saidas de captadores (baixa, media, alta..) diferenças

Olá!

Bem, tenho tentado ler o maximo possível sobre o contra-baixo e suas variantes, mas alguns pontos impedem um maior entendimento, sendo que grande parte dessas questões foram muito bem esclarcidas aqui no fórum.

Assim, o que significa um captador com saida baixa, média ou alta? O que isso significa em relação ao som que o instrumento pode produzir? E mais: os adjetivos "vintage", hot" etc significam o que? Captadores de mesma marca (cabrera, por exemplo) mas com indicações "vintage e outra hot" são diferentes em que?

Abraços a todos

Me desculpem:

A moderação poderia, por gentileza, mover para o sub-fórum adequado? Foi erro meu em coloca-lo aqui. Sorry.

Ow, belo post, Urso... Também tenho estas mesmas dúvidas.

URSOBHZ
Saída baixa, média ou alta servem pra classificar o quanto de volume o captador dá, em comparação a outros.

Um captador de saída alta, instalado no lugar de um de saída baixa, vai dar mais volume. Basicamente, é isso.

Vintage tem saída baixa, som clássico, baixa resistencia.

Hot tem saída alta, som mais moderno, alta resistencia.

*Achei pesquisando:

DC Resistance (Resistência) é a "saída" do captador, ou seja, quanto maior a resistência mais forte será o captador. Como o próprio nome já diz, o Hot possui uma saída mais "quente".

Inductance (Indutância) é um coeficiente medido em "henry" que determina a tensão elétrica que é induzida em um circuito por uma determinada variação da corrente elétrica de outro. Acredito que este seja uma consequência da resistência do captador, mas não sei como isto afeta o som.

Magnet diz respeito aos materiais utilizados na construção do ímã do captador.

Weighted Resonance é a carga máxima de ressonância produzida pelo captador.

Então "vintage" significa baixo volume e "hot" alto volume? E em relação à ênfase em esta ou aquela frequência? São iguais?

não diria isso, Urso.

Vintage tem o som clássico. Sabe aquele Fender de som inconfundível que a gente escuta? Pois é esse aí. Sobre ser baixo, é só aumentar o volume que o som vai sair igual a qualquer outro e com as características vintage.

Já o hot, além de ter mais volume, é mais "quente", um pouco mais moderno. Veja alguns samples de áudio de sites especializados que a idéia fica mais clara.

Se vc quer um baixo de som clássico, use os vintage.

Se quer um som mais feroz, se o som "trivial" não te satisfaz, vá de hot.

Em particular, a cada sou mais adepto do som vintage...

"hot" é um captador high-output, ou seja, saída alta (o oposto seria o "moderate output", ou similar). Não vejo como algo que tenha relação com a característica do timbre. Vintage tem, sim, a ver com o timbre, geralmente mais "quente" (nesse caso, "warm") e mais tendente pras frequências mais baixas, enquanto o som "moderno" é mais "hi-fi", ou seja, representa com mais clareza todas as faixas de frequência (alguém me corrija se falei besteira), mas considerado pro alguns como menos "orgânico" ou "redondo" do que o vintage.

O glossário do Talkbass é uma boa fonte de esclarecimento. Dá uma olhada em "hot", "warm", "output", "hi-fi" e "vintage tone":
http://www.talkbass.com/wiki/index.php/Bass_Tone_Glossary

Danielreo
takfar

Obrigado pelos esclarecimentos! Estou começando a entender a coisa!

PS: interessante esse link do "glossário". Já foi adicionado aos meus favoritos

o termo "vintage" é algo bem complicado de se usar...

jazz bass e rickenbacker podem ser considerados vintage, mas um som não tem muito a ver com o outro.

no caso dos captadores J com especificações vintage, significa uma saída menor (sim, menos volume), com um som mais "aberto", e menos peso.

os captadores "hot" vão ter um som mais fechado, com mais peso, evidenciando os médio-graves.

captadores com saída mais alta facilitam o trabalho caso você queira usar distorção no baixo, pois precisam dar menos ganho no pedal pra conseguir a mesma saturação, e isso se traduz em menos ruído.

como primeiro passo, pode-se tomar como referência:
Menor resistência DC: Saída mais baixa, som mais "aberto"
Maior resistência DC: Saída mais alta, som mais "fechado".

Existem outros fatores, então isso não é regra absoluta.

Olá, Thales_sr!

É, pelo visto a coisa é complexa! Entender essas definições de vintage, hot... ..., complicado, pois é exatamente a "falta" de definição que complica!

Com base no que vocês postaram, vejo que isso é coisa que não se percebe e entende apenas lendo. Tem que testar e ouvir muita coisa para começar a perceber o que venha a ser vintage, hot, etc.

MAs essas explicações sobre a saída dos captadores foram bem claras. Esse ponto já está entendido (ou quase)!!!

Abraços!!

O problema é que não existe um padrão. De qualquer forma, não é porque um baixo tem caps 'vintage' que ele vai soar dessa forma. As madeiras, o posicionamento dos caps (muito importante!!), e a equalização vão influenciar muito, talvez mais do que o cap em si.

Então, tirando a característica "vintage", hot, ou mesmo outra, quais critérios devemos analisar para descobrir se um captador é de boa qualidade ou se é ruim?

O que levar em conta para aferir a qualidade (susceptibilidade a ruídos e interferências, buracos significativos nas frequencias, etc)? Isso é possível?

Então, tirando a característica "vintage", hot, ou mesmo outra, quais critérios devemos analisar para descobrir se um captador é de boa qualidade ou se é ruim?

O que levar em conta para aferir a qualidade (susceptibilidade a ruídos e interferências, buracos significativos nas frequencias, etc)? Isso é possível?

ESSA É A PERGUNTA DE 1 MILHÃO DE DÓLARES !!! hehehe

Infelizmente, isso não dá pra ver em datasheets... Detalhes como deixar as bobinas firmes e parafinar os captadores (para deixá-los mais imunes a 'apitos'), só vendo o captador, e testando.

Quanto a buracos nas frequências, captador é uma coisa relativamente simples, e o difícil é fazer um "buraco" na função de transferência dele.

Como um captador é basicamente uma bobina, o que se tem é um filtro RL. Aumentando a resistência (ou a indutância, ou os dois). se abaixa o ponto de corte, fazendo com que o captador corte mais agudos. Os EMG usam uma bobina bem pequena (logo, com baixa resistência DC e baixa indutância), por isso mantém uma resposta mais plana, e parece ser essa a grande sacada da EMG com seus caps ativos. Mas nunca pude fazer testes com esses captadores, já que só vi eles instalados em guitarras/baixos.