Papo sobre equipamentos

Sou fã desse cara... pena que ele tenha desaparecido aqui do Fórum!

Muito bom mesmo. Assinei o canal dele no youtube. Vou ver os outros.
Valeu por re-lembrar e deixar a dica!

Legal, só tenho dificuldade em saber quando tá sendo sarcástico ou não.

assinando

Esse cara é show!
Excelente esse vídeo.

Curto muito os vídeos dele. Tem um vídeo em que ele microfona a bateria com apenas um SM57 que é sensacional. Rio muito com as falas dele, apesar dele falar muitos palavrões, quase sempre fica engraçado, e então o conteúdo fica mais leve. Sabe muito ele.

Tenho aprendido muito com ele e com outros dois produtores que vez ou outra fazem vídeos. Um é o Rodrigo Itaboray que costuma ser frequente nos vídeos, faz vários Hangouts, e o outro é o Paulo Anhaia que faz videos mais centrados em assuntos específicos.

Muito legal!

Já trabalhei com o Lisciel uma vez em uma captação de bateria. O resultado está aqui: http://www.myspace.com/estacaotimbiras.

Achei ele um cara bastante competente, e bem mais centrado e focado ao vivo do que os vídeos indicariam. Acho algumas posições dele um pouco extremadas, mas mtas vezes acho que falta personalidade na galera do áudio, e ele com certeza tem isto em fartura.

tem dois caras que tenho como referencia nesse lance de gravaçao!

uma é o Lisciel e outro o Paulo Anhaia, porém o interessante é que os dois tem pensamentos diametralmente opostos quando o assunto é simulação!

eu sou adepto da coisa fisica mesmo, porém a realidade financeira não permite, ai o plugin como solto mesmo.

mas tem teve a oportunidade de assistir o documentário Sound City deve ficar louco em poder gravar com um sistema todo analógico.

acho que o digital tira todo o "glamur" da gravação, pra mim pessoalmente é muito estranho plugar uma guitarra na interface pra gravar! Gostaria mesmo de ter varias opcoes de amplis mic etc...

^ Estranho nada... é prático pacas!

Guitarra na Interface + Pacote WAVES, é o que há

Pra mim pior que isso é o cidadão gravar um cd todo com uma bateria montada por software !

Êh pratico... Mas....!

J.Adalberto escreveu:Pra mim pior que isso é o cidadão gravar um cd todo com uma bateria montada por software !

O que importa é o resultado, não?

Eu sou um dos que usa muito bateria sequenciada. Não por vontade, mas porque um track de bateria decente requer:

. Um baterista;
. O item acima na versão "decente";
. Um estúdio decente para capturar a performance do baterista decente acima mencionado;
. Um técnico de gravação de confiança, que me entregue bons raw tracks para trabalhar;
. Tempo para organizar tudo isto, já que dificilmente posso estar presente na gravação em questão (infelizmente não sou músico profissional e não posso me dedicar integralmente à tarefa).

Que um batera de verdade, com pegada e que saiba trabalhar com metrônomo é MUITO melhor e criativo do que eu escrevendo a bateria (ou mesmo trabalhando a partir de MIDIs gravados em bateria eletrônica), não tenho a menor sombra de dúvida. Se eu tivesse acesso à isto, utilizaria com certeza, mas dentro do orçamento que eu trabalho (a maior parte do tempo R$0) eu lançaria um trabalho próprio sem o menor problema com bateria sequenciada, desde que não houvesse comprometimento da minha visão artística.

allexcosta escreveu:

J.Adalberto escreveu:Pra mim pior que isso é o cidadão gravar um cd todo com uma bateria montada por software !

O que importa é o resultado, não?

Então Allex, ta ai mais uma daquelas discussões sem fim!

Mas IMHO, o processo até chegar ao resultado final, é bem legal!

Imagina só um gênio da música, trancado no seu home Studio, dando vazão a toda sua criatividade, sozinho, gravando tudo com instrumentos virtuais, o final pode ser muito bom, mas pra mim isso é mais um processo masturbatório que musical, que se dá sem intervenção/interação de pessoas.

Mas, cada um sabe o que é melhor pra si

Concordo e discordo, João...

Sim, claro que o processo é muito mais orgânico quando tem o input de outras pessoas. Sim, você poder focar SOMENTE na música, e deixar a parte técnica de gravação para outra pessoa (muitas vezes mais competente e experiente) é melhor. E sim, eu, pessoalmente (MUITO, mas MUITO longe de ser um gênio da música), muitas vezes sinto que rola um quê de masturbação no processo mesmo.

Por outro lado, acabo sempre chegando na seguinte constatação: é o que dá para fazer. Com o que eu tenho, em termos de habilidades musicais e de gravação, de tempo, de recursos humanos, e tudo o mais. Acabo gravando as músicas quase todas sozinhas, e apresentando para a banda para depois elas evoluírem por si só (aí com os outros integrantes trazendo suas vivências pessoais, eventuais limitações, e frequentes superações da minha idéia original). O que eu gostaria MESMO era de poder me juntar em uma sala com um grupo de caras que eu confiasse e que estivessem na mesma vibe, mas como nas minhas atuais circunstâncias não tem jeito fico extremamente feliz de mesmo assim poder externar minhas composições de alguma forma.

Tendo dito isto...

A composição solitária não é exatamente um conceito novo. Todos os grandes compositores clássicos escreveram suas sinfonias sozinhos, com a esperança de que conseguissem traduzir suas idéias eficientemente para que outros tocassem. Logo.. Isto também pode dar certo!

J.Adalberto escreveu:Imagina só um gênio da música, trancado no seu home Studio, dando vazão a toda sua criatividade, sozinho, gravando tudo com instrumentos virtuais, o final pode ser muito bom, mas pra mim isso é mais um processo masturbatório que musical, que se dá sem intervenção/interação de pessoas.

Quando você vê uma obra de Da Vinci realmente importa se ele estava no alto de uma montanha pintando o que via com um pincel de crina de cavalo ou no fundo de uma caverna suja pintando com o rabo de um rato morto?

A apreciação de arte depende de como ela foi produzida?

Creio que não, porém nos estamos falando do processo.

Eu apenas acredito que o processo analógico, isto é o modelo antigo de gravação com Guitarrista de verdade, tocando em um bom Ampli, sendo captado por bons mics, assim como todo os demais componentes da banda, tenha um resultado melhor.

Sei que isso é bem discutível, pois existem muitas variáveis nesse processo. Mas o que não é discutível é que a Digitalização do processo de gravação, barateou, popularizou o processo de registro da musica.

Muita gente faz assim, (eu também), só gostaria de fazer diferente casos tivesse recursos para tal.

Embora tbém seja usuário do Pacote Waves, adoraria ter e usar tudo o que ele "Simula" na versão real!

Falando de guitarras, apesar do trabalho ser bem maior, eu ainda prefiro amp/mic, mas existem simuladores realmente bons, e uso em algumas situações, para determinados estilos.

Para equalizadores, compressores e reverbs, os plugins são bem versáteis, e a facilidade de comprar um único plug-in e poder usar 50 instâncias dele numa mix sem se preocupar é um fator decisivo. Ainda assim, compensa investir em equipamentos analógicos top de linha... esses sempre serão bem-vindos num arsenal de estúdio.

Para mim, o que o digital fez foi acabar com a necessidade de investir em equipamentos de médio porte. Para esses casos os plug-ins são excelentes substitutos, com vantagens.

Gostei do vídeo do cara. Ele é bem claro e se expressa bem. Lógico que quando alguém cita uma experiência subjetiva e seu aprendizado. Pode alguém ter uma interpretação diferente e uma solução diferente também.

Explico:
Algo do tipo: Shure SM57?
Outro pode dizer: Prefiro sempre um microfone de condensador Neumann que é o melhor que existe, em qualquer situação, mesmo exigindo uma mesa com Phanton Power!!!

Ou seja, é gosto pessoal sendo exposto. Mas não fica dúvida que o que foi salientado é que critérios de qualidade, timbre, fidelidade, etc... no microfone é fundamental, seja ele Shure ou Neumann.

Se pensarmos dessa forma, o vídeo é de grande ajuda!

allexcosta escreveu:

Quando você vê uma obra de Da Vinci realmente importa se ele estava no alto de uma montanha pintando o que via com um pincel de crina de cavalo ou no fundo de uma caverna suja pintando com o rabo de um rato morto?

A apreciação de arte depende de como ela foi produzida?

Muito boa a associação!!! Rsss
Para os puristas se fosse a segunda opção ele seria ainda mais admirado!! Rss
Pro ouvinte comum tanto faz.

Quando pensamos em um músico, nas horas de estudo e de dedicação que ele teve, isso conta? E o fato de se utilizar de uma ferramenta programável que fez o trabalho de executar as notas, isso conta?

Se for feito com um tonante ou um fodera, tudo bem se o timbre foi "bom". Agora se fosse com um programa que corrigisse todos os erros e deslizes (notas mascadas, passagens mal executadas, etc) faria alguma diferença? Em outros termos, se houvesse uma máquina, ou software (um aparato tecnológico qualquer) que corrigisse os traços mal feitos do pintor, faria diferença? Será que Chico Science tinha razão ao dizer que computadores fazem arte e artistas fazem dinheiro?

Talvez (um talvez mais imparcial possível) julgar uma música pelo seu "resultado final de gravação" é dar a está forma de arte uma característica utilitária, ou seja, estamos em busca de uma arte funcional? Não haverá o risco de reduzir o estético ao pragmático?

Até que ponto existe valor em um gravação onde a voz foi corrigida em um autotune? Ou até mesmo, qual o seria o valor de se fazer uma passagem apenas uma vez e o software repeti-la para você quantas vezes fosse necessário, em um processo de ctrlc-C+ctrl-V?

Faz diferença se é o Lenny ou robôs que vão tocar ace of spades? No final, a música vai estar lá, executada, o resultado final será satisfatório?

Átila Moreira Cedro escreveu:Faz diferença se é o Lenny ou robôs que vão tocar ace of spades?

O robô é menos feio...

allexcosta escreveu:

Átila Moreira Cedro escreveu:Faz diferença se é o Lenny ou robôs que vão tocar ace of spades?

O robô é menos feio...

Verdade...

Resumindo ... Quem tem condições de investir em equipamentos top, ótimo. Quem não tem condições, hoje em dia não serve como desculpas para uma produção mal feita.