feita eu fui e levei meu fiel escudeiro, o protetor 3m. Começado o culto não aguentei e coloquei o aparato. O som era de doer a alma.

No meio da pregação, a pastora percebeu que eu estava de protetor e danou a me humilhar na frente de todo mundo, que aquilo era obra do diabo, isso e aquilo. Continuei com eles normalmente.

Brasileiro é de longe o povo mais ignorante do mundo, em todos os sentidos.

Vai numa aldeia aborígene da Papua Nova Guiné ou de Madagascar que o povo é menos selvagem.

^claro que isso não justifica a falta de eduação e respeito, mas é que as pessoas não conhecem direito e tratam os atenuadores como se fossem rolha.

"Vai numa aldeia aborígene da Papua Nova Guiné ou de Madagascar que o povo é menos selvagem."
Pô Allex, umas histórias sensacionais, ein... achar que era obra do diabo...
HAHAHAHAHA, sensacional!


Verdade, Raul! Também sinto isso. Galera acha que colocando o tampão você se isola completamente do mundo. Vide os comentários que fizeram sobre a Claudia Leitte

— Ela não quer ouvir o coração da escola? Nunca ouvi falar nisso de tampar os ouvidos. Se ela não pode ouvir a bateria, passa a bola. É a maior emoção escutar aquele som. Aí vou tampar? Nem pensar.

— É uma questão de costume. Eu acho indelicado com a bateria. Mas ela não deve estar acostumada com o barulho da nossa bateria — explica Solange Gomes, que ocupa o posto de rainha da Porto da Pedra — Ela é cantora. Deve precisar ter o ouvido apurado. Deve saber o que está fazendo.

Parece um misto de arrogância com a mulher + ignorância com a vida.

Imagina quando o povo souber que nem com tampão e 6 toneladas de cera no ouvido a mulher vai deixar de ouvir uma bateria de escola de samba...

fernando pullbass escreveu:Sim. Vou a eventos com o protetor e sou tratado como fresco.

Em shows, as pessoas me olham como seu eu tivesse alguma deformação na orelha.

[2]

tb, me tratam como se eu fosse deficiente auditivo.

fheliojr escreveu:por aqui, bacurinha significa pepeca, periquita, perereca...

Aí, Willian!

Nesse Nordeste aí do Ophelio fala.

^ para a globo, é tudo igual. hehehehe

Hahahaha

Tenho usado um Pro Guard PR20 nos ensaios.
Não sei se sou eu, mas apesar de ser voltado para músicos acho que ele não é feito para baixistas. O som do baixo desaparece com ele.

Estou pensando em voltar para os baratezas da 3M.