Cláudio Rocha
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Cláudio Rocha
Terceira 'entrevista' da série Baixista Profissionais do Fórum.
E mais uma vez, cito a motivação desta série, pois eu mesmo só vim a saber da existência do Cláudio, por causa deste Fórum.
E que baixista!!!
Começo postando um vídeo, que já foi colocado em outro tópico, em que ele fala muito do que escreveu abaixo, mas ainda sim, vale a pena ver:
. Workshop ministrado pelo baixista:
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/j3F6HmTvGy4" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
1) Conte um pouco de sua infância. Onde você nasceu? Onde viveu? Estudou - formação? Família – pais, irmãos? Casado? Tem filhos? Quantos anos têm hoje?
R) Nasci e cresci em São Paulo, depois me mudei para Santo André. Sou casado, com 2 filhas, e com 44 anos. Formado em Publicidade e Propaganda.
2) Com quantos anos descobriu a música? Onde e com quem? Como foi esta experiência?
R) Minha família gostava de música como qualquer outra, mas não tínhamos nenhum músico ou direcionamento especial para as artes. Conheci a música pra valer com uma fita K-7 do álbum "Destroyer", do Kiss. Aquele som mudou minha cabeça, comecei a gostar e consumir rock'n'roll intensamente, e aos poucos fui querendo tocar algum instrumento.
3) Como foi sua descoberta do contrabaixo? Quantos anos tinha? Conte-nos sobre isso.
R) Eu tinha uns 14 anos, e na verdade a coisa foi bem típica. Os amigos da rua estavam formando uma banda, e já tinham 2 guitarras e bateria, aí adivinhe o que sobrou (risos). Eu tinha um videogame e perguntei para meus pais que, se o vendesse, poderia comprar um baixo. Eles toparam, e comprei um Gianninni Sonic, um baixo ultra simples de escala curta, com sérios problemas de afinação. E tudo começou assim, fui direto para o contrabaixo. No começo era aquela coisa, a gente não sabia afinar nem tampouco tinha afinador, então afinávamos os instrumentos iguais, só que 2 tons acima, ou abaixo. Era tudo muito rústico e sem conhecimento, mas uma época muito boa.
4) Como foi sua educação ou aprendizado do contrabaixo? Teve professores? Se sim, quem foi (foram), por quanto tempo e como foi esta experiência – se dava bem com seus professores, foram bons mestres? Se não teve – por quê?
R) Comecei fazendo aulas com um professor que queria ensinar leitura e divisão, ou seja, tudo que um garoto de 14 anos que quer tocar rock não quer saber. Durei uns 2 meses. Aí comecei a tirar as músicas dos antigos Lp's, ficava tocando junto por horas, o que foi ótimo para minha percepção musical. Depois de um tempo, senti que as coisas estavam estagnadas, e foi aí que conheci aqueles que foram meus grandes mestres: Beto Vasconcellos e Aldo Landi. Com eles fui conhecer um outro mundo, o do jazz, MPB, o improviso, síncopas, etc. Assim como um monte de músicos excelentes como Jeff Berlin, Jaco, Paul Chambers, Eddie Gomez, e por aí vai. Fiquei alguns anos fazendo aulas com eles, até que chamaram para fazer parte da banda, o que foi um super aprendizado. Depois disso fiz um curso na ULM com o Itamar Colasso, e foi isso, pelo menos de ensino formal.
5) Quando decidiu ser músico profissional ou seguir a carreira de músico? O que te motivou a tomar esta decisão? E o que fez ou passou a fazer para conquistar este “status”?
R) Quando estava tocando com meus professores, já sabia que era isso o que queria. O problema era que não tinha a mínima estrutura psicológica e organizacional para isso, era simplesmente um moleque que as pessoas não podiam contar.
Depois do 2º grau, conversei com meus pais sobre a idéia de seguir carreira na música, algo que sabia que eles não queriam. O trato foi o seguinte: eu iria tentar durante 1 ano me firmar na música. Se não desse certo, iria fazer faculdade. Não deu certo, e lá fui eu fazer faculdade de Publicidade e Propaganda. Até gostava da coisa, mas a verdade é que não tinha talento algum. Como queria trabalhar na parte criativa, e não sabia desenhar uma linha sequer, parti para redação publicitária, mas era muito ruim. Ou seja, era sempre mandado embora, mais cedo ou mais tarde (risos). E aí pegava alunos para me sustentar.
Tudo mudou quando me casei. Fui mandado embora 1 mês antes de casar, e minha esposa perguntou: "o que você quer fazer da vida?". Óbvio que respondi que queria tocar, e ela me disse para ir atrás disso.
6) Como foi sua vida a partir do momento que decidiu seguir a carreia de músico profissional? O que teve que abandonar e o que teve que incorporar ao seu dia-a-dia? Já viajou para o exterior para tocar? Como foi? Faça um paralelo entre suas experiências no Brasil e no exterior.
R) O começo foi difícil e interessante. Acabei começando como músico de estúdio, e no começo você tem uma gravação, e a próxima só dali a 2 meses. Então minha esposa teve que segurar as contas por um bom tempo até que eu tivesse uma lista de clientes.
A primeira coisa que tive que abandonar foi a mentalidade de "só toco o que gosto", porque em estúdio, pelo menos no início, você toca aquilo que aparecer pela frente. Isso significou pesquisar muita coisa diferente, que eu não conhecia, ou tinha um preconceito absurdo. O que tive que incorporar ao meu dia-a-dia foi a questão da leitura, timing, timbre, que são coisas imprescindíveis quando se está gravando. Outra coisa que precisei mudar foi a minha linguagem musical. Como um músico fissurado em música instrumental, entendi que aquele monte de notas me servia de muito pouco, e que teria que me adaptar se quisesse continuar trabalhando. Deu um certo trabalho engolir o orgulho e tocar menos, mas foi ótimo depois que consegui.
Com relação a tocar no Brasil e no exterior, não existe uma regra. Às vezes, conforme o tipo de evento ou cidade em que você toca aqui no Brasil, a situação pode ser pior ou melhor do que tocar no exterior. Já toquei fora do país, e nem sempre tivemos uma estrutura melhor ou igual do que aqui, é o que posso dizer.
7) Como é (era) sua rotina diária? Você tem um plano de estudos? Se sim, como é e por quê? O que você recomendaria como pontos mais importantes a serem abordados em uma rotina de estudos?
R) Minha rotina diária teve várias fases. Quando era mais novo, acordava e ficava tocando o dia inteiro, tirando músicas, coisas desse tipo. Depois, quando comecei a estudar mais seriamente, tudo ficou mais focado. Separava o tempo para estudar as escalas, técnica, leitura, improviso, e toda a matéria que os professores me dessem. Essa foi uma época em que tudo era novo, e a teoria ia fazendo sentido musical, o que fazia sempre querer mais. Quando comecei a trabalhar, tudo ficou mais racionado. Hoje geralmente estudo coisas que não faço habitualmente, como improvisar, ou que vou precisar usar em algum trabalho específico.
8.) Em sua opinião, quais são os pontos importantes para ser um músico profissional respeitado? E o que não se deve fazer/agir de jeito nenhum? Se fosse um produtor, que tipo de baixista procuraria contratar?
R) Estar preparado para lidar com situações musicais variadas, ser fácil de lidar no dia-a-dia, ter uma postura de ética com seus colegas, saber combinar um valor justo para o trabalho, ser sincero em não aceitar um trabalho que está além de sua capacidade, esse tipo de coisa vai construindo uma reputação sólida no meio. Uma atitude negativa é algo que pode derrubar um músico excelente, e isso é algo difícil de lidar no dia-a-dia. Já vi ótimos músicos perderem uma gig por serem intragáveis, o que é uma pena. Outra coisa ruim é tentar pegar mais trabalhos do que consegue dar conta, pois você começa a passar a imagem de não ser alguém confiável. Às vezes, abrir mão de algum trabalho para fazer outro bem feito pode trazer uma perda na hora, mas trará lucros depois.
9) O que se deve levar para um show – um baixo ou mais? Encordoamentos, cabos – quantos? Partituras/cifras das músicas, mesmo se sabe de cor?
R) Tudo vai depender do tipo de show, e de estrutura que o músico pode contar, se irá ter roadie, coisas desse tipo. Já fiz shows com 2 ou 3 baixos, pedal board, etc, e outros com um baixo, a correia e o cabo.
Quanto a partitura/cifra, meu critério é o seguinte: se estou em turnê, procuro decorar as músicas, e levo as partituras no começo como segurança, para tirá-la mais para frente. Se é um show isolado, não vou me dar ao trabalho de tentar decorar 20 músicas para tocá-las uma única vez. Aí, a partitura é indispensável.
10) Como você vê o mercado para o baixista profissional? Que “preço” o “candidato” deve estar disposto a pagar?
R) O mercado mudou bastante nos últimos anos. A qualidade dos produtores e arranjadores que estão chegando é, generalizando bem fraca. Uma grande parte sequer consegue escrever uma cifra, ou seja, o músico também não precisa saber ler. Mas também a música só tem 6 acordes, e por aí vai. Em algumas gigs o importante é ter o repertório "atualizado", porque a música está cada vez mais descartável, então a cada semana existe um "hit" novo. Eu acredito que o baixista que deseja se destacar no meio deve estar preparado ir além do que esse mercado exige, porque as melhores oportunidades (e cachês) geralmente necessitam de um músico mais qualificado. Não se contente com a mediocridade só porque está trabalhando bem, procure crescer enquanto músico e ser humano.
11) Seu setup predileto e seu setup dos sonhos. Explique o porquê de suas escolhas (leve em consideração seus conhecimentos técnicos/práticos sobre o assunto).
R) Meu setup é variável, mas algumas coisas costumo usar com bastante frequência: um pré Ampeg STVIII, um compressor Dbx 160 e um eq Aphex Tubessence, pois gosto do sabor que a válvula dá no som do baixo. Com relação aos baixo, uso muito um Ladessa 5 cordas, um Ladessa Jazz Bass e um Fender Precision. Fretless tenho usado em 10% dos trabalhos, é o tipo de instrumento que os produtores amam ou odeiam, sem muito meio termo. Como conheço bem o som dos meus instrumentos, quando ouço uma música que vou gravar já acabo fazendo uma escolha, e sugiro ao produtor/arranjador.
Um sonho de consumo seria um pré da TubeTech, usei em algumas gravações e achei o resultado sonoro bem interessante. E um outro baixo que está na minha mira é o Yamaha modelo Nathan East, adoro a sonoridade do instrumento.
12) Considerações finais a seu critério – dicas, conselhos.
R) Procure sempre estar acima do material que está trabalhando, nunca toque no seu limite de técnica, leitura, etc. Seja uma pessoa honesta e fácil de lidar, e procure pessoas assim para trabalhar com você. Não se contente com a mediocridade, e tenha uma percepção afiada de sua própria execução e postura profissional.
. Batera Clube Jam Session - Maguinho Alcântara e Todos Por 1:
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. Gravação do CD "Louvor X", de VPC:
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. Abaixo um trecho da gravação do cd de Melk Villar, com Claudio Rocha gravando baixo usando um Synth externo:
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/WtHgOaEIfn8" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
. Curiosidade: aqui se diz que o Cláudio não gosta de 'slapar', com Elton Ricardo:
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<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/pBmvGI1-xNI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
. CAPELA - O FAROL - Lançamento do álbum MÚSICA DE CABECEIRA
Dia 31/out/2012 no Teatro da faculdade Santa Marcelina
Capela é Caio Andreatta, Gustavo Rosseb e Léo Nicolosi
Capela toca O FAROL com a participação de João Drescher (trompete), Thiago Fisher (bateria), Cláudio Rocha (baixo), Tato Andreatta
(rhodes):
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/uXeqNtRkNnU" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
. Excerpt from "Blackbird" dos The Beatles:
https://www.contrabaixobr.com/t25874-trecho-de-blackbird
PS: Agradeço muito ao Cláudio pela gentileza e presteza em responder à 'entrevista' comprando a ideia, e mais uma vez, engrandecendo o Fórum
Mais algumas informações, a posteriori...:
Claudio Rocha, músico com várias participações em muitos CDs, mais conhecido por sua atual participação na Banda VPC - Vencedores Por Cristo- começou seus estudos de contrabaixo com Beto Vasconcelos e Aldo Júnior. Depois de 3 anos estudando, foi convidado para acompanhá-los, o que viria a ser o início de sua carreira.
Em 1997, começa a trabalhar como músico de estúdio, gravando com artistas como Daniel, Leonardo, Guilherme e Santiago, Jair Rodrigues, Mara Maravilha, Cristina Mel, Jeanne Mascarenhas, Soraya Moraes, Marquinhos Gomes, João Mineiro e Marciano, Chico Rey e Paraná, João Alexandre, Vencedores Por Cristo (missão evangélica que tem como objetivo falar do amor de Deus através do testemunho de vida e ensino bíblico, usando a música e as artes em geral), Lula Barbosa e Natan Marques, entre outros. Gravou o CD “Deixa O Teu Rio Me Levar”, da cantora Soraya Moraes, trabalho que ganhou o Grammy Latino em 2005.
Atualmente, acompanha High School Musical (Brasil) e Natan Marques. Já tocou com Daniel, Nando Reis, Zélia Duncan, Paula Lima, Marcio Montarroyos, Corciolli, Chiquinho Oliveira, Carmen Costa, Alaíde Costa, Angela Maria, Klébi Nori, Don Moen, Bob Fitts, Tommy Walker, Rique Pantoja, João Alexandre, Lula Barbosa e Cristina Mel, entre outros. Na televisão, faz parte da banda do programa Ídolos. Claudio Rocha é contrabaixista, produtor, arranjador, ex-integrante da banda Vencedores Por Cristo.
Seu crescimento profissional deve-se a sua vasta experiência em estúdio. Já gravou para grandes nomes da música secular, como o cantor Daniel, e Gospel como Marquinhos Gomes, Soraya Moraes, Pr. Gerson Ortega, Pr. Massao Suguihara, Jeanne Mascarenhas, Eduardo e Silvana, Cristina Mel, João Alexandre, entre outros.
É missionário de tempo parcial do ministério Vencedores Por Cristo desde 1996, arranjador, produtor, contrabaixista ainda leciona aulas de contrabaixo para alunos que se interessem no crescimento pessoal e ministerial. Alunos que também querem prosseguir carreira musical, tem a oportunidade de ampliarem sua visão com a troca de ricas experiências.
Membro da igreja Presbiteriana Independente do Ipiranga em São Paulo, também faz parte do ministério de louvor e adoração da mesma. http://www.letras.com.br/#!biografia/claudio-rocha
http://www.myspace.com/claudiorocha
http://br.linkedin.com/in/claudiorocha
E mais uma vez, cito a motivação desta série, pois eu mesmo só vim a saber da existência do Cláudio, por causa deste Fórum.
E que baixista!!!
Começo postando um vídeo, que já foi colocado em outro tópico, em que ele fala muito do que escreveu abaixo, mas ainda sim, vale a pena ver:
. Workshop ministrado pelo baixista:
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/j3F6HmTvGy4" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
1) Conte um pouco de sua infância. Onde você nasceu? Onde viveu? Estudou - formação? Família – pais, irmãos? Casado? Tem filhos? Quantos anos têm hoje?
R) Nasci e cresci em São Paulo, depois me mudei para Santo André. Sou casado, com 2 filhas, e com 44 anos. Formado em Publicidade e Propaganda.
2) Com quantos anos descobriu a música? Onde e com quem? Como foi esta experiência?
R) Minha família gostava de música como qualquer outra, mas não tínhamos nenhum músico ou direcionamento especial para as artes. Conheci a música pra valer com uma fita K-7 do álbum "Destroyer", do Kiss. Aquele som mudou minha cabeça, comecei a gostar e consumir rock'n'roll intensamente, e aos poucos fui querendo tocar algum instrumento.
3) Como foi sua descoberta do contrabaixo? Quantos anos tinha? Conte-nos sobre isso.
R) Eu tinha uns 14 anos, e na verdade a coisa foi bem típica. Os amigos da rua estavam formando uma banda, e já tinham 2 guitarras e bateria, aí adivinhe o que sobrou (risos). Eu tinha um videogame e perguntei para meus pais que, se o vendesse, poderia comprar um baixo. Eles toparam, e comprei um Gianninni Sonic, um baixo ultra simples de escala curta, com sérios problemas de afinação. E tudo começou assim, fui direto para o contrabaixo. No começo era aquela coisa, a gente não sabia afinar nem tampouco tinha afinador, então afinávamos os instrumentos iguais, só que 2 tons acima, ou abaixo. Era tudo muito rústico e sem conhecimento, mas uma época muito boa.
4) Como foi sua educação ou aprendizado do contrabaixo? Teve professores? Se sim, quem foi (foram), por quanto tempo e como foi esta experiência – se dava bem com seus professores, foram bons mestres? Se não teve – por quê?
R) Comecei fazendo aulas com um professor que queria ensinar leitura e divisão, ou seja, tudo que um garoto de 14 anos que quer tocar rock não quer saber. Durei uns 2 meses. Aí comecei a tirar as músicas dos antigos Lp's, ficava tocando junto por horas, o que foi ótimo para minha percepção musical. Depois de um tempo, senti que as coisas estavam estagnadas, e foi aí que conheci aqueles que foram meus grandes mestres: Beto Vasconcellos e Aldo Landi. Com eles fui conhecer um outro mundo, o do jazz, MPB, o improviso, síncopas, etc. Assim como um monte de músicos excelentes como Jeff Berlin, Jaco, Paul Chambers, Eddie Gomez, e por aí vai. Fiquei alguns anos fazendo aulas com eles, até que chamaram para fazer parte da banda, o que foi um super aprendizado. Depois disso fiz um curso na ULM com o Itamar Colasso, e foi isso, pelo menos de ensino formal.
5) Quando decidiu ser músico profissional ou seguir a carreira de músico? O que te motivou a tomar esta decisão? E o que fez ou passou a fazer para conquistar este “status”?
R) Quando estava tocando com meus professores, já sabia que era isso o que queria. O problema era que não tinha a mínima estrutura psicológica e organizacional para isso, era simplesmente um moleque que as pessoas não podiam contar.
Depois do 2º grau, conversei com meus pais sobre a idéia de seguir carreira na música, algo que sabia que eles não queriam. O trato foi o seguinte: eu iria tentar durante 1 ano me firmar na música. Se não desse certo, iria fazer faculdade. Não deu certo, e lá fui eu fazer faculdade de Publicidade e Propaganda. Até gostava da coisa, mas a verdade é que não tinha talento algum. Como queria trabalhar na parte criativa, e não sabia desenhar uma linha sequer, parti para redação publicitária, mas era muito ruim. Ou seja, era sempre mandado embora, mais cedo ou mais tarde (risos). E aí pegava alunos para me sustentar.
Tudo mudou quando me casei. Fui mandado embora 1 mês antes de casar, e minha esposa perguntou: "o que você quer fazer da vida?". Óbvio que respondi que queria tocar, e ela me disse para ir atrás disso.
6) Como foi sua vida a partir do momento que decidiu seguir a carreia de músico profissional? O que teve que abandonar e o que teve que incorporar ao seu dia-a-dia? Já viajou para o exterior para tocar? Como foi? Faça um paralelo entre suas experiências no Brasil e no exterior.
R) O começo foi difícil e interessante. Acabei começando como músico de estúdio, e no começo você tem uma gravação, e a próxima só dali a 2 meses. Então minha esposa teve que segurar as contas por um bom tempo até que eu tivesse uma lista de clientes.
A primeira coisa que tive que abandonar foi a mentalidade de "só toco o que gosto", porque em estúdio, pelo menos no início, você toca aquilo que aparecer pela frente. Isso significou pesquisar muita coisa diferente, que eu não conhecia, ou tinha um preconceito absurdo. O que tive que incorporar ao meu dia-a-dia foi a questão da leitura, timing, timbre, que são coisas imprescindíveis quando se está gravando. Outra coisa que precisei mudar foi a minha linguagem musical. Como um músico fissurado em música instrumental, entendi que aquele monte de notas me servia de muito pouco, e que teria que me adaptar se quisesse continuar trabalhando. Deu um certo trabalho engolir o orgulho e tocar menos, mas foi ótimo depois que consegui.
Com relação a tocar no Brasil e no exterior, não existe uma regra. Às vezes, conforme o tipo de evento ou cidade em que você toca aqui no Brasil, a situação pode ser pior ou melhor do que tocar no exterior. Já toquei fora do país, e nem sempre tivemos uma estrutura melhor ou igual do que aqui, é o que posso dizer.
7) Como é (era) sua rotina diária? Você tem um plano de estudos? Se sim, como é e por quê? O que você recomendaria como pontos mais importantes a serem abordados em uma rotina de estudos?
R) Minha rotina diária teve várias fases. Quando era mais novo, acordava e ficava tocando o dia inteiro, tirando músicas, coisas desse tipo. Depois, quando comecei a estudar mais seriamente, tudo ficou mais focado. Separava o tempo para estudar as escalas, técnica, leitura, improviso, e toda a matéria que os professores me dessem. Essa foi uma época em que tudo era novo, e a teoria ia fazendo sentido musical, o que fazia sempre querer mais. Quando comecei a trabalhar, tudo ficou mais racionado. Hoje geralmente estudo coisas que não faço habitualmente, como improvisar, ou que vou precisar usar em algum trabalho específico.
8.) Em sua opinião, quais são os pontos importantes para ser um músico profissional respeitado? E o que não se deve fazer/agir de jeito nenhum? Se fosse um produtor, que tipo de baixista procuraria contratar?
R) Estar preparado para lidar com situações musicais variadas, ser fácil de lidar no dia-a-dia, ter uma postura de ética com seus colegas, saber combinar um valor justo para o trabalho, ser sincero em não aceitar um trabalho que está além de sua capacidade, esse tipo de coisa vai construindo uma reputação sólida no meio. Uma atitude negativa é algo que pode derrubar um músico excelente, e isso é algo difícil de lidar no dia-a-dia. Já vi ótimos músicos perderem uma gig por serem intragáveis, o que é uma pena. Outra coisa ruim é tentar pegar mais trabalhos do que consegue dar conta, pois você começa a passar a imagem de não ser alguém confiável. Às vezes, abrir mão de algum trabalho para fazer outro bem feito pode trazer uma perda na hora, mas trará lucros depois.
9) O que se deve levar para um show – um baixo ou mais? Encordoamentos, cabos – quantos? Partituras/cifras das músicas, mesmo se sabe de cor?
R) Tudo vai depender do tipo de show, e de estrutura que o músico pode contar, se irá ter roadie, coisas desse tipo. Já fiz shows com 2 ou 3 baixos, pedal board, etc, e outros com um baixo, a correia e o cabo.
Quanto a partitura/cifra, meu critério é o seguinte: se estou em turnê, procuro decorar as músicas, e levo as partituras no começo como segurança, para tirá-la mais para frente. Se é um show isolado, não vou me dar ao trabalho de tentar decorar 20 músicas para tocá-las uma única vez. Aí, a partitura é indispensável.
10) Como você vê o mercado para o baixista profissional? Que “preço” o “candidato” deve estar disposto a pagar?
R) O mercado mudou bastante nos últimos anos. A qualidade dos produtores e arranjadores que estão chegando é, generalizando bem fraca. Uma grande parte sequer consegue escrever uma cifra, ou seja, o músico também não precisa saber ler. Mas também a música só tem 6 acordes, e por aí vai. Em algumas gigs o importante é ter o repertório "atualizado", porque a música está cada vez mais descartável, então a cada semana existe um "hit" novo. Eu acredito que o baixista que deseja se destacar no meio deve estar preparado ir além do que esse mercado exige, porque as melhores oportunidades (e cachês) geralmente necessitam de um músico mais qualificado. Não se contente com a mediocridade só porque está trabalhando bem, procure crescer enquanto músico e ser humano.
11) Seu setup predileto e seu setup dos sonhos. Explique o porquê de suas escolhas (leve em consideração seus conhecimentos técnicos/práticos sobre o assunto).
R) Meu setup é variável, mas algumas coisas costumo usar com bastante frequência: um pré Ampeg STVIII, um compressor Dbx 160 e um eq Aphex Tubessence, pois gosto do sabor que a válvula dá no som do baixo. Com relação aos baixo, uso muito um Ladessa 5 cordas, um Ladessa Jazz Bass e um Fender Precision. Fretless tenho usado em 10% dos trabalhos, é o tipo de instrumento que os produtores amam ou odeiam, sem muito meio termo. Como conheço bem o som dos meus instrumentos, quando ouço uma música que vou gravar já acabo fazendo uma escolha, e sugiro ao produtor/arranjador.
Um sonho de consumo seria um pré da TubeTech, usei em algumas gravações e achei o resultado sonoro bem interessante. E um outro baixo que está na minha mira é o Yamaha modelo Nathan East, adoro a sonoridade do instrumento.
12) Considerações finais a seu critério – dicas, conselhos.
R) Procure sempre estar acima do material que está trabalhando, nunca toque no seu limite de técnica, leitura, etc. Seja uma pessoa honesta e fácil de lidar, e procure pessoas assim para trabalhar com você. Não se contente com a mediocridade, e tenha uma percepção afiada de sua própria execução e postura profissional.
. Batera Clube Jam Session - Maguinho Alcântara e Todos Por 1:
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. Gravação do CD "Louvor X", de VPC:
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. Abaixo um trecho da gravação do cd de Melk Villar, com Claudio Rocha gravando baixo usando um Synth externo:
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. Curiosidade: aqui se diz que o Cláudio não gosta de 'slapar', com Elton Ricardo:
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. CAPELA - O FAROL - Lançamento do álbum MÚSICA DE CABECEIRA
Dia 31/out/2012 no Teatro da faculdade Santa Marcelina
Capela é Caio Andreatta, Gustavo Rosseb e Léo Nicolosi
Capela toca O FAROL com a participação de João Drescher (trompete), Thiago Fisher (bateria), Cláudio Rocha (baixo), Tato Andreatta
(rhodes):
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/uXeqNtRkNnU" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
. Excerpt from "Blackbird" dos The Beatles:
https://www.contrabaixobr.com/t25874-trecho-de-blackbird
PS: Agradeço muito ao Cláudio pela gentileza e presteza em responder à 'entrevista' comprando a ideia, e mais uma vez, engrandecendo o Fórum
Mais algumas informações, a posteriori...:
Claudio Rocha, músico com várias participações em muitos CDs, mais conhecido por sua atual participação na Banda VPC - Vencedores Por Cristo- começou seus estudos de contrabaixo com Beto Vasconcelos e Aldo Júnior. Depois de 3 anos estudando, foi convidado para acompanhá-los, o que viria a ser o início de sua carreira.
Em 1997, começa a trabalhar como músico de estúdio, gravando com artistas como Daniel, Leonardo, Guilherme e Santiago, Jair Rodrigues, Mara Maravilha, Cristina Mel, Jeanne Mascarenhas, Soraya Moraes, Marquinhos Gomes, João Mineiro e Marciano, Chico Rey e Paraná, João Alexandre, Vencedores Por Cristo (missão evangélica que tem como objetivo falar do amor de Deus através do testemunho de vida e ensino bíblico, usando a música e as artes em geral), Lula Barbosa e Natan Marques, entre outros. Gravou o CD “Deixa O Teu Rio Me Levar”, da cantora Soraya Moraes, trabalho que ganhou o Grammy Latino em 2005.
Atualmente, acompanha High School Musical (Brasil) e Natan Marques. Já tocou com Daniel, Nando Reis, Zélia Duncan, Paula Lima, Marcio Montarroyos, Corciolli, Chiquinho Oliveira, Carmen Costa, Alaíde Costa, Angela Maria, Klébi Nori, Don Moen, Bob Fitts, Tommy Walker, Rique Pantoja, João Alexandre, Lula Barbosa e Cristina Mel, entre outros. Na televisão, faz parte da banda do programa Ídolos. Claudio Rocha é contrabaixista, produtor, arranjador, ex-integrante da banda Vencedores Por Cristo.
Seu crescimento profissional deve-se a sua vasta experiência em estúdio. Já gravou para grandes nomes da música secular, como o cantor Daniel, e Gospel como Marquinhos Gomes, Soraya Moraes, Pr. Gerson Ortega, Pr. Massao Suguihara, Jeanne Mascarenhas, Eduardo e Silvana, Cristina Mel, João Alexandre, entre outros.
É missionário de tempo parcial do ministério Vencedores Por Cristo desde 1996, arranjador, produtor, contrabaixista ainda leciona aulas de contrabaixo para alunos que se interessem no crescimento pessoal e ministerial. Alunos que também querem prosseguir carreira musical, tem a oportunidade de ampliarem sua visão com a troca de ricas experiências.
Membro da igreja Presbiteriana Independente do Ipiranga em São Paulo, também faz parte do ministério de louvor e adoração da mesma. http://www.letras.com.br/#!biografia/claudio-rocha
http://www.myspace.com/claudiorocha
http://br.linkedin.com/in/claudiorocha
Última edição por Tarcísio Caetano em Sex Jan 04, 2013 6:12 pm, editado 2 vez(es)
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Finou? Tá bão. O resto é dedo - CT. Colela.
Se traste fosse bom não tinha este nome - Cláudio Cuoco.
Tocar fretless é uma arte. Desafinar faz parte - Márcio Azzarini.
Quando o mundo da música muda, os muros da cidade tremem - Platão.
Tarcísio Caetano- Membro
- Mensagens : 6557
Localização : Brasil
Re: Cláudio Rocha
Fica difícil não elogiar o trabalho feito nesse sentido, mas mais uma vez:
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"(...), e que eu sempre ame as pessoas e use o dinheiro, e nunca ame o dinheiro ou use as pessoas! Amém" - Rev. Milton Ribeiro
Regras do Fórum - CUMPRIMENTO OBRIGATÓRIO - Regras de Netiqueta - TODOS LEIAM POR FAVOR
GusVCD- Moderador
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Re: Cláudio Rocha
Grande Xará, sabe muito... mais um pra lista dos brazucas tops!
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[ ]s Cláudio -- Por que Fretless? porque se Traste fosse bom não teria esse nome!
My name is Lucifer... please, take my hand (by Black Sabbath)
Regras do Fórum - CUMPRIMENTO OBRIGATÓRIO - Regras de Netiqueta - TODOS LEIAM POR FAVOR
Claudio- Membro
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Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Cláudio Rocha
Muito bom Claudio, parabéns pelo sucesso no trabalho, você merece. E como o Caudiobass falou: TOP brazuca mesmo!
____________________________
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afonsodecampos- Membro
- Mensagens : 5138
Localização : Belém do Pará
Re: Cláudio Rocha
Esse sabe tudo e mais um cadinho. Respeito...
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O fascismo não é só uma opção política, mas também uma doença da alma...
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54816
Localização : Terra
Re: Cláudio Rocha
Belo tópico!
Complementando tudo o que foi dito aqui, vale a pena deixar o endereço do blog do Cláudio Rocha.
http://captainbasement.blogspot.com.br/
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Re: Cláudio Rocha
Claudiao referencia de musico pra mim
dibass- Membro
- Mensagens : 1565
Localização : uberlandia- MG
Re: Cláudio Rocha
Falar o que? O cara é um monstro no baixo, além de um tremendo ser humano!
Já sei, vou falar algo útil: tesoura!
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Re: Cláudio Rocha
Muito bom!!!
Valeu Tarcisio e parabéns Claudio!!!
Valeu Tarcisio e parabéns Claudio!!!
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Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14288
Re: Cláudio Rocha
Esse é o cara!
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LuCaSbass- Membro
- Mensagens : 10830
Re: Cláudio Rocha
Grande baixista! Um exemplo de músico pra mim e pra muitos daqui...
E parabéns pela iniciativa Tarcísio. Estou acompanhando os tópicos que você abriu...
E parabéns pela iniciativa Tarcísio. Estou acompanhando os tópicos que você abriu...
leandrosf89- Membro
- Mensagens : 3716
Localização : São Paulo
Re: Cláudio Rocha
Qual é a primeira entrevista? Só encontrei a do Allex...
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LuCaSbass- Membro
- Mensagens : 10830
Re: Cláudio Rocha
LuCaSbass escreveu:Qual é a primeira entrevista? Só encontrei a do Allex...
Aqui Lucas...
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Cantão- Moderador
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Re: Cláudio Rocha
^Opa, maravilha!
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LuCaSbass- Membro
- Mensagens : 10830
Re: Cláudio Rocha
Fiquei tanto tempo sem ouvir música que não tinha ouvido ainda o trabalho do Todos por 1. Que som sinistro! Muito bom!
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Re: Cláudio Rocha
sou fã do trabalho do Claudio, conheci esse forúm através do blog dele ....
toca de mais e curto muito o som desse jazz bass Ladessa, agora, esse som do primeiro vídeo eu ñ conhecia, cara que sonzão
tem DVD ???
Parabéns Claudio e sucesso !!!
toca de mais e curto muito o som desse jazz bass Ladessa, agora, esse som do primeiro vídeo eu ñ conhecia, cara que sonzão
tem DVD ???
Parabéns Claudio e sucesso !!!
Leandro Jeronimo- Membro
- Mensagens : 724
Localização : São Paulo
AlbertoBass- Membro
- Mensagens : 1230
Localização : Belo Horizonte
Re: Cláudio Rocha
Cláudio Rocha no Altas Horas (aniversário do Serginho Groisman) de sábado (29/06/2013) com o Dingwall Combustion que foi do Zadá ...
Boss2K- Membro
- Mensagens : 7918
Localização : Brasília, DF
Re: Cláudio Rocha
Haa. Assisti um pedaço do programa. Tava na dúvida se era o Dingwall.
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AlbertoBass- Membro
- Mensagens : 1230
Localização : Belo Horizonte
Re: Cláudio Rocha
Tarcísio Caetano escreveu:Terceira 'entrevista' da série Baixista Profissionais do Fórum.
3) Como foi sua descoberta do contrabaixo? Quantos anos tinha? Conte-nos sobre isso.
R) Eu tinha uns 14 anos, e na verdade a coisa foi bem típica. Os amigos da rua estavam formando uma banda, e já tinham 2 guitarras e bateria, aí adivinhe o que sobrou (risos). Eu tinha um videogame e perguntei para meus pais que, se o vendesse, poderia comprar um baixo. Eles toparam, e comprei um Gianninni Sonic, um baixo ultra simples de escala curta, com sérios problemas de afinação. E tudo começou assim, fui direto para o contrabaixo. No começo era aquela coisa, a gente não sabia afinar nem tampouco tinha afinador, então afinávamos os instrumentos iguais, só que 2 tons acima, ou abaixo. Era tudo muito rústico e sem conhecimento, mas uma época muito boa.
Muito legal, minha história foi bem parecida, com 14, comecei a tocar na igreja e meu irmão mais velho iria montar banda, me chamou para o baixo, vendi o Grande Super Nintendo, com consentimento dos meus irmãos e meus pais, pra comprar um baixo, Um Lyon Jazz bass.
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"A minha música é o reflexo da sinceridade."
Heitor Villa-Lobos
Re: Cláudio Rocha
A banda estava groovadíssima! Bem arranjado, bem executado. Excelente.
Várias versões pensadas fora da caixa. Gostei muito.
Parabéns.
Várias versões pensadas fora da caixa. Gostei muito.
Parabéns.
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"Que minhas palavras sejam breves e minhas ações eternas."
André Souza- Membro
- Mensagens : 2168
Localização : Salvador; Bahia
Re: Cláudio Rocha
Arranjos e produção do Lincoln Olivetti...André Souza escreveu:A banda estava groovadíssima! Bem arranjado, bem executado. Excelente.
Várias versões pensadas fora da caixa. Gostei muito.
Parabéns.
Abs!
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