Como pronunciar jazz?
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Re: Como pronunciar jazz?
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Você esqueceu de colocar que eu observei que a família do Allex era exceção, não a regra àquela época...
Segundo minha mãe, tio e outras pessoas da família que são professores e mais velhos, a maioria das pessoas de nível primário dessa época escreviam nesse nível.
E vou dizer, quando eu era criança cansei de ver meu avô escrever carta com esse tipo de Português pra amigos e conhecidos de cidades vizinhas com os assuntos mais banais.
allexcosta- Administrador
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Re: Como pronunciar jazz?
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Zubrycky escreveu:Esse tópico me fez lembrar deste outro tópico aqui (https://www.contrabaixobr.com/t33726-529-mil-alunos-ficam-com-nota-zero-em-redacao-no-enem-2014) e, em particular dessa observação do Allex.
Do tópico
Mauricio Luiz Bertola escreveu:
E SEMPRE foi assim...
allexcosta escreveu:
Não, Bertola...
O Brasil de outrora tinha alfabetizados e analfabetos. Pessoas com instrução de nível primário conseguiam escrever e interpretar textos, tinham excelente caligrafia, pontuação e ortografia...
Li uma vez uma carta de meu bisavô enderaçada ao governador do estado da Bahia que era uma verdadeira aula de Português. A ordem das idéias e a construção das frases era muito melhor que qualquer texto escrito por um advogado ou jornalista de hoje. E meu bisavô só tinha estudado até a quarta série do primeiro grau.
Conteúdo da carta, que minha mãe possui até hoje:
"Em nome do Partido Liberal desta Vila e de seu Termo dirijo-me a V. Exª. significando um voto de franco apoio e leal adesão ao novo Governo Republicano que acaba de inaugurar-se sob os aplausos do heróico povo brasileiro, que mais uma vez soube dar prova de civismo e do quanto é patriota, concorrendo para a realização de tão grandiosa idéia, de modo assaz digno e louvável, dando por esta forma um ensinamento às Nações cultas, pois sem derramamento de sangue, pois muitas dessas mesmas Nações para obterem reformas de menos transferência e importância lhes tem custado luta, e luta fratricida.
Eu, como mero cidadão, que sempre vivi na obscuridade, regurgitando de satisfação e prazer por ver meu País marchar para o apogeu da grandeza promovendo os meios de que mais carecemos, que são o do direito de igualdade, união e fraternidade, peço permissão a V. Exª. para aproveitar o presente ensejo, a fim de fazer algumas ponderações a respeito desta infeliz Vila para o que solicito de V. Exª. um pouco de atenção.
Não deve ser estranho a V. Exª. as lutas políticas desta terra, que tem sido, por infelicidade de seus habitantes, teatro de cruentas cenas, onde todos os atos de barbaridade e vandalismo se tem praticado, desde o assassinato, o desrespeito ao santuário das famílias, o roubo, devastação de fazendas e o que é mais, Exm°. Sr., a demolição completa de mais da metade das casas desta Vila, onde causa horror, indignação mesmo o aspecto tétrico dela, onde só se vê ruínas, destroços sobre destroços.
É para lamentar-se que um Termo tão ubérrimo como este, dotado de tantas riquezas naturais, marche para o aniquilamento geral.
Mas, já que me surgiu a aurora que nos deve trazer a liberdade, já que a República veio trazer-nos – como se espera – a garantia do direito e da propriedade, eu, Exm° Sr., suplico, em nome da população pacífica e bem intencionada deste Termo, queira lançar benéficas vistas de V. Exª a esta desventurada parte do Estado da Bahia, do qual V. Exª é mui digno e distinto Governador, e não consinta reprodução desses fatos, que tanto depõem contra os infelizes habitantes e só servem para macular o glorioso nome do Brasil e dar mostras de que nele só reina a ignorância, a selvageria, além da perda considerável de vidas e bens, como desgraçadamente aqui tem acontecido.
Agora mesmo, Exm° Senhor, temos medo do reaparecimento dessas cenas por constar-nos que alguns Conservadores que se haviam retirado desta Vila, levados pelos remorsos de consciência, em virtude dos atos de barbaridades que praticavam contra seus adversários na Situação do seu partido, blasonando que é chegada a época desejada e que nos hão de trucidar do mesmo modo, supondo que, com a redentora Proclamação da República, lhes será permitido aquele mesmo apoio e assentimento dos partidos monárquicos.
Os Liberais desta terra, Exm°. Senhor, só aspiram, só desejam a paz, a tranquilidade, a garantia da ordem e da liberdade individual e seu desideratum estão dispostos a caminhar a fim de levantar este Termo do abatimento em que jaz. Mas tememos que idéia criminosa de meia-dúzia de homens que até hoje tem contado com a impunidade de seus graves crimes, insistam em prosseguir na mesma carreira e deste modo obriguem os mesmos Liberais deixar a estrada da moderação que têm seguido. Convicto da certeza da escolha de V. Exª para Governador e que não seria indiferente à sorte de seus concidadãos, espero que V. Exª usará de escrupulosa isenção na escolha das autoridades desta Vila, procurando sempre homens que venham única e exclusivamente ser a garantia da Lei, da Ordem e do Direito de cada um. Com o que inolvidável serviço a nós, os habitantes de Chique-Chique que sempre havemos de bem dizer e sagrar seu laureado nome.
Saúde e Fraternidade.
Gustavo de Magalhães Costa."
Você esqueceu de colocar que eu observei que a família do Allex era exceção, não a regra àquela época...
Foi mal, Bertola. Mea culpa, mea maxima culpa. Me desculpe.
De qualquer forma, é muito triste constatar que a família do Allex continua a ser uma exceção até hoje.
Afinal de contas, devo confessar que é muito difícil para este que vos fala imaginar que um aluno médio dos dias de hoje que tenha cursado até a quarta série do primeiro grau consiga escrever uma carta como esta. Se tal anomalia existir, será mais um daqueles casos de exceções que confirmam a regra...
Re: Como pronunciar jazz?
Me lembrei do "Bass playing a bass bass":
fheliojr- Membro
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Re: Como pronunciar jazz?
Escala musical pela novas regras ortográficas
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Re: Como pronunciar jazz?
Minoria Allex, minoria...allexcosta escreveu:Mauricio Luiz Bertola escreveu:Você esqueceu de colocar que eu observei que a família do Allex era exceção, não a regra àquela época...
Segundo minha mãe, tio e outras pessoas da família que são professores e mais velhos, a maioria das pessoas de nível primário dessa época escreviam nesse nível.
E vou dizer, quando eu era criança cansei de ver meu avô escrever carta com esse tipo de Português pra amigos e conhecidos de cidades vizinhas com os assuntos mais banais.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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