Réplica de luthier - vale apena?

Olá pessoal, estou numa dúvida:

ano passado fui a uma loja especializada em baixos, e lá pude comparar um Rickenbacker original (4001 1974) com uma réplica bacana de um luthier.

Naquela época eu não estava pensando em levar um novo bass... mas esse ano, me surgiu o interesse e resolvi correr atrás do luthier... ralei muito pra encontrar as fotos do modelo e o contato do luthier

Mas enfim, gostaria que vcs comparassem a réplica com um original, e que me dissessem se valeria apena eu pedir pro luthier já ir fazendo uma

PS: Luthier me disse que todas as peças, com excessão das tarrachas são importadas, captadores Seymour Duncan, orçamento é 2200,00

>>IMAGENS[link removido]

Soando bem, que mal tem?

Me faço essa mesma pergunta todos os dias......

Sou louco pelo Modelo Music Man, mas o preço pedido pelo Luthier

está fora da minha realidade.....

Estou pensando em comprar um strinberg MM e da um Tunning nele....

Esse preço que ele me pediu até dá pra levar... eu tenho alguns instrumentos aqui que preciso vender, e ele aceita rolo

mas meu receio mesmo, é por ser de um luthier que mal conheço, e ele mora em ourinhos, 400km daqui de sampa

se for pra ele fazer um baixo, fica difícil eu poder acompanhar direto o desenvolvimento do baixo, aí vai que na hora de pegar, me sai aquilo que eu "não queria"?

SuicinivTF escreveu:Mas enfim, gostaria que vcs comparassem a réplica com um original, e que me dissessem se valeria apena eu pedir pro luthier já ir fazendo uma

Sem tocar?

allexcosta escreveu:

SuicinivTF escreveu:Mas enfim, gostaria que vcs comparassem a réplica com um original, e que me dissessem se valeria apena eu pedir pro luthier já ir fazendo uma

Sem tocar?

bom, isso é realmente impossível, rs
Mas que ao menos comparassem na questão de acabamento

o originais são stereo né?
a replica será stereo?
tem referencias do luthier?

a réplica é stereo sim, o original que testei no dia não era por ser o 4001
O luthier é de Ourinhos, mas não tenho nem telefone nem nada, pois só consegui encontrá-lo no MercadoLivre, e o ML não permite a troca de dados pessoais... aí complica

Aqui eu vejo uma leve descentralização. Observe que a corda MI está mais longe da borda da escala que a SOL.



Nessa outra foto me parece que as madeiras do sanduíche do braço foram cortadas assim: FLAT/LONGARINA/QUARTER, o que faria com que as forças do braço não se anulem, pois quando você usa mais de 1 peça pra fazer o braço os veios precisam se anular, tipo assim: \\\lll///

Ou assim: ///lll\\\

Ou mesmo assim: \\//ll\\//

Mas o que vejo é tipo \\\lll||| entende?



Se as forças não se anulam o braço pode torcer.

Enfim, são detalhes que às vezes fazem um baixo que quer ser cópia ser somente um instrumento parecido.

Por favor, quem entende da direção dos veios veja se eu falei bobagem acima...

Eu entendi, eu não sei nada dessa parte, por isso foi bom você ter me dito isso. O negócio da corda Mi eu tinha notado na foto (aliás, alguém tirou a foto do escudo da réplica... esse site de upload não é lá grande coisa... ainda assim tenho as fotos aqui no PC).

Uma coisa que eu notei é que o braço está alinhado ao escudo, mas o escudo não totalmente alinhado ao corpo, então será que por consequência o braço também está desalinhado? isso pode trazer problemas?

Em termos de comparação, pra exemplificar, eu acho que se o luthier for bom dá pra fazer coisa bem legal... como exemplo um baixo de luthier que eu tive, uma réplica de MM, comparei com um MM de verdade e sim o meu era melhor (sei que muitos não vao acreditar nisso...), talvez pelo fato de ser feito artesanalmente e não em linha de produção... Lembro também que gastei na época quase o valor de um sub em uma réplica de SR5. Tudo de primeira, mas tudo mesmo, madeiras nacionais excelentes, corpo em peça única, parte elétrica toda duncan, ferragens gotoh, O baixo era top e ótimo, aliás, é ótimo, o dono dele está muito feliz. Eu mesmo só vendi o baixo pq ele era muito pesado, mas muito pesado mesmo. Logo, entre o baixo e a minha coluna, preferi a minha coluna.
Abaixo uma foto dele:

Sei que o trabalho de um luthier é único e tudo mais (mesmo quando falamos de réplicas rsrs), mas acho que eles abusam um pouco na hora de dar o preço. Ás vezes, dependendo do preço que cobram para construir uma réplica, seria melhor juntar a grana por um tempo e comprar um original. (minha opnião).

^É a mais pura das verdades.

Pois então, ainda preciso ver o que vale mais apena, às vezes vc paga barato achando que tá levando a melhor "réplica do Brasil", mas que em duas semanas, já fica igual a um Tonante em todos os aspectos kkk
é que nem carro Chinês...

Bom, mas o problema dos Ricks originais é que eles são muito caros, ao menos aqui no Brasil... vi um na teodoro com a pintura toda danificada... captação ruim(eu toquei, tá?), o cara queria 9000, por um instrumento "usado e ousado" rs

Putz, esse rickenbacker pertenceu a quem pra alguém pedir 9 mil?
é um rickenbacker e tudo mais, mas ta meio carinho.

Quanto a qualidade das réplicas, bom cara, não há muito o que se fazer.
Se conseguir o contato de pessoas que possuem instrumentos feitos por esse mesmo luthier, seria bom pra vc conferir a qualidade e tal.

NESCAU escreveu:Em termos de comparação, pra exemplificar, eu acho que se o luthier for bom dá pra fazer coisa bem legal... como exemplo um baixo de luthier que eu tive, uma réplica de MM, comparei com um MM de verdade e sim o meu era melhor (sei que muitos não vao acreditar nisso...), talvez pelo fato de ser feito artesanalmente e não em linha de produção... Lembro também que gastei na época quase o valor de um sub em uma réplica de SR5. Tudo de primeira, mas tudo mesmo, madeiras nacionais excelentes, corpo em peça única, parte elétrica toda duncan, ferragens gotoh, O baixo era top e ótimo, aliás, é ótimo, o dono dele está muito feliz. Eu mesmo só vendi o baixo pq ele era muito pesado, mas muito pesado mesmo. Logo, entre o baixo e a minha coluna, preferi a minha coluna.
Abaixo uma foto dele:

Essa é minha eterna dúvida e vontade. Queria um SR5 de luthier, já que o SR5 da MM ta muito caro. Agora sobre o peso, talvez se pedisse pra ele construir camaras e colocar um top bacana, ficaria melhor pra tu. A Gibson ta usando muito a tecnica de camaras no corpo das les pauls, que sempre reclamam de ser pesadas demais, e hoje em dia, são leves. No site da Warmoth tem a opção de montar um instrumento com corpo 100% solido ou com camaras (chambered).

O usuário Rauser é de Ourinhos, manda uma MP pra ele, quem sabe ele não te ajuda

Pierrot escreveu:Sei que o trabalho de um luthier é único e tudo mais (mesmo quando falamos de réplicas rsrs), mas acho que eles abusam um pouco na hora de dar o preço. Ás vezes, dependendo do preço que cobram para construir uma réplica, seria melhor juntar a grana por um tempo e comprar um original. (minha opnião).

Como assim abusam? Um Fender USA custa 1400 dólares, um Sadowsky NYC, que é um clone da Fender sai por 3500, isso é abuso?

Ou abuso seria um carro feito no Brasil custar metade do preço no México?

^ Pois é, geralmente os produtos customizados ( feitos sob-medida ) como é o caso de um baixo de Luthier são mais caros que os fábricados em série...

Oque dá para entender é que, aqui existem Luthiers que fazem instrumentos mais em conta que os originais... seja por mão de obra sucateada ( não ter valor perante os olhos da população ), seja por sair mais em conta doque pagar todos os incríveis impostos de importação.

São poucas as luthierias que possuem "valor agregado de marca" é só ver o mercado de usados o quanto desvaloriza um Fender e o quanto desvaloriza um instrumento de Luthier.

Concordo que o abuso é um carro do Brasil custar metade no México e um Fender de 1.400 dólares ( 2184 reais ) chegar pelo preço de um Zaganin ( só citando um exemplo ).

allexcosta escreveu:Aqui eu vejo uma leve descentralização. Observe que a corda MI está mais longe da borda da escala que a SOL.



Nessa outra foto me parece que as madeiras do sanduíche do braço foram cortadas assim: FLAT/LONGARINA/QUARTER...

Já ia falar que o Alex tava de sacanagem, mas, olhando as fotos, tive a mesma impressão. Lógico que pode ter sido por indução...

Pierrot escreveu:Putz, esse rickenbacker pertenceu a quem pra alguém pedir 9 mil?
é um rickenbacker e tudo mais, mas ta meio carinho.

meio carinho? rsrs, olha esse no ML por 25,000 (vinte cino mil ) compro dois fenders e um carro que to de olho aqui rsrsrs
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-192452697-rickenbacker-1969-original-_JM

tá loko.
Será o preço do instrumento um reflexo da dor da pessoa se desfazer de tal instrumento?

(esse rickenbacker é bonitão ^^)

^ Ronca mais que Harley Davidson logo justifica o preço...

a esse preço prefiro um carro usado rs

NESCAU escreveu:Em termos de comparação, pra exemplificar, eu acho que se o luthier for bom dá pra fazer coisa bem legal... como exemplo um baixo de luthier que eu tive, uma réplica de MM, comparei com um MM de verdade e sim o meu era melhor (sei que muitos não vao acreditar nisso...)

Nunca ouvi uma cópia soar tão perfeita como esse baixo. No quesito som eu atesto e boto fé.

Só que o Nescau é um expert em Music Man e pelo que imagino acompanhou de cima a construção desse baixo. Provavelmente se fosse um tone chambers tava com ele até hoje.

Quanto a empreitada do rapaz em questão eu caíria fora . Hoje em dia prefiro a idéia de guardar o dinheiro e o sonho para um dia adquirir o original.

Cara eu tenho uma visão em relação a trabalho de Luthier: vc não vai a um pintor e pede pra ele fazer uma réplica da Monalisa e de o fizer, com certeza não vai esperar que seja idêntico em tudo...

Se quer um baixo de Luthier, pegue de um que tenha já um trabalho de pesquisa intensa e que criou suas próprias soluções como o Jacimario, Samuel e Eliezer. Claro que esses também devem fazer réplicas, mas acredito que é melhor deixar que o artista crie sua própria arte...

Fá Mendonça escreveu:Cara eu tenho uma visão em relação a trabalho de Luthier: vc não vai a um pintor e pede pra ele fazer uma réplica da Monalisa e de o fizer, com certeza não vai esperar que seja idêntico em tudo...

Se quer um baixo de Luthier, pegue de um que tenha já um trabalho de pesquisa intensa e que criou suas próprias soluções como o Jacimario, Samuel e Eliezer. Claro que esses também devem fazer réplicas, mas acredito que é melhor deixar que o artista crie sua própria arte...

Aonde eu assino Fá?

Edit para complementar a idéia...

Tem artistas que se negam a fazer "réplicas", tem artistas que fazem e mudam conforme a sua visão, ter artistas que melhoram o projeto...
Mas nunca ninguém vai conseguir fazer igual, exatamente aquele que você sonha...
Pode fazer até melhor ( como no caso do Nescau ), mas não vai ser aquele exatamente que é seu sonho;
Então sempre vai ficar a margem daquilo que você queria, li aqui no fórum esses tempos uma coisa que resume bem :
Não compra baixo Y achando que vai acabar com a vontade de ter o X, você sempre vai ficar pensando como é ter, ou como poderia ter sido adquirir o baixo X e nunca vai ficar contente com o Y por melhor que ele seja... ( alguém disse isso, não com essas palavras, não dessa forma... mas a essência é a mesma )

Efeito Headstock ^^

Praticamente imbatível !

Galdino escreveu:
.... Não compra baixo Y achando que vai acabar com a vontade de ter o X, você sempre vai ficar pensando como é ter, ou como poderia ter sido adquirir o baixo X e nunca vai ficar contente com o Y por melhor que ele seja... ( alguém disse isso, não com essas palavras, não dessa forma... mas a essência é a mesma )

Toda galera falou muito bem, e muito do que penso está impresso nos posts acima. Em suma, eu penso, se você quer um baixo do modelo que deseja só pelo design, vá em frente, compre uma replica. Mas se você quer um timbre de Fender 60's , você só vai conseguir com um Fender 60's. E na minha humilde opinião, se é pra fazer um baixo em luthier, faça um que seja 100% o seu estilo, não tente copia um já existente.

Cesar Passos escreveu:E na minha humilde opinião, se é pra fazer um baixo em luthier, faça um que seja 100% o seu estilo, não tente copia um já existente.

mas tb tem uma coisa que pega. e pra explicar, vou dar um exemplo referente a mim mesmo:
sempre fui fascinado pelo som de precision e sting ray, porém não me tão adapto bem à ergonomia deles, apesar de adorar o visual de ambos. pra mim, o shape em que me sinto mais à vontade tocando é o dos jb. o braço mais confortável que já toquei foi o do meu antigo Fender Geddy Lee, mas o som desse baixo não contemplava totalmente o que eu esperava em relação aos timbres. dito isto, não acho que o cara tenha que fazer um baixo 100% diferente dos modelos clássicos. hj, eu faria com luthier um SR e um PB apenas com um corpo um pouquinho mais moderno (não muito, pra não perder as características visuais clássicas) e gostaria que eles tivessem às medidas do braço do Fender Geddy Lee. teriam o visual clássico de PB e SR, mas com adaptações que me permitissem mais conforto/tocabilidade. e tentaria que o som deles chegassem o mais perto possível de um PB e um SR original. seriam os baixos perfeitos pra mim

Ricardo Saldanha escreveu:mas tb tem uma coisa que pega. e pra explicar, vou dar um exemplo referente a mim mesmo:
sempre fui fascinado pelo som de precision e sting ray, porém não me tão adapto bem à ergonomia deles, apesar de adorar o visual de ambos. pra mim, o shape em que me sinto mais à vontade tocando é o dos jb. o braço mais confortável que já toquei foi o do meu antigo Fender Geddy Lee, mas o som desse baixo não contemplava totalmente o que eu esperava em relação aos timbres. dito isto, não acho que o cara tenha que fazer um baixo 100% diferente dos modelos clássicos. hj, eu faria com luthier um SR e um PB apenas com um corpo um pouquinho mais moderno (não muito, pra não perder as características visuais clássicas) e gostaria que eles tivessem às medidas do braço do Fender Geddy Lee. teriam o visual clássico de PB e SR, mas com adaptações que me permitissem mais conforto/tocabilidade. e tentaria que o som deles chegassem o mais perto possível de um PB e um SR original. seriam os baixos perfeitos pra mim

Acho que você descreveu bem a necessidade de um instrumento Custom Shop.

valeu Tio.

a gente pega os baixos dos sonhos e num primeiro momento se apaixona totalmente.
só depois começam a aparecer os pequenos detalhes.
esses detalhes logo em seguida viram defeitos.
e os defeitos viram incômodos.

não toquei em tantos baixo de "nome" assim (alguns Fender, MM, WW e etc), mas por hora, acho que meu lance é fazer um baixo específico pra mim mesmo...