Orange importado pela condor

Allex, de uns tempos pra cá venho sondando cabeçotes para meu setup, no valor entre 2000 e 2500. Toquei em alguns Gk's, Hartke's, Ampeg e em um Orange Bas Terror, o último foi o que mais me agradou e estou quase decidido em comprá-lo.
Li um review no TalkBass sobre o Bass Terror e venho aqui perguntar se os produtos importados pela condor (orange,prs e etc...) são de mesma qualidade dos mesmos encontrados ai no exterior? Ouvi boatos de que a qualidade era inferior e que era tudo asiático e etc... Queria tirar essa dúvida por que em uma loja de brasília achei o Orange Bass Terror por R$ 2100, caberia no meu bolso e como toco muito Rock, Rockabilly, Progressivo acho que seria um up legal no meu set que não tem nenhum amp bom (começaria a correr atrás das caixas). Obrigado!

Eu tenho um Bass Terror 500, comprei aqui no Brasil, importado pela Condor. É Exatamente o mesmo que é vendido lá fora, todos os BT são feitos na Ásia, não importa onde você compre.

É um ótimo cabeçote, fala muito, 2 válvulas no pré, pesa 5 kg. Eu gosto muito, alguns não gostam do fato da amplificação classe "D", como foi meu primeiro cabeçote não tenho base para comparar.

Pelo que sei a Orange faz amps na Inglaterra e na China.

Por questões óbvias os asiáticos são mais baratos e mais óbvias ainda são os que vendem mais no Brasil.

Custo a acreditar que o mesmo modelo de amp que é vendido lá fora seja diferente do que é vendido no Brasil, mas tudo é possível.

Já perguntou à Condor?

Ninguém ia mudar uma linha de produção deste jeito.
Os caras já fabricam MADE IN USA e MADE IN CHINA.
Devem importar as duas linhas.

Binão escreveu:Ninguém ia mudar uma linha de produção deste jeito.
Os caras já fabricam MADE IN USA e MADE IN CHINA.
Devem importar as duas linhas.

Todos os Terror Bass são made in China, eles não fabricam na Inglaterra. Os made in UK são os cabs em geral e as linhas especiais de amps. As linhas standards, de guitarra inclusive, vêm com um discreto "Made in PRC" (Popular Republic of China).

Precisamos parar com essa mania de acreditar que tudo que mandam para o Brasil é pior, é refugo, tem qualidade inferior ou vem com defeito... Abaixo a sindrome de Vira-lata.

CG escreveu:Precisamos parar com essa mania de acreditar que tudo que mandam para o Brasil é pior, é refugo, tem qualidade inferior ou vem com defeito... Abaixo a sindrome de Vira-lata.

sdindromew de vira latas é um saco, mas um conhecido meu tem uma emresa que compra coisas refurbished ou devolvidas pelos usuários nos eua e envia pro paraguai... dai...

Paulo Penna escreveu:

CG escreveu:Precisamos parar com essa mania de acreditar que tudo que mandam para o Brasil é pior, é refugo, tem qualidade inferior ou vem com defeito... Abaixo a sindrome de Vira-lata.

sdindromew de vira latas é um saco, mas um conhecido meu tem uma emresa que compra coisas refurbished ou devolvidas pelos usuários nos eua e envia pro paraguai... dai...

Não bastasse o preconceito contra o produto nacional, agora até as importadoras nacionais sofrem... aí já é exagero...

subgrave escreveu:Não bastasse o preconceito contra o produto nacional, agora até as importadoras nacionais sofrem... aí já é exagero...

Pior que isso existe mesmo. Tem importadora que compra "open box" ou "return item" fora do Brasil e vende aqui como "brand new".

A realidade é que o mercado Brasileiro é pouco exigente com a qualidade dos produtos. Crescemos acostumados a ver carroças andando pelas ruas, guitarras Tonante penduradas nas vitrines, aquelas vassouras bizarras que duram uma semana, artigos de plástico e metal que são simplesmente bizarros.

Até o café produzido no Brasil é separado para mercado nacional e internacional. Aqui fica o que ninguém lá fora compraria.

Meu Orange veio com um ano de garantia da Condor.
Quando faltava um mês e meio para o fim da garantia ele deu problema, levei em uma autorizada, era apenas uma solda interna que precisou ser refeita, devolveram em uma semana e recebi mais 3 meses de garantia, nada a reclamar.

allexcosta escreveu:

subgrave escreveu:Não bastasse o preconceito contra o produto nacional, agora até as importadoras nacionais sofrem... aí já é exagero...

Pior que isso existe mesmo. Tem importadora que compra "open box" ou "return item" fora do Brasil e vende aqui como "brand new".

A realidade é que o mercado Brasileiro é pouco exigente com a qualidade dos produtos. Crescemos acostumados a ver carroças andando pelas ruas, guitarras Tonante penduradas nas vitrines, aquelas vassouras bizarras que duram uma semana, artigos de plástico e metal que são simplesmente bizarros.

Até o café produzido no Brasil é separado para mercado nacional e internacional. Aqui fica o que ninguém lá fora compraria.

Allex, ja tomei porrada por causa disso, mas como vc sabe, acontece mesmo.... não falei que os orange são assim, mas muitos componetes de pc são, muitas cameras digitais, muito notebook... telefone...

Pessoal, a demanda é o que determina o tipo de produto vendido no nosso mercado. Quantos Porsches, Ferraris e Mustangs vemos por aquí? Na verdade, se as lojas começarem a vender só equipamentos de R$ 10.000,00, ninguém compra e a loja quebra. É por isso que existem 2as linhas de marcas consagradas por aquí, e por todo mundo. Não é um fenômeno sul americano. A Squier asiática, por exemplo, vende nos USA e na Inglaterra...

O mercado asiático melhorou muito a qualidade de sua produção. O Terror Bass parece um amp bem legal, embora para meus ouvidos, tenha um som meio duro, meio picado, sei lá... Não dá para comparar com um AD 200, mas também não dá para comparar o preço de um AD 200 com o de um Terror... Vai do quanto você tem no bolso mesmo...

Rico escreveu:Pessoal, a demanda é o que determina o tipo de produto vendido no nosso mercado. Quantos Porsches, Ferraris e Mustangs vemos por aquí? Na verdade, se as lojas começarem a vender só equipamentos de R$ 10.000,00, ninguém compra e a loja quebra. É por isso que existem 2as linhas de marcas consagradas por aquí, e por todo mundo. Não é um fenômeno sul americano. A Squier asiática, por exemplo, vende nos USA e na Inglaterra...

O mercado asiático melhorou muito a qualidade de sua produção. O Terror Bass parece um amp bem legal, embora para meus ouvidos, tenha um som meio duro, meio picado, sei lá... Não dá para comparar com um AD 200, mas também não dá para comparar o preço de um AD 200 com o de um Terror... Vai do quanto você tem no bolso mesmo...

O argumento não é esse.

Uma coisa é um Porsche Boxster custar 40.000 dólares nos EUA e o valor covertido mais imposto mais lucro chegar a 300.000 Reais no Brasil. Isso é assim mesmo, compra quem quer. O problema é esse Porsche Boxster ser um refugo da fábrica, que chega com uma capota mal colocada, uma pintura mal feita e por isso custa 20.000 dólares lá fora e os mesmos 300.000 no Brasil.

O que estamos falando aqui é de uma segunda linha da segunda linha, que é vendido como segunda linha normal no Brasil pelo fato do mercado ser pouco informado e acostumado a produtos de baixa qualidade.

Já não estamos mais nos anos 80. O advento da internet já possui algumas décadas. Acho sinceramente, que hoje não dá prá comprar sem saber o que se compra. Temos todo tipo de informação disponível em um click... Já temos padrão para comparar. É diferente de quando eu era mais jovem, e entrava numa Disconildo da vida e tinha que escolher entre Tonante, Golden e Magnus...

Não acredito na 2a linha da 2a linha, mas acredito que uma 2a linha possua valores diferentes de outra. Uma Epiphone asiática vermelha custa x, a mesma Epiphone asiática no acabamento Gold Top custa 2x. O vendedor analisa qual delas tem mais mercado. É natural...

Estive na Teodoro em SP algumas vezes... Lá, toquei até num Hammond B3. Aquí no RJ, nas lojas, as vezes você acha algum orgão giannini antigo, que não funciona... Na Teodoro, tinha loja só de contrabaixo. Aquí no RJ, com sorte tem algum contrabaixo melhorzinho em algumas lojas... Tudo é o poder aquisitivo.

Rico escreveu:Acho sinceramente, que hoje não dá prá comprar sem saber o que se compra.

(...)

Não acredito na 2a linha da 2a linha, mas acredito que uma 2a linha possua valores diferentes de outra. Uma Epiphone asiática vermelha custa x, a mesma Epiphone asiática no acabamento Gold Top custa 2x. O vendedor analisa qual delas tem mais mercado. É natural...

É... Deve haver algo errado na maneira pela qual eu me expresso através da língua escrita.

Não estamos falando de nada disso.

Existe um padrão internacional para o estado dos bens de consumo, a seguir:

- Brand new - Produto novo na embalagem original no estado em que saiu da fábrica depois da inspeção de qualidade.
- Refurbished - Produto que apresentou defeito e retornou à fábrica para que assim volte à sua condição original de aparência e função.
- Open box - Produto novo em perfeito estado que teve a embalagem original violada.
- Display item - Produto que fica na prateleira, usado para testes.
- Return item - Produto em condição de novo que foi vendido e devolvido pelo comprador.
- Blemished - Produto novo que funciona como deveria mas tem avarias cosméticas, como arranhões, manchas, etc...
- As is (for parts) - Produto sem condições de funcionamento, vendido sem nenhuma garantia. Somente para retirada de peças.
- Used - Produto usado. Segunda mão.

A cada uma dessas definições implicam uma série de variáveis, como prazo de garantia, disponibilidade e preço.

O que acontece no Brasil é que ítens "refurbished", "open box", "display" e "return" são vendidos como "brand new". E às vezes até um ítem "blemished" ou "used" é vendido dessa forma. Eu já comprei um baixo usado no Brasil a preço de "brand new".

Isso ocorre porque as leis são mal aplicadas, as lojas mal intencionadas e o cliente mal informado.

Sim, ok. Alguns vendedores são inescrupulosos, mas isso não é regra. Duvido que a maioria das importadoras sérias adotem tal comprtamento.

E eu acho que quem se expressa, ou entende mal, sou eu, mas a pergunta inicial não foi se os produtos disponíveis aquí eram diferentes dos encontrados nas gringas????

"Li um review no TalkBass sobre o Bass Terror e venho aqui perguntar se os produtos importados pela condor (orange,prs e etc...) são de mesma qualidade dos mesmos encontrados ai no exterior? Ouvi boatos de que a qualidade era inferior e que era tudo asiático e etc..."

^ Tranquilo, mas imaginei que a sua réplica se referia ao rumo que o assunto havia tomado e não necessariamente à mensagem original.

A propósito, é relativamente comum empresas Brasileiras arrematarem lotes de produtos nessas condições que eu citei e venderem no Brasil como novos.

Imagino que sim, embora existam leis que proíbam a importação de usados... Curiosidade: Como eles fazem para dar garantia sobre algo já aberto, usado e manipulado?

^ Em nomenclatura internacional "usado" é diferente das outras categorias que citei.

Várias marcas de instrumentos honram garantias de ítens que não são "brand new". Prazos e condições variam.

São boas oportunidades de desconto, pois são instrumentos que funcionam perfeitamente e as imperfeições muitas vezes são imperceptíveis.

Já comprei muita roupa nos EUA com algum tipo de defeito, às vezes a costura tinha saído torta em algum lugar mas procuro defeito na maioria dessas roupas até hoje. E os descontos eram de 60 a 80%.

Um baixo com arranhão de unha no escudo é vendido com desconto.

Então, entendí agora o que vocês comentavam antes, e que acabou destoando um pouco da pergunta original... Realmente, um produto já aberto, ou com alguma avaria deve ter preço diferente de um novo, em perfeitas condições e com embalagem inviolada. Infelizmente essa prática não é comum aquí no RJ. Nas lojas da Carioca, normalmente o instrumento que você vai comprar, vai sair da vitrine mesmo. Lá ele já foi submetido a uma série de situações, e, quem é daquí, sabe que normalmente a ação dos instrumentos está prá lá de desconfortável, as cordas absurdamente velhas e a pintura danificada. Isso depois de você esperar um bom tempo para ser atendido, e no final, testar o instrumento num multiuso Ciclotron...