Pedal Equalizador substitui a necessidade de troca de Circuito Interno?

Fala rapaziada! Acompanho o fórum há bastante tempo mas não sou de postar porque 90% das minhas dúvidas são esclarecidas com discussões anteriores. Mas dessa vez eu preciso realmente da ajuda de vocês pois alguns fatores não ficaram claros para mim.

Eu utilizo um Tagima Millenium Special de 6 cordas há alguns anos. Gosto bastante dele, mas queria modificar o timbre e estou confuso com alguns equipamentos que tenho e com o que de fato preciso. Além do baixo, eu tenho um Equalizador BEQ-200 da Groovin, uma pedaleira Line 6 POD Bass Floor e uma Staner BS 120 com um autofalante Selenium 15pw5a.

Antigamente eu usava o próprio instrumento mais a pedaleira para timbrar na caixa, mas achei que o equalizador poderia acrescentar bem mais, e de fato acrescentou. Hoje consigo um timbre bem melhor. Mas fico confuso em relação a algumas coisas. Eu gostaria de manter a pedaleira principalmente por causa do afinador, pedal de volume e efeitos como distorção, compressor e chorus que às vezes uso, acho que a pedaleira atende bem a isso tudo, mas eu queria transferir toda a timbragem para o Equalizador. Então, queria saber a posição que poderia deixar os potenciômetros da pedaleira. Devo deixá-los todos no meio e fazer o restante pelo Equalizador?

Outra coisa que quero saber é se utilizando esse tipo de equipamento para timbragem, se necessariamente substitui a troca de circuito ou captadores. Eu gosto bastante do instrumento, por ser de baixo custo, me sinto mais a vontade de fazer nele modificações que não faria em um instrumento "de marca".

Então eu estou decidido a fazer uma modificação que ele possa funcionar ativo /passivo, pois atualmente ele funciona apenas ativo. Desde que comecei a pesquisar, vi que alguns circuitos internos e captadores podem deixar o instrumento mais próximo de um timbre que considero ideal. Eu gosto bastante daqueles timbres bem anos 70, 80, muito usados na Disco Music e por baixistas que acompanhavam cantores de R&B, por exemplo. Um timbre mais rústico, com slaps muito bem definidos, pizzicatos roncados.

Tenho consciência de que não dá pra fazer nada muito parecido sem um instrumento minimamente próximo, mas existe algum tipo de modificação que eu possa ao menos aproximar o timbre? Boa parte dos baixos da época (talvez todos, não sei) eram passivos. Então valeria uma troca de circuito para passivo ou ativo/passivo para tentar aproximar? Vale trocar captadores? O baixo que uso utiliza Soap Bar, de alguma maneira será que esse tipo de captador consegue aproximar mais ou menos desse timbre mais rústico? Eu gosto da definição do ativo, mas às vezes queria que o mesmo instrumento soasse menos "moderno". Não sou muito adepto a ter muitos instrumentos, não por agora quem sabe mais pra frente, então gostaria de fazer manutenções que possam deixar o meu baixo mais versátil.

Galera, desculpe o texto gigante. É porque não são poucas as dúvidas e meu conhecimento técnico para equipamento é nulo. Atualmente tudo está tão caro, é bom tomar cuidado e se informar antes de tomar qualquer tipo de decisão.

Grande abraço e, desde já, agradeço.

yuri.almeida.969 escreveu:Eu utilizo um Tagima Millenium Special de 6 cordas há alguns anos. Gosto bastante dele, mas queria modificar o timbre e estou confuso com alguns equipamentos que tenho e com o que de fato preciso. Além do baixo, eu tenho um Equalizador BEQ-200 da Groovin, uma pedaleira Line 6 POD Bass Floor e uma Staner BS 120 com um autofalante Selenium 15pw5a.

Fale mais o que seria "modificar o timbre", o que falta no baixo hoje e o que você busca? Esse falante Selenium foi colocado na caixa sem nenhum ajuste?

yuri.almeida.969 escreveu:Antigamente eu usava o próprio instrumento mais a pedaleira para timbrar na caixa, mas achei que o equalizador poderia acrescentar bem mais, e de fato acrescentou. Hoje consigo um timbre bem melhor. Mas fico confuso em relação a algumas coisas. Eu gostaria de manter a pedaleira principalmente por causa do afinador, pedal de volume e efeitos como distorção, compressor e chorus que às vezes uso, acho que a pedaleira atende bem a isso tudo, mas eu queria transferir toda a timbragem para o Equalizador. Então, queria saber a posição que poderia deixar os potenciômetros da pedaleira. Devo deixá-los todos no meio e fazer o restante pelo Equalizador?

O conceito de "transferir toda a timbragem" para isso ou aquilo não procede. Todos os circuitos ligados na cadeia do sinal participam dele. Outra coisa: botão no meio não representa necessariamente EQ flat de um equipamento. Tem que testar e testar mesmo, sem esquecer que muitas vezes o timbre melhor ou mais apropriado é conseguido com menos equipamento.

yuri.almeida.969 escreveu:Outra coisa que quero saber é se utilizando esse tipo de equipamento para timbragem, se necessariamente substitui a troca de circuito ou captadores. Eu gosto bastante do instrumento, por ser de baixo custo, me sinto mais a vontade de fazer nele modificações que não faria em um instrumento "de marca".

Modificações de circuito e captação são reversíveis, portanto o preço do instrumento é irrelevante. O "necessariamente substitui" na verdade não existe. Tem que ver se substitui pra seu ouvido, nessa combinação que você tem, que é relativamente única.

yuri.almeida.969 escreveu:Então eu estou decidido a fazer uma modificação que ele possa funcionar ativo /passivo, pois atualmente ele funciona apenas ativo. Desde que comecei a pesquisar, vi que alguns circuitos internos e captadores podem deixar o instrumento mais próximo de um timbre que considero ideal. Eu gosto bastante daqueles timbres bem anos 70, 80, muito usados na Disco Music e por baixistas que acompanhavam cantores de R&B, por exemplo. Um timbre mais rústico, com slaps muito bem definidos, pizzicatos roncados.

Muitas características de timbre de um instrumento estão intrinsicamente ligadas ao seu DNA de construção, como tamanho da escala, posição do captador, etc... Vários baixistas da era que você cita utilizavam baixos MusicMan ativos, então ser ativo ou passivo não necessariamente provoca esse ou aquele timbre.

yuri.almeida.969 escreveu:Tenho consciência de que não dá pra fazer nada muito parecido sem um instrumento minimamente próximo, mas existe algum tipo de modificação que eu possa ao menos aproximar o timbre? Boa parte dos baixos da época (talvez todos, não sei) eram passivos. Então valeria uma troca de circuito para passivo ou ativo/passivo para tentar aproximar? Vale trocar captadores? O baixo que uso utiliza Soap Bar, de alguma maneira será que esse tipo de captador consegue aproximar mais ou menos desse timbre mais rústico? Eu gosto da definição do ativo, mas às vezes queria que o mesmo instrumento soasse menos "moderno". Não sou muito adepto a ter muitos instrumentos, não por agora quem sabe mais pra frente, então gostaria de fazer manutenções que possam deixar o meu baixo mais versátil.

O que você parece propor não é exatamente "manutenção", mas sim, mudanças que te levem a uma direção de som que você busca. Mais uma vez, não existe o "rústico do passivo" nem a "definição do ativo", aliás, rústico e definido não são antônimos sonoros.

Já que você mencionou era disco, provavelmente estamos falando de timbres de modelos clássicos Fender ou MusicMan de 4 cordas. Um Tagima Millenium 6 cordas é um instrumento BEM diferente desses, portanto considere a possibilidade de troca de instrumento também.

Outra coisa, fale mais sobre suas cordas e se escuta esse baixo em meios fora do amp, tipo fone ou alguma interface.

Uma outra coisa a ser levada em consideração é a diferença entre o timbre isolado do instrumento e como o mesmo se comporta em relação aos demais instrumentos em ensaios, shows e gravações (lembrando que em gravações muitas vezes o baixo passa por uma DI e, de lá, direto pra mesa).

Um velho truque que pode ser usado ao vivo é colocar o amplificador em cima de um suporte se ele estiver em contato direto com o chão ou pô-lo direto no chão se ele estiver em cima de algo. Isso muda bastante o timbre do instrumento, principalmente se o palco for oco.

Dito isso, eu também recomendo fazer experimentos com a distância entre captadores e corda e também com posicionamento da mão direita (colocando-a ora mais próxima da ponte, ora mais próxima ao fim da escala, ora no meio, ora em posições intermédias).

Com uma pedaleira Line 6 nem precisava usar pedal eq é só aprender a mexer no eq dela. Com certeza ela tem eq interno, mais de um e de melhor qualidade que o pedal que citou. Vale ter paciência e investigar o manual dela com calma e ver videos com dicas de timbragem desse modelo que deve conseguir muito do que procura só entendendo melhor ela.
Sobre o baixo se você curte ergonomia dele e pegada deixa ele bacana sem chiados com cordas boas e resolve ou aproxima o timbre pelos efeitos e amplis.
Minha humilde opinião