Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
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Plataformas de internet estão destruindo a democracia, diz Nobel da Paz...
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"Odeio o ouvinte de memória fiel demais." (Erasmo de Rotterdam, 1466-1536†)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
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allexcosta- Administrador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Apenas alguns dados muitos relevantes sobre a simbiose entre um grupo de "castos juízes e procuradores" e "puros políticos seguidores de Deus", todos "homens de bem"...
Ia esquecendo... Reinaldo Azevedo, com certeza, não é "comunista"...
Ia esquecendo... Reinaldo Azevedo, com certeza, não é "comunista"...
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
https://www.metropoles.com/brasil/politica-brasil/flavio-bolsonaro-impossivel-conter-apoiadores-com-resultado-das-urnas?utm_source=Whatsapp/Telegram&utm_campaign=Fl%C3%A1vio+Bolsonaro:+imposs%C3%ADvel+conter+apoiadores+com+resultado+das+urnas&utm_id=Whatsapp/Telegram
Pelo visto teremos o nosso Capitólio e com apoio de oficiais das Forças Armadas e da PM dos estados. Esse filhote de fascista incentivando esse tipo de ação.
Pelo visto teremos o nosso Capitólio e com apoio de oficiais das Forças Armadas e da PM dos estados. Esse filhote de fascista incentivando esse tipo de ação.
Dpaulo- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
É ultrajante isso... Devem fazê-lo exatamente para demonstrar o domínio pelo cargo e o desprezo pela razão. Que buraco...
Olavo, Hélio Lopes e Ramagem: Biblioteca homenageia bolsonaristas
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/07/01/entregada-medalha-bn-daniel-silveira.htm
Lola Ferreira - Do UOL, no Rio
01/07/2022 18h16 Atualizada em 01/07/2022 20h19
Em meio a intelectuais e ex-servidores, a BN (Biblioteca Nacional) homenageou hoje, além do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), outros aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) com a medalha de Ordem do Mérito do Livro, comenda entregue a pessoas que manifestam proximidade com a leitura ou com a Biblioteca Nacional (veja a seguir a lista completa).
Houve uma homenagem póstuma ao guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho, morto em janeiro. O delegado da PF e ex-diretor geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) e a deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) também foram homenageados. Fechada à imprensa, a cerimônia foi mantida em segredo até para funcionários da instituição.
Todo o evento foi levantado "a toque de caixa" —o que surpreendeu até alguns dos homenageados, conforme reconheceu o próprio presidente da BN, Luiz Ramiro Júnior. Em nota, a Associação dos Servidores da Biblioteca Nacional afirmou que desaprova a homenagem. "É ainda mais aviltante por acontecer num momento em que a instituição enfrenta um grave problema de desvalorização de seus servidores, sobrecarregados pela falta de concurso e pelas muitas aposentadorias recentes, além de seus salários defasados. Não é de se surpreender que tal homenagem tenha sido mantida em segredo, impedindo inclusive que os servidores manifestassem seu desacordo", diz a entidade.
Ao jornal O Globo Silveira afirmou que não sabe por que foi agraciado. Seu nome foi guardado a sete chaves, até a divulgação na coluna da jornalista Monica Bergamo, na Folha de S.Paulo. A lista completa dos homenageados só foi divulgada às 18h de hoje —com 134 nomes, quantidade abaixo dos 200 homenageados divulgados inicialmente.
(...)
Olavo, Hélio Lopes e Ramagem: Biblioteca homenageia bolsonaristas
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/07/01/entregada-medalha-bn-daniel-silveira.htm
Lola Ferreira - Do UOL, no Rio
01/07/2022 18h16 Atualizada em 01/07/2022 20h19
Em meio a intelectuais e ex-servidores, a BN (Biblioteca Nacional) homenageou hoje, além do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), outros aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) com a medalha de Ordem do Mérito do Livro, comenda entregue a pessoas que manifestam proximidade com a leitura ou com a Biblioteca Nacional (veja a seguir a lista completa).
Houve uma homenagem póstuma ao guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho, morto em janeiro. O delegado da PF e ex-diretor geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) e a deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) também foram homenageados. Fechada à imprensa, a cerimônia foi mantida em segredo até para funcionários da instituição.
Todo o evento foi levantado "a toque de caixa" —o que surpreendeu até alguns dos homenageados, conforme reconheceu o próprio presidente da BN, Luiz Ramiro Júnior. Em nota, a Associação dos Servidores da Biblioteca Nacional afirmou que desaprova a homenagem. "É ainda mais aviltante por acontecer num momento em que a instituição enfrenta um grave problema de desvalorização de seus servidores, sobrecarregados pela falta de concurso e pelas muitas aposentadorias recentes, além de seus salários defasados. Não é de se surpreender que tal homenagem tenha sido mantida em segredo, impedindo inclusive que os servidores manifestassem seu desacordo", diz a entidade.
Ao jornal O Globo Silveira afirmou que não sabe por que foi agraciado. Seu nome foi guardado a sete chaves, até a divulgação na coluna da jornalista Monica Bergamo, na Folha de S.Paulo. A lista completa dos homenageados só foi divulgada às 18h de hoje —com 134 nomes, quantidade abaixo dos 200 homenageados divulgados inicialmente.
(...)
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
JAZZigo escreveu:
(...)
Infelizmente, acho que o Leandro Demori está muito correto. Essa escória se instalou, está curtindo uma mamata como há muito não tinha, e dificilmente vai permitir que essa situação mude profundamente. Banânia está F*****, mesmo, por muitos mais anos.
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Parabéns, orgulhoso bolsopata bananiense !!!! São "novos tempos" !!!!
Como dito aí no vídeo, "perdeu-se as referências"... Aliás, já está mais que na hora de jogar sigilo de 100 anos em todos estes dados aí, né ?
peter.forc- Membro
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Fundo do poço?!
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Fascistas desesperados... Lula que se cuide...
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Lastimavelmente era claro que passaríamos a ter mais e mais este tipo de situação. O aumento das facilidades para importação de armas, associado à criminosa eliminação dos controles sobre a venda e posse de armas e munições tinham consequência totalmente clara e previsível...
Apertem os cintos, pois infelizmente creio que vem muito problema por aí...
Apertem os cintos, pois infelizmente creio que vem muito problema por aí...
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
JAZZigo escreveu:Fascistas desesperados... Lula que se cuide...
Nem só ele, mas do jeito que anda, qualquer candidato que aperte o cinto.
Um foi esfaqueado na campanha passada, pro barbudo também ser nessa, não custa nada. Afinal extremismo não tem lado, tem doença.
NeyBass- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
que o próximo governo (seja qual for) torne o bolsonarismo crime hediondo
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jgs- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
jgs escreveu:que o próximo governo (seja qual for) torne o bolsonarismo crime hediondo
Não resolve...
O "bolsonarismo" é o lado ruim da humanidade, algo que sempre existiu. É muito maior que o bozo e sua corja de assassinos e ladrões. É uma doença da alma, da sociedade... As pessoas de bem precisam estar sempre atentas e combater esse mal com força e decisão.
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allexcosta- Administrador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^Concordo.
Não basta vencer Bolsonaro para superar o bolsonarismo. Será necessário responder aos problemas reais das pessoas que embarcaram no bolsonarismo por desilusão e/ou descontentamento. Sugiro algumas leituras para ajudar a compreender nossa realidade:
"Retrotopia" - Zygmunt Bauman;
"Guerra Cultural e Retórica do Ódio: Crônicas de um Brasil pós-político" - João Cezar de Castro Rocha;
"Engenheiros do Caos" - Giuliano Da Empoli;
Não basta vencer Bolsonaro para superar o bolsonarismo. Será necessário responder aos problemas reais das pessoas que embarcaram no bolsonarismo por desilusão e/ou descontentamento. Sugiro algumas leituras para ajudar a compreender nossa realidade:
"Retrotopia" - Zygmunt Bauman;
"Guerra Cultural e Retórica do Ódio: Crônicas de um Brasil pós-político" - João Cezar de Castro Rocha;
"Engenheiros do Caos" - Giuliano Da Empoli;
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"Não existe neutralidade possível." F.F.
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
mas transformar a simbologia desse troço em crime (alusões aos membros da familícia e coisa e tal, +- como é feito com símbolos nazistas) seria uma boa sim
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jgs- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
jgs escreveu:mas transformar a simbologia desse troço em crime (alusões aos membros da familícia e coisa e tal, +- como é feito com símbolos nazistas) seria uma boa sim
A idéia é boa e tem boa intenção, mas não funciona. Diferente dos nazistas, que tem um histórico altamente (e comprovadamente) sangrento, violento e inúmeras coisas péssimas, o bolsonarismo é "só" uma idéia. Tem seus seguidores desmiolados que, sob a influência, estão agindo de maneiras criminosas, mas como um todo ainda é uma idéia e não uma ação. Tanto que se for perguntar o que é 'bolsonarismo', é algo relativamente difícil de definir.
Até hoje temos problemas com nazistas modernos: ainda há simpatizantes que se agrupam e defendem com unhas e dentes. Proibir o tal do "bolsonarismo" só vai fomentar mais ainda grupos cada vez maiores de simpatizantes, mesmo que "underground", e vão se tornar ainda mais violentos e vão encarar com muito mais força qualquer outra coisa que esteja a frente e não se alinhe ao mesmo pensamento.
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Meu nome é GUILHERME. #54 - Clube dos Nerd/Geeks e afins...
Hint: Não toco baixo. Ainda. // O único ser vivente deste fórum que com 2 meses de cadastro inventa um meme. // Gordo Fofura
Sonikado- Membro
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peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Sou um homem simples.Binão escreveu:
Esta sim é esquerda raiz. Ódio do mal mesmo. Sem Máscara
Eu vejo Ruschel, fecho o vídeo.
Quem diria que existem pessoas ruins dos dois lados, hein?
Kitsunee- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Sonikado escreveu:jgs escreveu:mas transformar a simbologia desse troço em crime (alusões aos membros da familícia e coisa e tal, +- como é feito com símbolos nazistas) seria uma boa sim
A idéia é boa e tem boa intenção, mas não funciona. Diferente dos nazistas, que tem um histórico altamente (e comprovadamente) sangrento, violento e inúmeras coisas péssimas, o bolsonarismo é "só" uma idéia. Tem seus seguidores desmiolados que, sob a influência, estão agindo de maneiras criminosas, mas como um todo ainda é uma idéia e não uma ação. Tanto que se for perguntar o que é 'bolsonarismo', é algo relativamente difícil de definir.
Até hoje temos problemas com nazistas modernos: ainda há simpatizantes que se agrupam e defendem com unhas e dentes. Proibir o tal do "bolsonarismo" só vai fomentar mais ainda grupos cada vez maiores de simpatizantes, mesmo que "underground", e vão se tornar ainda mais violentos e vão encarar com muito mais força qualquer outra coisa que esteja a frente e não se alinhe ao mesmo pensamento.
nao é melhor cortar pela raiz enquanto tá pequeno do que deixar crescer e correr riscos maiores?
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jgs- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Bolsonaro convida irmãos do petista Marcelo a sapatear e a cuspir na cova.
https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2022/07/13/bolsonaro-convida-irmaos-do-petista-marcelo-a-sapatear-e-a-cuspir-na-cova.htm
(...)
Não bastava a Jair Bolsonaro jamais ter pronunciado o nome da vítima.
(...)
Com o auxílio do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), Bolsonaro fez nesta terça uma chamada de vídeo Zé Arruda e Luís Arruda, irmãos de Marcelo. Ambos são eleitores do presidente e não estavam presentes à festa, que tinha como temas o PT e o ex-presidente Lula.
(...)
Reitere-se: Bolsonaro não falou com Pâmela Suellen Silva, viúva de Marcelo -- que se arriscou, diga-se, para tentar salvar o marido e os convidados -- ou com Leonardo, um dos filhos da vítima, que tem 26 anos. Não. Ele foi buscar entre os familiares aqueles que são seus eleitores, num esforço, como de hábito, de culpar a vítima pela própria tragédia.
Disse: "A gente sabe qual foi o lado que começou, mas fica essa imputação em cima de mim, como se eu fosse o responsável pelo que aconteceu, dados os meus pronunciamentos. Foi politizado pela grande mídia. A gente não concorda com esse tipo de comportamento. Se porventura me apoiem, peço que apoiem o outro lado. Eu sou vítima, eu levei uma facada".
Sim, foi assim mesmo. O senhor presidente da República telefonou a dois familiares do morto para tentar demonstrar que a verdadeira vítima não era aquele a quem chama "o cara", mas ele próprio, Bolsonaro. Afinal, levou uma facada em 2018, como se tal episódio tivesse alguma relação com a tragédia havida no sábado. Não ficou só nisso, não. Convidou a dupla a visitá-lo no Palácio do Planalto, ocasião, então, em que dariam uma coletiva para "mostrar o que aconteceu, mesmo que a imprensa tenha o grande objetivo de desgastar o governo".
Bolsonaro deixa claro aos próprios irmãos de Marcelo, que toma gente como sua -- e, pois, supõe que compartilhem de seus valores -- que pouco se lixa para a vítima. Está mesmo preocupado é com a reputação do seu governo.
Vamos ver se a dupla está disposta a sapatear sobre a cova do irmão.
(...)
"Se as forças progressistas e democráticas não se mobilizarem para evitar o desastre, as vítimas [da malignidade à brasileira] continuarão aumentando” - Antonio David Cattani - sociólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre e doutor em sociologia pela Universidade de Paris e autor do livro “A Síndrome do Mal”, da editora Cirkula.
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-ha-fascismo-mas-malignidade-no-brasil-diz-sociologo/
(ou como diria nosso colega Rico: "A essa altura do campeonato não é mais questão de opinião, mas sim, de caráter."
https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2022/07/13/bolsonaro-convida-irmaos-do-petista-marcelo-a-sapatear-e-a-cuspir-na-cova.htm
(...)
Não bastava a Jair Bolsonaro jamais ter pronunciado o nome da vítima.
(...)
Com o auxílio do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), Bolsonaro fez nesta terça uma chamada de vídeo Zé Arruda e Luís Arruda, irmãos de Marcelo. Ambos são eleitores do presidente e não estavam presentes à festa, que tinha como temas o PT e o ex-presidente Lula.
(...)
Reitere-se: Bolsonaro não falou com Pâmela Suellen Silva, viúva de Marcelo -- que se arriscou, diga-se, para tentar salvar o marido e os convidados -- ou com Leonardo, um dos filhos da vítima, que tem 26 anos. Não. Ele foi buscar entre os familiares aqueles que são seus eleitores, num esforço, como de hábito, de culpar a vítima pela própria tragédia.
Disse: "A gente sabe qual foi o lado que começou, mas fica essa imputação em cima de mim, como se eu fosse o responsável pelo que aconteceu, dados os meus pronunciamentos. Foi politizado pela grande mídia. A gente não concorda com esse tipo de comportamento. Se porventura me apoiem, peço que apoiem o outro lado. Eu sou vítima, eu levei uma facada".
Sim, foi assim mesmo. O senhor presidente da República telefonou a dois familiares do morto para tentar demonstrar que a verdadeira vítima não era aquele a quem chama "o cara", mas ele próprio, Bolsonaro. Afinal, levou uma facada em 2018, como se tal episódio tivesse alguma relação com a tragédia havida no sábado. Não ficou só nisso, não. Convidou a dupla a visitá-lo no Palácio do Planalto, ocasião, então, em que dariam uma coletiva para "mostrar o que aconteceu, mesmo que a imprensa tenha o grande objetivo de desgastar o governo".
Bolsonaro deixa claro aos próprios irmãos de Marcelo, que toma gente como sua -- e, pois, supõe que compartilhem de seus valores -- que pouco se lixa para a vítima. Está mesmo preocupado é com a reputação do seu governo.
Vamos ver se a dupla está disposta a sapatear sobre a cova do irmão.
(...)
"Se as forças progressistas e democráticas não se mobilizarem para evitar o desastre, as vítimas [da malignidade à brasileira] continuarão aumentando” - Antonio David Cattani - sociólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre e doutor em sociologia pela Universidade de Paris e autor do livro “A Síndrome do Mal”, da editora Cirkula.
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-ha-fascismo-mas-malignidade-no-brasil-diz-sociologo/
(ou como diria nosso colega Rico: "A essa altura do campeonato não é mais questão de opinião, mas sim, de caráter."
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
É o conhecido "mantra" da seita bolsopata: liberdade de opinião só para nós, tolerância só com nossa corrupção, aparelhamento das instituições só para nossos objetivos, e por aí vai... O ápice da hipocrisia e do mau-caratismo.
Veto de Bolsonaro ameaça livre manifestação e naturaliza violência política
13/07/2022 20h17
Por Natália Sant'anna, coordenadora de articulação política do Pacto pela Democracia, especial para a coluna
O Congresso Nacional deve analisar, nesta quinta (14), o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma lei que tornou crime atentar contra o direito à manifestação política pacífica.
Diante de um cenário com violência de natureza política, em um processo eleitoral permeado por discursos que tiram a credibilidade do resultado das urnas, o país precisa se mobilizar para que o Congresso e os chefes dos Poderes da República assegurem que manifestações sejam garantidas para a sociedade civil.
Aprovada no ano passado, a Lei de Proteção ao Estado Democrático de Direito (14.197/21) revogou a Lei de Segurança Nacional, uma herança do período militar, criada para perseguir e intimidar críticos ao governo. A nova legislação foi uma grande conquista, fruto de uma mobilização de diversos setores da sociedade.
Entretanto, o presidente baixou o veto 46/2021, que suprimiu o artigo 359-s, que criminalizava o atentado ao direito de manifestação pacífica. Com a decisão de Bolsonaro, os mecanismos de intimidação e violência podem ser usados contra o exercício da livre manifestação de ativistas, movimentos sociais e organizações da sociedade civil sem a devida responsabilização ou aumento de pena para quem o pratique.
(...)
https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2022/07/13/veto-de-bolsonaro-ameaca-livre-manifestacao-e-naturaliza-violencia-politica.htm
Veto de Bolsonaro ameaça livre manifestação e naturaliza violência política
13/07/2022 20h17
Por Natália Sant'anna, coordenadora de articulação política do Pacto pela Democracia, especial para a coluna
O Congresso Nacional deve analisar, nesta quinta (14), o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma lei que tornou crime atentar contra o direito à manifestação política pacífica.
Diante de um cenário com violência de natureza política, em um processo eleitoral permeado por discursos que tiram a credibilidade do resultado das urnas, o país precisa se mobilizar para que o Congresso e os chefes dos Poderes da República assegurem que manifestações sejam garantidas para a sociedade civil.
Aprovada no ano passado, a Lei de Proteção ao Estado Democrático de Direito (14.197/21) revogou a Lei de Segurança Nacional, uma herança do período militar, criada para perseguir e intimidar críticos ao governo. A nova legislação foi uma grande conquista, fruto de uma mobilização de diversos setores da sociedade.
Entretanto, o presidente baixou o veto 46/2021, que suprimiu o artigo 359-s, que criminalizava o atentado ao direito de manifestação pacífica. Com a decisão de Bolsonaro, os mecanismos de intimidação e violência podem ser usados contra o exercício da livre manifestação de ativistas, movimentos sociais e organizações da sociedade civil sem a devida responsabilização ou aumento de pena para quem o pratique.
(...)
https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2022/07/13/veto-de-bolsonaro-ameaca-livre-manifestacao-e-naturaliza-violencia-politica.htm
peter.forc- Membro
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peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Kitsunee escreveu:Sou um homem simples.Binão escreveu:
Esta sim é esquerda raiz. Ódio do mal mesmo. Sem Máscara
Eu vejo Ruschel, fecho o vídeo.
Quem diria que existem pessoas ruins dos dois lados, hein?
Mas isso existe, pessoas ruins de esquerda?
Acho que não heim.
Um problema é a violência no geral, mas o problema maior é só ve-la de um lado.
NeyBass- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Melhor que explicar, "desenhar"...
peter.forc- Membro
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Raul S.- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Acho que melhor que desenhar, é ter noção da coisa e deixar de lado o lado político (esquerda, direita) e tentar uma forma de acabar com a violência.
Se Bolsonaro ganhar, continuará a violência que estamos vendo, mas se o Lula ganhar, continuará a violência também, apenas trocará de lado.
No meu modo de pensar, o correto seria todo mundo partir para eleger uma terceira via, ficar brigando por Bolsonaro ou Lula é burrice e quem acha que violência só existe de um lado, não pensa muito bem.
Os esquerdas agora foram até o STF, com o fiofózinho tremendo de medo, mas quando esfaquearam o Bozo em 2018, ninguém foi atrás de ajuda.
Mas é assim, cada um busca suas ideologias e o que lhe interessa.
O chororô dos esquerdas é puramente por não aceitar a derrota de 2018.
Calma que essa eleição o Lula ganha e vcs voltam a sorrir.
Se Bolsonaro ganhar, continuará a violência que estamos vendo, mas se o Lula ganhar, continuará a violência também, apenas trocará de lado.
No meu modo de pensar, o correto seria todo mundo partir para eleger uma terceira via, ficar brigando por Bolsonaro ou Lula é burrice e quem acha que violência só existe de um lado, não pensa muito bem.
Os esquerdas agora foram até o STF, com o fiofózinho tremendo de medo, mas quando esfaquearam o Bozo em 2018, ninguém foi atrás de ajuda.
Mas é assim, cada um busca suas ideologias e o que lhe interessa.
O chororô dos esquerdas é puramente por não aceitar a derrota de 2018.
Calma que essa eleição o Lula ganha e vcs voltam a sorrir.
NeyBass- Membro
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Corrupção bolsonarista, capítulo 1
Quem não vota no PT pela corrupção faz o que com essa?
Conrado Hübner Mendes
Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC
Folha de S. Paulo, 8.jun.2022 às 18h58
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2022/06/corrupcao-bolsonarista-capitulo-1.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo
Acabou a mamata do grito "acabou a mamata". Robotizado, voluntariamente desinformado e memeficado, o fiscal de mamata foi traído. Aquilo que foi vendido como governo sem corrupção se confirmou, para surpresa da velhinha de Taubaté, o seu contrário. Com esteroides.
Muitos dos que votam em Bolsonaro a contragosto e de nariz tampado, como dizem, organizam os polos da seguinte maneira: de um lado, a delinquência política de Bolsonaro e a ameaça à democracia; de outro, a corrupção encontrada durante o governo Lula.
Supõem que a prática de corrupção se ausentou desse governo. Que votar em Bolsonaro apesar da incivilidade, da violência e da ameaça holística, previne a corrupção do outro lado. Optariam pelo mal menor. Nessa equação marota, a corrupção bolsonarista não entra na conta. Fica escondida dentro do armário.
Entre democracia lulista com corrupção e autocracia bolsonarista sem corrupção, ficariam com a segunda. O único problema é que esse dilema não tem nenhuma conexão com os fatos. E para perceber o falso dilema você não precisa se convencer de que governos petistas foram impolutos. Precisa só de um pouco de curiosidade e honestidade. Se também tiver interesse pela democracia e pelo próprio combate à corrupção, ajuda.
Independentemente do que você sabe e pensa sobre práticas de corrupção de gestões passadas, ou de como avalia provas apresentadas e responsabilidades atribuídas, não se pode esconder o que já se sabe sobre a gestão Bolsonaro.
E o que já se sabe atravessa todo o espectro desse conceito abrangente chamado corrupção. Se corrupção importa no seu voto, vale entender melhor do que se trata. Na acepção que mais toca o fígado e desperta fúria e ódio, corrupção significa enriquecer ilegalmente com dinheiro público. Essa corrupção é crime.
E nessa acepção reducionista e popular do conceito, há evidências espalhadas pelas gavetas do sistema de justiça de como a carreira eleitoral bolsonarista se catapultou a partir dela. As rachadinhas, os assessores-fantasma, as compras de imóveis com mala de dinheiro, as franquias de chocolate.
Mas se quisermos superar a primeira infância do debate político e fazer justiça ao conceito de corrupção, entendida como sequestro da coisa pública pelo interesse privado, temos que ir muito além.
Nessa série da corrupção bolsonarista, os capítulos não podem deixar de abordar uma infinidade de práticas de corrupção institucional.
A normalização das decretações de sigilo até para cartão corporativo e matrícula escolar da filha do presidente; o orçamento secreto; o apagão de dados; o desvirtuamento ilegal de políticas públicas de educação, saúde, ambiente, cultura e direitos humanos.
Ou a inviabilização da investigação de corrupção; as práticas de captura e assédio; mercadores da cloroquina, tráfico de madeira, Bíblias do MEC, kits robótica; a omissão de autoridades em área do crime organizado onde sumiram Dom Phillips e Bruno Araújo.
A corrupção, curiosamente, às vezes sequer viola a lei. Ocorre quando o próprio texto legal traz regra reprodutora de estruturas de dominação econômica. A espoliação se legaliza. Ou quando intérpretes da lei contrabandeiam interpretação troncha em benefício próprio. Que nome tem a interpretação que o STF faz da Lei da Magistratura, das vedações a juízes, das regras de ética judicial ou do teto constitucional?
Quem não vota no PT pela corrupção, faz o que com a corrupção bolsonarista?
Pode desconversar, gritando "acabou a mamata" ou "nunca vou esquecer da Petrobras" ao infinito; pode dizer que a corrupção do PT foi a maior da história democrática universal, tese empiricamente não demonstrável (seja de quem for a corrupção alegada); pode falar que Bolsonaro nunca soube nem mesmo das práticas de sua própria família no passado e no presente; pode salientar que Bolsonaro fez concessões inescapáveis para governar.
Ou pode reconhecer que corrupção era o pretexto, o ódio era o subtexto, a irracionalidade coletiva era o contexto do que nos trouxe aqui. E aí descobrir que corrupção não se combate com messias nem com juiz herói, dublê de homem de bem e praticante do "fiat lex" (faça-se a lei). Que corrupção se enfrenta com esforço contínuo, dependente de instituições transparentes, autônomas e competentes, para começar.
Inspire. Pense em transparência, autonomia institucional e competência técnica. Expire. Agora pense em governo Bolsonaro. Aguarde os próximos capítulos.
Conrado Hübner Mendes
Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC
Folha de S. Paulo, 8.jun.2022 às 18h58
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2022/06/corrupcao-bolsonarista-capitulo-1.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo
Acabou a mamata do grito "acabou a mamata". Robotizado, voluntariamente desinformado e memeficado, o fiscal de mamata foi traído. Aquilo que foi vendido como governo sem corrupção se confirmou, para surpresa da velhinha de Taubaté, o seu contrário. Com esteroides.
Muitos dos que votam em Bolsonaro a contragosto e de nariz tampado, como dizem, organizam os polos da seguinte maneira: de um lado, a delinquência política de Bolsonaro e a ameaça à democracia; de outro, a corrupção encontrada durante o governo Lula.
Supõem que a prática de corrupção se ausentou desse governo. Que votar em Bolsonaro apesar da incivilidade, da violência e da ameaça holística, previne a corrupção do outro lado. Optariam pelo mal menor. Nessa equação marota, a corrupção bolsonarista não entra na conta. Fica escondida dentro do armário.
Entre democracia lulista com corrupção e autocracia bolsonarista sem corrupção, ficariam com a segunda. O único problema é que esse dilema não tem nenhuma conexão com os fatos. E para perceber o falso dilema você não precisa se convencer de que governos petistas foram impolutos. Precisa só de um pouco de curiosidade e honestidade. Se também tiver interesse pela democracia e pelo próprio combate à corrupção, ajuda.
Independentemente do que você sabe e pensa sobre práticas de corrupção de gestões passadas, ou de como avalia provas apresentadas e responsabilidades atribuídas, não se pode esconder o que já se sabe sobre a gestão Bolsonaro.
E o que já se sabe atravessa todo o espectro desse conceito abrangente chamado corrupção. Se corrupção importa no seu voto, vale entender melhor do que se trata. Na acepção que mais toca o fígado e desperta fúria e ódio, corrupção significa enriquecer ilegalmente com dinheiro público. Essa corrupção é crime.
E nessa acepção reducionista e popular do conceito, há evidências espalhadas pelas gavetas do sistema de justiça de como a carreira eleitoral bolsonarista se catapultou a partir dela. As rachadinhas, os assessores-fantasma, as compras de imóveis com mala de dinheiro, as franquias de chocolate.
Mas se quisermos superar a primeira infância do debate político e fazer justiça ao conceito de corrupção, entendida como sequestro da coisa pública pelo interesse privado, temos que ir muito além.
Nessa série da corrupção bolsonarista, os capítulos não podem deixar de abordar uma infinidade de práticas de corrupção institucional.
A normalização das decretações de sigilo até para cartão corporativo e matrícula escolar da filha do presidente; o orçamento secreto; o apagão de dados; o desvirtuamento ilegal de políticas públicas de educação, saúde, ambiente, cultura e direitos humanos.
Ou a inviabilização da investigação de corrupção; as práticas de captura e assédio; mercadores da cloroquina, tráfico de madeira, Bíblias do MEC, kits robótica; a omissão de autoridades em área do crime organizado onde sumiram Dom Phillips e Bruno Araújo.
A corrupção, curiosamente, às vezes sequer viola a lei. Ocorre quando o próprio texto legal traz regra reprodutora de estruturas de dominação econômica. A espoliação se legaliza. Ou quando intérpretes da lei contrabandeiam interpretação troncha em benefício próprio. Que nome tem a interpretação que o STF faz da Lei da Magistratura, das vedações a juízes, das regras de ética judicial ou do teto constitucional?
Quem não vota no PT pela corrupção, faz o que com a corrupção bolsonarista?
Pode desconversar, gritando "acabou a mamata" ou "nunca vou esquecer da Petrobras" ao infinito; pode dizer que a corrupção do PT foi a maior da história democrática universal, tese empiricamente não demonstrável (seja de quem for a corrupção alegada); pode falar que Bolsonaro nunca soube nem mesmo das práticas de sua própria família no passado e no presente; pode salientar que Bolsonaro fez concessões inescapáveis para governar.
Ou pode reconhecer que corrupção era o pretexto, o ódio era o subtexto, a irracionalidade coletiva era o contexto do que nos trouxe aqui. E aí descobrir que corrupção não se combate com messias nem com juiz herói, dublê de homem de bem e praticante do "fiat lex" (faça-se a lei). Que corrupção se enfrenta com esforço contínuo, dependente de instituições transparentes, autônomas e competentes, para começar.
Inspire. Pense em transparência, autonomia institucional e competência técnica. Expire. Agora pense em governo Bolsonaro. Aguarde os próximos capítulos.
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"Odeio o ouvinte de memória fiel demais." (Erasmo de Rotterdam, 1466-1536†)
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Corrupção bolsonarista, capítulo 2
Os gabinetes lucrativos e os jogos imobiliários com dinheiro vivo
Conrado Hübner Mendes
Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC
Folha de S. Paulo, 15.jun.2022 às 18h39
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2022/06/corrupcao-bolsonarista-capitulo-2.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo
Não basta matar, espalhar a fome e acabar com a democracia, é preciso ser corrupto. Os que toleram a morte, a miséria e o ataque às liberdades, mas não toleram a corrupção, e por isso dizem preferir Bolsonaro, está na hora de despertar do transe negacionista ou de disfarçar melhor o cinismo. A corrupção bolsonarista é profunda, multifacetada e longeva.
Essa série descreve os modos de apropriação privada do público na trajetória bolsonarista. Neste segundo capítulo, tratamos da pequena corrupção que, ao longo de 30 anos, de acordo com evidências, multiplicou os bens da família. Vai ficar mais grave nos próximos capítulos, mas comecemos pelo começo.
Bolsonaro representa fração da velha política patrimonialista que dedica 100% de sua carreira a parasitar o bem público para fins pessoais. Não tem ideias, proposta política ou visão de futuro. Nunca participou de qualquer projeto coletivo ou se mobilizou por qualquer causa.
Para além da retórica em defesa da ditadura, da tortura e da violência policial, que lhe rendeu votos mas não se traduziu em ato para melhorar vida de policiais, teve vida política inócua e preguiçosa. Não consta, como deputado, uma única realização digna de nota no processo legislativo. Foi se esgueirando pelas brechas da ilegalidade tolerada.
Um parasita político puro-sangue só quer enriquecer em paz. O poder é instrumento para se locupletar e, ao mesmo tempo, anteparo para dificultar investigação. Manter a corrupção no âmbito das verbas de gabinete e das transações imobiliárias se fez estratégia de menor risco. Conseguiu voar abaixo do radar enguiçado da Justiça por muito tempo.
Ir a cartórios de imóveis do Rio de Janeiro com malas de dinheiro é esporte praticado por membros da família desde os anos 90. No jargão cartorial, tudo feito em "moeda corrente, contada e achada certa". Não foram duas ou três vezes, pelo prazer da aventura. Adotaram conhecido método para dificultar rastreabilidade do dinheiro. Os fatos abaixo foram relatados por inúmeras reportagens nos últimos anos.
Teria começado com a primeira esposa de Bolsonaro, quando levou R$ 96 mil ao cartório para adquirir imóvel em Vila Isabel. A segunda esposa comprou cinco imóveis, entre 2002 e 2006, movimentando R$ 243 mil em dinheiro vivo.
Em 2003, Carlos Bolsonaro pagou R$ 150 mil por imóvel na Tijuca. Seu irmão Flávio, em 2008, comprou 12 salas de escritório com R$ 86 mil, e em 2012 um apartamento em Copacabana por R$ 638 mil. Anos depois, Flávio recebeu, num único mês, 48 depósitos fracionados na sua conta bancária. Eduardo, em 2016, deu entrada de R$ 81 mil, adicionada de R$ 100 mil, por apartamento em Botafogo. Tudo dinheiro contado.
Flávio foi acusado de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. Nomes juridicamente mais precisos para a "rachadinha", desvio de dinheiro público por confisco parcial do salário de servidores.
No contexto da Presidência paterna, o labirinto obscuro da Justiça brasileira o premiou. A partir da segunda instância do Rio até STJ e STF, uma série de decisões extravagantes sobre foro privilegiado e anulação de provas derrotaram esforços investigativos do Ministério Público.
Mas há fatos conhecidos que permanecem sem explicação. O Coaf, órgão que Flávio depois ajudou a esvaziar, identificou transações de R$ 1,2 milhão, entre 2016 e 2017, feitas por Fabrício Queiroz. Sua conta recebeu transferências de pelo menos sete servidores do gabinete de Flávio. Quatro funcionários do gabinete de Carlos, por sua vez, sacaram R$ 570 mil, maior parte de seus salários, do caixa eletrônico.
Conrado Hübner Mendes
Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC
Folha de S. Paulo, 15.jun.2022 às 18h39
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2022/06/corrupcao-bolsonarista-capitulo-2.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo
Não basta matar, espalhar a fome e acabar com a democracia, é preciso ser corrupto. Os que toleram a morte, a miséria e o ataque às liberdades, mas não toleram a corrupção, e por isso dizem preferir Bolsonaro, está na hora de despertar do transe negacionista ou de disfarçar melhor o cinismo. A corrupção bolsonarista é profunda, multifacetada e longeva.
Essa série descreve os modos de apropriação privada do público na trajetória bolsonarista. Neste segundo capítulo, tratamos da pequena corrupção que, ao longo de 30 anos, de acordo com evidências, multiplicou os bens da família. Vai ficar mais grave nos próximos capítulos, mas comecemos pelo começo.
Bolsonaro representa fração da velha política patrimonialista que dedica 100% de sua carreira a parasitar o bem público para fins pessoais. Não tem ideias, proposta política ou visão de futuro. Nunca participou de qualquer projeto coletivo ou se mobilizou por qualquer causa.
Para além da retórica em defesa da ditadura, da tortura e da violência policial, que lhe rendeu votos mas não se traduziu em ato para melhorar vida de policiais, teve vida política inócua e preguiçosa. Não consta, como deputado, uma única realização digna de nota no processo legislativo. Foi se esgueirando pelas brechas da ilegalidade tolerada.
Um parasita político puro-sangue só quer enriquecer em paz. O poder é instrumento para se locupletar e, ao mesmo tempo, anteparo para dificultar investigação. Manter a corrupção no âmbito das verbas de gabinete e das transações imobiliárias se fez estratégia de menor risco. Conseguiu voar abaixo do radar enguiçado da Justiça por muito tempo.
Ir a cartórios de imóveis do Rio de Janeiro com malas de dinheiro é esporte praticado por membros da família desde os anos 90. No jargão cartorial, tudo feito em "moeda corrente, contada e achada certa". Não foram duas ou três vezes, pelo prazer da aventura. Adotaram conhecido método para dificultar rastreabilidade do dinheiro. Os fatos abaixo foram relatados por inúmeras reportagens nos últimos anos.
Teria começado com a primeira esposa de Bolsonaro, quando levou R$ 96 mil ao cartório para adquirir imóvel em Vila Isabel. A segunda esposa comprou cinco imóveis, entre 2002 e 2006, movimentando R$ 243 mil em dinheiro vivo.
Em 2003, Carlos Bolsonaro pagou R$ 150 mil por imóvel na Tijuca. Seu irmão Flávio, em 2008, comprou 12 salas de escritório com R$ 86 mil, e em 2012 um apartamento em Copacabana por R$ 638 mil. Anos depois, Flávio recebeu, num único mês, 48 depósitos fracionados na sua conta bancária. Eduardo, em 2016, deu entrada de R$ 81 mil, adicionada de R$ 100 mil, por apartamento em Botafogo. Tudo dinheiro contado.
Flávio foi acusado de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. Nomes juridicamente mais precisos para a "rachadinha", desvio de dinheiro público por confisco parcial do salário de servidores.
No contexto da Presidência paterna, o labirinto obscuro da Justiça brasileira o premiou. A partir da segunda instância do Rio até STJ e STF, uma série de decisões extravagantes sobre foro privilegiado e anulação de provas derrotaram esforços investigativos do Ministério Público.
Mas há fatos conhecidos que permanecem sem explicação. O Coaf, órgão que Flávio depois ajudou a esvaziar, identificou transações de R$ 1,2 milhão, entre 2016 e 2017, feitas por Fabrício Queiroz. Sua conta recebeu transferências de pelo menos sete servidores do gabinete de Flávio. Quatro funcionários do gabinete de Carlos, por sua vez, sacaram R$ 570 mil, maior parte de seus salários, do caixa eletrônico.
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Corrupção bolsonarista, capítulo 3
O sigilo, a desinformação e o apagão de dados neutralizam controle e facilitam crime
Conrado Hübner Mendes
Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC
Folha de S. Paulo, 22.jun.2022 às 19h08
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2022/06/corrupcao-bolsonarista-capitulo-3.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo
Todo governo corrupto pede ignorância, produz ignorância e depende da ignorância. Não há maior aliado da corrupção do que a ignorância. Não só a cultural e voluntária, efeito de falta de oportunidade educacional e do desinteresse pelo mundo e pelo outro. Mas também da institucionalmente forjada.
A produção institucional da ignorância é política "pública" no governo Bolsonaro. Não é qualquer desvio localizado num ou noutro ministério, de um ou outro agente. Ela se fez o mais transversal programa de governo em vigor. Bolsonaro precisa que desconheçamos o país tanto quanto possível para que a corrupção seja insondável e infalível.
A prática oficiosa combina três ações: fechar informação por meio de sigilo —o estado de sigilo; destruir ou deixar de construir informação— o apagão de dados; fabricar desinformação e catapultá-la por canais fora do escrutínio público para perturbar o juízo e os afetos. Três formas de supressão da esfera pública e manutenção da ignorância. Essa vasta "arcana imperii" bolsonarista pavimenta a corrupção.
O tripé tornou-se abissal no governo Bolsonaro. Aqui um resumo.
Razões jurídicas para o sigilo são razões extraordinárias e sujeitas a controle. Devem ser imprescindíveis à "segurança da sociedade e do Estado", segundo a Constituição. Bolsonaro as tornou ordinárias e isentas de fiscalização. Banalizou a exceção aqui também.
Sigilos centenários foram impostos para: acesso ao Palácio do Planalto de filhos do presidente, lobistas de armas e advogado de Bolsonaro; carteira de vacinação do presidente; encontros de Bolsonaro com pastores lobistas do MEC; absolvição de Pazuello. Alegou-se "informação pessoal". "Em cem anos saberá", ironizou Bolsonaro quando perguntado.
O governo também tomou iniciativas para restringir amplitude da Lei de Acesso à Informação e recusou publicidade a documentos sobre compra das vacinas Covaxin e Pfizer; encontro eventual do ex-ministro Sergio Moro com lobistas das armas; estudos sobre cloroquina; estudo da Fiocruz sobre uso de drogas; dados de desemprego; autuações e multas sobre crimes ambientais; documentos sobre as reformas administrativa e da previdência.
Gastos recordes com cartão corporativo presidencial também foram postos em sigilo. Para viagens governamentais, R$ 1 a cada R$ 4 em diárias e passagens ficaram em sigilo. Em 2021, o gasto representou R$ 170 milhões. E até matrícula da filha do presidente em colégio militar, sem ter feito prova de admissão a que todos se submetem, virou sigiloso.
Durante a pandemia, a batalha governamental contra a informação foi constante para dificultar a apuração do número de mortes e omissões da política sanitária. Um consórcio de imprensa foi montado para preencher o apagão governamental deliberado.
Além de bloquear informações essenciais à investigação de corrupção e à avaliação do desempenho governamental, o governo também instiga desconfiança, desfinancia e assedia funcionários de instituições que produzem informação e conhecimento. O adiamento do Censo, pelo IBGE, o ataque aos dados de desmatamento do INPE, as remoções de dados do Censo Escolar e do Enem pelo Inep são outros exemplos manifestos.
Conrado Hübner Mendes
Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC
Folha de S. Paulo, 22.jun.2022 às 19h08
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2022/06/corrupcao-bolsonarista-capitulo-3.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo
Todo governo corrupto pede ignorância, produz ignorância e depende da ignorância. Não há maior aliado da corrupção do que a ignorância. Não só a cultural e voluntária, efeito de falta de oportunidade educacional e do desinteresse pelo mundo e pelo outro. Mas também da institucionalmente forjada.
A produção institucional da ignorância é política "pública" no governo Bolsonaro. Não é qualquer desvio localizado num ou noutro ministério, de um ou outro agente. Ela se fez o mais transversal programa de governo em vigor. Bolsonaro precisa que desconheçamos o país tanto quanto possível para que a corrupção seja insondável e infalível.
A prática oficiosa combina três ações: fechar informação por meio de sigilo —o estado de sigilo; destruir ou deixar de construir informação— o apagão de dados; fabricar desinformação e catapultá-la por canais fora do escrutínio público para perturbar o juízo e os afetos. Três formas de supressão da esfera pública e manutenção da ignorância. Essa vasta "arcana imperii" bolsonarista pavimenta a corrupção.
O tripé tornou-se abissal no governo Bolsonaro. Aqui um resumo.
Razões jurídicas para o sigilo são razões extraordinárias e sujeitas a controle. Devem ser imprescindíveis à "segurança da sociedade e do Estado", segundo a Constituição. Bolsonaro as tornou ordinárias e isentas de fiscalização. Banalizou a exceção aqui também.
Sigilos centenários foram impostos para: acesso ao Palácio do Planalto de filhos do presidente, lobistas de armas e advogado de Bolsonaro; carteira de vacinação do presidente; encontros de Bolsonaro com pastores lobistas do MEC; absolvição de Pazuello. Alegou-se "informação pessoal". "Em cem anos saberá", ironizou Bolsonaro quando perguntado.
O governo também tomou iniciativas para restringir amplitude da Lei de Acesso à Informação e recusou publicidade a documentos sobre compra das vacinas Covaxin e Pfizer; encontro eventual do ex-ministro Sergio Moro com lobistas das armas; estudos sobre cloroquina; estudo da Fiocruz sobre uso de drogas; dados de desemprego; autuações e multas sobre crimes ambientais; documentos sobre as reformas administrativa e da previdência.
Gastos recordes com cartão corporativo presidencial também foram postos em sigilo. Para viagens governamentais, R$ 1 a cada R$ 4 em diárias e passagens ficaram em sigilo. Em 2021, o gasto representou R$ 170 milhões. E até matrícula da filha do presidente em colégio militar, sem ter feito prova de admissão a que todos se submetem, virou sigiloso.
Durante a pandemia, a batalha governamental contra a informação foi constante para dificultar a apuração do número de mortes e omissões da política sanitária. Um consórcio de imprensa foi montado para preencher o apagão governamental deliberado.
Além de bloquear informações essenciais à investigação de corrupção e à avaliação do desempenho governamental, o governo também instiga desconfiança, desfinancia e assedia funcionários de instituições que produzem informação e conhecimento. O adiamento do Censo, pelo IBGE, o ataque aos dados de desmatamento do INPE, as remoções de dados do Censo Escolar e do Enem pelo Inep são outros exemplos manifestos.
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"Odeio o ouvinte de memória fiel demais." (Erasmo de Rotterdam, 1466-1536†)
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Corrupção bolsonarista, capítulo 4
E pensavam que a Bíblia do MEC era 'guerra cultural'
Conrado Hübner Mendes
Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC
Folha de S. Paulo, 29.jun.2022 às 19h51
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2022/06/corrupcao-bolsonarista-capitulo-4.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo
Enquanto alguns se excitam no grito "abaixo Paulo Freire", "por uma Escola sem Partido" ou "contra a ideologia de gênero"; enquanto alguns se masturbam nos gritos pela liberdade, segurança e soberania, pela "inocência das crianças" e pelo "povo armado não será escravizado", sem receber nada em troca, outros enriquecem ilicitamente com dinheiro público.
O país distraído vai se deixando deseducar. Mal notou que a "guerra cultural" é coreografia que mascara corrupção. Ninguém sai mais livre, seguro e soberano. Muitos morrem por ação ou omissão estatal. Muitas crianças são abusadas no núcleo familiar sem escola ou serviço social que as socorra. Tem até juíza que tenta forçar criança grávida por estupro a parir.
Ricos e felizes, mesmo, ficam centrão, pastores da "rachadinha" e milicianos das periferias e das florestas. Sob a regência de Bolsonaro. A inversão ilegal de políticas públicas, assim como a produção institucional da ignorância, é prática consistente do atual governo.
O governo faz assim: nomeia ministro e equipe cuja missão é desentranhar a política pública; corta recursos, assedia e ameaça burocratas e fiscais independentes (veja livro "Assédio Institucional no Brasil", organizado por José Celso Cardoso Jr.); e incita inimigos da política respectiva a delinquir sob a promessa de que sairão ilesos.
Um cupim agressivo passa a chefiar a pasta contra a pasta. Sem mudar a lei, às vezes adaptando regras executivas, às vezes na pura informalidade e intimidação, congela-se a política.
Bolsonaro caprichou em personagens tão vassalos e caricatos que facilitam a explicação. Weintraub e Ribeiro na Educação; Pazuello e Queiroga na Saúde; Salles no Meio Ambiente; um delegado de polícia na Funai; Frias na Cultura; Camargo na Fundação Palmares. Todos quase analfabetos ou militantes histriônicos contra a política do órgão, definida em lei.
Mas não só paralisam a pasta. Uma nuvem de gafanhotos invade os gabinetes para vender produtos mirabolantes aos cupins liberados para gastar dinheiro público. "Gabinetes paralelos" (leia-se reunião secreta de operadores privados não sujeitos a controle, em missão ilegal, como na Educação e na Saúde) se formam e redistribuem recursos disponíveis. Para amigos do governo.
Há muitos exemplos. Recursos são alocados na hiperprodução de cloroquina e impressão de Bíblias na gráfica de pastor. Verbas do MEC são oferecidas em troca de barras de ouro. Kits robótica são comprados para escolas sem papel higiênico.
Também se mobilizam recursos da burocracia para liberar tráfico internacional de madeira e ouro ilegal; para criar serviços ilegais de disque-denúncia contra monstros imaginários. Recursos do extinto Bolsa Família caem na conta bancária de militares.
Conrado Hübner Mendes
Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC
Folha de S. Paulo, 29.jun.2022 às 19h51
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2022/06/corrupcao-bolsonarista-capitulo-4.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo
Enquanto alguns se excitam no grito "abaixo Paulo Freire", "por uma Escola sem Partido" ou "contra a ideologia de gênero"; enquanto alguns se masturbam nos gritos pela liberdade, segurança e soberania, pela "inocência das crianças" e pelo "povo armado não será escravizado", sem receber nada em troca, outros enriquecem ilicitamente com dinheiro público.
O país distraído vai se deixando deseducar. Mal notou que a "guerra cultural" é coreografia que mascara corrupção. Ninguém sai mais livre, seguro e soberano. Muitos morrem por ação ou omissão estatal. Muitas crianças são abusadas no núcleo familiar sem escola ou serviço social que as socorra. Tem até juíza que tenta forçar criança grávida por estupro a parir.
Ricos e felizes, mesmo, ficam centrão, pastores da "rachadinha" e milicianos das periferias e das florestas. Sob a regência de Bolsonaro. A inversão ilegal de políticas públicas, assim como a produção institucional da ignorância, é prática consistente do atual governo.
O governo faz assim: nomeia ministro e equipe cuja missão é desentranhar a política pública; corta recursos, assedia e ameaça burocratas e fiscais independentes (veja livro "Assédio Institucional no Brasil", organizado por José Celso Cardoso Jr.); e incita inimigos da política respectiva a delinquir sob a promessa de que sairão ilesos.
Um cupim agressivo passa a chefiar a pasta contra a pasta. Sem mudar a lei, às vezes adaptando regras executivas, às vezes na pura informalidade e intimidação, congela-se a política.
Bolsonaro caprichou em personagens tão vassalos e caricatos que facilitam a explicação. Weintraub e Ribeiro na Educação; Pazuello e Queiroga na Saúde; Salles no Meio Ambiente; um delegado de polícia na Funai; Frias na Cultura; Camargo na Fundação Palmares. Todos quase analfabetos ou militantes histriônicos contra a política do órgão, definida em lei.
Mas não só paralisam a pasta. Uma nuvem de gafanhotos invade os gabinetes para vender produtos mirabolantes aos cupins liberados para gastar dinheiro público. "Gabinetes paralelos" (leia-se reunião secreta de operadores privados não sujeitos a controle, em missão ilegal, como na Educação e na Saúde) se formam e redistribuem recursos disponíveis. Para amigos do governo.
Há muitos exemplos. Recursos são alocados na hiperprodução de cloroquina e impressão de Bíblias na gráfica de pastor. Verbas do MEC são oferecidas em troca de barras de ouro. Kits robótica são comprados para escolas sem papel higiênico.
Também se mobilizam recursos da burocracia para liberar tráfico internacional de madeira e ouro ilegal; para criar serviços ilegais de disque-denúncia contra monstros imaginários. Recursos do extinto Bolsa Família caem na conta bancária de militares.
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"Odeio o ouvinte de memória fiel demais." (Erasmo de Rotterdam, 1466-1536†)
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Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Corrupção bolsonarista, capítulo 5
Orçamento secreto aluga centrão, seduz oposição, ainda libera e esconde o ladrão
Conrado Hübner Mendes
Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC
Folha de S. Paulo, 13.jul.2022 às 19h10
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2022/07/corrupcao-bolsonarista-capitulo-5.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo
Gilmar Mendes foi entusiasta da Lava Jato. Dizia na Fiesp que a operação teria descoberto "modelo de governança corrupta" e, "felizmente para o Brasil", "estragou tudo". Os missionários de Curitiba teriam desvendado a "cleptocracia".
Após o impeachment, Gilmar trocou de lado e inverteu o alvo de xingamentos e liminares. A virada lhe rendeu título de trincheira do Estado de Direito, honraria graciosa dada pela advocacia também a Augusto Aras, outro ícone da "descriminalização da política".
Artur Lira e Rodrigo Pacheco, presidentes da Câmara e do Senado, construíram um magistral "modelo de governança corrupta". Dessa vez, secreto.
O segredo abre múltiplos túneis escuros de corrupção, além de reconfigurar, de modo inconstitucional, antirrepublicano e antidemocrático, a separação de Poderes, o jogo federativo e a competição eleitoral. Os adjetivos soam hiperbólicos. Mais hiperbólico é esse tatuzão.
Remodelou a relação entre Executivo e Legislativo, entre presidente da República e presidentes das Casas do Congresso; e também entre parlamentares e governos locais. E a possibilidade de lucrar com isso sem prestar contas e curtir a anonimidade.
O orçamento secreto é capítulo central da corrupção bolsonarista. Criou laço de reciprocidade e mútua dependência entre a parcela mais venal e parasitária da política brasileira e Jair Bolsonaro.
Estrutura uma permuta: para evitar impeachment, delinquir sem consequência e disputar reeleição ameaçando ignorar as urnas, parlamentares do centrão recebem poderes como nunca para negociar recursos pelas prefeituras do país, garantir sua reeleição e com liberdade de colocar recurso no próprio bolso.
Reportagens impressionantes de Breno Pires, no Estadão e na Piauí, a partir de 2021, radiografaram o mecanismo: Lira e Pacheco, empoderados, negociam apoio com cada parlamentar e premiam os disciplinados com quantias não sabidas.
Com esses recursos, o parlamentar pode bater à porta, por exemplo, de prefeituras e oferecer recursos em troca de contrapartidas. Entre as contrapartidas, às vezes, está a chamada "volta", ou seja, o retorno de parte do dinheiro para o bolso do parlamentar.
O último texto de Breno Pires descreveu remessas recordes de dinheiro para municípios minúsculos do Maranhão, onde se falsificam consultas e exames no setor de saúde. Depois do escândalo dos tratores, das máquinas agrícolas e dos fundos de educação, é urgente aprofundar investigação do que se passa no SUS.
O STF foi chamado a intervir nessa turbina nuclear do clientelismo. Cobrou transparência. Suas ordens continuam ignoradas. O Congresso simula obediência pela publicação de planilhas obscuras que não revelam valores destinados a "usuários externos". E esses usuários desconhecidos levam parte significativa dos recursos secretos.
Conrado Hübner Mendes
Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC
Folha de S. Paulo, 13.jul.2022 às 19h10
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/conrado-hubner-mendes/2022/07/corrupcao-bolsonarista-capitulo-5.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo
Gilmar Mendes foi entusiasta da Lava Jato. Dizia na Fiesp que a operação teria descoberto "modelo de governança corrupta" e, "felizmente para o Brasil", "estragou tudo". Os missionários de Curitiba teriam desvendado a "cleptocracia".
Após o impeachment, Gilmar trocou de lado e inverteu o alvo de xingamentos e liminares. A virada lhe rendeu título de trincheira do Estado de Direito, honraria graciosa dada pela advocacia também a Augusto Aras, outro ícone da "descriminalização da política".
Artur Lira e Rodrigo Pacheco, presidentes da Câmara e do Senado, construíram um magistral "modelo de governança corrupta". Dessa vez, secreto.
O segredo abre múltiplos túneis escuros de corrupção, além de reconfigurar, de modo inconstitucional, antirrepublicano e antidemocrático, a separação de Poderes, o jogo federativo e a competição eleitoral. Os adjetivos soam hiperbólicos. Mais hiperbólico é esse tatuzão.
Remodelou a relação entre Executivo e Legislativo, entre presidente da República e presidentes das Casas do Congresso; e também entre parlamentares e governos locais. E a possibilidade de lucrar com isso sem prestar contas e curtir a anonimidade.
O orçamento secreto é capítulo central da corrupção bolsonarista. Criou laço de reciprocidade e mútua dependência entre a parcela mais venal e parasitária da política brasileira e Jair Bolsonaro.
Estrutura uma permuta: para evitar impeachment, delinquir sem consequência e disputar reeleição ameaçando ignorar as urnas, parlamentares do centrão recebem poderes como nunca para negociar recursos pelas prefeituras do país, garantir sua reeleição e com liberdade de colocar recurso no próprio bolso.
Reportagens impressionantes de Breno Pires, no Estadão e na Piauí, a partir de 2021, radiografaram o mecanismo: Lira e Pacheco, empoderados, negociam apoio com cada parlamentar e premiam os disciplinados com quantias não sabidas.
Com esses recursos, o parlamentar pode bater à porta, por exemplo, de prefeituras e oferecer recursos em troca de contrapartidas. Entre as contrapartidas, às vezes, está a chamada "volta", ou seja, o retorno de parte do dinheiro para o bolso do parlamentar.
O último texto de Breno Pires descreveu remessas recordes de dinheiro para municípios minúsculos do Maranhão, onde se falsificam consultas e exames no setor de saúde. Depois do escândalo dos tratores, das máquinas agrícolas e dos fundos de educação, é urgente aprofundar investigação do que se passa no SUS.
O STF foi chamado a intervir nessa turbina nuclear do clientelismo. Cobrou transparência. Suas ordens continuam ignoradas. O Congresso simula obediência pela publicação de planilhas obscuras que não revelam valores destinados a "usuários externos". E esses usuários desconhecidos levam parte significativa dos recursos secretos.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Vai embora nada, vai é ficar atormentando. Isso é conversa de chorão que não aceita derrota, igual os petistas que a maioria ia embora se o Bozo ganhasse e não foram nada, estão é por aí enchendo o saco o tempo todo e atrapalhando a vida dos outros.
Podiam mesmo adotar essa política de quem perder pegar sua tropa e sumir do país, só assim o presidente eleito poderia trabalhar pelo país. Enquanto existir essa cultura de quem perder passar 4 anos trabalhando contra o país, nós estaremos na m$%&, nós que pagamos o pato por essa guerra política.
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Pois é... Banânia não é para "amadores", mesmo...
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E aí colegas bolsominions de plantão! Qual será o próximo passo?! Mais para trás ou mais para baixo, ou ambos?!
Seria cômico se não fosse trágico.
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Pior que dá! Mas eu disse colega, não, amigo!jgs escreveu:ou é colega ou é bozominion... as duas coisas juntas nao dá
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
nem isso. quando o colega vota em alguém que quer que eu morra... sem chance
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Campanha de Bolsonaro acha o 'culpado' pelo discurso golpista para embaixadores.
https://br.noticias.yahoo.com/campanha-de-bolsonaro-acha-o-culpado-pelo-discurso-golpista-para-embaixadores-141011329.html
O entorno e o comando de campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) acredita que o maior responsável por inspirar e organizar o discurso golpista do presidente a embaixadores no Palácio da Alvorada, em Brasília, em 18/07, foi o coronel Mauro Cesar Cid.
De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, Cid é também apontado como o responsável pelo erro na apresentação do chefe do Executivo —a palavra “briefing” virou “brienfing”, e viralizou nas redes sociais.
Mauro Cesar Cid é filho do general Mauro Cid e colega de turma de Bolsonaro da Academia das Agulhas Negras. Segundo a coluna, ele vive grudado no presidente e é consultado sobre todos os assuntos.
Na terça-feira (19), procuradores de todo o país enviaram a Augusto Aras, procurador-geral da República, um pedido para apuração do que foi dito. Para eles, a atitude de Bolsonaro de chamar embaixadores para disseminar informações falsas sobre as eleições no país “pode configurar crime eleitoral e abuso de poder”.
https://br.noticias.yahoo.com/campanha-de-bolsonaro-acha-o-culpado-pelo-discurso-golpista-para-embaixadores-141011329.html
O entorno e o comando de campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) acredita que o maior responsável por inspirar e organizar o discurso golpista do presidente a embaixadores no Palácio da Alvorada, em Brasília, em 18/07, foi o coronel Mauro Cesar Cid.
De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, Cid é também apontado como o responsável pelo erro na apresentação do chefe do Executivo —a palavra “briefing” virou “brienfing”, e viralizou nas redes sociais.
Mauro Cesar Cid é filho do general Mauro Cid e colega de turma de Bolsonaro da Academia das Agulhas Negras. Segundo a coluna, ele vive grudado no presidente e é consultado sobre todos os assuntos.
Na terça-feira (19), procuradores de todo o país enviaram a Augusto Aras, procurador-geral da República, um pedido para apuração do que foi dito. Para eles, a atitude de Bolsonaro de chamar embaixadores para disseminar informações falsas sobre as eleições no país “pode configurar crime eleitoral e abuso de poder”.
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"Não existe neutralidade possível." F.F.
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
"Campanha de Bolsonaro terceiriza a culpa pelo discurso golpista para embaixadores."WHead escreveu:Campanha de Bolsonaro acha o 'culpado' pelo discurso golpista para embaixadores.
Raul S.- Membro
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peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Nada como um dia após o outro em Banânia...
peter.forc- Membro
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