Acompanhamento utilizando inversões
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Acompanhamento utilizando inversões
Olá, caros amigos do grave,
Passei por um sufoco ao [tentar] acompanhar certo rapaz que estava a visitar a igreja que na qual me congrego. Eis o caso: ele cumprimentou-me e perguntou se eu sabia tocar uma e outra musica antiga, e respondi que "qualquer coisa, dá-se um jeito", certo de que não seria difícil por conhecer os acordes essenciais das músicas. Entretanto, ele começa a tocar a primeira música no violão e eu identifiquei o tom e pus-me a tentar acompanhá-lo, todavia sem sucesso, pois o mesmo utilizava-se de inversões. Primeiro, tentei tocar no baixo as notas dos acordes que o vi tocar, porém seguia pela direita e ele pela esquerda. Após, tentei tocar apenas as notas do bordão que ele tocava. Assim, ele deixou de fazer inversões e tocava apenas os acordes, deixando a mim a dificílima tarefa de imaginar qual seria a nota da inversão que deveria tocar [3ª, 5ª, 7ª ou se a tônica mesmo].
Por fim, acabei por largar o baixo e acompanhá-lo solando a música na guitarra.
Alguém poderia me ensinar como proceder ao encarar no contrabaixo músicas que apresentem inversões??
Passei por um sufoco ao [tentar] acompanhar certo rapaz que estava a visitar a igreja que na qual me congrego. Eis o caso: ele cumprimentou-me e perguntou se eu sabia tocar uma e outra musica antiga, e respondi que "qualquer coisa, dá-se um jeito", certo de que não seria difícil por conhecer os acordes essenciais das músicas. Entretanto, ele começa a tocar a primeira música no violão e eu identifiquei o tom e pus-me a tentar acompanhá-lo, todavia sem sucesso, pois o mesmo utilizava-se de inversões. Primeiro, tentei tocar no baixo as notas dos acordes que o vi tocar, porém seguia pela direita e ele pela esquerda. Após, tentei tocar apenas as notas do bordão que ele tocava. Assim, ele deixou de fazer inversões e tocava apenas os acordes, deixando a mim a dificílima tarefa de imaginar qual seria a nota da inversão que deveria tocar [3ª, 5ª, 7ª ou se a tônica mesmo].
Por fim, acabei por largar o baixo e acompanhá-lo solando a música na guitarra.
Alguém poderia me ensinar como proceder ao encarar no contrabaixo músicas que apresentem inversões??
Nord- Membro
- Mensagens : 42
Localização : São Luís, MA
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Nord escreveu:Alguém poderia me ensinar como proceder ao encarar no contrabaixo músicas que apresentem inversões??
Você precisa reconhecer o acorde usando a audição, não a visão...
É só isso...
____________________________
O fascismo não é só uma opção política, mas também uma doença da alma...
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54816
Localização : Terra
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Geralmente o violonista ou pianista vão tocar a ponta do acorde e as inversões ficam a cargo do baixo, pois se um está invertendo e o outro não, na mesma região, fica bem esquisito.
Para inverter os acordes você precisa pensar na linha mais linear possível e ir fazendo essas inversões, desde que isso não atrapalhe o conjunto.
Você precisa conhecer bem a harmonia e melodia da música.
Ex.: a música Fato Consumado do Djavan.
No começo tem-se uma cadencia I - VI7 - II - V. tem gente que toca G7M - G#dim - Am7 - D7. Nessa harmonia, você pode colocar o baixo em E no acorde de G#dim, formando o acorde E7(b9)...
É bom ter o conhecimento dos acordes e suas tensões e aí é só deixar fluir...
Não sei quem falou, mas é bem isso: o acorde só é definido quando o baixista decide que nora vai tocar.
Não se esqueça que o baixo andando em quartas é muito utilizado na música popular, por causa da cadência II-V-I então as vezes é melhor não inverter nesses casos...
Para inverter os acordes você precisa pensar na linha mais linear possível e ir fazendo essas inversões, desde que isso não atrapalhe o conjunto.
Você precisa conhecer bem a harmonia e melodia da música.
Ex.: a música Fato Consumado do Djavan.
No começo tem-se uma cadencia I - VI7 - II - V. tem gente que toca G7M - G#dim - Am7 - D7. Nessa harmonia, você pode colocar o baixo em E no acorde de G#dim, formando o acorde E7(b9)...
É bom ter o conhecimento dos acordes e suas tensões e aí é só deixar fluir...
Não sei quem falou, mas é bem isso: o acorde só é definido quando o baixista decide que nora vai tocar.
Não se esqueça que o baixo andando em quartas é muito utilizado na música popular, por causa da cadência II-V-I então as vezes é melhor não inverter nesses casos...
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http://www.baixobrasil.com - Nenhum músico é um advogado frustrado! - alFáce Mendonça by Renato - Fastorius!! by Pagode Alto Astral - #011 - Condor Club - #011 - Fretless Club - #018 - Custom Basses Club
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Querido Jesus, tenha piedade da minha alma...
Entendi perfeitamente a resposta do allexcosta, mas a sua, Fá Mendonça, realmente me deixou um tanto confuso. Estou agora com uma vontade massiva de estudar e entender sobre contrabaixo tanto quanto você, mas confesso que estou completamente perdido. Minhas 'andanças' com esse instrumento eram puramente "toca a cabeça da nota que já está bom..." e pouco acresciam à minha formação como baixista. Tens por acaso alguma indicação sobre o quê devo estudar?
Entendi perfeitamente a resposta do allexcosta, mas a sua, Fá Mendonça, realmente me deixou um tanto confuso. Estou agora com uma vontade massiva de estudar e entender sobre contrabaixo tanto quanto você, mas confesso que estou completamente perdido. Minhas 'andanças' com esse instrumento eram puramente "toca a cabeça da nota que já está bom..." e pouco acresciam à minha formação como baixista. Tens por acaso alguma indicação sobre o quê devo estudar?
Nord- Membro
- Mensagens : 42
Localização : São Luís, MA
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Cara, é fundamental o baixista ter conhecimento de harmonia. Te aconselho o livro do Ian Guest: harmonia método prático, volumes 1 e 2. Os livros do Almir Chediak também são bons, mas a didática não é lá essas coisas.
Não se esqueça que esses estudos vão te servir de base para vc ficar livre e fazer aquilo que lhe agrada e sirva na música, mas com propriedade.
Nesse assunto de inversão de acordes é legal conversar com pianistas, eles podem te ajudar muito...
Não se esqueça que esses estudos vão te servir de base para vc ficar livre e fazer aquilo que lhe agrada e sirva na música, mas com propriedade.
Nesse assunto de inversão de acordes é legal conversar com pianistas, eles podem te ajudar muito...
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
É a segunda vez que me emociono neste fórum (a primeira foi ao ler a "Carta Oficial de Boas Vindas!!!"). Acredito que estou no lugar certo para aprender a tocar bem esse instrumento. Descobri inversões dando aula de teclado para minha namorada, mas nunca havia me importado em estudar o assunto mais a fundo. A partir de amanhã irei montar samples para improvisar no baixo e compreender meu estilo e minha pegada. Obrigado pela ajuda.^^
Nord- Membro
- Mensagens : 42
Localização : São Luís, MA
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Não é um assunto muito fácil, principalmente para quem não tem um ouvido apurado mas aos poucos você consegue assimilar. A maioria das inversões (principalmente nas músicas gospel), são a inversão da terça do 5º grau, ex:
no tom C é B/G, em D A/C#, se vc for só marcar use somente a nota invertida, mas se for montar a linha leve em consideração o o restante do acorde, e legal estudar os arpegios das inversões para não criar "choques" na música.
no tom C é B/G, em D A/C#, se vc for só marcar use somente a nota invertida, mas se for montar a linha leve em consideração o o restante do acorde, e legal estudar os arpegios das inversões para não criar "choques" na música.
VINIPRO7- Membro
- Mensagens : 38
Localização : SÃO GONÇALO
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Fá Mendonça escreveu:Cara, é fundamental o baixista ter conhecimento de harmonia.
Fundamentalíssimo!!
Se vc conhecia as músicas e identificou o tom, neste caso, bastava fazer o simples,digo, se vc conhece campo harmônico, do contrário ,mesmo identificando o tom corre o risco de se enrolar...pra começo de conversa, pode ser que identifique o tom errado ( Ex: A música "Meu Altar" da IB Nova Jerusalém começa em Bb, mas o tom é F...). Se o baixista conhece harmonia e vai acompanhar um violonista ,quem determina se o acorde vai soar como inversão é ele ( o baixo), pois vc sabe que recursos pode e como utilizar.
Amagomes- Membro
- Mensagens : 5194
Localização : Rio de Janeiro
Re: Acompanhamento utilizando inversões
VINIPRO7 escreveu:Não é um assunto muito fácil, principalmente para quem não tem um ouvido apurado mas aos poucos você consegue assimilar. A maioria das inversões (principalmente nas músicas gospel), são a inversão da terça do 5º grau, ex:
no tom C é B/G, em D A/C#, se vc for só marcar use somente a nota invertida, mas se for montar a linha leve em consideração o o restante do acorde, e legal estudar os arpegios das inversões para não criar "choques" na música.
Só corrigindo um erro de digitação: O acorde seria G/B e não B/G.
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
ops! desculpem a falha
VINIPRO7- Membro
- Mensagens : 38
Localização : SÃO GONÇALO
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Galera, na boa, mas de cara pra acompanhar uma música sem conhecer os acordes é no ouvido mesmo.... pois se fosse preciso entender de harmonia muitos músicos profissionais nem tocar tocavam, ex: Dominguinhos.
Mas claro que o conhecimento de harmonia, campo harmônico, tonalidade, inversões, arpejos, acordes, escalas, escalas por acordes, é extremamente importante, mas o ouvido é o cara.... Eu mesmo já estudei muito isso e ainda estudo(teoria), e me arrependo de não ter trabalhado muito mais o meu ouvido antes. Todos os grandes músicos, aqueles feras, tem ouvidos sensacionais e isso é o que os faz ser o que são.
Não estou dizendo que a teoria não é importante, mas que o ouvido é "o cara" isso é sim...
Mas claro que o conhecimento de harmonia, campo harmônico, tonalidade, inversões, arpejos, acordes, escalas, escalas por acordes, é extremamente importante, mas o ouvido é o cara.... Eu mesmo já estudei muito isso e ainda estudo(teoria), e me arrependo de não ter trabalhado muito mais o meu ouvido antes. Todos os grandes músicos, aqueles feras, tem ouvidos sensacionais e isso é o que os faz ser o que são.
Não estou dizendo que a teoria não é importante, mas que o ouvido é "o cara" isso é sim...
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DUDUBASS- Membro
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
Acrescentando ao que já foi dito:?
G7 (9) equivalente G7/B que foi dito, equivalente Bm7(b5) que e é o famoso Dominante sem fundamental.
G7 (b9) equivalente Bº
D7/F# pode ser F#º (b13)
D7/A equivalente Am6
Deve-se tomar muito cuidado para não enfraquecer o acorde, por isso o ouvido é fundamental.
G7 (9) equivalente G7/B que foi dito, equivalente Bm7(b5) que e é o famoso Dominante sem fundamental.
G7 (b9) equivalente Bº
D7/F# pode ser F#º (b13)
D7/A equivalente Am6
Deve-se tomar muito cuidado para não enfraquecer o acorde, por isso o ouvido é fundamental.
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Rodrigo
Rdg Bass- Membro
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Localização : São Paulo - SP
Re: Acompanhamento utilizando inversões
DUDUBASS escreveu:Galera, na boa, mas de cara pra acompanhar uma música sem conhecer os acordes é no ouvido mesmo.... pois se fosse preciso entender de harmonia muitos músicos profissionais nem tocar tocavam, ex: Dominguinhos.
Exato...no ouvido e não "no olho",como o Allex comentou lá em cima. Só dois comentários...
1- Precisar,pode até ser que não precise mas facilita muito...principalmente aqueles que não são tão bem dotados de ouvido...
2- Quem disse que o Dominguinhos não entende de harmonia...? Talvez não didaticamente, mas entende muito. Sou muito fã desse cara, a meu ver um dos maiores músicos brasileiros vivos...
Amagomes- Membro
- Mensagens : 5194
Localização : Rio de Janeiro
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Amagomes escreveu:DUDUBASS escreveu:Galera, na boa, mas de cara pra acompanhar uma música sem conhecer os acordes é no ouvido mesmo.... pois se fosse preciso entender de harmonia muitos músicos profissionais nem tocar tocavam, ex: Dominguinhos.
Exato...no ouvido e não "no olho",como o Allex comentou lá em cima. Só dois comentários...
1- Precisar,pode até ser que não precise mas facilita muito...principalmente aqueles que não são tão bem dotados de ouvido...
2- Quem disse que o Dominguinhos não entende de harmonia...? Talvez não didaticamente, mas entende muito. Sou muito fã desse cara, a meu ver um dos maiores músicos brasileiros vivos...
Conheço gente que já tocou com o mestre Dominguinhos e me disseram que o conhecimento dele é somente auditivo.
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DUDUBASS- Membro
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Localização : FORTALEZA
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Realmente o ouvido tem a maior importância em todo esse processo, pois com conhecimento de causa ou não é ele quem vai te "dizer" se ficou bom ou não. A minha resposta foi em relação à dúvida do colega sobre como utilizar inversões.
Nesse caso, é tão importante quanto ter um ouvido bem desenvolvido, saber o que está fazendo. Após aprender tudo isso e ouvir muito diferentes harmonias em diferentes contextos, a coisa vai fluir naturalmente.
Ex.: No Choro a inversão de acordes é muito mais comum do que no pop. Isso o ouvido ensina muito bem... Mas quais as inversões são feitas e porque, a teoria ensina muito bem também...
O ouvido é o maior bem que o músico possui, acima de qualquer instrumento, teoria. Mas uma coisa não exclui a outra...
Nesse caso, é tão importante quanto ter um ouvido bem desenvolvido, saber o que está fazendo. Após aprender tudo isso e ouvir muito diferentes harmonias em diferentes contextos, a coisa vai fluir naturalmente.
Ex.: No Choro a inversão de acordes é muito mais comum do que no pop. Isso o ouvido ensina muito bem... Mas quais as inversões são feitas e porque, a teoria ensina muito bem também...
O ouvido é o maior bem que o músico possui, acima de qualquer instrumento, teoria. Mas uma coisa não exclui a outra...
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
DUDUBASS escreveu:Conheço gente que já tocou com o mestre Dominguinhos e me disseram que o conhecimento dele é somente auditivo.Amagomes escreveu:
2- Quem disse que o Dominguinhos não entende de harmonia...? Talvez não didaticamente, mas entende muito.
Foi o que eu disse...
Amagomes- Membro
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
DUDUBASS escreveu:Galera, na boa, mas de cara pra acompanhar uma música sem conhecer os acordes é no ouvido mesmo.... pois se fosse preciso entender de harmonia muitos músicos profissionais nem tocar tocavam, ex: Dominguinhos.
Na verdade quem estuda muita harmonia e conhece tudo do assunto busca exatamente esse Nirvana musical no qual Dominguinhos se encontra, onde tuco acontece naturalmente, sem necessidade do raciocínio interferir na arte...
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allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54816
Localização : Terra
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Hoje pela manhã encontrei o bendito rapaz que havia tocado na igreja. Após alguns minutos rindo à beça do meu "engasgo", ele falou exatamente o que o Amagomes falou: "Se tu conhece a harmonia da musica e quer acompanhar o violinista, é tu quem decide as inversões". Desculpem meu erro de procurar os acordes com a visão em vez da audição
E eu realmente estava montando a linha de baixo com notas dos acordes, e fiquei indeciso e nervoso sem necessidade alguma. Como o allexcosta falou, "ser baixista é saber quando não tocar". Eu meti a cara a tapa e.... levei tapa! Mas nada que um pouco de estudo e treino não possa resolver. xD
abraço e ótima semana a todo!^^
E eu realmente estava montando a linha de baixo com notas dos acordes, e fiquei indeciso e nervoso sem necessidade alguma. Como o allexcosta falou, "ser baixista é saber quando não tocar". Eu meti a cara a tapa e.... levei tapa! Mas nada que um pouco de estudo e treino não possa resolver. xD
abraço e ótima semana a todo!^^
Nord- Membro
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
Rdg Bass escreveu:Acrescentando ao que já foi dito:?
G7 (9) equivalente G7/B que foi dito, equivalente Bm7(b5) que e é o famoso Dominante sem fundamental.
G7 (b9) equivalente Bº
Só uma consideração: é muito improvável que o sétimo grau (meio diminuto) apareça numa situação de dominante, na verdade não me lembro de nenhum caso. O Bm7(b5) normalmente é II numa progressão menor.
o segundo exemplo, do Si diminuto, que é o famoso dominante sem fundamental.
Não sei o quanto o Dominguinhos sabe dar nome para os acordes e harmonizações que ele faz. Na verdade deve saber o suficiente para se comunicar com os outros músicos ou deve saber até mais. O que importa é que ele harmoniza corretamente e de forma bonita... é o que todos deveríamos ir atrás.
fma- Membro
- Mensagens : 440
Localização : São Paulo
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Mais uma coisa: os instrumentos "de harmonia" como violão ou piano também tocam as inversões, não é algo que o baixista faz sozinho. Acho que tem gente confundindo o baixo (voz mais grave do acorde) com o baixo instrumento.
fma- Membro
- Mensagens : 440
Localização : São Paulo
Re: Acompanhamento utilizando inversões
Em geral, escrevo "contrabaixo" para instrumento e 'baixo' ou 'bordão' para a voz mais grave do acorde. E o Bm7/5º (Si menor com sétima e quinta diminuta) sempre é II do tom Am.fma escreveu: Acho que tem gente confundindo o baixo (voz mais grave do acorde) com o baixo instrumento.
Uma outra dúvida:
Tom>>>>Acorde de assagem>>>>Novo Tom
C E/Ab Am(sexto grau de C)
D F#/Bb Bm(sexto grau de D)
etc...
E também utilizo acordes que no campo harmônico são maiores, mas a sonoridade menor cai bem. É o caso do Vm7 e IVm em tons maiores. Ex.: D>> Am7 - G - Gm.
Deveras aprendi violão/guitarra mais pelos sentidos que pela musicalização formal (aula), e não faço idéia de como tocar do jeito que me agrada (preenchendo a música até onde fica legal) no contrabaixo. Isso realmente pede a teoria, mas nunca encontrei nada a respeito para utilizar-se em contrabaixo.
Dúvida: Devo procurar melhor o que busco, ou estou querendo demais - não sabendo a função de um contrabaixo na música??
Nord- Membro
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
Nord, nas duas sequências que você colocou, você ta usando inversão do acorde dominante do novo tom. É exatamente essa a função das inversões, "melodizar" o baixo.
uma coisa, a terça maior de Mi é sol#, não Lá bemol e a terça maior de Fá sustenido é Lá sustenido, não Si bemol... embora as notas estejam no mesmo lugar, confunde muito você trocar os nomes.
Utilizar os acordes no contrabaixo é mais ou menos a mesma coisa que nos outros instrumentos, só que arpejado, o que demanda um caminho melódico.
uma coisa, a terça maior de Mi é sol#, não Lá bemol e a terça maior de Fá sustenido é Lá sustenido, não Si bemol... embora as notas estejam no mesmo lugar, confunde muito você trocar os nomes.
Utilizar os acordes no contrabaixo é mais ou menos a mesma coisa que nos outros instrumentos, só que arpejado, o que demanda um caminho melódico.
fma- Membro
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
fma
malz, G# e A#>> não vou mais esquecer.
Eu aprendo instrumentos pelo caminho do autodidatismo prático, com teoria smepre aplicada, e acabo por ser medíocre em quase todos os instrumentos que toco [exceção flauta]. E por falar na flauta, acompanho músicas arpejando as notas dos acordes que identifico, e se não souber qual acorde está soando, improviso pelo tom da musica. No contrabaixo, seria esse o "caminho melódico" do qual vc fala?
malz, G# e A#>> não vou mais esquecer.
Eu aprendo instrumentos pelo caminho do autodidatismo prático, com teoria smepre aplicada, e acabo por ser medíocre em quase todos os instrumentos que toco [exceção flauta]. E por falar na flauta, acompanho músicas arpejando as notas dos acordes que identifico, e se não souber qual acorde está soando, improviso pelo tom da musica. No contrabaixo, seria esse o "caminho melódico" do qual vc fala?
Nord- Membro
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
Exatamente... a diferença é que tocando contrabaixo você tem um compromisso maior em afirmar os baixos da harmonia.
Nenhum problema em você ser um "autodidata prático" e acho que a teoria sempre deve ser aplicada e justificada no repertório. Acho que o que ta fazendo falta para você é conhecer melhor a linguagem do instrumento. Pegue um monte de músicas que você gosta e linhas de baixo quem chamem sua atenção e tire elas nota por nota, analise o que o baixista tocou, quais foram as notas que ele utilizou além da tônica. Fazendo isso você estará num bom caminho.
Nenhum problema em você ser um "autodidata prático" e acho que a teoria sempre deve ser aplicada e justificada no repertório. Acho que o que ta fazendo falta para você é conhecer melhor a linguagem do instrumento. Pegue um monte de músicas que você gosta e linhas de baixo quem chamem sua atenção e tire elas nota por nota, analise o que o baixista tocou, quais foram as notas que ele utilizou além da tônica. Fazendo isso você estará num bom caminho.
fma- Membro
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Localização : São Paulo
Re: Acompanhamento utilizando inversões
fma escreveu:Exatamente... a diferença é que tocando contrabaixo você tem um compromisso maior em afirmar os baixos da harmonia.
Me disseram que eu toco bem porque tenho facilidade para montar/aprender solos [vim ao mundo da musica através da flauta...]. Isso pra mim é besteira. Um bom baixista só o é pq sabe o que está tocando, e tem intimidade com o instrumento. A partir de hoje, vou tocar contrabaixo como se deve tocar contrabaixo, e não como se estivesse tocando guitarra.
Vlw man
Nord- Membro
- Mensagens : 42
Localização : São Luís, MA
Re: Acompanhamento utilizando inversões
allexcosta escreveu:DUDUBASS escreveu:Galera, na boa, mas de cara pra acompanhar uma música sem conhecer os acordes é no ouvido mesmo.... pois se fosse preciso entender de harmonia muitos músicos profissionais nem tocar tocavam, ex: Dominguinhos.
Na verdade quem estuda muita harmonia e conhece tudo do assunto busca exatamente esse Nirvana musical no qual Dominguinhos se encontra, onde tuco acontece naturalmente, sem necessidade do raciocínio interferir na arte...
Concordo Alex... "pero no mucho!"
Sou fã de carteirinha do Dominguinhos, assim como de tantos outros músicos da noite, do baile. Inclusive me atrevo a dizer que são esses os mais criativos.
Para seguir uma carreira solo, desenvolvendo sua arte, construindo e descobrindo novas formas de se expressar no instrumento, estudar o tradicional pode muitas vezes inibir a criatividade e o caminho para esse nirvana.
Contudo, para um "sideman" é necessário tanto essa habilidade intuitiva, comum ao músico popular, como também a habilidade analítica. Para ser um profissional realmente competente, o "cara que resolve", tem que ser capaz de acompanhar "de ouvido", bem como de ler e analisar uma cifra ou uma partitura. Possuir apenas uma dessas habilidades, no mínimo, exclui o músico de uma faixa de mercado.
Não sou budista mas acredito no caminho do meio: Intuição e formação atuando juntos.
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"Não há nada que um bom dia de surf e/ou música não resolvam!"
Jr. Primata- Membro
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
Jr. Primata escreveu:Concordo Alex... "pero no mucho!"
Lendo e relendo sua resposta me pareceu que você concordou "y mucho".
Na verdade eu nunca disse que chegar ao tal "Nirvana" por uma maneira empírica seja necessariamente o melhor ou correto. Tem sim, alguns benefícios, mas poucos deles são úteis para o músico contratado.
Aliás, conheço muita gente que faz diferença entre "artista" e "músico", justamente por esse motivo.
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O fascismo não é só uma opção política, mas também uma doença da alma...
allexcosta- Administrador
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
Essa é uma ótima discussão Alex.
Tem muito pano pra manga. Porém, se a alongarmos perderemos o principal aqui: As inversões, muito legal também.
Há um outro tópico similar (Músico x Artista)?
Tem muito pano pra manga. Porém, se a alongarmos perderemos o principal aqui: As inversões, muito legal também.
Há um outro tópico similar (Músico x Artista)?
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Jr. Primata- Membro
- Mensagens : 117
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
olha no meu caso nao sei tanto assim de teoria.. entao uso um pouco de logica e o ouvido sempre me dis quando tem choque..
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abraço cicinho
clube do jazz bass 38 gospel clube 84 clubre dos baixistas da bahia # 014
cicero moura- Membro
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
Lendo tudo o que foi postado, vou tentar resumir aqui o que eu acho! (não que isso seja grande coisa! haha)
Ouvido é MUITO IMPORTANTE!
Mas ele ouve o que é tocado naquele instante.
Com conhecimento teórico, você escuta a nota antes de tocar!
A teoria é apenas uma análise da prática. E, através dela, você consegue traçar caminhos em que já se conhece o destino.
Se aliarmos tudo isso, temos segurança e tranquilidade para deixar tudo acontecer com naturalidade e musicalidade.
E quando falamos de Dominguinhos, pensamos na obra de um compositor e não na ótica de um músico que faz acompanhamento em várias gigs diferentes!
Não que ele não o fizesse e longe de mim tentar desmerecer o mestre Dominguinhos! Não é isso...
Mas quando estamos compondo podemos, apenas no ouvido, experimentar o que soa melhor e o que não soa.
Mas, muitas vezes, o músico que acompanha precisa se ver compondo uma linha no improviso. Portanto, considero a comparação um pouco injusta com o caso citado!
Outra coisa importante no caso que o Nord nos contou...
Com um bom conhecimento de harmonia, você é capaz de prever, na maioria das vezes, qual é o próximo acorde. Seja analisando somente a progressão ou até mesmo através da função harmônica do acorde em questão.
E, devido a isso, fica mais fácil calcular qual grau do próximo acorde está ali por perto para que possa soar mais linear.
E já que estamos falando de inversões... Eu sempre começo a abordar esse assunto em minhas aulas usando a música Refrão de Bolero (Engenheiro do Hawai) como exemplo.
A harmonia da parte A é:
4/4//: Bm F#m / G E / A F# ://
O acorde de E (Mi+Sol#+Si) está como dominante do A e o acorde de F# (Fá#+Lá#+Dó#) como dominante do Bm.
Logo, a linha do baixo pode seguir usando um cromatismo (como de fato acontece na música) em que o único salto é o de Bm para F#m.
Ou seja:
4/4//: Bm F#m / G E/G# / A F#/A# ://
Enfim,
É por aí que eu penso...
Ouvido é MUITO IMPORTANTE!
Mas ele ouve o que é tocado naquele instante.
Com conhecimento teórico, você escuta a nota antes de tocar!
A teoria é apenas uma análise da prática. E, através dela, você consegue traçar caminhos em que já se conhece o destino.
Se aliarmos tudo isso, temos segurança e tranquilidade para deixar tudo acontecer com naturalidade e musicalidade.
E quando falamos de Dominguinhos, pensamos na obra de um compositor e não na ótica de um músico que faz acompanhamento em várias gigs diferentes!
Não que ele não o fizesse e longe de mim tentar desmerecer o mestre Dominguinhos! Não é isso...
Mas quando estamos compondo podemos, apenas no ouvido, experimentar o que soa melhor e o que não soa.
Mas, muitas vezes, o músico que acompanha precisa se ver compondo uma linha no improviso. Portanto, considero a comparação um pouco injusta com o caso citado!
Outra coisa importante no caso que o Nord nos contou...
Com um bom conhecimento de harmonia, você é capaz de prever, na maioria das vezes, qual é o próximo acorde. Seja analisando somente a progressão ou até mesmo através da função harmônica do acorde em questão.
E, devido a isso, fica mais fácil calcular qual grau do próximo acorde está ali por perto para que possa soar mais linear.
E já que estamos falando de inversões... Eu sempre começo a abordar esse assunto em minhas aulas usando a música Refrão de Bolero (Engenheiro do Hawai) como exemplo.
A harmonia da parte A é:
4/4//: Bm F#m / G E / A F# ://
O acorde de E (Mi+Sol#+Si) está como dominante do A e o acorde de F# (Fá#+Lá#+Dó#) como dominante do Bm.
Logo, a linha do baixo pode seguir usando um cromatismo (como de fato acontece na música) em que o único salto é o de Bm para F#m.
Ou seja:
4/4//: Bm F#m / G E/G# / A F#/A# ://
Enfim,
É por aí que eu penso...
Última edição por Marks em 6/8/2011, 20:33, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : inclusão de palavras)
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
Marks escreveu:
Com conhecimento teórico, você escuta a nota antes de tocar!
Perfeito!!
Depois que se adquiri conhecimentos de harmonia, enquanto se está tocando parece que os acordes. as possibilidades, passam na mente quase que como numa tela de TV .
Amagomes- Membro
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
Amagomes escreveu:Marks escreveu:
Com conhecimento teórico, você escuta a nota antes de tocar!
Perfeito!!
Depois que se adquiri conhecimentos de harmonia, enquanto se está tocando parece que os acordes. as possibilidades, passam na mente quase que como numa tela de TV .
É isso mesmo!
É como dirigir... você vê que vem uma conversão à direita e logo já diminui a velocidade, liga a seta, mantém o veículo à direita da pista, daqui a pouco diminui a marcha, e aí vc inicia o movimento do volante tomando todo o cuidado para não atingir a contra-mão, etc.
Tudo isso acontece em segundos e você faz naturalmente!
Última edição por Marks em 7/8/2011, 11:43, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : erro ortográfico)
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Re: Acompanhamento utilizando inversões
VINIPRO7 escreveu:Não é um assunto muito fácil, principalmente para quem não tem um ouvido apurado mas aos poucos você consegue assimilar. A maioria das inversões (principalmente nas músicas gospel), são a inversão da terça do 5º grau, ex:
no tom C é B/G, em D A/C#, se vc for só marcar use somente a nota invertida, mas se for montar a linha leve em consideração o o restante do acorde, e legal estudar os arpegios das inversões para não criar "choques" na música.
Só uma dúvida?? Porque falar em "são a inversão da terça do 5º grau" e não "são a inversão da sétima da tônica" ??? eu sei q no tom C o acorde G/B é diferente de Bm7(b5) (7o grau de C) e de C/B, mas se vc vai marcar somente usando a nota invertida B, porque não dizer inversão da sétima???? É por causa da progressão q está sendo usada na música, é por causa do acorde de passagem???
Abraços...
webercar- Membro
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