banda Bixo da Seda - a História
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banda Bixo da Seda - a História
Bixo da Seda foi uma banda de rock formada em Porto Alegre formada em Porto Alegre no início dos anos de 1970, e que iniciou a carreira com o nome de Liverpool, em 1965, passando a chamar-se Liverpool Sound e, após 1971, Bixo da Seda. Com o nome Bixo da Seda, a banda teria partido para "uma levada de rock inglês, num mix de influências, próximo do progressivo", conforme o jornlista e pesquisador Gilmar Eitelvein. As letras, compostas por Fughetti Luz, eram extremamente críticas e psicodélicas. Tendo se tornado uma espécie de lenda no rock do sul do Brasil, a banda reuniu-se, posteriormente, para shows, tendo tocado, por exemplo, no Festival Morrostock 2011, na cidade de Sapiranga. Já Fughetti Luz emplacou muitos sucessos em sua carreira solo compondo para bandas conhecidas no Rio Grande do Sul, tais como Bandaliera e outras, e atualmente, encontra-se em retiro espiritual no interior do Estado.
Como Liverpool, nome com que a banda se tornaria primeiramente conhecida localmente, e que se justificava pelo fato da banda fazer, a princípio, covers dos Beatles, a banda chegou a escrever a discografia de Marcelo Zona Sul, um filme sobre a juventude carioca dos anos 60 que tinha Stepan Nercessian e Françoise Forton nos papéis principais.
No início dos anos 1970 ainda, adotaram o nome de Bixo da Seda e após se transferiram para a cidade do Rio de Janeiro, tendo lançado lá o disco Estação Elétrica, em 1976. O nome da banda teria sido dado pelo filho de Leonel Brizola, Zé Vicente Brizola, que era, naquela altura, integrante da banda. No disco gravado no Rio de Janeiro, com o afastamento de alguns dos integrantes iniciais, um dos participantes da gravação foi um ex-componente da banda Os Bolhas. Três anos depois, terminou a banda, que voltou a reunir-se para shows, posteriormente, havendo uma certa "rotatividade" de integrantes. Na mesma época, se apresentaram como grupo de apoio ao conjunto vocal As Frenéticas.
Apesar da sua produção pequena, a banda até hoje é famosa no circuito progressivo gaúcho e, possivelmente, foi a partir dela que se originou o termo "rock gaúcho".
Os anos 70 estavam começando. O sonho tinha acabado, os Beatles já não existiam mais. No outro lado do Atlântico, a "América" perdia seus três maiores ícones: Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison. Como no inicio da década passada, o rock se reciclava através das bandas inglesas. O estilo já tinha se consolidado como um movimento social, uma arma nas lutas da juventude.
Nesse contexto, mais precisamente no ano de 73, um guitarrista porto-alegrense chamado Zé Vicente Brizola (filho de quem você está pensando) tem a brilhante idéia de formar uma banda de rock, convidando seu amigo Mimi Lessa, considerado na época um dos melhores guitarristas do país. Mimi estava voltando do Rio onde fez sucesso com o Liverpool, banda em que também tocava seu irmão Marcos (baixo), e seu primo Edinho Espíndola (bateria). Os dois acabam por entrar no projeto, que tem sua formação "quase finalizada", com o ingresso de um experiente tecladista do cenário da capital: Cláudio Vera-Cruz.
Influenciados basicamente pelo rock progressivo de bandas como Yes, Pink Floyd, King Crimson, Jethro Tull e Focus, juntamente com o Rock`N Roll básico dos Rolling Stones, faltava ao quinteto um nome. E este surgiu da forma mais inusitada: enquanto enrolavam um baseado, pensam na utilidade daquele papelzinho quase transparente, a seda. Aqui surgia uma das maiores de rock do Rio Grande do Sul, o Bixo da Seda.
Sem contar com um "frontman", acabam por dividir os vocais entre os integrantes do grupo, fato que acabaria quando convidam mais um ex-Liverpool, o maluco beleza Fughetti Luz, para ingressar na banda. Fughetti era talvez, a melhor definição para o termo Hippie. Logo na sua infância teve uma paralisia infantil, que deixou seqüelas irreversíveis em suas pernas, fato que dava um ingrediente a mais as suas performances. No começo da década, com o fim do Liverpool, foge da repressão militar exilando-se no Velho Mundo, sem ao menos falar uma língua que não fosse o bom e velho português. Fica lá por pouco tempo, sendo "convidado a se retirar" pelas autoridades européias.
De formação nova o Bixo parte para o Rio, deixando no caminho Zé Vicente Brizola e Cláudio Vera-Cruz, sendo este último, substituído pelo ex-Bolha Renato Ladeira. No centro do país fazem diversos shows pelos festivais da época, dividem o palco com as grandes bandas dos anos 70, ganham o reconhecimento da mídia especializada e são contratados para gravar seu primeiro e único registro.
O LP Estação Elétrica, de 76, acaba por não mostrar o que era realmente o Bixo ao vivo. Toda energia que marcava o grupo no palco, não foi transmitida para o CD. Mesmo assim, contém grandes obras como Um Abraço em Brian Jones, em homenagem ao ex-Stones, as lindas baladas Vênus e Já Brilhou, e seu hino Bixo da Seda, com os famosos versos: Bixo, dá a seda, me deixa enrolar. A grande qualidade técnica dos músicos, as harmonias um tanto rebuscadas para uma banda de rock, e seus compassos totalmente fora dos padrões, características marcantes da banda, podem ser ouvidas em todas as músicas. Relançado no final do ano passado em CD, trata-se de um disco clássico do rock nacional.
A banda ainda durou mais três anos, até que Mimi, Marcos e Edinho entram para a banda de apoio das Frenéticas. Era o Fim do Bixo, o grande pilar Rock Gaúcho, referenciada por todas as gerações posteriores.
Hoje, os irmãos Mimi e Marcos vivem no centro país, participando de inúmeros projetos musicais. Edinho é um dos bateristas mais requisitados do Brasil, tocando atualmente na Fu Wang Foo. Fughetti "apadrinhou" na década de 80 diversas bandas, entre elas a Bandaliera, para qual compunha várias músicas, e o Taranatiriça. Lançou ainda dois discos solos e mora no interior do Estado.
Fonte: Bixo Da Seda - Matérias e Biografias http://whiplash.net/materias/biografias/038924-bixodaseda.html#ixzz29gNPCxnz
Como Liverpool, nome com que a banda se tornaria primeiramente conhecida localmente, e que se justificava pelo fato da banda fazer, a princípio, covers dos Beatles, a banda chegou a escrever a discografia de Marcelo Zona Sul, um filme sobre a juventude carioca dos anos 60 que tinha Stepan Nercessian e Françoise Forton nos papéis principais.
No início dos anos 1970 ainda, adotaram o nome de Bixo da Seda e após se transferiram para a cidade do Rio de Janeiro, tendo lançado lá o disco Estação Elétrica, em 1976. O nome da banda teria sido dado pelo filho de Leonel Brizola, Zé Vicente Brizola, que era, naquela altura, integrante da banda. No disco gravado no Rio de Janeiro, com o afastamento de alguns dos integrantes iniciais, um dos participantes da gravação foi um ex-componente da banda Os Bolhas. Três anos depois, terminou a banda, que voltou a reunir-se para shows, posteriormente, havendo uma certa "rotatividade" de integrantes. Na mesma época, se apresentaram como grupo de apoio ao conjunto vocal As Frenéticas.
Apesar da sua produção pequena, a banda até hoje é famosa no circuito progressivo gaúcho e, possivelmente, foi a partir dela que se originou o termo "rock gaúcho".
Os anos 70 estavam começando. O sonho tinha acabado, os Beatles já não existiam mais. No outro lado do Atlântico, a "América" perdia seus três maiores ícones: Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison. Como no inicio da década passada, o rock se reciclava através das bandas inglesas. O estilo já tinha se consolidado como um movimento social, uma arma nas lutas da juventude.
Nesse contexto, mais precisamente no ano de 73, um guitarrista porto-alegrense chamado Zé Vicente Brizola (filho de quem você está pensando) tem a brilhante idéia de formar uma banda de rock, convidando seu amigo Mimi Lessa, considerado na época um dos melhores guitarristas do país. Mimi estava voltando do Rio onde fez sucesso com o Liverpool, banda em que também tocava seu irmão Marcos (baixo), e seu primo Edinho Espíndola (bateria). Os dois acabam por entrar no projeto, que tem sua formação "quase finalizada", com o ingresso de um experiente tecladista do cenário da capital: Cláudio Vera-Cruz.
Influenciados basicamente pelo rock progressivo de bandas como Yes, Pink Floyd, King Crimson, Jethro Tull e Focus, juntamente com o Rock`N Roll básico dos Rolling Stones, faltava ao quinteto um nome. E este surgiu da forma mais inusitada: enquanto enrolavam um baseado, pensam na utilidade daquele papelzinho quase transparente, a seda. Aqui surgia uma das maiores de rock do Rio Grande do Sul, o Bixo da Seda.
Sem contar com um "frontman", acabam por dividir os vocais entre os integrantes do grupo, fato que acabaria quando convidam mais um ex-Liverpool, o maluco beleza Fughetti Luz, para ingressar na banda. Fughetti era talvez, a melhor definição para o termo Hippie. Logo na sua infância teve uma paralisia infantil, que deixou seqüelas irreversíveis em suas pernas, fato que dava um ingrediente a mais as suas performances. No começo da década, com o fim do Liverpool, foge da repressão militar exilando-se no Velho Mundo, sem ao menos falar uma língua que não fosse o bom e velho português. Fica lá por pouco tempo, sendo "convidado a se retirar" pelas autoridades européias.
De formação nova o Bixo parte para o Rio, deixando no caminho Zé Vicente Brizola e Cláudio Vera-Cruz, sendo este último, substituído pelo ex-Bolha Renato Ladeira. No centro do país fazem diversos shows pelos festivais da época, dividem o palco com as grandes bandas dos anos 70, ganham o reconhecimento da mídia especializada e são contratados para gravar seu primeiro e único registro.
O LP Estação Elétrica, de 76, acaba por não mostrar o que era realmente o Bixo ao vivo. Toda energia que marcava o grupo no palco, não foi transmitida para o CD. Mesmo assim, contém grandes obras como Um Abraço em Brian Jones, em homenagem ao ex-Stones, as lindas baladas Vênus e Já Brilhou, e seu hino Bixo da Seda, com os famosos versos: Bixo, dá a seda, me deixa enrolar. A grande qualidade técnica dos músicos, as harmonias um tanto rebuscadas para uma banda de rock, e seus compassos totalmente fora dos padrões, características marcantes da banda, podem ser ouvidas em todas as músicas. Relançado no final do ano passado em CD, trata-se de um disco clássico do rock nacional.
A banda ainda durou mais três anos, até que Mimi, Marcos e Edinho entram para a banda de apoio das Frenéticas. Era o Fim do Bixo, o grande pilar Rock Gaúcho, referenciada por todas as gerações posteriores.
Hoje, os irmãos Mimi e Marcos vivem no centro país, participando de inúmeros projetos musicais. Edinho é um dos bateristas mais requisitados do Brasil, tocando atualmente na Fu Wang Foo. Fughetti "apadrinhou" na década de 80 diversas bandas, entre elas a Bandaliera, para qual compunha várias músicas, e o Taranatiriça. Lançou ainda dois discos solos e mora no interior do Estado.
Fonte: Bixo Da Seda - Matérias e Biografias http://whiplash.net/materias/biografias/038924-bixodaseda.html#ixzz29gNPCxnz
webercar- Membro
- Mensagens : 3167
Localização : Rio de Janeiro
Re: banda Bixo da Seda - a História
Integrantes
Fughetti Luz - voz, letras e composições.
Pecos (Wilmar Ignácio Seade Santana) Pássaro - guitarra
Mimi Lessa - guitarra
Renato Ladeira - teclados
Marcos Lessa - baixo
Edson Espíndola - bateria
Discografia
1969 - Por Favor Sucesso (como Liverpool)
1970 - Marcelo Zona Sul (como Liverpool)
1971 - Hei Menina (como Liverpool Sounds)
1976 - Bixo da Seda
banda Bixo da Seda parte do Show Heróis do Rock realizado em 8/05/1998 no auditório Araújo Vianna em Porto Alegre - RS, formação: Fughetti Luz - Vocal, Marcos - Baixo e Back Vocals, Mimi - Guitarra e Back Vocals, Edinho - Bateria.
Set List.
-Brilho da Cidade
-Trem
-História
-Hora do Crepúsculo
-Já Brilhou
-Tocha
-Bem Chegado
-Rockinho
-Bicho da Seda
-Campo Minado
Fughetti Luz - voz, letras e composições.
Pecos (Wilmar Ignácio Seade Santana) Pássaro - guitarra
Mimi Lessa - guitarra
Renato Ladeira - teclados
Marcos Lessa - baixo
Edson Espíndola - bateria
Discografia
1969 - Por Favor Sucesso (como Liverpool)
1970 - Marcelo Zona Sul (como Liverpool)
1971 - Hei Menina (como Liverpool Sounds)
1976 - Bixo da Seda
banda Bixo da Seda parte do Show Heróis do Rock realizado em 8/05/1998 no auditório Araújo Vianna em Porto Alegre - RS, formação: Fughetti Luz - Vocal, Marcos - Baixo e Back Vocals, Mimi - Guitarra e Back Vocals, Edinho - Bateria.
Set List.
-Brilho da Cidade
-Trem
-História
-Hora do Crepúsculo
-Já Brilhou
-Tocha
-Bem Chegado
-Rockinho
-Bicho da Seda
-Campo Minado
webercar- Membro
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Localização : Rio de Janeiro
Re: banda Bixo da Seda - a História
Cara, obrigado por compartilhar essas informações.
Confesso que nunca ouvi Bixo da Seda mas sempre vejo esse nome nas histórias do rock nacional e a única coisa que eu sabia sobre a banda é que era do sul.
Valew!
Confesso que nunca ouvi Bixo da Seda mas sempre vejo esse nome nas histórias do rock nacional e a única coisa que eu sabia sobre a banda é que era do sul.
Valew!
Giuliano- Membro
- Mensagens : 1001
Localização : São Paulo
Re: banda Bixo da Seda - a História
^ Obrigado Giuliano, se tiver curiosidade por outras bandas nacionais vá lá em histórias e curiosidades q tem outros post meus. Abraços...
webercar- Membro
- Mensagens : 3167
Localização : Rio de Janeiro
Re: banda Bixo da Seda - a História
Vendi o meu Squier Japa para o Marcos Lessa...
____________________________
Não se preocupe com a perfeição
- você nunca irá consegui-la.
(Salvador Dali)
Re: banda Bixo da Seda - a História
Ricardo Petrone escreveu:Vendi o meu Squier Japa para o Marcos Lessa...
Sério amigo, q mundo pequeno é o nosso. Ele ainda está na ativa? Abraços...
webercar- Membro
- Mensagens : 3167
Localização : Rio de Janeiro
Re: banda Bixo da Seda - a História
Ele vive aqui no RJ. Faz seus shows, dá aulas, grava jingles...
Acredito que se tiver 1 chance de voltar aos palcos com o Bixo.. ele irá!
Acredito que se tiver 1 chance de voltar aos palcos com o Bixo.. ele irá!
____________________________
Não se preocupe com a perfeição
- você nunca irá consegui-la.
(Salvador Dali)
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