E a truculência continua...
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E a truculência continua...
Agrediu, não se identificou, utilizou spray de pimenta contra pessoas que não ofereciam risco... e o final do vídeo fala por si só. Mais um "caso isolado". Só mudou, nesse caso, o uniforme. (Ou no caso do agressor, a falta dele, já que nem fardado estava)
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Re: E a truculência continua...
Não há dados no vídeo pra saber o que aconteceu.
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allexcosta- Administrador
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Re: E a truculência continua...
O video mostra a ação truculenta do que me parece ser a guarda municipal.
Se for, a única justificativa será a defesa do património público.
Para falar sobre a necessidade da ação, só com conhecimento do que realmente acontecia no local.
Se as pessoas estavam praticando o skate no local sem danificar nada, sem colocar em risco a integridade de outras pessoas, a ação é injustificada.
Sobre a truculência e imbecilidade da ação, esta é clara. Resquícios de uma nação militarista, resquício de governos autoritaristas como o período militar, Getulhismo entre outros.
O Direito individual e Direitos Humanos nestes regimes são sempre mitigados, quando não afastados, em nome do "bem comum", "Direito coletivo", "ordem pública".
Até conseguirmos um Estado que haja corretamente com seus cidadãos serão necessários muitos anos, é um processo natural, mas infelizmente longo.
Enquanto não perdermos a capacidade de nos indignar com o que é errado, como é o caso desta ação, e usarmos os meios que tivermos, no caso a filmagem e denúncia, permanece a esperança de viver em um lugar melhor.
Se for, a única justificativa será a defesa do património público.
Para falar sobre a necessidade da ação, só com conhecimento do que realmente acontecia no local.
Se as pessoas estavam praticando o skate no local sem danificar nada, sem colocar em risco a integridade de outras pessoas, a ação é injustificada.
Sobre a truculência e imbecilidade da ação, esta é clara. Resquícios de uma nação militarista, resquício de governos autoritaristas como o período militar, Getulhismo entre outros.
O Direito individual e Direitos Humanos nestes regimes são sempre mitigados, quando não afastados, em nome do "bem comum", "Direito coletivo", "ordem pública".
Até conseguirmos um Estado que haja corretamente com seus cidadãos serão necessários muitos anos, é um processo natural, mas infelizmente longo.
Enquanto não perdermos a capacidade de nos indignar com o que é errado, como é o caso desta ação, e usarmos os meios que tivermos, no caso a filmagem e denúncia, permanece a esperança de viver em um lugar melhor.
Paulo Penna- Membro
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Re: E a truculência continua...
allexcosta escreveu:Não há dados no vídeo pra saber o que aconteceu.
Concordo.
Partindo apenas do que o vídeo registra nota-se que, infelizmente, ele só mostra a parte das consequências de algo que aconteceu. Entretanto, como ele não mostra a(s) causa(s) desta (re)ação da GCM (O vídeo não mostra o início dos eventos), não há como determinar se houve ou não truculência (Leia-se uso exagerado de força em uma situação que poderia ser resolvida sem tal uso) por parte da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo.
Última edição por Zubrycky em Seg Jan 07, 2013 2:58 pm, editado 1 vez(es)
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Re: E a truculência continua...
É impossível sequer saber se o valentão é da GM.
A propósito, alguém conhece as leis de skate em SP?
A propósito, alguém conhece as leis de skate em SP?
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allexcosta- Administrador
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Re: E a truculência continua...
Pra variar... tenho mais medo da nossa querida policia de São Paulo do que dos bandidos... Só a reação do cara no final do vídeo já é um absurdo para o profissional e duvido muito que os policiais iam deixar toda aquela cena acontecer se o cara não fosse da polícia também.
Inclusive eu já parei pra ajudar um acidente entre uma moto e um carro, um PM sem farda só não agrediu a motorista do carro porque eu entrei no meio... em SP isso é mais comum que pão de padaria.
Inclusive eu já parei pra ajudar um acidente entre uma moto e um carro, um PM sem farda só não agrediu a motorista do carro porque eu entrei no meio... em SP isso é mais comum que pão de padaria.
Última edição por brucce em Seg Jan 07, 2013 3:03 pm, editado 1 vez(es)
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brucce- Síndico
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Re: E a truculência continua...
Não que eu ache certo, mas eu queria que se vocês acham a polícia de SP violenta e truculenta, queria ver o que vocês diriam se vissem uma abordagem policial na Bahia.
É daí pra pior:
É daí pra pior:
Última edição por allexcosta em Seg Jan 07, 2013 3:05 pm, editado 1 vez(es)
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allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
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Re: E a truculência continua...
É da GCM sim Tio , já estão postando o perfil dele do Facebook , junto com esse vídeo.allexcosta escreveu:É impossível sequer saber se o valentão é da GM.
A propósito, alguém conhece as leis de skate em SP?
Inclusive no Facebook do Anonynous Brasil.
https://www.facebook.com/AnonymousBr4sil
Última edição por Cantão em Seg Jan 07, 2013 3:06 pm, editado 1 vez(es)
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Re: E a truculência continua...
é mais violenta do que um policial descer o braço em um adolescente que estava andando na rua somente por não ter o documento na carteira, dar coronhada em acidentes de carro, mesmo sem farda ou matar adolescentes em cemitérios?
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brucce- Síndico
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Re: E a truculência continua...
allexcosta escreveu:Não que eu ache certo, mas eu queria que se vocês acham a polícia de SP violenta e truculenta, queria ver o que vocês diriam se vissem uma abordagem policial na Bahia.
É daí pra pior:
Isso aqui é normal tio, só de você não olhar pro policial quando ele fala com você já é motivo pra isso. Como eu disse, um amigo tomou uma surra pra "aprender" a não esquecer de portar documento.
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Re: E a truculência continua...
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Re: E a truculência continua...
brucce escreveu:Isso aqui é normal tio, só de você não olhar pro policial quando ele fala com você já é motivo pra isso. Como eu disse, um amigo tomou uma surra pra "aprender" a não esquecer de portar documento.
A polícia reflete a sociedade, infelizmente...
Cada de um de nós deve educar nossos filhos da maneira correta, nunca deixar de se indignar, gravar os ocorridos, denunciar e buscar os direitos.
Talvez daqui a uns 2000 anos melhore alguma coisa.
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Re: E a truculência continua...
allexcosta escreveu:brucce escreveu:Isso aqui é normal tio, só de você não olhar pro policial quando ele fala com você já é motivo pra isso. Como eu disse, um amigo tomou uma surra pra "aprender" a não esquecer de portar documento.
A polícia reflete a sociedade, infelizmente...
Como assim? Pelo menos 40% dos policiais não estão aptos psicologicamente para trabalhar e isso é culpa da sociedade?
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Re: E a truculência continua...
Sem palavras...
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Re: E a truculência continua...
allexcosta escreveu:brucce escreveu:Isso aqui é normal tio, só de você não olhar pro policial quando ele fala com você já é motivo pra isso. Como eu disse, um amigo tomou uma surra pra "aprender" a não esquecer de portar documento.
A polícia reflete a sociedade, infelizmente...
Cada de um de nós deve educar nossos filhos da maneira correta, nunca deixar de se indignar, gravar os ocorridos, denunciar e buscar os direitos.
Talvez daqui a uns 2000 anos melhore alguma coisa.
Gravar os ocorridos não é uma idéia muito boa !
Essa chacina ocorreu próximo de onde eu moro ! na noticia a policia diz que não há indicios de que uma das vitimas seria uma pessoa gravou policiais excutando um homem no mesmo bairro do Campo Limpo , será que não mesmo ?
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/01/morto-em-chacina-na-zona-sul-de-sp-gravou-morte-de-servente-ha-2-meses.html
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Pro Butequis Negadis
Re: E a truculência continua...
Aqui no ES a polícia chega assim:
"- Mão na cabeça, se tiver alguém com 'passagem' vai descer todo mundo!"
Abuso de autoridade na cara dura.
Eu nunca estive em companhia de alguém com passagem durante o baculejo pra saber o que aconteceria...
Ah, claro que em "bairros nobres" o tratamento é diferente.
"- Mão na cabeça, se tiver alguém com 'passagem' vai descer todo mundo!"
Abuso de autoridade na cara dura.
Eu nunca estive em companhia de alguém com passagem durante o baculejo pra saber o que aconteceria...
Ah, claro que em "bairros nobres" o tratamento é diferente.
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Aquele que aprisiona-se dentro dos próprios conhecimentos perde a sensiblidade do raciocínio, a coerência da lógica e o crivo da razão.
Carlos Cmz- Membro
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Re: E a truculência continua...
Vou falar algo que talvez os amigos desconheçam:
Quanto mais "quebrador" (porrador) o policial for mais bem visto ele é pelos colegas de farda.
Quanto mais mata mais lendário um policial se torna em sua corporação.
Esse é um resquício dos anos de chumbo.
As letras das canções cantadas durante corrida em treinamento dos policiais demonstra a mentalidade das corporações:
"BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, com as facas entre os dentes esfola ele inteiro. Mata esfola usando sempre o seu fuzil, o BOPE tem guerreirom que acreditam no Brasil."
CACHORRO LATINDO
CRIANÇA CHORANDO
VAGABUNDO VAZANDO
É BOPE CHEGANDO
O BOPE É MAU
QUEBRA GERAL
BATE COM A MÃO,BATE COM PÉ,BATE COM PAU
O BOPE É MAU QUEBRA GERAL
Quanto mais "quebrador" (porrador) o policial for mais bem visto ele é pelos colegas de farda.
Quanto mais mata mais lendário um policial se torna em sua corporação.
Esse é um resquício dos anos de chumbo.
As letras das canções cantadas durante corrida em treinamento dos policiais demonstra a mentalidade das corporações:
"BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, com as facas entre os dentes esfola ele inteiro. Mata esfola usando sempre o seu fuzil, o BOPE tem guerreirom que acreditam no Brasil."
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Re: E a truculência continua...
Novidades!
"São Paulo: afastados policiais que agrediram skatistas"
"Medida era indispensável, mas apenas o primeiro passo. Se restaurada, Comissão Municipal de Direitos Humanos pode ser decisiva para enfrentar violência que atinge cidade
A mobilização nas redes sociais contra a violência policial primitiva que atingiu skatistas na sexta-feira (4/1), na Praça Roosevelt, centro de São Paulo, produziu os primeiros resultados. Uma nota da prefeitura (veja abaixo) anuncia que a secretaria de Segurança Pública “não tolera” condutas como a dos agentes envolvidos”. Anuncia que eles foram “afastados dos serviços externos” e que seus atos serão “apurados pela Corregedoria da Guarda Civil Metropolitana”. Faltam ainda detalhes importantes, como a identificação dos punidos e o papel que cumpriram nos acontecimentos.
Mais de 250 mil pessoas haviam assistido, até a manhã desta segunda-feira (7/1), ao vídeo que reporta violência policial primitiva, Além de chocantes, as cenas testemunham diversas formas de violação da lei. Integrantes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) obedecem a comando de um homem corpulento e brutal, não uniformizado e não identificado. Primeiro, ele aplica uma “gravata” num garoto. Ao ver-se filmado, larga a vítima, mas continua dando ordens. Orienta os policiais a dispararem gás-pimenta contra os meninos que protestam contra sua truculência. Em seguida, parte para cima de quem filmava a cena. Procura intimidar, corporalmente e com palavrões, quem exercia a liberdade de expressão.Inútil: o garoto (que se apresenta no YouTube como “Edugold1“) tem a coragem necessária para resistir.
Deste ato, e de sua rápida repercussão, pode nascer uma virada contra a onda de crimes policiais que atinge São Paulo há meses. A ação cidadã pode extrapolar a GCM e se voltar inclusive contra as chacinas que, atribuídas a policiais, fizeram novas vítimas na própria sexta-feira. É preciso que a mobilização prossiga e o governo Haddad, recém-empossado, seja sensível a ela.
O ato recém-adotado pela prefeitura sugere que acabou o compromisso com a “cidade proibida” e hostil, marca dos governos Serra a Kassab. Também indica que o poder público respalda e fortalece as ações da sociedade civil em favor de uma metrópole organizada segundo outra lógica.
Mas há enorme um espaço claro a ocupar, para que a resistência vá além deste gesto simbólico. São Paulo possui, desde setembro de 2002, uma Comissão Municipal de Direitos Humanos. Parece estar inoperante (no site da prefeitura, pobre e desatualizado, não há sequer informação sobre seus integrantes). Porém suas atribuições, fixadas por lei (aprovada no governo Marta Suplicy), são vastas. A truculência praticada na Praça Roosevelt, por exemplo, pode ser facilmente enquadrada no inciso XIII do artigo (3º) da lei, que define as competências do órgão. Cabe-lhe “ecomendar aos Governos Municipal, Estadual e Federal, obedecido o devido processo legal, a eliminação do quadro de servidores civis e militares, dos responsáveis por condutas ou situações contrárias aos Direitos Humanos”.
Mas seu mandato vai muito além. O inciso II determina-lhe “receber representações ou denúncias de condutas ou situações contrárias aos Direitos Humanos e apurar sua ocorrência e responsabilidades, especialmente quando se tratar de torturas, execuções sumárias ou arbitrárias, desaparecimentos forçados ou involuntários”. Significa que a prefeitura de São Paulo tem atribuições para agir, inclusive, contra as violências atribuídas à PM – embora esta seja vinculada ao governo do Estado.
A Comissão de Direitos Humanos permaneceu previsivelmente inerte, nos governos Serra e Kassab. O mandato de seus membros, de dois anos, esgotou-se em 2011 – e o secretário anterior, José Gregori, sequer preocupou-se em formar um novo grupo.
O novo secretário dos Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, toma posse nesta quarta-feira (11/1). Tem uma trajetória ligada às lutas pela democracia e transformação social. Pode confirmá-la convocando, para a Comissão, um grupo de pessoas e entidades atuantes na defesa dos direitos humanos – tanto civis quanto sociais, econômicos, culturais e ambientais. Seria uma grande contribuição para livrar São Paulo da maré de violência em que foi mergulhada há meses e colocá-la em sintonia com os movimentos que querem seu resgate".
–
Nota da Secretaria de Segurança Urbana
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana, pasta responsável pela Guarda Civil Metropolitana, informa que não tolera condutas como a dos agentes envolvidos em ocorrência com skatistas na Praça Roosevelt em 04/01/2013. Os responsáveis já foram identificados, afastados dos serviços externos e estão sendo ouvidos pela Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana, que adotará as providências cabíveis.
Informamos ainda que as ações dos Guardas Civis Metropolitanos são pautadas pelo respeito ao cidadão e aos direitos humanos e os desvios de conduta dos agentes são apurados pela Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana, órgão independente responsável por investigar irregularidades na Corporação. O órgão trabalha com total imparcialidade para apurar e corrigir qualquer excesso cometido por parte dos funcionários públicos pertencentes à GCM.
Denúncias sobre a conduta dos Guardas Civis devem ser encaminhadas à Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana – pelos telefones: 3149-3804 e à Ouvidoria da GCM através do telefone: 0800–7700263.
Fonte: http://rede.outraspalavras.net/pontodecultura/2013/01/07/sao-paulo-afastados-policiais-que-agrediram-skatistas/
"São Paulo: afastados policiais que agrediram skatistas"
"Medida era indispensável, mas apenas o primeiro passo. Se restaurada, Comissão Municipal de Direitos Humanos pode ser decisiva para enfrentar violência que atinge cidade
A mobilização nas redes sociais contra a violência policial primitiva que atingiu skatistas na sexta-feira (4/1), na Praça Roosevelt, centro de São Paulo, produziu os primeiros resultados. Uma nota da prefeitura (veja abaixo) anuncia que a secretaria de Segurança Pública “não tolera” condutas como a dos agentes envolvidos”. Anuncia que eles foram “afastados dos serviços externos” e que seus atos serão “apurados pela Corregedoria da Guarda Civil Metropolitana”. Faltam ainda detalhes importantes, como a identificação dos punidos e o papel que cumpriram nos acontecimentos.
Mais de 250 mil pessoas haviam assistido, até a manhã desta segunda-feira (7/1), ao vídeo que reporta violência policial primitiva, Além de chocantes, as cenas testemunham diversas formas de violação da lei. Integrantes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) obedecem a comando de um homem corpulento e brutal, não uniformizado e não identificado. Primeiro, ele aplica uma “gravata” num garoto. Ao ver-se filmado, larga a vítima, mas continua dando ordens. Orienta os policiais a dispararem gás-pimenta contra os meninos que protestam contra sua truculência. Em seguida, parte para cima de quem filmava a cena. Procura intimidar, corporalmente e com palavrões, quem exercia a liberdade de expressão.Inútil: o garoto (que se apresenta no YouTube como “Edugold1“) tem a coragem necessária para resistir.
Deste ato, e de sua rápida repercussão, pode nascer uma virada contra a onda de crimes policiais que atinge São Paulo há meses. A ação cidadã pode extrapolar a GCM e se voltar inclusive contra as chacinas que, atribuídas a policiais, fizeram novas vítimas na própria sexta-feira. É preciso que a mobilização prossiga e o governo Haddad, recém-empossado, seja sensível a ela.
O ato recém-adotado pela prefeitura sugere que acabou o compromisso com a “cidade proibida” e hostil, marca dos governos Serra a Kassab. Também indica que o poder público respalda e fortalece as ações da sociedade civil em favor de uma metrópole organizada segundo outra lógica.
Mas há enorme um espaço claro a ocupar, para que a resistência vá além deste gesto simbólico. São Paulo possui, desde setembro de 2002, uma Comissão Municipal de Direitos Humanos. Parece estar inoperante (no site da prefeitura, pobre e desatualizado, não há sequer informação sobre seus integrantes). Porém suas atribuições, fixadas por lei (aprovada no governo Marta Suplicy), são vastas. A truculência praticada na Praça Roosevelt, por exemplo, pode ser facilmente enquadrada no inciso XIII do artigo (3º) da lei, que define as competências do órgão. Cabe-lhe “ecomendar aos Governos Municipal, Estadual e Federal, obedecido o devido processo legal, a eliminação do quadro de servidores civis e militares, dos responsáveis por condutas ou situações contrárias aos Direitos Humanos”.
Mas seu mandato vai muito além. O inciso II determina-lhe “receber representações ou denúncias de condutas ou situações contrárias aos Direitos Humanos e apurar sua ocorrência e responsabilidades, especialmente quando se tratar de torturas, execuções sumárias ou arbitrárias, desaparecimentos forçados ou involuntários”. Significa que a prefeitura de São Paulo tem atribuições para agir, inclusive, contra as violências atribuídas à PM – embora esta seja vinculada ao governo do Estado.
A Comissão de Direitos Humanos permaneceu previsivelmente inerte, nos governos Serra e Kassab. O mandato de seus membros, de dois anos, esgotou-se em 2011 – e o secretário anterior, José Gregori, sequer preocupou-se em formar um novo grupo.
O novo secretário dos Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, toma posse nesta quarta-feira (11/1). Tem uma trajetória ligada às lutas pela democracia e transformação social. Pode confirmá-la convocando, para a Comissão, um grupo de pessoas e entidades atuantes na defesa dos direitos humanos – tanto civis quanto sociais, econômicos, culturais e ambientais. Seria uma grande contribuição para livrar São Paulo da maré de violência em que foi mergulhada há meses e colocá-la em sintonia com os movimentos que querem seu resgate".
–
Nota da Secretaria de Segurança Urbana
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana, pasta responsável pela Guarda Civil Metropolitana, informa que não tolera condutas como a dos agentes envolvidos em ocorrência com skatistas na Praça Roosevelt em 04/01/2013. Os responsáveis já foram identificados, afastados dos serviços externos e estão sendo ouvidos pela Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana, que adotará as providências cabíveis.
Informamos ainda que as ações dos Guardas Civis Metropolitanos são pautadas pelo respeito ao cidadão e aos direitos humanos e os desvios de conduta dos agentes são apurados pela Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana, órgão independente responsável por investigar irregularidades na Corporação. O órgão trabalha com total imparcialidade para apurar e corrigir qualquer excesso cometido por parte dos funcionários públicos pertencentes à GCM.
Denúncias sobre a conduta dos Guardas Civis devem ser encaminhadas à Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana – pelos telefones: 3149-3804 e à Ouvidoria da GCM através do telefone: 0800–7700263.
Fonte: http://rede.outraspalavras.net/pontodecultura/2013/01/07/sao-paulo-afastados-policiais-que-agrediram-skatistas/
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Re: E a truculência continua...
Como eu havia dito, é muito importante denunciar do modo que pudermos.
O Estado só corta na carne qundo as coisas repercutem, isto se dá em todos os níveis estatais.
O Estado só corta na carne qundo as coisas repercutem, isto se dá em todos os níveis estatais.
Paulo Penna- Membro
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Re: E a truculência continua...
brucce escreveu:Como assim? Pelo menos 40% dos policiais não estão aptos psicologicamente para trabalhar e isso é culpa da sociedade?
Os policiais são parte da sociedade. A responsabilidade do Brasil ser o que é é minha, sua, do policial, do D. Pedro I, do Lula, de todos...
Tiago Bass escreveu:Gravar os ocorridos não é uma idéia muito boa !
Mas tem que fazer, nem que seja de forma anônima. Só assim eles terão um pouco de receio de descumprir a lei.
Zubrycky escreveu:"São Paulo: afastados policiais que agrediram skatistas"
Tenho verdadeiro ódio dessa palavra "afastado" que se usa pra policial e funcionário público. A demissão deveria ser sumária e deveriam ser processados criminalmente como qualquer outro cidadão.
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Re: E a truculência continua...
brucce escreveu:allexcosta escreveu:brucce escreveu:Isso aqui é normal tio, só de você não olhar pro policial quando ele fala com você já é motivo pra isso. Como eu disse, um amigo tomou uma surra pra "aprender" a não esquecer de portar documento.
A polícia reflete a sociedade, infelizmente...
Como assim? Pelo menos 40% dos policiais não estão aptos psicologicamente para trabalhar e isso é culpa da sociedade?
E os policiais, enquanto pessoas, não são parte da sociedade?
CaQuinhO- Membro
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Re: E a truculência continua...
Hoje em dia não dá mais pra ficar fazendo o que quer não...os caras não perdoam...
Nós somos Anonymous.
Nós somos muitos.
Não esquecemos.
Não perdoamos.
Nos aguardem!
http://bin.par-anoia.net/?ce189146817adfd5#yVDTK8AoyGzBC9GQEUhbaORloy6wCzsUAtTo/NGCCRs=
Gostei do :
WHY HE IS NOT POLICE :
http://sphotos-f.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/1140_580267778656479_720405682_n.jpg
Nós somos Anonymous.
Nós somos muitos.
Não esquecemos.
Não perdoamos.
Nos aguardem!
http://bin.par-anoia.net/?ce189146817adfd5#yVDTK8AoyGzBC9GQEUhbaORloy6wCzsUAtTo/NGCCRs=
Gostei do :
WHY HE IS NOT POLICE :
http://sphotos-f.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/1140_580267778656479_720405682_n.jpg
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Re: E a truculência continua...
allexcosta escreveu:Mas tem que fazer, nem que seja de forma anônima. Só assim eles terão um pouco de receio de descumprir a lei.
E tem que ser o mais anônimo possivel mesmo ! não sei se é só aqui em SP , mais qualquer ocorrência , por mais besta que seja , se os policiais verem um celular filmando , os caras se transformam ! já presenciei mais de uma vez isso por aqui !
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Pro Butequis Negadis
Re: E a truculência continua...
Cantão escreveu:Sem palavras...
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"É o corpo na vala e a bala vem, de quem te DEVE proteção. E a Corregedoria lava as mãos..."
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Cayo Castro- Membro
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Re: E a truculência continua...
Engraçado que pra entrar nos órgãos de segurança existe uma coisa chamada concurso PUBLICO. Isso significa que ninguem recebe o titulo de policial ou guarda metropolitano, o cara tem que concorrer com tantos outros para conseguir a vaga. Qualquer um de nós pode fazer, tal qual fiscal da Receita, professor, médico, enfermeiro.
Policial é o cara que estudou com a gente na escola, nosso vizinho, nosso primo, que vai no estádio ver jogo, nos shows, que enche a cara e briga em bar, que briga no trânsito, que vai na igreja, que leva a família ao shopping, cinema. E que comete infrações menores e crimes maiores, como qualquer um de nós.
Eu chego a achar engraçado esses levantes contra as corporações. Hora, não é a Polícia Militar quem mata, é justamente esse cara que conviveu conosco.
E como dizia meu primo, defensor público: "está na hora dos homens de bem tomarem conta da sociedade. A polícia precisa de gente que queira fazer o certo".
Não precisa querer entrar na policia e consertar o mundo, mas marginalizar a corporação e seus elementos resulta em violência contra a própria sociedade que deveria ser protegida. É exatamente o mesmo processo que ocorre com o criminoso violento.
Fiquem mais atentos ao que acontece dentro das polícias e percebam que os desvios de conduta não são, em geral, mero desequilíbrio do agente. Aliás, por incrível que pareça, é algo que a sociedade cobra: "bandido bom é bandido morto; tinha que matar esse ***; se é comigo eu mato; tinha que ter pena de morte nesse país". Acho pouco provável, por exemplo, que quem incita essa raiva contra as corporações (não ao agente que cometeu abuso) saiba, por exemplo, que o nosso legislativo está em vias de impedir investigações feitas pelo Ministério Público. E se não sabe, não tem noção do que significa isso e muito menos o porque, que, para encurtar, tem tudo a ver com as arbitrariedades que reclamam e sua perpetuação, além da impunidade generalizada, claro!
E em relação à mortes violentas no país, eu diria que de 50 a 60% tem envolvimento de policiais, seja em ações oficiais, seja em atividade de grupo de exterminio. PORÉM, ainda teremos 40% (umas 15 mortes por 100.000 habitantes) que nos garantem números de guerra. Nenhum país tem números como esse, que dirá os 37 por 100.000!
Então pergunto: nossa sociedade pacífica tem várias policias violentas ou nossa sociedade violenta tem uma polícia que é sua cara?
Devemos exigir policiais estudados, PESSOAS DE BEM, bem preparados e bem remunerados, trabalhando como qualquer profissional, ainda mais o cara que é pago pra cuidar da nossa segurança. Sendo valorizado, o cara vai pensar 2 vezes antes de fazer graça. Mas aí vem o Beto Richa, governador do Paraná, e diz que não quer policial com nível superior porque "gente estudada é insubordinada". Deve ter alguma relação com isso tudo que discutimos esse discurso. E deve ser por isso que a educação no Brasil é tão ruim.
Liberdade, penso, não é "lutar contra o sistema", mas sim a possibilidade de mudá-lo para cada vez mais termos mais direitos (e obrigações) e conseguir que sejam garantidos e cumpridos.
Policial é o cara que estudou com a gente na escola, nosso vizinho, nosso primo, que vai no estádio ver jogo, nos shows, que enche a cara e briga em bar, que briga no trânsito, que vai na igreja, que leva a família ao shopping, cinema. E que comete infrações menores e crimes maiores, como qualquer um de nós.
Eu chego a achar engraçado esses levantes contra as corporações. Hora, não é a Polícia Militar quem mata, é justamente esse cara que conviveu conosco.
E como dizia meu primo, defensor público: "está na hora dos homens de bem tomarem conta da sociedade. A polícia precisa de gente que queira fazer o certo".
Não precisa querer entrar na policia e consertar o mundo, mas marginalizar a corporação e seus elementos resulta em violência contra a própria sociedade que deveria ser protegida. É exatamente o mesmo processo que ocorre com o criminoso violento.
Fiquem mais atentos ao que acontece dentro das polícias e percebam que os desvios de conduta não são, em geral, mero desequilíbrio do agente. Aliás, por incrível que pareça, é algo que a sociedade cobra: "bandido bom é bandido morto; tinha que matar esse ***; se é comigo eu mato; tinha que ter pena de morte nesse país". Acho pouco provável, por exemplo, que quem incita essa raiva contra as corporações (não ao agente que cometeu abuso) saiba, por exemplo, que o nosso legislativo está em vias de impedir investigações feitas pelo Ministério Público. E se não sabe, não tem noção do que significa isso e muito menos o porque, que, para encurtar, tem tudo a ver com as arbitrariedades que reclamam e sua perpetuação, além da impunidade generalizada, claro!
E em relação à mortes violentas no país, eu diria que de 50 a 60% tem envolvimento de policiais, seja em ações oficiais, seja em atividade de grupo de exterminio. PORÉM, ainda teremos 40% (umas 15 mortes por 100.000 habitantes) que nos garantem números de guerra. Nenhum país tem números como esse, que dirá os 37 por 100.000!
Então pergunto: nossa sociedade pacífica tem várias policias violentas ou nossa sociedade violenta tem uma polícia que é sua cara?
Devemos exigir policiais estudados, PESSOAS DE BEM, bem preparados e bem remunerados, trabalhando como qualquer profissional, ainda mais o cara que é pago pra cuidar da nossa segurança. Sendo valorizado, o cara vai pensar 2 vezes antes de fazer graça. Mas aí vem o Beto Richa, governador do Paraná, e diz que não quer policial com nível superior porque "gente estudada é insubordinada". Deve ter alguma relação com isso tudo que discutimos esse discurso. E deve ser por isso que a educação no Brasil é tão ruim.
Liberdade, penso, não é "lutar contra o sistema", mas sim a possibilidade de mudá-lo para cada vez mais termos mais direitos (e obrigações) e conseguir que sejam garantidos e cumpridos.
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Qero ve os pessoau vim mi arremendá: tô nas regra do MEC. E se mi inplicar, vou proceçar por precomsseito lin... linguiç... é... de língoa!
andremega- Membro
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Re: E a truculência continua...
andremega escreveu:
Eu chego a achar engraçado esses levantes contra as corporações. Hora, não é a Polícia Militar quem mata, é justamente esse cara que conviveu conosco.
Mas é aí que está: o que é que existe naquela corporação que faz com que tantas pessoas se tornem iguais ao agressor do vídeo?
Quantos não entram lá bem-intencionados e acabam se tornando pessoas truculentas, que só sabem responder a perguntas com argumentos de autoridade ou com uma arma?
É claro que algumas pessoas já vieram de uma formação autoritária e violenta, e já entram querendo meter bala.
Mas há de se admitir que durante o treinamento - tanto o físico quanto o ideológico - os futuros policiais são "incentivados" (acho o termo até leve demais) a valorizar certas coisas como a brutalidade e a intolerância. Somando isso a um trabalho que pode, a qualquer momento, se transformar num pesadelo e a condições precárias, temos este resultado que vemos nesse vídeo, em outros vídeos, em chacinas, ações nas periferias...
Aqui tem um relato bem interessante sobre o assunto. Achei que renderia um tópico separado, mas poderia parecer que eu estou insistindo demais em tópicos sobre um assunto específico de off-topic.
http://www.vice.com/pt_br/read/relato-de-um-pm
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Blog: O Devaneio Nú
“Os músicos não se aposentam, param quando não há mais música em seu interior.” (Louis Armstrong)
Re: E a truculência continua...
Um amigo policial me disse uma vez que são orientados a agirem de forma "diferente" (leia-se ignorância, truculência) em regiões de periferias, áreas de favelas...
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Aquele que aprisiona-se dentro dos próprios conhecimentos perde a sensiblidade do raciocínio, a coerência da lógica e o crivo da razão.
Carlos Cmz- Membro
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Re: E a truculência continua...
Acho que no caso deste guarda civil metropolitano, não é um fato isolado:
http://www.alo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=194508
http://www.alo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=194508
Átila Moreira Cedro- Membro
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Re: E a truculência continua...
Já ouvi várias histórias de conhecidos das corporações de oficiais saindo para ronda com uma 12 na mão, e belas gramas de farinha nas narinas...
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"(...), e que eu sempre ame as pessoas e use o dinheiro, e nunca ame o dinheiro ou use as pessoas! Amém" - Rev. Milton Ribeiro
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GusVCD- Moderador
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Re: E a truculência continua...
nada justifica a truculência da polícia, mas há casos e casos.
e olha, sinceramente, do jeito que as coisas estão hoje em dia, o sujeito tem que ser muito bem preparado para se segurar diante dessa molecada, que não recebe educação nenhuma, ou quando recebe, não usa.
a sociedade está cada dia mais recheada de indivíduos que pensam que podem tudo, não respeitam ninguém, nem os direitos dos outros, nem o patrimônio alheio, e se é patrimônio público, então, muito menos. o excesso de liberdade gerou uma leva de folgados e arrogantes, cheios de direitos, mas sem obrigações.
e olha, sinceramente, do jeito que as coisas estão hoje em dia, o sujeito tem que ser muito bem preparado para se segurar diante dessa molecada, que não recebe educação nenhuma, ou quando recebe, não usa.
a sociedade está cada dia mais recheada de indivíduos que pensam que podem tudo, não respeitam ninguém, nem os direitos dos outros, nem o patrimônio alheio, e se é patrimônio público, então, muito menos. o excesso de liberdade gerou uma leva de folgados e arrogantes, cheios de direitos, mas sem obrigações.
M4RC0S- Membro
- Mensagens : 199
Localização : sãovicelva
Re: E a truculência continua...
O vídeo tem mais de 10 anos, reflete uma realidade que já vem se construindo há muito tempo no Brasil...
Cada depoimento, comentário e fala retratam diversos angulos da questão.
Pouca gente vai "perder" 56 minutos vendo, mas re-lembrar é viver.
https://www.youtube.com/watch?v=EAMIhC0klRo
Cada depoimento, comentário e fala retratam diversos angulos da questão.
Pouca gente vai "perder" 56 minutos vendo, mas re-lembrar é viver.
https://www.youtube.com/watch?v=EAMIhC0klRo
Átila Moreira Cedro- Membro
- Mensagens : 1011
Re: E a truculência continua...
NandoRondelli escreveu:andremega escreveu:
Eu chego a achar engraçado esses levantes contra as corporações. Hora, não é a Polícia Militar quem mata, é justamente esse cara que conviveu conosco.
Mas é aí que está: o que é que existe naquela corporação que faz com que tantas pessoas se tornem iguais ao agressor do vídeo?
Quantos não entram lá bem-intencionados e acabam se tornando pessoas truculentas, que só sabem responder a perguntas com argumentos de autoridade ou com uma arma?
É claro que algumas pessoas já vieram de uma formação autoritária e violenta, e já entram querendo meter bala.
Mas há de se admitir que durante o treinamento - tanto o físico quanto o ideológico - os futuros policiais são "incentivados" (acho o termo até leve demais) a valorizar certas coisas como a brutalidade e a intolerância. Somando isso a um trabalho que pode, a qualquer momento, se transformar num pesadelo e a condições precárias, temos este resultado que vemos nesse vídeo, em outros vídeos, em chacinas, ações nas periferias...
Aqui tem um relato bem interessante sobre o assunto. Achei que renderia um tópico separado, mas poderia parecer que eu estou insistindo demais em tópicos sobre um assunto específico de off-topic.
http://www.vice.com/pt_br/read/relato-de-um-pm
Ter polícia militar é isso: a academia prepara para lidar com o "inimigo"e não a favor da sociedade. E o pior que as demais forças de segurança seguem o mesmo padrão. E pior ainda: a própria sociedade quer esse comportamento, desde que não seja com ela (me soa estranho, mas a idéia é essa). Por mais que se dediquem ao trato com o cidadão na formação, a base delas é a Força Armada. Não acho adequado.
Mas faça uma pesquisa com seus conhecidos e pergunte a eles quantos, se entrassem na policia, iam roubar, dar tiro, dar porrada. Você se surpreenderá com a quantidade de pessoas que dirão isso, mesmo que não o façam se entrarem. Só que alguns entram e fazem. E só eles que aparecem. Os bons NUNCA tem destaque. E mostra o que se espera de quem entra na polícia.
Ainda se tem a visão do policial ter que ser truculento com o pobre e submisso com o "doutor". É exigência da classe média pra cima isso. E como esses grupos associam condição social à criminalidade, entendo que a polícia (como instituição, com suas políticas) não faz nada mais do que a elite quer. Por isso defendo maior exigência de educação para policiais, pois quando o nível de formação é mais alto, fica mais difícil a questão da submissão aos "doutores" da sociedade, e acredito também que tire um pouco o peso de cima das demais classes sociais.
No mundo inteiro a policia cultua essa questão da morte, da violência... é característica da profissão, pois lida com elas todo o tempo. Mas sua ocorrência deve ficar restrita apenas a alguns grupo muito especiais, os chamados de intervenção, onde realmente existe um combate ao inimigo, já se sabe de onde vem o perigo. Esses grupos não podem lidar com a população por não ter o preparo adequado. A questão é que policia no Brasil é sinônimo de guerra. Basta ver os BOPES, CORES, ROTAS e tantos outros que não deveriam fazer patrulhamento de jeito nenhum, ao menos com a filosofia que possuem.
Mas só relembrando: alguém acha que o menino do outro tópico, o que tava no orelhão, iria sair só na conversa? Muitas vezes a situação exige força, é inerente à atuação.
Há que se entender do que exatamente se reclama: conduta grosseira no contato com o cidadão? Abordagem tida como humilhante? Mas qual deveria ser o padrão de quem se dirige a um desconhecido com a expectativa de haver reação com arma de fogo, por exemplo? Qual deveria ser o limite? O tratamento foi duro ou desrespeitoso (como o uso de "vagabundo", "malandro", esses termos)? De que estamos falando?
Muita gente alega que não gosta de ser abordada porque "não tem cara de bandido". Isso, por si só, corrobora a tese da "polícia a serviço da classe dominante" que muitos esperam nesse país. Afinal, para se cometer algum crime não precisa ter cara, cor, físico, endereço ou ser de classe social específica.
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andremega- Membro
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Re: E a truculência continua...
GusVCD escreveu:Já ouvi várias histórias de conhecidos das corporações de oficiais saindo para ronda com uma 12 na mão, e belas gramas de farinha nas narinas...
Já tomei baculejo de alguns assim... nada confortável.
Mas é o que digo do reflexo da sociedade: muita gente enfia o nariz e dirige; outros até mesmo se armam com canivetes, facas, armas de fogo e saem por aí pra arrumar baderna e agredir alguém gratuitamente.
Tudo bem que se espera conduta diversa desse profissional, e se ele é usuário não pode mais andar armado e nem trabalhar até se tratar.
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andremega- Membro
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Re: E a truculência continua...
andremega escreveu:Ainda se tem a visão do policial ter que ser truculento com o pobre e submisso com o "doutor". É exigência da classe média pra cima isso.
Isso é um raciocínio tacanho que pertence ao Século XVI. Estamos em 2013. Já passou da hora do Brasil virar um lugar normal.
andremega escreveu:No mundo inteiro a policia cultua essa questão da morte, da violência...
Negativo. Polícias normais cultuam a manutenção da ordem de maneira não letal. Inclusive várias forças policiais do mundo civilizado utilizam formas não letais de controle de situações e não carregam armas de fogo.
andremega escreveu:Há que se entender do que exatamente se reclama: conduta grosseira no contato com o cidadão? Abordagem tida como humilhante? Mas qual deveria ser o padrão de quem se dirige a um desconhecido com a expectativa de haver reação com arma de fogo, por exemplo?
Todo mundo é inocente até que se prove o contrário. Isso é um princípio universal do Direito. Não se pode assumir que a pessoa porta uma arma e por isso tratá-la de maneira humilhante. Existe um treinamento de abordagem policial e ele não inclui ofensa verbal, chute na perna ou outro tipo de constrangimento.
andremega escreveu:Muita gente alega que não gosta de ser abordada porque "não tem cara de bandido". Isso, por si só, corrobora a tese da "polícia a serviço da classe dominante" que muitos esperam nesse país. Afinal, para se cometer algum crime não precisa ter cara, cor, físico, endereço ou ser de classe social específica.
Verdade, mas o simples ato de abordar sem motivo é errado e constrange o cidadão. Meu primo é PRF em uma área turística e ele diz que quando para estrangeiros eles insistem em perguntar qual foi a infração cometida e não entendem que um carro no Brasil simplesmente pode ser parado pela polícia sem o motorista ter cometido uma infração. Isso não é normal. Se blitzes (essa palavra existe?), baculejos e abordagens desse tipo funcionassem o Brasil não teria as estatísticas que tem.
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allexcosta- Administrador
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Re: E a truculência continua...
^ Acho que o plural de blitz é blitzen, mas ninguém fala isso.
Sobre a questão policial, acredito que o que precisa mudar é o foco do treinamento. Muitos policiais, a partir do momento que são colocados nas ruas, passam a se achar intocáveis, acima do bem e do mal, que podem fazer tudo. Na minha cidade, estou cansado de ver viatura da polícia ligando a sirene para o trânsito abrir para eles passarem, para eles não precisarem parar em sinal vermelho, e em seguida desligarem. Na minha cidade, nunca vi um policial usando cinto de segurança, e presto atenção nisso em todas as viaturas que vejo. O que precisa mudar é a mentalidade de que os caras estão acima da lei. O papel deles é guardar a lei, fazer com que seja cumprida.
Nosso colega de fórum Aureliano é tenente da PM no Rio e já tivemos boas discussões sobre o tema. Logo ele se manifesta aqui.
Sobre a questão policial, acredito que o que precisa mudar é o foco do treinamento. Muitos policiais, a partir do momento que são colocados nas ruas, passam a se achar intocáveis, acima do bem e do mal, que podem fazer tudo. Na minha cidade, estou cansado de ver viatura da polícia ligando a sirene para o trânsito abrir para eles passarem, para eles não precisarem parar em sinal vermelho, e em seguida desligarem. Na minha cidade, nunca vi um policial usando cinto de segurança, e presto atenção nisso em todas as viaturas que vejo. O que precisa mudar é a mentalidade de que os caras estão acima da lei. O papel deles é guardar a lei, fazer com que seja cumprida.
Nosso colega de fórum Aureliano é tenente da PM no Rio e já tivemos boas discussões sobre o tema. Logo ele se manifesta aqui.
Re: E a truculência continua...
Policial precisa cumprir as leis como qualquer cidadão.
Policial Americano sendo parado por um cidadão comum por alta velocidade:
E policiais aplicam as leis contra policiais também:
Policial preso por dirigir em alta velocidade:
Policial preso por dirigir bêbado:
Carro oficial do governador sendo parado por alta velocidade:
Policial preso por desacato e desobediência:
Policial Americano sendo parado por um cidadão comum por alta velocidade:
E policiais aplicam as leis contra policiais também:
Policial preso por dirigir em alta velocidade:
Policial preso por dirigir bêbado:
Carro oficial do governador sendo parado por alta velocidade:
Policial preso por desacato e desobediência:
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allexcosta- Administrador
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Re: E a truculência continua...
No Brazil das ötoridades" e "dotores", muitas dessas situações são impossíveis. Aliás, coitado daquele que cumprir sua obrigação e se meter a fazer isso. O mais comum é que aqueles que dão esse bom exemplo sejam exemplarmente punidos.
Allex, a abordagem se dá como forma de se manter a segurança. Um carro levando armas para um assalto a banco certamente não cometerá nenhuma infração de trânsito, e não terá nada de errado tanto no veículo como em sua documentação. Portanto a fiscalização é rotineira e necessária. O problema é o COMO se faz, só isso. Das várias vezes que fui abordado, poucas fui destratado pelos policiais. Na verdade isso só aconteceu com os que queriam dinheiro.
Sobre a cultura da violência no meio policial, sim, é algo comum mesmo nos países com índices melhores. A diferença é que estruturaram melhor suas polícias, então existem os grupos de patrulhamento, pronto emprego, investigação, além de não terem um verdadeiro comércio de pistolagem como aqui.
Basta lembrarmos do caso do brasileiro morto por um grupo tático na Inglaterra: foi morto porque correu. Não é incomum sabermos de casos onde os policias espancam os suspeitos por vezes algemados nos EUA, mesmo com tantas câmeras nas viaturas. Quantas vezes vemos notícias de que os "choques"de determinados países entraram em confronto com manifestantes e várias pessoas saíram feriadas? Acho difícil que esse grupos tenham doutrinas tão diferentes do Brasil.
Você morou nos EUA, não sei como era sua entrada lá. Mas vi várias pessoas reclamaram do duro tratamento da Imigração com os brasileiros que lá chegavam. Mas não ouvi que ninguém apanhou ou foi destratado (se consideramos espera de horas algo normal). Aqui basta um funcionário da Infraero pedir que a pessoa tire o celular do bolso no embarque, ou mesmo que tire os sapatos para uma melhor verificação que já começa a grosseria do cidadão "de bem".
Abordagem dura é uma coisa, e no nosso pais, entendo ser necessária por vezes. Abordagem desrespeitosa ou violenta por "mera suspeita", aí não.
allexcosta escreveu:andremega escreveu:Ainda se tem a visão do policial ter que ser truculento com o pobre e submisso com o "doutor". É exigência da classe média pra cima isso.
Isso é um raciocínio tacanho que pertence ao Século XVI. Estamos em 2013. Já passou da hora do Brasil virar um lugar normal.andremega escreveu:No mundo inteiro a policia cultua essa questão da morte, da violência...
Negativo. Polícias normais cultuam a manutenção da ordem de maneira não letal. Inclusive várias forças policiais do mundo civilizado utilizam formas não letais de controle de situações e não carregam armas de fogo.andremega escreveu:Há que se entender do que exatamente se reclama: conduta grosseira no contato com o cidadão? Abordagem tida como humilhante? Mas qual deveria ser o padrão de quem se dirige a um desconhecido com a expectativa de haver reação com arma de fogo, por exemplo?
Todo mundo é inocente até que se prove o contrário. Isso é um princípio universal do Direito. Não se pode assumir que a pessoa porta uma arma e por isso tratá-la de maneira humilhante. Existe um treinamento de abordagem policial e ele não inclui ofensa verbal, chute na perna ou outro tipo de constrangimento.andremega escreveu:Muita gente alega que não gosta de ser abordada porque "não tem cara de bandido". Isso, por si só, corrobora a tese da "polícia a serviço da classe dominante" que muitos esperam nesse país. Afinal, para se cometer algum crime não precisa ter cara, cor, físico, endereço ou ser de classe social específica.
Verdade, mas o simples ato de abordar sem motivo é errado e constrange o cidadão. Meu primo é PRF em uma área turística e ele diz que quando para estrangeiros eles insistem em perguntar qual foi a infração cometida e não entendem que um carro no Brasil simplesmente pode ser parado pela polícia sem o motorista ter cometido uma infração. Isso não é normal. Se blitzes (essa palavra existe?), baculejos e abordagens desse tipo funcionassem o Brasil não teria as estatísticas que tem.
Allex, a abordagem se dá como forma de se manter a segurança. Um carro levando armas para um assalto a banco certamente não cometerá nenhuma infração de trânsito, e não terá nada de errado tanto no veículo como em sua documentação. Portanto a fiscalização é rotineira e necessária. O problema é o COMO se faz, só isso. Das várias vezes que fui abordado, poucas fui destratado pelos policiais. Na verdade isso só aconteceu com os que queriam dinheiro.
Sobre a cultura da violência no meio policial, sim, é algo comum mesmo nos países com índices melhores. A diferença é que estruturaram melhor suas polícias, então existem os grupos de patrulhamento, pronto emprego, investigação, além de não terem um verdadeiro comércio de pistolagem como aqui.
Basta lembrarmos do caso do brasileiro morto por um grupo tático na Inglaterra: foi morto porque correu. Não é incomum sabermos de casos onde os policias espancam os suspeitos por vezes algemados nos EUA, mesmo com tantas câmeras nas viaturas. Quantas vezes vemos notícias de que os "choques"de determinados países entraram em confronto com manifestantes e várias pessoas saíram feriadas? Acho difícil que esse grupos tenham doutrinas tão diferentes do Brasil.
Você morou nos EUA, não sei como era sua entrada lá. Mas vi várias pessoas reclamaram do duro tratamento da Imigração com os brasileiros que lá chegavam. Mas não ouvi que ninguém apanhou ou foi destratado (se consideramos espera de horas algo normal). Aqui basta um funcionário da Infraero pedir que a pessoa tire o celular do bolso no embarque, ou mesmo que tire os sapatos para uma melhor verificação que já começa a grosseria do cidadão "de bem".
Abordagem dura é uma coisa, e no nosso pais, entendo ser necessária por vezes. Abordagem desrespeitosa ou violenta por "mera suspeita", aí não.
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andremega- Membro
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