Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
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Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
Prezados,
Em novembro do ano passado recebi o convite para produzir o primeiro CD da banda Dama Elétrica, cujo Baixista é o nosso companheiro aqui do Fórum Vinícius Andrade Pinto. Foi um trabalho bem bacana que teve a duração de 2 meses, com várias horas diárias de dedicação.
O resultado desse trabalho vamos conferir aqui nesta análise. Procurei fazer um tópico com o máximo de informações técnicas e dicas, de forma a ser interessante para aqueles que trabalham com produção musical, ou que apenas apreciam o assunto.
Agradeço ao Vinícius e ao pessoal da Dama Elétrica por confiarem à mim a tarefa de produzir o primeiro CD da banda... responsabilidade de não decepcionar a galera! E, mais uma vez, ao amigo Joabi pelas preciosas dicas e comentários típicos de quem conhece muito do assunto, e sempre me dá força pra que eu consiga desenvolver trabalhos cada vez melhores e com mais qualidade!
Bem, antes de começamos os posts da análise, vamos ouvir a música inteira finalizada, e a seguir vamos "viajar" nos detalhes técnicos:
<iframe width="80%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/128380711&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
Em novembro do ano passado recebi o convite para produzir o primeiro CD da banda Dama Elétrica, cujo Baixista é o nosso companheiro aqui do Fórum Vinícius Andrade Pinto. Foi um trabalho bem bacana que teve a duração de 2 meses, com várias horas diárias de dedicação.
O resultado desse trabalho vamos conferir aqui nesta análise. Procurei fazer um tópico com o máximo de informações técnicas e dicas, de forma a ser interessante para aqueles que trabalham com produção musical, ou que apenas apreciam o assunto.
Agradeço ao Vinícius e ao pessoal da Dama Elétrica por confiarem à mim a tarefa de produzir o primeiro CD da banda... responsabilidade de não decepcionar a galera! E, mais uma vez, ao amigo Joabi pelas preciosas dicas e comentários típicos de quem conhece muito do assunto, e sempre me dá força pra que eu consiga desenvolver trabalhos cada vez melhores e com mais qualidade!
Bem, antes de começamos os posts da análise, vamos ouvir a música inteira finalizada, e a seguir vamos "viajar" nos detalhes técnicos:
<iframe width="80%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/128380711&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
Última edição por ClaudioBass em Dom 19 Jan 2014, 12:46 am, editado 5 vez(es)
Claudio- Membro
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Gravação
A gravação aconteceu no dia 15 de novembro no Ship Room Estúdio, começou às 7:00 da manhã com a montagem do set, e terminou às 22:00 com todos exaustos... foram 15 horas de trabalho com uma pausa relâmpago para almoço.
O DAW utilizado foi o Apple Logic Pro X, versão 10.0.4 - 64 Bits, num iMac com 16GB de memória e processador Intel i5. Utilizei microfones Shure SM57, Shure SM58 e Sennheiser e602-II. Fones de ouvido AKG K-44 e AKG K-240 MK II. Amplificador de fones Samson S-Phone de 8 canais e uma interface M-Audio fast Track Ultra 8R.
Diferente do trabalho de produção do Syntagma, dessa vez resolvi utilizar 5 microfones para captar a bateria. Foram 3 SM57, 1 SM58 e 1 Sennheiser e602-II. Mais uma vez optei por não trabalhar com o overs. Surdo, Tom 12" e Tom 13" receberam um SM57 cada. A caixa e hi-hat utilizei um SM58 num ângulo de 90 graus, e pro Bumbo utilizei o Sennheiser e602-II bem colado na maceta, com uns 3cm de distância da pele.
A gravação da guitarra foi bem tranquila, na pré-produção fiz uns testes com simuladores de amplificadores do Logic, puxando o sinal diretamente da pedaleira. Com o baixo, na pré-produção, fiz alguns testes com prés externos até chegarmos a um equilíbrio... porém, no dia da gravação, soando com o restante da banda, o resultado não ficou legal e acabei desistindo de usar o pré. Trabalhei com o baixo direto em linha, também passando por um simulador de amplificadores do Logic.
A voz não tem erro, pra mim o SM57 é o microfone "fiel da balança" para gravação de voz, não tem como ficar ruim.
Depois de todo o set montado e os volumes de entrada equilibrados, o resultado é a tela abaixo com o mixer base do trabalho:
O DAW utilizado foi o Apple Logic Pro X, versão 10.0.4 - 64 Bits, num iMac com 16GB de memória e processador Intel i5. Utilizei microfones Shure SM57, Shure SM58 e Sennheiser e602-II. Fones de ouvido AKG K-44 e AKG K-240 MK II. Amplificador de fones Samson S-Phone de 8 canais e uma interface M-Audio fast Track Ultra 8R.
Diferente do trabalho de produção do Syntagma, dessa vez resolvi utilizar 5 microfones para captar a bateria. Foram 3 SM57, 1 SM58 e 1 Sennheiser e602-II. Mais uma vez optei por não trabalhar com o overs. Surdo, Tom 12" e Tom 13" receberam um SM57 cada. A caixa e hi-hat utilizei um SM58 num ângulo de 90 graus, e pro Bumbo utilizei o Sennheiser e602-II bem colado na maceta, com uns 3cm de distância da pele.
A gravação da guitarra foi bem tranquila, na pré-produção fiz uns testes com simuladores de amplificadores do Logic, puxando o sinal diretamente da pedaleira. Com o baixo, na pré-produção, fiz alguns testes com prés externos até chegarmos a um equilíbrio... porém, no dia da gravação, soando com o restante da banda, o resultado não ficou legal e acabei desistindo de usar o pré. Trabalhei com o baixo direto em linha, também passando por um simulador de amplificadores do Logic.
A voz não tem erro, pra mim o SM57 é o microfone "fiel da balança" para gravação de voz, não tem como ficar ruim.
Depois de todo o set montado e os volumes de entrada equilibrados, o resultado é a tela abaixo com o mixer base do trabalho:
Última edição por ClaudioBass em Dom 19 Jan 2014, 1:57 am, editado 2 vez(es)
Claudio- Membro
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Mixagem - Bateria e Baixo
Literaturas, conversas com especialistas e muitos testes, me mostraram ao longo do tempo que baixo e bateria devem ser mixados juntos, e nesse trabalho do Dama Elétrica não foi diferente. Para cada peça foi utilizado inicialmente um equalizador de canal com o intuito apenas de cortar as frequências indesejadas, aquelas sobras que muitas vezes passam despercebidas aos nossos ouvidos, mas que acabam sendo somadas e utilizada por compressores e outros efeitos, fazendo o resultado final soar com sobras. Mais pra frente, no post de técnicas, vou mostrar o som das sobras e como tratá-las.
No surdo e nos tons não foi utilizado nenhum tipo de compressor, apenas um equalizador para cortar as sobras e um send para um BUS de reverb. Primeiro houve um nivelamento de volumes das peças da bateria trabalhado no Master Gain do próprio equalizador. Em seguida trabalhei o PAN seguindo o padrão da microfonação, abrindo para a esquerda o surdo e tom 12", para a direita o tom 13" e caixa, e permanecendo com o bumbo no centro. Para finalizar, todo o subgrupo da bateria passa pelo BUS do reverb, onde as peças serão "coladas" fazendo com que a bateria soe de maneira uniforme. Como se trata de uma banda de Rock, procurei não dar muita profundidade à bateria, achei que deu melhor resultado soando mais do meio pra frente. O reverb utilizado no BUS foi o Space Designer, um reverb de convolução.
A caixa, além do equalizador de canal para corte de sobras, utilizei um plugin da Waves chamado CLA-Drums, onde dei um pouco mais de peso na região dos graves, e definição nos agudos.
No baixo, além do equalizador de canal, utilizei um simulador de amplificador nativo do Logic chamado Bass Amp Designer, com um simulador de amplificador clássico, gabinete de 1x15" e captação de microfone dinâmico bem ao centro do cone, para valorizar o timbre clássico do Fender Precision.
O resultado podemos conferir abaixo com o áudio da dupla bateria/baixo:
<iframe width="80%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/130135117&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
No surdo e nos tons não foi utilizado nenhum tipo de compressor, apenas um equalizador para cortar as sobras e um send para um BUS de reverb. Primeiro houve um nivelamento de volumes das peças da bateria trabalhado no Master Gain do próprio equalizador. Em seguida trabalhei o PAN seguindo o padrão da microfonação, abrindo para a esquerda o surdo e tom 12", para a direita o tom 13" e caixa, e permanecendo com o bumbo no centro. Para finalizar, todo o subgrupo da bateria passa pelo BUS do reverb, onde as peças serão "coladas" fazendo com que a bateria soe de maneira uniforme. Como se trata de uma banda de Rock, procurei não dar muita profundidade à bateria, achei que deu melhor resultado soando mais do meio pra frente. O reverb utilizado no BUS foi o Space Designer, um reverb de convolução.
A caixa, além do equalizador de canal para corte de sobras, utilizei um plugin da Waves chamado CLA-Drums, onde dei um pouco mais de peso na região dos graves, e definição nos agudos.
No baixo, além do equalizador de canal, utilizei um simulador de amplificador nativo do Logic chamado Bass Amp Designer, com um simulador de amplificador clássico, gabinete de 1x15" e captação de microfone dinâmico bem ao centro do cone, para valorizar o timbre clássico do Fender Precision.
O resultado podemos conferir abaixo com o áudio da dupla bateria/baixo:
<iframe width="80%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/130135117&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
Última edição por ClaudioBass em Dom 19 Jan 2014, 1:56 am, editado 1 vez(es)
Claudio- Membro
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Mixagem - Guitarras
Como o Bruno Albernaz utilizou duas guitarras diferentes, foi preciso gerar um equalizador de canal pra cada uma. Logo após efetuar os cortes, eu jogo o sinal da guitarra para o compressor da Waves CLA-76, é através dele que eu controlo o volume do instrumento.
Após a compressão eu passo o sinal da guitarra pelo simulador de amplificadores Amp Designer, utilizando um Small Tweed Amp, com gabinete de 1x12", e o som sendo captado por um microfone dinâmico posicionado na borda do falante! Todos os testes com os simuladores foram feitos em homestudio ainda na fase de pré-produção.
A PAN da guitarra base trabalha o tempo todo aberto em 30% para esquerda. No momento do solo eu trago a guitarra para ocupar o centro da mix, e passo o sinal pelo plugin Waves H-Delay, com Dry/Wet em -10dB, e um feedback bem baixo só pra dar um pouco mais de preenchimento.
Abaixo podemos conferir o áudio das guitarras:
<iframe width="80%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/130135378&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
Após a compressão eu passo o sinal da guitarra pelo simulador de amplificadores Amp Designer, utilizando um Small Tweed Amp, com gabinete de 1x12", e o som sendo captado por um microfone dinâmico posicionado na borda do falante! Todos os testes com os simuladores foram feitos em homestudio ainda na fase de pré-produção.
A PAN da guitarra base trabalha o tempo todo aberto em 30% para esquerda. No momento do solo eu trago a guitarra para ocupar o centro da mix, e passo o sinal pelo plugin Waves H-Delay, com Dry/Wet em -10dB, e um feedback bem baixo só pra dar um pouco mais de preenchimento.
Abaixo podemos conferir o áudio das guitarras:
<iframe width="80%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/130135378&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
Última edição por ClaudioBass em Dom 19 Jan 2014, 1:55 am, editado 1 vez(es)
Claudio- Membro
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Mixagem - Voz
Com os cortes de frequência no equalizador de canal, é natural que ocorra uma perda de volume no material útil que sobrou. No caso da voz eu precisei compensar essa perda com +2.0dB no Master Gain.
Após os cortes, passei o sinal da voz pelo plugin Waves CLA-Vocals. Aqui a idéia central era dar peso na região dos graves, cortar um pouco de agudos e comprimir em +2.0dB... essas ações deixaram a voz com um timbre bem mais próximo ao que o André Hazan faz cantando ao vivo.
Após equalizar e comprimir, foz a vez de utilizar o plugin Waves PS22-XSPlit, responsável por fazer a imagem estéreo da voz. O PAN está no centro, e o plugin faz o "trabalho sujo".
A pedido do próprio pessoal da banda, trabalhei com um reverb de alcance médio na voz, com Dry -1dB e Rev na faixa de -7dB. Mais uma vez utilizei o reverb de convolução Space Designer.
Abaixo podemos conferir o áudio da voz:
<iframe width="80%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/130135706&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
Após os cortes, passei o sinal da voz pelo plugin Waves CLA-Vocals. Aqui a idéia central era dar peso na região dos graves, cortar um pouco de agudos e comprimir em +2.0dB... essas ações deixaram a voz com um timbre bem mais próximo ao que o André Hazan faz cantando ao vivo.
Após equalizar e comprimir, foz a vez de utilizar o plugin Waves PS22-XSPlit, responsável por fazer a imagem estéreo da voz. O PAN está no centro, e o plugin faz o "trabalho sujo".
A pedido do próprio pessoal da banda, trabalhei com um reverb de alcance médio na voz, com Dry -1dB e Rev na faixa de -7dB. Mais uma vez utilizei o reverb de convolução Space Designer.
Abaixo podemos conferir o áudio da voz:
<iframe width="80%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/130135706&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
Claudio- Membro
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Masterização
Como eu não tenho um volume de trabalho que me traga produções em série, entre um trabalho e outro dá sempre tempo de ler, estudar e evoluir com base naquilo que já fiz... sobra tempo inclusive para testes, e esse é o grande barato: Testar.
Durante os períodos de leitura de material sobre engenharia de som (recomendados pelo Joabi), percebi que essa galera que trabalha com isso há séculos, costuma tratar os canais esquerdo e direito como peças independentes na hora da masterização. De fato reparei que ao fazer o bounce da minha mixagem em formato split L/R, ao carregar as duas trilhas no masterizador eu tinha dois áudios com características diferentes, os desenhos das ondas sonoras são diferentes, e as respostas dos multimeters também são diferentes.
Ao observar as ondas com desenhos diferentes, fiz testes com os mesmos plugins utilizando rigorosamente os mesmos presets, e o que eu estava imaginando se concretizou... os plugins atuam de maneira diferentes em cada canal, mesmo utilizando presets idênticos. Dessa forma não tive mais dúvidas... fiz o bouce de todo o material da Dama Elétrica em formato Split L/R.
Para cada canal utilizei um NLS Buss, que trabalha como um pré-amplificador. Só de acionar o NLS Buss com o preset default, já fica perceptível que cada canal responde de forma diferente.
O equalizador de canal foi utilizado aqui não para cortar frequências indesejadas como na mixagem, mas sim apenas para aparar aquelas arestas de forma bem sutil, nenhum movimento de alteração radical do som.
Aqui o compressor foi utilizado de forma bem conservadora 1.5:1 só para garantir a uniformidade.
Para quem tiver a curiosidade, reparem que existem diferenças nas respostas dos multimeters.
No canal Output foi utilizado um encadeamento de plugins que deram o contorno final ao som. Aqui o Space Designer foi utilizado um reverb beeeeem curtinho, com um mínimo de ambiência.
O Linear Phase foi utilizado para compensar um pouco a região os médios e médio-agudos.
O SSL Comp Solid State foi utilizado com o preset default de masterização.
O VEQ4 foi utilizado para dar um ganho na região das altas frequências, e puxar um pouco mais de volume de maneira bem suave.
O Aphex Vintage Exciter e o Kramer Tape foram utilizados para dar um pouco mais de "pronunciamento" àqueles agudos dos pratos e hi-hat.
O WLM Meter foi o medidor que utilizei para controlar a relação volume/timbre.
Durante os períodos de leitura de material sobre engenharia de som (recomendados pelo Joabi), percebi que essa galera que trabalha com isso há séculos, costuma tratar os canais esquerdo e direito como peças independentes na hora da masterização. De fato reparei que ao fazer o bounce da minha mixagem em formato split L/R, ao carregar as duas trilhas no masterizador eu tinha dois áudios com características diferentes, os desenhos das ondas sonoras são diferentes, e as respostas dos multimeters também são diferentes.
Ao observar as ondas com desenhos diferentes, fiz testes com os mesmos plugins utilizando rigorosamente os mesmos presets, e o que eu estava imaginando se concretizou... os plugins atuam de maneira diferentes em cada canal, mesmo utilizando presets idênticos. Dessa forma não tive mais dúvidas... fiz o bouce de todo o material da Dama Elétrica em formato Split L/R.
Para cada canal utilizei um NLS Buss, que trabalha como um pré-amplificador. Só de acionar o NLS Buss com o preset default, já fica perceptível que cada canal responde de forma diferente.
O equalizador de canal foi utilizado aqui não para cortar frequências indesejadas como na mixagem, mas sim apenas para aparar aquelas arestas de forma bem sutil, nenhum movimento de alteração radical do som.
Aqui o compressor foi utilizado de forma bem conservadora 1.5:1 só para garantir a uniformidade.
Para quem tiver a curiosidade, reparem que existem diferenças nas respostas dos multimeters.
No canal Output foi utilizado um encadeamento de plugins que deram o contorno final ao som. Aqui o Space Designer foi utilizado um reverb beeeeem curtinho, com um mínimo de ambiência.
O Linear Phase foi utilizado para compensar um pouco a região os médios e médio-agudos.
O SSL Comp Solid State foi utilizado com o preset default de masterização.
O VEQ4 foi utilizado para dar um ganho na região das altas frequências, e puxar um pouco mais de volume de maneira bem suave.
O Aphex Vintage Exciter e o Kramer Tape foram utilizados para dar um pouco mais de "pronunciamento" àqueles agudos dos pratos e hi-hat.
O WLM Meter foi o medidor que utilizei para controlar a relação volume/timbre.
Claudio- Membro
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Detalhes Técnicos - Quantização da Bateria (Edição Flex Time)
Como a idéia era gravar ao vivo, e captar a dinâmica da banda o mais próximo daquilo que eles fazem num show ao vivo, a própria banda decidiu gravar sem o auxílio do click. Dessa forma precisei utilizar o recurso de edição Flex Time em modo Slicing do Logic para encaixar a bateria dentro do metrônomo. Esse recurso é bem interessante, e fácil de usar. Você pode ativar o modo "Q" (quantize) apenas da peça principal (que no meu caso é a caixa), para dizer ao Logic qual é o som que ele deve se basear para quantizar.
A medida que você acerta a batida da peça principal, o Logic já promove o ajuste de todas as outras peças, não é necessário fazer o acerto individual para cada peça. nas imagens abaixo eu mostro a primeira com os círculos vermelhos exibindo a posição do tempo forte em relação ao metrônomo, e na segunda imagem mostro o casamento de tempo/metrônomo realizado na edição.
Isso dá um baita trabalho porque deve ser feito para cada música, seguramente é trabalho para mais de um dia por música, mas o resultado final é uma música bem "encaixada". Ah... o Flex Time não é plugin, é recurso nativo de edição do Logic.
A medida que você acerta a batida da peça principal, o Logic já promove o ajuste de todas as outras peças, não é necessário fazer o acerto individual para cada peça. nas imagens abaixo eu mostro a primeira com os círculos vermelhos exibindo a posição do tempo forte em relação ao metrônomo, e na segunda imagem mostro o casamento de tempo/metrônomo realizado na edição.
Isso dá um baita trabalho porque deve ser feito para cada música, seguramente é trabalho para mais de um dia por música, mas o resultado final é uma música bem "encaixada". Ah... o Flex Time não é plugin, é recurso nativo de edição do Logic.
Claudio- Membro
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Detalhes Técnicos - Tratamento de Frequências
Esse é um assunto que se eu não tomar cuidado, esse post vai acabar virando um livro, de tanta coisa que tem pra falar sobre isso (rs). Joabi meu amigo, se eu falei alguma besteira ou deixei de fora detalhes importantes, fique à vontade para corrigir!
O que acontece é o seguinte: Quando você grava um sinal, especialmente aqueles que vêm de microfones, eles carregam sempre uma certa gama de frequências que não são desejadas. São picos de graves, de agudos, de médios, sibilâncias e os mais variados "lixos" que trafegam por cabos e interface. Acontece que quando você ouve uma trilha em equalização flat, esses sons podem ser imperceptíveis para quem não tem a audição muito treinada para isso. Para a execução desse trabalho, eu gosto de usar e recomendo um fone referência. Pelo menos pra mim, os fones me dão uma resposta melhor na identificação dessas frequências do que a as caixas Yamaha.
Vamos tomar no exemplo a Guitarra: trata-se de um instrumento que trabalha originalmente na região dos agudos e médio-agudos. Não é um instrumento grave. Dessa forma, eu faço um corte no equalizador de canal da guitarra na região das frequências graves. Venho cortando o sinal beeeem devagar até que não aconteça nenhuma modificação no som. Reparem na imagem do equalizador que na região dos graves tem uma área grande branca representando o corte. Nesta área estão freqüências que não deveriam estar ali, e por isso foram cortadas.
Se essa região de graves da guitarra não for cortada, na hora da mixagem essas frequências seriam somadas às regiões graves do contrabaixo, do bumbo, do surdo e até da voz, fazendo com que em determinadas passagens da música o som da guitarra pudesse parecer "embolado" com outros instrumentos. Da mesma forma que frequências agudas não são originais de instrumentos como contrabaixo e bumbo, e suas sobras também devem ser eliminadas. Vejam... estou falando de SOBRAS e não das regiões inteiras.
Em geral, uma boa percepção das sobras em regiões graves e agudas, você pode considerar como sendo aquelas áreas que você corta e não faz diferença alguma no som. Elas estão ali, são frequências, estão sobrando, mas quando cortadas não alteram o som original de forma significativa.
Mas se essas áreas não alteram o som, porque então devem ser cortadas? Elas não alteram a percepção do som na trilha INDIVIDUAL.... O problema é quando TODAS essas áreas são somadas e se transformam numa "legião" de frequências indesejadas, e que são consideradas por compressores e equalizadores... ou seja, você corre o risco de equalizar e comprimir frequências que não deveriam estar na mix.
Reparem na imagem abaixo. O primeiro equalizador mostra o som da guitarra puro, como foi gravado, sem nenhum tipo de tratamento. O segundo equalizador mostra o corte dos picos de sibilância, e o terceiro equalizador mostra o trabalho completo com os cortes nas regiões graves e agudas.
Além da imagem, ouçam também o áudio. Preparei o som da guitarra nos 3 estágios, percebem como o som final da guitarra é muito mais limpo, puro, definido e sem sobras.
<iframe width="90%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/130135939&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
O que acontece é o seguinte: Quando você grava um sinal, especialmente aqueles que vêm de microfones, eles carregam sempre uma certa gama de frequências que não são desejadas. São picos de graves, de agudos, de médios, sibilâncias e os mais variados "lixos" que trafegam por cabos e interface. Acontece que quando você ouve uma trilha em equalização flat, esses sons podem ser imperceptíveis para quem não tem a audição muito treinada para isso. Para a execução desse trabalho, eu gosto de usar e recomendo um fone referência. Pelo menos pra mim, os fones me dão uma resposta melhor na identificação dessas frequências do que a as caixas Yamaha.
Vamos tomar no exemplo a Guitarra: trata-se de um instrumento que trabalha originalmente na região dos agudos e médio-agudos. Não é um instrumento grave. Dessa forma, eu faço um corte no equalizador de canal da guitarra na região das frequências graves. Venho cortando o sinal beeeem devagar até que não aconteça nenhuma modificação no som. Reparem na imagem do equalizador que na região dos graves tem uma área grande branca representando o corte. Nesta área estão freqüências que não deveriam estar ali, e por isso foram cortadas.
Se essa região de graves da guitarra não for cortada, na hora da mixagem essas frequências seriam somadas às regiões graves do contrabaixo, do bumbo, do surdo e até da voz, fazendo com que em determinadas passagens da música o som da guitarra pudesse parecer "embolado" com outros instrumentos. Da mesma forma que frequências agudas não são originais de instrumentos como contrabaixo e bumbo, e suas sobras também devem ser eliminadas. Vejam... estou falando de SOBRAS e não das regiões inteiras.
Em geral, uma boa percepção das sobras em regiões graves e agudas, você pode considerar como sendo aquelas áreas que você corta e não faz diferença alguma no som. Elas estão ali, são frequências, estão sobrando, mas quando cortadas não alteram o som original de forma significativa.
Mas se essas áreas não alteram o som, porque então devem ser cortadas? Elas não alteram a percepção do som na trilha INDIVIDUAL.... O problema é quando TODAS essas áreas são somadas e se transformam numa "legião" de frequências indesejadas, e que são consideradas por compressores e equalizadores... ou seja, você corre o risco de equalizar e comprimir frequências que não deveriam estar na mix.
Reparem na imagem abaixo. O primeiro equalizador mostra o som da guitarra puro, como foi gravado, sem nenhum tipo de tratamento. O segundo equalizador mostra o corte dos picos de sibilância, e o terceiro equalizador mostra o trabalho completo com os cortes nas regiões graves e agudas.
Além da imagem, ouçam também o áudio. Preparei o som da guitarra nos 3 estágios, percebem como o som final da guitarra é muito mais limpo, puro, definido e sem sobras.
<iframe width="90%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/130135939&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
Última edição por ClaudioBass em Dom 19 Jan 2014, 3:43 am, editado 1 vez(es)
Claudio- Membro
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Detalhes Técnicos - Afinação da Voz
Em algumas músicas, percebi pequenas variações na voz. O que antigamente era um transtorno e que poderia levar até a regravação de trechos, hoje está bem mais tranquilo para trabalhar com isso. Nesta música precisei utilizar a edição Flex Pitch logo no início para corrigir a afinação.
o Logic implementou na versão X de forma nativa o recurso Flex Pitch. Até então era necessário utilizar o Melodyne Plugin para efetuar essas correções. Repare na imagem abaixo que, ao identificar o trecho que fugiu da afinação, bastou trazê-lo de volta para o lugar, de forma simples e direta, sem precisar mexer em nenhum aspecto de tonalidade.
Gravei o áudio desse trecho em 2 takes, o primeiro desafinado em 0:02, e o segundo já com a correção em 0:06. Vejam as imagens e ouçam o áudio para ficar claro onde aconteceu a correção.
Desafinado
Afinado
<iframe width="80%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/130136275&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
o Logic implementou na versão X de forma nativa o recurso Flex Pitch. Até então era necessário utilizar o Melodyne Plugin para efetuar essas correções. Repare na imagem abaixo que, ao identificar o trecho que fugiu da afinação, bastou trazê-lo de volta para o lugar, de forma simples e direta, sem precisar mexer em nenhum aspecto de tonalidade.
Gravei o áudio desse trecho em 2 takes, o primeiro desafinado em 0:02, e o segundo já com a correção em 0:06. Vejam as imagens e ouçam o áudio para ficar claro onde aconteceu a correção.
Desafinado
Afinado
<iframe width="80%" height="166" scrolling="no" frameborder="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/130136275&color=ff6600&auto_play=false&show_artwork=false"></iframe>
Claudio- Membro
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FIM
É isso galera, espero que vocês tenham curtido esse tópico o quanto eu curti fazê-lo.
Visitem o site e ouçam o trabalho da Dama Elétrica, pro pessoal que curte a fusão de Rock com Blues é uma boa pedida. O site deles é:
http://www.damaeletrica.com/
Recentemente criei uma página no facebook com outros trabalhos que tenho feito com gravação e mixagem. Quem tiver o interesse de conferir, o endereço é:
facebook.com/zhsproarte
Abaixo o vídeo promocional da Dama Elétrica:
Visitem o site e ouçam o trabalho da Dama Elétrica, pro pessoal que curte a fusão de Rock com Blues é uma boa pedida. O site deles é:
http://www.damaeletrica.com/
Recentemente criei uma página no facebook com outros trabalhos que tenho feito com gravação e mixagem. Quem tiver o interesse de conferir, o endereço é:
facebook.com/zhsproarte
Abaixo o vídeo promocional da Dama Elétrica:
Claudio- Membro
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Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
Cara, que aula, Perfeito !! Muito obrigado pela contribuição ! Uma aula de mixagem e master !
andre dia claro- Membro
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Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
muito bom Claudio
dibass- Membro
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Localização : uberlandia- MG
Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
Parabéns Cláudio !
Ótimo trabalho, agora com certeza dever ter sido mais fácil gravar, editar, mixar etc, do que fácil esse relato completo e detalhado!
Obrigado pela dedicação, e vontade nata de compartilhar conhecimento
Ótimo trabalho, agora com certeza dever ter sido mais fácil gravar, editar, mixar etc, do que fácil esse relato completo e detalhado!
Obrigado pela dedicação, e vontade nata de compartilhar conhecimento
Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
Parabéns pela boa vontade, dedicação e profissionalismo...!!!
Realmente fiquei impressionado com o relato, precisa de muita paciência e competência para escrever essas linhas...
Mais uma vez PARABÉNS...!!!
Realmente fiquei impressionado com o relato, precisa de muita paciência e competência para escrever essas linhas...
Mais uma vez PARABÉNS...!!!
bassfuria- Membro
- Mensagens : 905
Localização : São Paulo
Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
Muito bom o trabalho Claudio, tem bastante material para boas horas de estudo aqui.
afonsodecampos- Membro
- Mensagens : 5138
Localização : Belém do Pará
Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
Sensacional! O cuidado e a dedicação do Cláudio com todos os detalhes, além da boa-vontade de compartilhar com a gente como foi o desenrolar do trabalho mostram o grande profissional que ele é. Parabéns, meu amigo Cláudio! Você deu uma aula e tanto hoje.
Ao pessoal do Dama Elétrica, parabéns pelo CD, que traga muitos frutos para a banda. E que venham outros! Parabéns pela escolha do profissional que ficou à frente do trabalho de estúdio, isso fez toda a diferença, podem ter certeza!
joabi- Eterno Colaborador
- Mensagens : 6617
Localização : Campinas - SP
Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
Valeu galera, obrigado pelas palavras. A idéia é mesmo compartilhar conhecimento, trocar informações e aprender cada dia mais, esse assunto é muito interessante.
Claudio- Membro
- Mensagens : 15413
Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
Opa. Salvo aqui para ler amanhã com calma. Excelente tópico.
Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14306
SHIP ROOM ESTUDIO- FCBR-Parceiro
- Mensagens : 2187
Localização : .
Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
Realmente Top de tudo.
Assim q voltar a ter um Mac para subir o Logic, volto aqui e leio mais um 20 vezes.
Parabéns pelo trabalho, e desprendimento de gastar boas horas editado e formatando as postagens!
Assim q voltar a ter um Mac para subir o Logic, volto aqui e leio mais um 20 vezes.
Parabéns pelo trabalho, e desprendimento de gastar boas horas editado e formatando as postagens!
GusVCD- Moderador
- Mensagens : 10937
Localização : Sede FCBR em Santos-SP.
Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
ô loco meu !!
tem coisas que só o Claudio faz por vc!!
Já tenho minha literatura para 2014 rss
Parabéns pelo tópico, Claudião!
tem coisas que só o Claudio faz por vc!!
Já tenho minha literatura para 2014 rss
Parabéns pelo tópico, Claudião!
Jackson- Membro
- Mensagens : 1846
Localização : Rio de Janeiro
Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
Claudio como sempre detalhista e impecável...
Christian- Membro
- Mensagens : 3803
Localização : Brasilia
Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
ClaudioBass escreveu:
A voz não tem erro, pra mim o SM57 é o microfone "fiel da balança" para gravação de voz, não tem como ficar ruim.
Claudio, sempre vejo o pessoal gravando voz com condenser, neste caso você preferiu o 57 por ser gravação ao vivo?
ClaudioBass escreveu:Como a idéia era gravar ao vivo, e captar a dinâmica da banda o mais próximo daquilo que eles fazem num show ao vivo, a própria banda decidiu gravar sem o auxílio do click. Dessa forma precisei utilizar o recurso de edição Flex Time em modo Slicing do Logic para encaixar a bateria dentro do metrônomo.
Essa edição é obrigatória ou você poderia deixar fora do click mesmo?
Jackson- Membro
- Mensagens : 1846
Localização : Rio de Janeiro
Re: Análise de gravação, mixagem e masterização (Dama Elétrica)
Jackson escreveu:ClaudioBass escreveu:
A voz não tem erro, pra mim o SM57 é o microfone "fiel da balança" para gravação de voz, não tem como ficar ruim.
Claudio, sempre vejo o pessoal gravando voz com condenser, neste caso você preferiu o 57 por ser gravação ao vivo?
Certa vez eu li na revista Backstage uma entrevista com o Mick Hucknall, vocalista do Simply Red, e numa passagem mais técnica da entrevista ele disse que todas as vozes definitivas de todos os discos do SR foram gravados com o Shure SM57. Aí, no primeiro trabalho que tive a oportunidade (Cantora Chris Arruda), usei o SM57 na voz, e o resultado foi fantástico... Durante um tempo, por questões de "segurança", eu fiz captação dupla, com o SM e com um condenser, em geral o MXL990 ou AKG-C3000. Mas hoje eu uso só o SM mesmo, não tem erro!
Na gravação da Dama Elétrica, eu chamei de "ao vivo" porque captei a banda toda tocando junta, como num show... mas o vocalista estava em ambiente separado. Mesmo com o SM eu costumo isolar o vocalista do restante da banda!
Jackson escreveu:ClaudioBass escreveu:Como a idéia era gravar ao vivo, e captar a dinâmica da banda o mais próximo daquilo que eles fazem num show ao vivo, a própria banda decidiu gravar sem o auxílio do click. Dessa forma precisei utilizar o recurso de edição Flex Time em modo Slicing do Logic para encaixar a bateria dentro do metrônomo.
Essa edição é obrigatória ou você poderia deixar fora do click mesmo?
Obrigatória não, mas eu acho bacana ouvir uma bateria bem encaixada no click, e facilita também a vida se você precisar refazer ou encaixar novos instrumentos.
Tem bandas como o Syntagma que essa edição simplesmente não dá pra fazer (eu pelo menos eu não sei como), os caras executam 4/4, 6/8, 3/4, 2/2 tudo na mesma música... e a música mais simpleszinha dura 10 minutos, com os mais variados andamentos possíveis.
Claudio- Membro
- Mensagens : 15413
Localização : Rio de Janeiro - RJ
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