É palhaçada...

O problema não é a banda achar lugar. Se tocar direito acha, pq de músico ruim aqui tá cheio, se aparecer banda boa que faz o serviço direito, tá feito. Tem músico bom ganhando fortunas pra tocar no Wonka.

Problema tá em achar mulheres pra tocar. Elas tem mais desculpas na manga do que eu E os homens da minha faixa etária então: mulher não deixa, faz tempo que não toco, tenho tendinite, bar tal eu não curto, e por aí vai.

Já tentei montar uma banda pra tocar música de filmes em eventos. Na hora que joguei a idéia todo mundo apoiou e apareceu gente querendo tocar. Quando descolei o estúdio, povo debandou que foi bonito de ver. Aí ninguém podia, ninguém tinha tempo, faculdade, esposa, filhos, etc, etc. E olha que a gente não ia tocar de graça.

Faço aula de música, seria fácil formar banda, mas curitibano é f***. Desisti da brincadeira. Nem grupo no facebook dá certo, tem um de formação de banda. Alguém posta querendo juntar os músicos, meia dúzia se empolga, dois dias depois foi tudo parar no limbo e a banda não saiu.

Ah, e eu também não vou mais encher o saco.

Fui!

allexcosta escreveu:

RFFanBR escreveu:Não por aqui. Mulherada na minha idade ou tá casada e com filho ou não quer saber de tocar instrumento musical. A moda aqui entre quem tá começando é metal melódico, não querem tocar outra coisa.

É como eu disse lá em cima, você sempre vai ter uma resposta.

Não conheço Curitiba (apesar de ter parentes aí), mas não acredito que uma banda de 2 ou 3 pessoas tocando clássicos direitinho não arrume lugar pra tocar, como também duvido que um casal que saia Sábado à noite pra tomar um vinho queira escutar metal melódico. Mas vou parar de encher seu saco.

Você não conhece Curitiba mesmo então hahahahaha. Isso daqui é maior cemitério de artistas. Ou você tocar sertanejo, ou se estiver acima dos 30 e sem carreira definida tá completamente fora do mercado. E olha que isso é BEM recente, eu comecei a tocar em 2005 (tinha 15 anos na época) e tava em três bandas, numa tocávamos rock clássico \ blues, na outra fazíamos cover do Iron Maiden e na terceira tocávamos clássicos do funk (Motown).

Na época tinha espaço na cidade pras três bandas, duas delas (a de blues e a de funk) inclusive recebendo cachê (heavy metal e hard rock não ganham cachê por aqui, mesmo naqueles tempos que haviam 300 bares do estilo).

Parei de tocar em 2008 por causa do vestibular, fiquei 3 anos fora do circuito de música ao vivo, frequentando as casas como ouvinte de vez em quando. No começo desse ano fui convidado por um velho conhecido a participar de uma banda de rock clássico, fortemente influenciado pelo southern rock americano, metade do repertório de próprias e metade de covers. Dois meses de ensaio, bora pra rua, eeeee cadê as casas noturnas??? Sério, 80% dos bares que conhecíamos tinham saído do mapa, ou trocado de gestão e tiveram a música ao vivo cortada fora. Algumas casas BEM grandes como o John Bull que possuiam um ótimo arsenal de bandas limitaram o rock e o funk pra um dia só da semana, incluiram reggae, hip-hop e sertanejo nos outros dias. E as casas decentes que continuaram abertas ou adotaram a moda do sertanejo, ou passaram a tocar "MPB" mas não aceitam mais bandas, apenas duplas acústicas.

Das casas de rock que abriram nesse meio tempo, só querem saber de "indie", "rock alternativo". E pra esse tipo de música o público é extremamente jovem, e extremamente exigente, acima dos 30 considere-se fora. Eu já morei em cidade de 30mil habitantes na Itália, e não havia uma cena musical tão ruim e tão morta quanto a de Curitiba.

Stefano T. escreveu:... ou se estiver acima dos 30 e sem carreira definida tá completamente fora do mercado.

É, aquela história que não se pega mais gig com mais de 40 anos aqui é bem verdadeira. E pior, com 10 anos a menos.

Stefano T. escreveu:E as casas decentes que continuaram abertas ou adotaram a moda do sertanejo, ou passaram a tocar "MPB" mas não aceitam mais bandas, apenas duplas acústicas.

Só MPB, violão e voz. Casas de rock duram uns 3, 4 meses, depois param de pagar cahcê, depois fecham.

Stefano T. escreveu:..e extremamente exigente, acima dos 30 considere-se fora. Eu já morei em cidade de 30mil habitantes na Itália, e não havia uma cena musical tão ruim e tão morta quanto a de Curitiba.

É, exigente pq é arrogante, nem tem nível pra ser tão exigente assim.

E não falei que idade aqui importa, e muito? Tá aí, não tô errada. Curitibano liga muito pra aparência (patricinha), pra idade (com 28 já é velho), pra roupa (tem que estar com a etiqueta de marca "olhando" pra fora), pro carro (é zero? legal. Não é? pobre é f***, hein), e pro sobrenome, por incrível que pareça (se o cara tem pedigree não interessa se é o maior filho da p*** do mundo, é idolatrado).

RFFanBR escreveu:Ah, e eu também não vou mais encher o saco.

Fui!

esse é um trabalho em duas etapas: vc precisa de uma solução imediata e outra solução de longo prazo.

Para a primeira etapa vc precisa de algo simples e rápido, como as opções que o allex colocou. Existem outras na mesma linha de raciocínio, que vc pode acrescentar às possibilidades.

Para a solução de longo prazo é preciso ter foco. Decidir se vai permanecer em Curitiba, e caso sim, estudar o mercado de trabalho local. Buscar se especializar em um nicho. Pense em um horizonte de 2 a 3 anos de estudo.

Eu, como sou concurseiro (estou no meu 2º emprego concursado - e trabalho muito, ao contrário do que alguns pensam) posso falar um pouco a respeito dessa opção. Existe uma teoria de que estudar para concurso é entrar em uma fila. À medida que os concursos vão ocorrendo, os primeiros colocados da fila são admitidos e a fila anda. Também, à medida que vc vai estudando e adquirindo conhecimento, vc anda posições na fila. Inevitavelmente, chega o momento em que vc está no início da fila e então é aprovada. Mas é preciso ter muito foco, considere estudar no mínimo 40h por semana. O prazo médio para andar até o início da fila para um concurso fácil é de 2 anos de estudo.

Um paranaense que está em um ritmo bom de estudo há algum tempo tem, hoje, essas opções de concurso para fazer:

- COMPAGAS
- FEAES
- COHAB Londrina
- SBMG Maringá
- Prefeituras de Alvorada do Sul, Balsa Nova, Foz do Iguaçu, Nova Aurora, Paula Freitas, Santa Amélia, Assis Chateubriand, Amaporã, Apucarana, Campo Mourão, Coronel Vivida, Lobato, Medianeira, Nova Cantu, Nova Fátima, Ortigueira, Ponta Grossa, Porto Amazonas, etc.

Após passar em uma prova simples, considere estudar mais uns 3 anos para passar para uma prova mais difícil, com um salário mais atrativo. Em 5 anos vc terá o seu último emprego e uma bela aposentadoria garantida. Dependendo da sua capacidade acadêmica, esse prazos podem ser bem menores!

Larissa, vc sabe fazer manunteção de pc? tipos arrumar erros do windows, eliminar vírus, formatar, trocar peças com defeitos, etc? Se sim, tente trabalhar como autônoma fazendo manutenção à domicílio e empresas, dá pra resolver muita coisa no local mesmo cobrando visita fixa, eu faço isso a anos aqui na minha cidade que é do nível de Curitiba e dá pra sobreviver, não sei como está esse mercado aí, mas o diferencial é vc resolver o problema no local, vc consegue com o tempo uma clientela fiel, pq tem muita gente que não quer tirar o pc e levar numa técnica e ficar 3 ou 4 dias ou até mais de uma semana sem o pc, elas piram, vc resolvendo na hora no local, ou em ultimo caso levando pra casa e tentar resolver de um dia pra o outro dá uma clientela boa e fiel sim. No começo demora um pouco pra conseguir clientes, mas aos poucos a coisa rola. Veja, se cobrar uns R$ 60,00 por visita e der pra arrumar um pc de manha e outro a tarde (as vezes dá tempo de fazer até mais) já dá R$ 120,00 por dia, se vc só folgar um dia da semana são 26 dias x RS 120,00 = R$ 3120,00 por mês, é lógico que nem sempre consiguimos agendar 2 clientes por dia, tem dia que ninguém liga mesmo, mas te garanto que pelo menos uns 2 mil Dilmas por mês dá pra tirar, começa a fazer isso, anuncia o serviço em jornais da cidade, faz cartão de visita e sai distribuindo em condomínios, lojas, pequenas empresas, etc. que a coisa rola. Boa sorte.

Jackson escreveu:

RFFanBR escreveu:Ah, e eu também não vou mais encher o saco.

Fui!

esse é um trabalho em duas etapas: vc precisa de uma solução imediata e outra solução de longo prazo.
(...)

Larissa, você é formada em análise de sistemas pelo que entendi, é isso? O Jackson e outros sugeriram solução de curto prazo. Vou dar uma idéia para solução de longo prazo, baseada na sua formação. Você já pensou em contribuir para algum projeto de software livre? Milhares de projetos precisando de uma força, precisando tanto de gente experiente quanto de gente querendo começar agora. É algo a que você pode dedicar 1-2h do seu dia, vai rechear seu currículo com coisas feitas e de fácil acesso para quem quiser avaliar e você pode com isso arrumar um bom trabalho remunerado. Conheço quem já trilhou este caminho com sucesso, começando despretenciosamente.

Jackson escreveu:esse é um trabalho em duas etapas: (...)

Matou a pau. Sábias palavras de maneira concisa e objetiva.