Banda sem baterista: Como proceder?

O grupo com o qual eu toco não possui baterista, estamos com teclado, violão, guitarra e baixo, todos com técnica média/iniciante.
Em uma situação assim eu como baixista devo assumir a responsabilidade pelo ritmo ou não completamente? Como deve funcionar a parte rítmica entre nós? (Atualmente me guio pela palhetada do violão)

Hum.... o ideal seria que todos possuam uma forte noção de pulso e ritmo mas mesmo quando tem baterista a situação é essa nem o baterista e nem o baixista e nem ninguém deve ser o responsável pelo ritmo sozinho tudo bem que numa banda convencional ambos se destacam por isso mas para o som sair a contento é necessário que todos se virem bem ritmicamente.
Experimentem ensaiar com metrônomo como treino só para poderem observar onde e quem tem mais dificuldades mas não vejo necessidade e nem acho sadio a banda ter uma pessoa só como responsável pelo ritmo.

Ritmo é um dos elementos essenciais da música. Todos são responsáveis por ele.

^2. DavidR, seu grupo é o que toca na igreja, correto? Acredito que o repertório de vocês não seja autoral. Partindo desse raciocínio, recomendo vocês ouvirem (mais ouvirem bastante mesmo) as gravações (das bandas / grupos) das músicas que vocês utilizam como repertório. Percebam a execução de cada instrumento, ficará mais claro para você.

Deixa violão e voz ditarem o bagulho e vocês só adicionam sabores e cores por cima.

De vez enquando toco com meu irmão, sem bateria. Instintivamente fazemos um som mais percussivo, abusamos bastante das ghost notes etc.

Que bom.. Quanto toco tento justamente dar mais corpo ao que está sendo feito. Pensei que pudesse estar omitindo algo relacionado ao ritmo mas pelo jeito, não
Valeu

Amigo, ja viu o beatbuddy ?
https://singularsound.com/

[]´s

Caramba, parece interessante mesmo apesar do preço

É amigo eu também passo por isso atualmente,sempre toquei com conjunto completo,mas atualmente estamos sem baterista na igreja,o jeito é fazer como o Alex disse, é encorpar a parada !!!! Obviamente observando a melodia ,harmonia e o ritmo em execução...

Também toco em igreja. Nossa banda tem meio que um revezamento de alguns instrumentos e das vozes. É meio de praxe um dos bateristas faltar ensaio sem avisar. Então eu acabo dando mais corpo para a música, tocando a mesma nota em intervalos menores do que eu costumo tocar com banda cheia e faço mais feijão com arroz. Dependendo a música abuso mais das ghost notes e deixo o som um pouco mais percussivo...

Falando sério agora: Sobre segurar o ritmo, todos devem de forma natural ajudar a segurá-lo, em uma parada ou virada mais complexa o baterista e vocês tem o mesmo nível de responsabilidade, por exemplo.
Sobre pegada e preenchimento é isto que falaram, muitas ghost notes e naturalmente tendemos a tocar um pouco mais de forma percussiva. Dependendo o estilo, desça o dedo com vontade na hora da caixa hehehhe. Ou ainda pode-se fazer uso do slap que nasceu em uma necessidade parecida com a sua. hehe

bate => bumbo
pucha => caixa

^no preço que ta o diesel, sai mais barato contratar um baterista

^ mas o baterista contratado tem que levar a bateria toda de bike. Hahaha

DavidR escreveu:O grupo com o qual eu toco não possui baterista, estamos com teclado, violão, guitarra e baixo, todos com técnica média/iniciante.
Em uma situação assim eu como baixista devo assumir a responsabilidade pelo ritmo ou não completamente? Como deve funcionar a parte rítmica entre nós? (Atualmente me guio pela palhetada do violão)

Reza a lenda que o Larry Graham inventou a o slap pra suprir a falta de baterista. #ficaADica

Reza a lenda que o Larry Graham inventou a o slap pra suprir a falta de baterista. #ficaADica

Começaria por ai

Uma solução mais imediata seria usar uma máquina de ritmo (DR-3 da Boss, por exemplo). Para o futuro, sugiro que estudes teoria musical e percepção (rítmica, melódica e harmônica) com a orientação de um bom professor. Isso ajudará muito a lidar com situações assim.

Mais de ano que foi feita a pergunta, mas queria deixar a minha opinião (talvez contribuição ???).

Acredito que em uma condição destas (banda sem bateria), o baixista deva assumir alguma responsabilidade. Não é o ideal, mas sem alguém para guiar o ritmo é muito mais complicado, ainda mais quando o pessoal tem uma técnica média/iniciante.

Depois de algumas leituras, entendi três coisas:
- Em primeiro lugar, o baixo tem um som grave, o que define a harmonia e melodia. Dessa maneira, ele de certa maneira comanda muito mais coisas do que imaginamos. Alguém com mais conhecimento pode explicar melhor, mas tem vários vídeos legais sobre isto.

- Em segundo lugar, o baixo não apenas é ouvido, como pode ser sentido. A percepção de ritmo através de notas graves é muito grande. Um colega do fórum uma vez falou (desculpe, não lembro quando nem quem) que estava tocando forró e o som do baixo parou. Todo mundo parou de dançar, os outros instrumentos não conseguiram levar a percepção rítmica adiante. Além disto, sempre aconselham a "sincronizar" (em inglês falam em "lock") o baixo e bumbo para tornar as coisas mais dançantes.

- Terceiro, o baixo pode ser a cola. O que une o ritmo com a harmonia e melodia. Tocando Blues com alguns colegas, utilizava o baixo não só para afirmar com as tônicas o início dos compassos, como para criar as passagens para as outras partes das músicas, criando antecipação e resolução. Logicamente, o baixo é tocado de forma estruturada e rítmica no blues, o que facilita um pouco todo este trabalho, mas sempre tem espaço para os devaneios.


Com alguém conduzindo o ritmo de forma um pouco mais responsável, fica mais fácil ver quem está com a noção de ritmo mais zuada, o que facilita cobrar esta pessoa. Não que seus ensaios devam ser uma sessão de cobranças, mas é muito importante perceber o elo que está mais fraco. Porque quando alguém sai do ritmo, e este não está bem marcado, vira uma bagunça para ver quem toca mais alto e afirma a sua percepção. Quando temos uma boa referência do ritmo, em poucos compassos dá para ver quem está sempre saindo fora. Sem contar que ter a referência facilita para todos.

Logicamente, nem todos os ritmos ou contextos se aplicam ao que estou propondo, mas muitas vezes acredito que o baixista pode e muito ajudar e assumir essa responsabilidade pelo ritmo. Se você tem a capacidade para isto, pode ter certeza que o baixo se sairá com mérito nesta função.