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Teste comparativo entre monitores individuais

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Mensagem por Renato Qua Jan 19, 2011 11:22 am

Encontrei na internet este comparativo entre monitores individuais, o qual segue copiado na íntegra e com citação da fonte.

Amplificadores individuais de fones de ouvido
Autor:
Fernando Antonio Bersan Pinheiro

</TD>
Já discutimos aqui no SomAoVivo sobre a utilidade e vantagens de sistemas de monitoração (retorno de som) para os músicos através de amplificadores individuais de fones (também chamados de monitores individuais). Por exemplo, veja:


http://www.somaovivo.mus.br/artigos.php?id=92

http://www.somaovivo.mus.br/forum/viewtopic.php?t=425

Mas faltava um teste com os modelos existentes no mercado. Neste teste, vou comparar 3 modelos, o Voxman PM-2Ti, o Powerclick DB-5 e o Megaclick V3000 Extreme.

Teste comparativo entre monitores individuais Amplif_fones01



Como são produtos muito parecidos, vamos falar dos aspectos comuns aos três.


-sobre as empresas
-quanto à montagem e acabamento geral do produto
-quanto aos recursos
-qualidade de áudio
-quanto ao custo-benefício



As empresas


Vamos começar indo direto ao assunto: a Voxman encerrou suas atividades (não sei por qual motivo), a Powerclick praticamente virou sinônimo de amplificador individual de fone de ouvido. Já o Megaclick é um produto "feito em garagem".


Voxman
A Voxman encerrou suas atividades em 2006, mas ainda há muitos produtos em estoque no mercado para vender, e estes produtos viraram "micos". Não que os produtos sejam ruins, mas o problema é conseguir assistência técnica. A garantia passa a ser da loja, não mais do fabricante. E garantia de loja costuma demorar muito, já que não há esquemas técnicos, suporte para peças... isso quando se consegue. Comprar um desses produtos é igual a comprar um carro usado de um fabricante que não existe mais. Claro que será possível consertá-lo em caso de defeito, mas onde e a que custo?



Por outro lado, alguém com pouco dinheiro pode aproveitar essa informação para comprar os produtos nas lojas por até o preço de custo. O lojista sabe que tem um "mico" nas mãos, então faz um preço camarada para se livrar do produto. Ajuda ainda mais se o cliente abrir mão da nota fiscal (e sem ela, sem garantia). É uma opção interessante para alguém cuja alternativa seria comprar um produto usado, também sem garantia.


Powerclick
A Powerclick, por outro lado, é uma empresa carioca que tem crescido junto com a popularização dos monitores individuais. Já possui mais de uma dezena de produtos voltada para esse segmento, e também patrocina vários Endorsers. No site há uma lista de usuários/endorsers, e ela é realmente muito grande.



Com tudo isso, Powerclick já é praticamente uma marca que virou sinônimo do seu produto (assim como Gillete para lâmina de barbear e Xerox para fotocópia). Em qualquer rodinha de peazeiros, qualquer um que falar "Powerclick" todo mundo sabe que é amplificador de fones. Se quiser saber mais, acesse www.powerclick.com.br.


Megaclick
Já o Megaclick... O seu projetista desenvolveu alguns projetos de monitores individuais para algumas empresas e, observando o mercado (e os insistentes pedidos dos amigos), resolveu ele mesmo fabricar o seu próprio modelo. Por algum tempo, o Megaclick foi literalmente um produto "de garagem", mas que cresceu cada vez mais e atualmente ocupa um galpão inteiro, inclusive neste ano de 2007 houve o registro legal da empresa, TecAudio (bonito nome).



E se alguém acha que isso desmerece o produto, lembre-se que alguns dos gigantes da indústria começaram assim (só para ficar no ramo da Informática, temos: Microsoft, HP, Apple, Dell, etc). E existem vantagens em ser "pequeno": a agilidade é muito grande. O modelo testado já é a terceira versão em 2 anos, e uma quarta versão já está no forno. A cada versão, novas funções e aprimoramentos.


O maior canal de vendas da TecAudio é o site MercadoLivre. Procure o produto "Megaclick" lá.


Quanto à montagem e acabamento geral do produto

Teste comparativo entre monitores individuais Amplif_fones01b




Voxman PM-2Ti
O produto da Voxman é o único feito em metal (a tampa e o clipe para cinto, mas a base interna é de plástico ABS, mas bem grosso), com serigrafia excelente. A cor é muito bonita e o acabamento é muito bem feito. É o produto que dá a aparência de ser o mais resistente dos três - parece ser o único aparelho que vai realmente agüentar umas boas quedas no chão. Mas isso o torna o mais pesado de todos.



Um detalhe muito interessante são os conectores P10. São de metal, com aparência de serem muito firmes e que vão durar por toda a eternidade. Bem diferente dos outros, que são de plástico (mas também firmes). Outro detalhe que faz diferença são os knobs em duas cores, sendo facílimo visualizar a posição dos controles (ressalto branco em knob preto). Muito bem pensado.


O único detalhe ruim é a colocação da bateria de 9V. Para fazer isto, precisamos desmontar o aparelho através de um parafuso na parte superior. Esse parafuso pode ser rodado com as próprias mãos, sem a necessidade de ferramentas (boa idéia). Ao se tirar a tampa metálica, revela-se a parte de baixo da placa de circuito (os componentes estão escondidos do outro lado). Esta é muito bem feita, sem soldas frias. Há uma marcação na própria placa sobre como a bateria deve ser inserida. A montagem interna também parece ser bem firme.

Teste comparativo entre monitores individuais Amplif_fones07vox



Em um tipo de equipamento tão pequeno, onde o espaço é mínimo, a solução de tirar a tampa para inserir a bateria parece ser a única possível. Mas se um acidente acontecer... Em uma queda com a tampa aberta, se o aparelho bater com a placa em alguma coisa, pode ser fatal. Isso sem contar o perigo de cair líquidos, etc. Isso não deve acontecer com um usuário cuidadoso, mas se fosse possível evitar esse tipo de problema seria ótimo.


Powerclick DB-5
O DB-5 é todo feito em plástico ABS, com boa serigrafia. O seu design arredondado é muito bonito, apesar dele ser o maior aparelho entre os três.



Em comparação com o Voxman, o DB-5 peca em um pequeno detalhe: os botões são todos pretos, e apesar de haver o ressalto indicativo da posição do controle, é preto em preto, bem mais difícil de visualizar. Há um pequeno ressalto na base do knob que passa por um fundo branco, mas não é a mesma coisa que o produto da Voxman.


O clipe para cinto é o que tem a pior aparência dos três modelos. Apesar de ter boa construção, é o que parece mais fácil de quebrar. Pode ser apenas uma má impressão, mas é inegável que tem aparência frágil. Talvez seja culpa do seu grande tamanho, mas por causa disso ele também é o que melhor prende no cinto.

Teste comparativo entre monitores individuais Amplif_fones05



Mas a enorme vantagem do Powerclick em relação aos outros é o fato de que a engenharia da empresa conseguiu colocar a bateria de 9V dentro do mesmo (isso explica o fato de ser o maior aparelho entre os modelos analisados). Basta retirar o clipe de cinto (e tomar cuidado para não perdê-lo), depois abrir a tampa do compartimento e então instalar a bateria de 9V. Por baixo da bateria há o lacre de garantia e por baixo um parafuso, tornando o acesso a parte interna impossível sem romper o lacre.

Teste comparativo entre monitores individuais Amplif_fones06power



Megaclick V 3000 Extreme
Entre os três modelos, é disparado o menor, o mais leve e o de acabamento mais simples (mas ainda razoável). A serigrafia é um pouco pior que a dos outros aparelhos. Imagine o Voxman como uma impressão a laser, o Powerclick como uma impressão jato de tinta em máxima qualidade e o Megaclick como impressão jato de tinta qualidade normal.



Os knobs também apresentam o ressalto em cor laranja contra o fundo preto. Fácil de visualizar e ajustar.


Há alguns problemas com o plástico ABS da caixa. Ela é formada por duas peças, que são encaixadas e desencaixadas para instalação da bateria, e há alguma folga indesejável existente entre elas. Coisa que nos outros dois não há problemas. Isso não compromete o fechamento da caixa, mas que é um erro de acabamento, isso é. Nas fotos é possível perceber as frestas.


Por outro lado, é o único que inovou quanto ao conector de fone de ouvido. Ele usa plugue P2 e o conector está na parte superior, e não por baixo do aparelho, como nos outros modelos. Tudo bem que 10 entre 10 fones profissionais venham com adaptadores para plugue P10, mas o conector original dos fones atuais é o P2. Sem contar que permite a utilização dos tão comuns earbuds, esses fones de MP3 Player. Claro que ninguém vai utilizá-los em sonorização ao vivo, mas para estudar em casa, é uma excelente idéia.


Colocar o conector na parte superior também foi outra boa idéia. O acesso é rápido e fácil, e não atrapalha na hora de mexer nos controles, e evita o problema de cabos muito curtos ou mesmo puxões e torções que possam acontecer entre o cabo e o conector.


O clipe de cinto chega a ser grosseiro, e suas laterais aparentam ter sido cortadas à faca, mas ele é tão grosso e bem preso que parece mesmo inquebrável, como diz a propaganda.


O encaixe entre as partes do ABS é eficiente, mas dá uma impressão terrível de que o aparelho vai se desmontar todo se cair no chão. Como ele é bem leve, isso não deve acontecer, mas pessoalmente não tive coragem de fazer qualquer teste nesse sentido!


Para acessar a bateria, basta fazer uma leve pressão no sentido dos encaixes. Feito isso, revela-se por completo o interior do aparelho. Os principais componentes estão não só bem soldados como também bem colados! Isso é bom, pois faz o produto ter maior durabilidade (agüentar mais quedas). Mas qualquer acidente e....

Teste comparativo entre monitores individuais Amplif_fones04mega2



Um detalhe que não gostei foi do fato da bateria (com sua capa de metal) estar tão próximas dos componentes, o que poderia gerar um curto-circuito. E o encaixe dela é muito folgado, a bateria fica "sambando" dentro do aparelho. Não é muita coisa, mas quando comparamos com os outros... outro item que deixou a desejar.


Dentro do aparelho existe um estranho papel alumínio protegendo alguns componentes, e perigosamente próximo da bateria e do seu corpo de metal. Estranhei tanto que telefonei para o projetista, que me informou que é um papel laminado especial. Há uma folha de alumínio no meio, envolvida dos dois lados por filme plástico. A folha protege os componentes de interferências eletromagnéticas e o filme plástico não deixa nada fechar curto. Inteligente, mas um aviso para o usuário não inventar de remover o papel seria útil, já que nem todo mundo vai ligar para a empresa perguntando o que é. E um pouquinho mais de atenção na hora de prender esse papel também seria bom: no cantinho à esquerda da foto acima, dá para ver uma solda aparecendo. Nada que uma boa fita isolante não resolva.


Quanto aos recursos


Alguém pode até pensar que amplificadores individuais de fones são todos iguais, mas este é um engano. Realmente a parte básica de recursos é bem semelhante, mas há uma infinidade de pequenos detalhes que fazem diferença - e que diferença!

Teste comparativo entre monitores individuais Amplif_fones03



O básico que todos contém: um pequeno mixer de dois canais, com duas entradas, dois volumes, controle de equalização que afeta somente o som que vai para os fones, uma entrada para fones de ouvido e para uma fonte de alimentação externa (de óbvios 9V também). As semelhanças param por aqui.

Teste comparativo entre monitores individuais Amplif_fones02



Cabe lembrar que em todos os aparelhos, os controles de volume e tonalidade afetam o som que vai para os fones apenas, e não para as saídas.


Powerclick DB-5
Vamos começar pelo Powerclick DB-5 por ele ser o mais simples dos três. De um lado, temos os knobs com os controles de volume e tonalidade para cada canal. O controle de volume funciona assim: para um lado, o som fica mais grave, para o outro lado o som fica mais agudo e no meio fica flat. Não é muita coisa, mas pelo menos dá chance aos usuários para eles trabalharem alguma coisa "a gosto do freguês". Há uma chave liga-desliga e uma luz indicativa de que o aparelho está ligado.



Há um knob Volume Master, que pretende ser o master dos dois canais. Um master para um mixer de dois canais apenas beira a inutilidade.


Do outro lado, temos 5 conectores P10: IN 1 e OUT 1, IN2 e OUT 2, saída de fones e uma entrada para uma fonte de 9V externa. É o básico, mas funciona. As entradas têm nível de linha, para alta impedância (instrumentos musicais ou mesmo a saída da mesa de som).


Se por fora o equipamento é básico, o coração que bate internamente é bem diferente dos outros. O seu amplificador tem incríveis 6W RMS de potência. Quando falamos em amplificação por fones, é potência até exagerada, maior que muitos microsystems existentes por aí.


É tão exagerada que um Powerclick pode ser utilizado para amplificar pequenas caixas acústicas diretamente, pela saída de fones, basta um pequeno adaptador. Tal potência para uso com fones é completamente exagerada, podendo trazer danos aos usuários que não tomarem cuidado e até mesmo danificando fones de ouvido.


Essa "potência toda" traz o lado bom de que usuário nenhum vai reclamar de falta de volume. Por outro lado, faz a bateria ter curta duração, algo em torno de 8 a 12 horas (dependendo do volume). Comparado com os outros, é pouco. Por último, as características técnicas do produto conforme o manual.


Características Técnicas PowerClick Db-5
Resposta de freqüência ( - 1,5dB, 1W, 32 Ohms) - 20Hz a 20KHz
Distorção total (1KHz, 1W, 32 Ohms) - 0,08%
Relação Sinal/Ruído - acima de 100 dB
Impedânica de entrada (1KHz) - 70/150 Kohms
Máxima potência de saída - 6 Watts RMS
Sensibilidade de entrada (1KHz, 1W, 32 Ohms) - 30 mV
Voltagem de saturação da entrada - 300mV
Voltagem máxim de carga (pico) (50ms) - 40V
Máxima temperatura da junção do CI - 150ºC
Pico de corrente de saída - 0,5 A
Supply voltage - 9VCC
Consumo em repouso (mono) - 30mA
Consumo médio (mono) - 45mA
Duração bateria alcalina 9V - - 12 horas



Quando a bateria está acabando, o aparelho começa a distorcer o som. Isso é comum nos três modelos.


A garantia do Powerclick é de 3 anos. Uau! O manual tem 5 página e é bem completo e mostra esquemas de ligação.


Voxman PM-2Ti
Bem semelhante ao DB-5 quanto aos controles, a diferença é que, em vez de um controle "Volume Master", há um controle chamado Xbass (eXtraBass) que dá uma "incrementada" nos graves. É um recurso interessante para contrabaixistas e para quando não tivermos em mãos um fone de ouvido com boa resposta nesta faixa. O controle de Volume do canal 2 faz a função de liga-desliga do aparelho e há uma luz indicativa do estado.



O outro lado do PM-2Ti que é muito legal e bem diferente do DB-5. Além das entradas e saídas normais (IN 1 e IN 2, OUT 1 e OUT2), e a óbvia saída de fones, há chaves que selecionam o nível de sinal. Há possibilidade de alterar a entrada INPUT 2 para nível de Guitar ou Line e para o INPUT 1 há possibilidade de Microfone ou Line.


Em sonorização ao vivo esses recursos até podem não ser utilizados (será muito mais utilizado como Line e Line - posição ideal para instrumentos musicais ativos e para retorno da mesa de som), mas pense em alguém que quer simplesmente tocar um violão (Guitar) e cantar (Mic) em casa. O fato de ter essas opções abre um novo leque de opções para o equipamento.


Quanto as características técnicas, o manual (5 páginas, o mesmo que o manual do DB5) não traz nenhuma, apenas instruções de uso. Mas avisa que a bateria alcalina dura cerca de 5 horas. No teste que fiz, durou mais que o dobro disso. Durou mais até que o Powerclick.


Megaclick V 3000 Extreme


Como o aparelho é o de menor dimensões entre os três, o fabricante teve que distribuir os controles por mais de uma superfície. Assim, do lado virado para o músico há os dois volumes (chamados de Master, apenas, sem indicação de quem é quem - mais uma coisa a acertar), o conector P2 para o fone, a chave liga-desliga e a luz indicativa do aparelho estar ligado.


Já na tampa, há os seguintes controles: Treble e Bass (agudo e grave), e umas chaves enigmáticas com a descrição "10K / 16K" e "x10/100". Outro telefonema para o projetista para saber de que se trata isso, já que não consta do manual de instruções que recebi.

Teste comparativo entre monitores individuais Amplif_fones04mega



A chave 10K / 16K é uma chave de corte de altas freqüências. Ou corta tudo acima de 10KHz ou corta acima de 16KHz. Para que isso é interessante? Um contrabaixo raramente passa de 5KHz, logo cortando os sons acima de 10KHz estamos retirando aquele ruído de fundo que sempre fica. Já a chave x10/100 é um controle de ganho para a entrada. A marca x10 seria para nível de linha, enquanto x100 seria para microfones. Não teria sido mais fácil escrever Line/Mic?


Quanto aos conectores, outra surpresa: existem IN1, OUT1 e AUX IN (o que nos outros e chamado de IN2). Não há conector OUT2, que nos outros aparelhos é indicado para uma saída para outro equipamento semelhante (um jumper, um link entre equipamentos). Lembrando que outro conector faria o equipamento maior.


Se o objetivo é para uso pessoal, como estudar sem incomodar os vizinhos, a falta dessa ligação não faz a menor diferença. Mesmo em sonorização ao vivo a diferença é pequena, pois há outras formas de fazer essa ligação, ou ela pode até não ser necessária (o que é bem comum em bandas pequenas). Eu pessoalmente prefiro montar uma pequena meduza onde ligo todo os cabos que vão para os músicos do que ficar interligando uns aos outros.


O manual é de apenas 1 página, simples até demais. Poderia ser bem maior, acrescentando as informações que citamos aqui. A garantia é de 01 ano. Na verdade, muitas das características do aparelho não estão no manual, mas sim na página de internet onde o produto é anunciado. O texto abaixo foi copiado e colado de lá:


http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-60621434-amplificador-de-fone-monitor-pessoal-megaclick-extreme-v3000-_JM


Especificação técnica
Resposta de frequência ( -1,5db, 1W, ..... .. 10HZ / 20Khz
Distorção total (1 Khz, 1W, ) ....................... 0,008%
Relação sinal/ruído ....................................... acima de 100 db
Impedância de entrada (1Khz) ..................... 47 / 150 K ohms
Máxima potência de saída ............................ 1 watts RMS
Sensibilidade de entrada (1Khz, 1W, ) ......... 0,03 mV
Voltagem de saturação da entrada ................ 300 mA
Voltagem máxima de carga (pico) (50 ms) .. 40 V
Máxima temperatura da junção do CI .......... 15°C
Pico de corrente de saída ............................... 0,5 A
Supply voltage .............................................. 9 DC 150ma
Consumo em repouso .................................. 10 mA
Consumo médio ............................................ 4 mA
Duração bateria alcalina 9 v ......................... - 200 hrs
bateria recarregável 9v 200ma.................... - 50 hrs



Note que vários valores parecem ter sido copiados das especificações do Powerclick DB-5. Pelo menos um valor foi copiado e ainda por cima errado: "Máxima temperatura da junção do CI: 15ºC". A temperatura média brasileira é superior a 25ºC.


Pelo menos há dois recursos muito interessantes. A bateria de 9V dura, dura, dura até dizer chega. Carreguei uma bateria recarregável, deixei no aparelho por 48 horas tocando música do MP3 e, quando tirei e coloquei no testador de baterias, ainda estava boa. Provavelmente por causa da baixa potência do aparelho (1W apenas), mas ainda assim mais que suficiente para o uso com fones de ouvido.


O projetista ainda pensou em tudo quanto às baterias. Esse Megaclick tem um circuito para carregar baterias de 9V. Se houver uma bateria recarregável lá e ligarmos o Megaclick com uma fonte externa, ele carrega a bateria interna! Para quem usa muito, basta comprar uma fonte (qualquer, já que a especificação fala em 150mA, o que é muito pouco), uma 9V recarregável e nunca mais precisar mexer na bateria novamente.


Qualidade do áudio


Chegou o que mais importa. A metodologia de testes foi com um MP3 Creative Zen Nano tocando um CD que conheço "com a palma da mão", sempre no mesmo volume e com um fone Koss Porta Pro.


Megaclick V3000 Extreme
Com o MP3 na entrada IN, aconteceu o seguinte:



- há um certo ruído de fundo, na faixa dos graves. Quando a música está tocando é imperceptível, mas é só dar o intervalo entre as músicas para lembrar que ele está ali. No palco, com mais um monte de gente, é imperceptível.


Esse ruído parece muito com o "hum" característico de indução de 60Hz causado por energia elétrica em equipamentos profissionais. E ele aparece mais e menos dependendo da posição do aparelho. Deitado com o lado que tem o encaixe da fonte de alimentação para baixo, o ruído fica muito alto. Já no cinto, o ruído praticamente some. Deitado com o clipe para baixo aparece pouco, mas aparece. Se o segurarmos na mão, o ruído some. Se encostarmos a mão na chave de corte de agudos (10K/16K), o problema volta forte, até a soltarmos.


Provavelmente há algum problema com aterramento dos componentes. Não é nada que atrapalhe na hora de uma apresentação ao vivo (em um ambiente ruidoso), mas quem for ensaiar em casa vai perceber o problema.


- o áudio é bom, muito bom. Nada a dever de quando escuto o som diretamente do MP3 Player. Graves fortes como é típico do Porta Pro. Nota: os controles de tonalidade (Treble/Bass) estão no meio e a chave de corte em 16K.


- ao começar a "brincar" com os controles de tonalidade, descubro que o controle de Bass não faz praticamente diferença alguma no som da música. No mínimo, os graves continuam do jeito que estavam, a diferença é inexistente. No máximo, os graves continuam do jeito que estavam. Parece até que a chave está com problema. Outro telefonema para o fabricante. A explicação: a chave está centrada em 80Hz, igual ao das mesas de som. Ah, isso explica tudo.


Se o som não tiver conteúdo em 80 Hz ou abaixo disso, a atuação do controle é mínima, quase inexistente. Isso acontece em mesas de som. Agora, para um instrumento com forte conteúdo nessa faixa, como um contrabaixo, o controle vai aparecer como deveria.


De qualquer jeito, seria mais interessante o controle atuar na faixa de 100Hz, e não em 80Hz, como a maioria dos controles tonais de duas vias (agudos e graves). Filtros centrados em 80Hz são mais comuns em equipamentos com 3 vias de equalização (agudos, médios e graves). Talvez seja herança de um modelo mais antigo de Megaclick, que tinha 3 vias de equalização.


Fui então testar na igreja, com o contrabaixista. E então... mais uma decepção. O controle até passou a fazer alguma diferença (um contrabaixo começa a "falar" nessa faixa), mas pouca. De qualquer forma, o rapaz não reclamou, disse que o som estava bem "gostoso", nas palavras dele.


- o controle de agudo Treble também faz pouca diferença, mas pelo menos é perceptível. Aliás, faz pouca diferença para acrescentar agudos, mas faz muita diferença para tirar os agudos, eles somem mesmo. Mas com o agudo no máximo o som me agradou (gosto de bem agudo). Poderia ter ido um pouco mais, mas já me agradou.


- a chave 10K/16K faz alguma diferença. Quando na posição 10KHz, notamos que alguma coisa dos agudos são cortados. Não é muita coisa, mas dá para perceber. Mas como pessoalmente adoro um agudo, a chave só vai ficar em 16KHz. Não reparei diferenças na atuação do controle de Treble com a chave em qualquer posição. Lembrando que o som que estou ouvindo para teste é de CD, talvez em um instrumento real faça diferença.


- agora, a chave x10/100, essa sim, faz uma tremenda diferença. Com o volume alto, acionar essa chave significa ficar com um som altíssimo no seu ouvido. Como dissemos, ela é para microfones, e não para ser utilizada em instrumentos. O ganho fica tão alto (e a distorção) que corremos o risco de estourar o equipamento (e os ouvidos).


Peguei então o MP3 e tirei da entrada IN e coloquei na Aux IN. De imediato, notei o seguinte:


- o volume obtido é menor que na entrada IN. Provavelmente, o projetista pensou nesta entrada como recebendo o sinal de um instrumento ativo ou uma mesa de som ( 4dB), enquanto o sinal da IN é preparado para receber -10dB. Os agudos também diminuíram um pouco (ou melhor, os graves é que ficaram ressaltados). Não compromete, mas poderia ser melhor se fosse igual ao outro canal.


Então, comecei a brincar com os controles de tonalidade. Bass continua sem função, o Treble parece que agora também está sem função (isso é esperado - por só haver um controle de tonalidade, ele só atua sobre o IN principal). Mas o botão 10K/16K passou a fazer uma diferença enorme. Em 16K, ele deixa o som do Aux IN com excesso de graves. Na posição 10K, ele deixa o som novamente bom, apenas com menos volume.


Difícil isso: para uma entrada, a chave 10/16K ajuda, dando um pouco mais de agudos. Para a outra entrada, ela dá bem mais graves! Imagine agora em qual posição deixar no momento do uso dos dois canais simultâneos? Ainda bem que não afeta a saída de som. Um detalhe a acertar: acredito que essa chave não deva sequer existir.


Já a chave x10/100 não afeta esta entrada. Aliás, há ainda coisas a falar sobre essa chave. Coloquei um microfone no IN e funcionou bem, mesmo com a chave na posição x10. Agora, quando coloquei para x100, ficou muito alto, muito mesmo. Não conseguia levar o volume a mais da metade sem ter problemas de distorção (sem contar o volume, altíssimo). Talvez x100 não fosse necessário, um x30 já estaria muito bom. Até pelo risco de alguém exagerar e queimar o aparelho.


Voxman PM-2Ti
A primeira notícia não é boa. A bateria de 9V não chega a ficar sambando, mas é necessário colocar um calço atrás, caso contrário ela fica falhando. E a cada falha, um "tiro no ouvido".



Comparado com o Megaclick, parece dar menos volume. O mesmo som que a entrada Aux IN do Megaclick. Mesmo no máximo, não chega a doer os ouvidos, como fez no Megaclick. O som é bom, um pouco mais claro que no Megaclick. Mas isso tem um motivo ruim: onde estão os graves do Porta Pro? Não que o som esteja ruim, mas está sem "peso" o Porta Pro se comporta de forma tímida.


A regulagem de tonalidade do PM-2Ti é feita por dois controles também. Cada volume tem um controle que afeta médios e agudos, e há um único controle (o Xbass) que controla os graves para os dois canais. Uma idéia maravilhosa, pois dá para deixarmos o som do jeito que queremos. E ao contrário do ajuste de Bass do Megaclick, que parece não fazer diferença, este aqui faz, e muita. Dá para colocar o grave que queremos. Até "pancadão".


Como estava usando o IN2, com a chave na posição Line, aproveitei e coloquei a chave na posição Guitar. Que diferença: o volume aumentou e os agudos explodiram. Parece que alguém tirou todos os graves e colocou os agudos no máximo. E novo ajuste de equalização é necessário. Mas depois de ajustado, ficou bem interessante, e finalmente deu para conseguir um volume suficiente para doer os ouvidos.


No IN1, o som é idêntico ao do IN2, mas agora há chave LINE/MIC. Quando ajustado para Mic, não houve mudança na equalização (como na outra entrada na posição Guitar). Mas o volume, como era de esperado, aumentou muito.


Gostei muito do teste do Voxman. A equalização é bem mais simples de ser realizada e dá para deixar o som exatamente do jeito que desejarmos. Pena a bateria, mas pelo menos é fácil resolver, só colar um papel dobrado no fundo dela.


Powerclick DB-5
Eu esperava dele o maior volume, já que tem 6x mais potência que o Megaclick. Estranhamente, mesmo com o volume do INPUT 2 e o Volume Master no máximo, ainda assim deu menos volume que o modelo da Megaclick. Provável diferença na sensibilidade de entrada, já que o MP3 Player estava sempre no mesmo volume. Mas foi só aumentar o volume do MP3 o Powerclick mostrar o que são 6 Watts de potência. Aliás, quase estourei o Porta Pro - e os meus ouvidos (cheguei a pular da cadeira) fazendo isso.



Quanto ao som, senti um pouco de falta de agudos. Mesmo ajustando o controle de tonalidade para agudos no máximo, os graves fortes do Porta Pro estavam lá presentes, até demais. Como eu gosto de um som agudo mais que um grave, senti o som do Megaclick melhor (consigo dar mais agudos), e o do Voxman insuperável (consigo deixar o som do jeito que eu quiser).


Note que o que estou falando não desmerece o aparelho: o som dele é muito bom, mas na hora de regular eu consigo deixar os outros da forma que eu desejo, neste não. Não há muito mais o que falar sobre o aparelho, mas é ótimo ver um equipamento onde a bateria não fica nem "sambando" nem falhando.


Quanto ao custo x benefício e conclusão geral


É complicado falar no Voxman. Pessoalmente, foi o que mais me agradou. A melhor equalização (muito melhor que os outros nesse sentido) e a possibilidade de utilizar com microfones, ou seja, com mais alternativas de uso que o Powerclick. Só que ele não é mais fabricado. Vou guardar este aqui com muito, muito carinho.


O Powerclick é o que podemos chamar de "basicão". Ele faz o seu trabalho muito bem, mas só isso. O seu custo é de R$ 230,00 em média. A grande vantagem dele é a garantia de 3 anos, o triplo dos outros. Existem modelos com mais recursos, mas são mais caros também (assim como há modelos simples e baratos).


Já o Megaclick... o produto custa R$ 100,00 frete (de R$ 10,00 a 20,00, dependendo da forma de envio). Ele tem funcionalidades até melhores que o Powerclick, mas ainda tem alguns detalhes a acertar. Mesmo com a diferença entre as garantias (3 anos Powerclick x 1 ano Megaclick), ainda assim ele custa metade de um DB-5. E o fabricante ainda dá desconto para quantidade. Parece que 4 unidades saem por R$ 85,00 cada, sem contar o frete que é único.


Outro detalhe é o consumo da bateria. O Powerclick consome muita bateria, o Megaclick consome pouquíssima bateria e ainda funciona como um recarregador. Como o custo de uma bateria de 9V é de R$ 10,00, ao final de 50 horas de uso teremos gasto R$ 50,00 (5 baterias) em média, enquanto teremos utilizado apenas uma única bateria no Megaclick, que ainda vai aguentar mais um bocado.


Para igrejas, onde o orçamento é sempre curto (pelo menos para som), não há dúvidas. O Megaclick é a melhor opção. A diferença de preço é tão grande que pelo custo de um Powerclick dá para comprar um Megaclick mais um fone Porta Pro da Koss.


Tomara que, com o tempo, o Megaclick seja ainda mais aprimorado, pois há muitos detalhes a acertar (mas que de maneira geral não comprometem o produto), mas sem alterar o preço. E procurar uma equalização mais próxima a do Voxman também.


O fato de ressaltar tanto a característica dos controles de tonalidade dos amplificadores é por que os músicos querem ouvir seus instrumentos na altura que querem (e isso todos os três fazem muito bem) e do jeito que querem (aqui entram as diferenças de equalização) - e isso quem melhor fez foi logo o equipamento que não é mais fabricado. Nenhum músico vai aceitar trocar um cubo ao qual já está acostumado por um aparelho que não deixa o som do jeito que ele gosta. Evidente que a escolha do fone vai ser o principal ponto de diferença, mas ainda assim tal característica não pode ser neglicenciada por este tipo de equipamento.
</TD>
</TR>Fonte: http://www.somaovivo.mus.br/testes.php?id=25

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Renato
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