Uso de pirotecnia em shows
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Re: Uso de pirotecnia em shows
Sonikado escreveu:Não que eu esteja apoiando, mas né.
Né não...
Não tem dinheiro pra fazer a coisa certa? Não faz, ué...
Já pensou se o pessoal que abastece avião decidir que o combustível apropriado é muito caro e resolver usar gasolina comum?
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allexcosta- Administrador
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Localização : Terra
Re: Uso de pirotecnia em shows
Mas o funcionamento de um avião é baseado em normas um tanto quanto restritas, muito bem reguladas e fiscalizadas.Já pensou se o pessoal que abastece avião decidir que o combustível apropriado é muito caro e resolver usar gasolina comum?
Você mesmo sabe como funciona uma banda, um grupo de pessoas. Agora parece óbvio que eles deveriam ter pensado na opção correta, mas lá na hora isso é quase utópico: "Pega essaê mesmo, dá nada não". Acredito que chega a ser raro um planejamento cuidadoso assim em um local não tão grande e uma banda não tão famosa.
Claro que agora que o acidente já ocorreu eles com certeza vão tomar cuidado extremo pra não repetir o erro... isso se a banda não acabou nessa aí.
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Sonikado- Membro
- Mensagens : 1356
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Re: Uso de pirotecnia em shows
Sonikado escreveu:Mas R$70 também né, assalto a mão armada... não é ilógico pensar que eles pensaram no mais barato.
Provavelmente com os R$70 de um artefato para interiores eles perderiam praticamente todo o pagamento de algum membro da banda.
Não que eu esteja apoiando, mas né.
Vejamos.
Em primeiro lugar, somente um especialista em fogos de artifício poderia nos dizer se a diferença de preços entre os efeitos é algo desproposital.
Fiz uma pequena pesquisa sobre o assunto e descobri isso...
1- O que é FOGOS INDOOR e FOGOS OUTDOOR e quais suas diferenças?
R: "Os fogos indoor são fabricados com outras quimicas ao invés da polvora para produzir a queima e portanto o efeito, no caso dos materiais importados e de alta qualidade o material utilizado é a nitrocelulose, um pó muito usado na fabricação de tintas, que é altamente inflamavél e não produz fumaça na sua queima. Já alguns fogos indoor de baixa qualidade utilizam a vinilica e a polvora para produzir a queima o que pode causar danos tanto a estruturas quanto a pessoas, pois a polvora produz fumaça de enxofre e mais de 20 gases tóxicos durante a sua queima. O Brasil ainda não produz produtos para uso indoor, e as fábricas brasileiras que vendem estes artefatos geralmente importam.
Quanto aos fogos outdoor, são produzidos com polvora de diversos tipos e quimicas para a produção das cores, porém, por produzirem queima e liberarem gases tóxicos só podem ser utilizados em local aberto, e dependendo do tipo de artefato só podem ser manuseados por tecnicos responsaveis".
http://www.equipashow.com.br/index.php?link1=not&pgid=lermtc&mtc_id=15
Se a informação acima estiver correta e os artefatos pirotécnicos para uso interno forem realmente importados, bom, aí o preço deles se justifica (Ainda mais ao lembrarmos que vivemos no Brasil, terra em que os impostos fazem com que baixos baratos lá fora sejam vendidos aqui como se fossem instrumentos caros e se partimos do princípio de que estamos falando de produtos feitos com matéria prima de alta qualidade).
Em segundo lugar, sem saber o quanto custava o show da banda em questão, não há como saber quanto cada um de seus membros ganhava, de forma que não há como dizer se os R$ 70,00 significariam (Ou não) a perda o cachê de um membro.
Pessoalmente, penso que o custo dos equipamentos corretos não diminuiria em nada o cachê dos músicos.
Explico a minha posição:Uma banda é uma empresa. Se ela possui uma produção que demanda gastos maiores para a realização de um show e estes gastos não são cobertos pelo valor pago pelo contratante, a banda dará prejuízo.
Uma vez que o Gurizada Fandangueira fazia abertamente propaganda do uso de efeitos pirotécnicos em seus shows como um diferencial da banda em relação às demais, não é ilógico presumir que os custos de tais efeitos já estivessem embutidos no preço do show do grupo, pois, afinal de contas, quando se contrata uma banda que se apresenta com uma produção maior, paga-se mais por esta apresentação justamente por causa dos custos de se ter uma produção de maior porte.
Em outras palavras, contratar uma banda que só tem músicos é muito mais barato do que contratar uma banda que tenha, além dos músicos, dançarinos, telão, equipe de filmagem, equipe de luz, técnicos de som, cenário, figurino, fogos de artifício...
É claro que o que digo é apenas um exercício de lógica. Especulações apenas.
Sem ver o contrato (Se é que existe algum contrato), não há como saber de fato se tais custos estavam embutidos no preço do show, se a estrutura da banda era mesmo profissional, se eles realmente sabiam o que estavam fazendo (Pode ser que eles, de forma temerária, nem soubessem sobre a existência de fogos de artifício de uso interno ou não soubessem comprar direito os fogos de artifício para serem usados no show... Difícil de acreditar, claro, mas não de todo impossível, se pensarmos em uma estrutura muito amadora) ou se o custo pelos equipamentos adequados foi cobrado pela banda e na hora de ir na loja de artigos pirotécnicos alguém decidiu comprar algo mais barato para poder embolsar a diferença (Nunca se sabe)...
Última edição por Zubrycky em Qua Jan 30, 2013 2:24 am, editado 1 vez(es)
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Re: Uso de pirotecnia em shows
Zubrycky escreveu:Se o uso de pirotecnia em shows já é perigoso quando se usa os equipamentos adequados, quando estes não são utilizados o perigo é ainda maior, como infelizmente foi comprovado no domingo passado...
Eis o que acabei de ler.
"O sinalizador que causou o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, era de uso externo e custou R$ 2,50, concluiu a polícia da cidade gaúcha, que conseguiu provas de que os integrantes da banda que se apresentava na casa optaram pelo artefato mais barato ao invés do fabricado para interiores, que custa R$ 70".
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,sinalizador-de-r250-causou-incendio-em-boate-de-santa-maria-diz-delegado,990499,0.htm
Atualizando o que disse anteriormente.
"Depoimentos colhidos pela Polícia Civil mostram que a morte de mais de 230 pessoas na boate Kiss poderia ter sido evitada com R$ 67,50. O valor corresponde à diferença entre o preço do sinalizador de uso externo utilizado pelo vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo dos Santos, que custa R$ 2,50, e o modelo de uso interno, cujo preço é R$ 70.
Em depoimento à Polícia Civil, o vendedor da loja onde Santos comprou o sinalizador usado no show de sábado disse que chegou a oferecer ao cantor o modelo mais caro. Santos, que negou em depoimento ter comprado o artefato, teria recusado a oferta".
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rs/2013-01-29/diferenca-de-r-6750-entre-sinalizadores-pode-ter-causado-234-mortes-em-boate.html
Última edição por Zubrycky em Qua Jan 30, 2013 2:49 am, editado 2 vez(es)
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Re: Uso de pirotecnia em shows
Voltando à diferença entre os fogos indoor e outdoor, deixarei, antes de dormir, dois textos (Publicados em posts separados para uma melhor leitura dos mesmos).
Eis o primeiro texto. Os negritos são meus.
Para especialistas, fogos utilizados em boate não seriam adequados
De acordo com Mauro Arthur de Freitas, profissional da área de shows pirotécnicos há 15 anos, o material utilizado normalmente na pirotecnia interna (ou indoor) jamais faria aquilo. "O indoor não faz parte dos fogos de artifício. São fogos frios, sem o uso de pólvora, detonados com máquina, não com fogo".
"Em boate não usamos muito esses efeitos, pois podem causar até pânico no público ou na banda. Utilizamos mais em casamentos, festas de debutantes e shows grandes. E nesses casos mandamos um técnico que calcula essas distâncias. Ele é feito para soltar em ambiente fechado, não confinado".
Leonardo Gatti, diretor da Associação Brasileira de Pirotecnia (ASSOBRAPI), também acredita que o produto responsável pelo incêndio é de uso externo. "Quem vai atestar isso é a perícia. Mas é incomum ver esse tipo de acidente".
Ele confirma que o material utilizado em shows de pirotecnia indoor se diferencia dos fogos de artifício projetados para ambientes externos. "São dois segmentos diferentes. Existem produtos outdoor e indoor. O indoor, quando entra em combustão, tem maior perda de oxigênio, baixo teor de fumaça e queima muito pouco. São produtos atóxicos".
Para os eventos externos, com fogos de artifício, é preciso contratar um "blaster pirotécnico", profissional treinado para manipular esse tipo de produto. Além disso, são necessários alvarás do Corpo de Bombeiros para cada espetáculo.
"Se eu for fazer um show no Credicard Hall, por exemplo, eu tenho que tirar um Alto de Vistoria do Corpo de Bombeiros só para essa apresentação. Em São Paulo, o alvará da casa proíbe que isso seja feito sem essa autorização, somada a uma brigada de incêndio e equipamento de combate ao fogo. Tem regulamentação. São produtos profissionais, não é para amadores”.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rs/2013-01-28/para-especialistas-fogos-utilizados-em-boate-nao-seriam-adequados.html
Eis o primeiro texto. Os negritos são meus.
Para especialistas, fogos utilizados em boate não seriam adequados
De acordo com Mauro Arthur de Freitas, profissional da área de shows pirotécnicos há 15 anos, o material utilizado normalmente na pirotecnia interna (ou indoor) jamais faria aquilo. "O indoor não faz parte dos fogos de artifício. São fogos frios, sem o uso de pólvora, detonados com máquina, não com fogo".
"Em boate não usamos muito esses efeitos, pois podem causar até pânico no público ou na banda. Utilizamos mais em casamentos, festas de debutantes e shows grandes. E nesses casos mandamos um técnico que calcula essas distâncias. Ele é feito para soltar em ambiente fechado, não confinado".
Leonardo Gatti, diretor da Associação Brasileira de Pirotecnia (ASSOBRAPI), também acredita que o produto responsável pelo incêndio é de uso externo. "Quem vai atestar isso é a perícia. Mas é incomum ver esse tipo de acidente".
Ele confirma que o material utilizado em shows de pirotecnia indoor se diferencia dos fogos de artifício projetados para ambientes externos. "São dois segmentos diferentes. Existem produtos outdoor e indoor. O indoor, quando entra em combustão, tem maior perda de oxigênio, baixo teor de fumaça e queima muito pouco. São produtos atóxicos".
Para os eventos externos, com fogos de artifício, é preciso contratar um "blaster pirotécnico", profissional treinado para manipular esse tipo de produto. Além disso, são necessários alvarás do Corpo de Bombeiros para cada espetáculo.
"Se eu for fazer um show no Credicard Hall, por exemplo, eu tenho que tirar um Alto de Vistoria do Corpo de Bombeiros só para essa apresentação. Em São Paulo, o alvará da casa proíbe que isso seja feito sem essa autorização, somada a uma brigada de incêndio e equipamento de combate ao fogo. Tem regulamentação. São produtos profissionais, não é para amadores”.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rs/2013-01-28/para-especialistas-fogos-utilizados-em-boate-nao-seriam-adequados.html
Última edição por Zubrycky em Qua Jan 30, 2013 2:50 am, editado 1 vez(es)
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Re: Uso de pirotecnia em shows
Eis o segundo texto.
O que posto aqui são apenas partes do artigo (As que considerei mais relevantes para a discussão do tema do tópico), que pode ser lido em sua íntegra aqui: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/improviso-alimenta-mercado-negro-de-fogos-de-artificio-no-brasil
(...)
O ponto de partida para shows de pirotecnia em lugares cobertos é a compra de fogos específicos para shows ‘indoor’. Existe uma diferença entre estes e os que são usados em apresentações realizadas em espaços abertos. Os ‘indoor’ são fogos de precisão, com tempo de duração especifico, que, para chegarem ao Brasil, precisam de autorização e vistoria do Exército. São montados em laboratórios internacionais, com menor capacidade de queima e, portanto, menos sujeito a ferir pessoas em caso de um descontrole na detonação. São também mais caros, mas o comércio paralelo, abastecido pelo improviso de boates, casas de show e produtores de eventos, tratou de encontrar um outro caminho: um mercado negro de produção e venda de fogos sem os devidos critérios de qualidade.
“Na teoria, você não deveria encontrar esses fogos em lojas de varejo brasileiras, somente em importadoras credenciadas. Não conheço fábricas que produzam esse tipo de fogos no Brasil. Mas, na realidade, uma pessoa daqui resolve fabricar e vender, sem ter uma empresa. Aí, coloca no mercado como sendo ‘indoor’, mas sem nenhum controle de qualidade”, afirma Eduardo Aibinder, presidente da Associação Brasileira das Importadoras de Fogos de Artifício.
(...)
Em shows controlados, operados por pessoal especializado e com o material adequado, dificilmente o desfecho, mesmo com erro em algum dos detalhes pirotécnicos, evoluiria para uma tragédia. “A química dos fogos ‘indoor’ é diferente. Quando ele entra em combustão, tem maior perda calórica em contato com o oxigênio. Se alguém colocar a mão, por exemplo, não queima. Mas é preciso que antes seja feita a vistoria no local. Em ambiente fechado, a estrutura acústica costuma ser feita à base de petróleo”, explica Leonardo Gatti, diretor técnico da Associação Brasileira de Pirotecnia.
(...)
O presidente da Associação Brasileira das Importadoras de Fogos de Artifício vê no predomínio do improviso um risco para o público. “Falta consciência no Brasil. É irresponsável o modo como a pirotecnia é usada no país”, afirma Aibinder. “Pelas imagens, estava tudo errado na forma como mexeram com os fogos em Santa Maria. O material parecia ruim. Onde compraram aquilo? O pé direito era muito baixo. O revestimento era de material altamente inflamável. O extintor não funcionava. Se houvesse uma brigada de incêndio ali, provavelmente não teria havido problemas graves”, diz.
O que posto aqui são apenas partes do artigo (As que considerei mais relevantes para a discussão do tema do tópico), que pode ser lido em sua íntegra aqui: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/improviso-alimenta-mercado-negro-de-fogos-de-artificio-no-brasil
(...)
O ponto de partida para shows de pirotecnia em lugares cobertos é a compra de fogos específicos para shows ‘indoor’. Existe uma diferença entre estes e os que são usados em apresentações realizadas em espaços abertos. Os ‘indoor’ são fogos de precisão, com tempo de duração especifico, que, para chegarem ao Brasil, precisam de autorização e vistoria do Exército. São montados em laboratórios internacionais, com menor capacidade de queima e, portanto, menos sujeito a ferir pessoas em caso de um descontrole na detonação. São também mais caros, mas o comércio paralelo, abastecido pelo improviso de boates, casas de show e produtores de eventos, tratou de encontrar um outro caminho: um mercado negro de produção e venda de fogos sem os devidos critérios de qualidade.
“Na teoria, você não deveria encontrar esses fogos em lojas de varejo brasileiras, somente em importadoras credenciadas. Não conheço fábricas que produzam esse tipo de fogos no Brasil. Mas, na realidade, uma pessoa daqui resolve fabricar e vender, sem ter uma empresa. Aí, coloca no mercado como sendo ‘indoor’, mas sem nenhum controle de qualidade”, afirma Eduardo Aibinder, presidente da Associação Brasileira das Importadoras de Fogos de Artifício.
(...)
Em shows controlados, operados por pessoal especializado e com o material adequado, dificilmente o desfecho, mesmo com erro em algum dos detalhes pirotécnicos, evoluiria para uma tragédia. “A química dos fogos ‘indoor’ é diferente. Quando ele entra em combustão, tem maior perda calórica em contato com o oxigênio. Se alguém colocar a mão, por exemplo, não queima. Mas é preciso que antes seja feita a vistoria no local. Em ambiente fechado, a estrutura acústica costuma ser feita à base de petróleo”, explica Leonardo Gatti, diretor técnico da Associação Brasileira de Pirotecnia.
(...)
O presidente da Associação Brasileira das Importadoras de Fogos de Artifício vê no predomínio do improviso um risco para o público. “Falta consciência no Brasil. É irresponsável o modo como a pirotecnia é usada no país”, afirma Aibinder. “Pelas imagens, estava tudo errado na forma como mexeram com os fogos em Santa Maria. O material parecia ruim. Onde compraram aquilo? O pé direito era muito baixo. O revestimento era de material altamente inflamável. O extintor não funcionava. Se houvesse uma brigada de incêndio ali, provavelmente não teria havido problemas graves”, diz.
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Clube Danelectro (Alvíssaras! Não estou mais só neste Clube!), também membro de outros clubes (Vide perfil) e dono da mão de marreta... Links --->Contrapontos,Vídeos e Soundcloud
Re: Uso de pirotecnia em shows
Já pensou se o pessoal que abastece avião decidir que o combustível apropriado é muito caro e resolver usar gasolina comum?
Isso já aconteceu.
http://www.achetudoeregiao.com.br/noticias/cotidiano0083.htm
luiztebet- Membro
- Mensagens : 572
Localização : rio de janeiro
Re: Uso de pirotecnia em shows
Proibir o uso é simples, alguém faz uma lei e pronto, 5 minutos.
Assim como é proibido faz anos fumar em local fechado, mas só depois de regulamentar, definir multas e fiscalizar isso que as pessoas deixaram de fumar.
Os fogos deveriam ser proibidos em qualquer lugar, principalmente em locais fechados.
As pessoas que comemorem ou chamem atenção de outra forma, sem explosivos nem ateando fogo em coisas ou pessoas.
Assim como é proibido faz anos fumar em local fechado, mas só depois de regulamentar, definir multas e fiscalizar isso que as pessoas deixaram de fumar.
Os fogos deveriam ser proibidos em qualquer lugar, principalmente em locais fechados.
As pessoas que comemorem ou chamem atenção de outra forma, sem explosivos nem ateando fogo em coisas ou pessoas.
Re: Uso de pirotecnia em shows
^Concordo pra mim fogos não tem graça de jeito nenhum nem em ano novo e etc...
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Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14306
Re: Uso de pirotecnia em shows
Já pensaram que até aquelas velinhas de aniversário que soltam faíscas também são um perigo, se uma faísca pegar num material que pega fogo rápido?
Breno_Barnabe- Membro
- Mensagens : 5361
Localização : São Paulo
Re: Uso de pirotecnia em shows
Claudio Jardim escreveu:Proibir o uso é simples, alguém faz uma lei e pronto, 5 minutos.
Assim como é proibido faz anos fumar em local fechado, mas só depois de regulamentar, definir multas e fiscalizar isso que as pessoas deixaram de fumar.
Os fogos deveriam ser proibidos em qualquer lugar, principalmente em locais fechados.
As pessoas que comemorem ou chamem atenção de outra forma, sem explosivos nem ateando fogo em coisas ou pessoas.
(2)
Proibe e pronto, e que não se abra excessões de nenhum tipo.
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CG- Moderador
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Re: Uso de pirotecnia em shows
Realmente o acidente em Rodhe Island e o de Santa Maria é muito semelhante.
Me lembro do caso de 2003.
Apesar da casa noturna dos EUA ter bastante janelas (que não havia na casa noturna do Brasil), ter soado o alarme de incêndio e os bombeiros chegarem em incríveis 4 min, isso não bastou em nada.
Lá morreram 100 pessoas.
Outro fato, foi que parece ter havido curto circuito e apagado as luzes no Brasil, coisa que não aconteceu nos EUA.
Lá o incêndio da casa (que provavelmente era de madeira) também contribuiu para a tragédia.
Mas vejam que se demora para perceber que o forro pegou fogo. E quando a fumaça cai do teto, cai de repente. E deixa tudo preto, sem ninguém enxergar nada.
Veja que os primeiros segundos de evacuação são significativos. Depois de uns 20 a 30 segundos as pessoas não conseguem mais sair (ficam emboladas na única porta de saída).
Se houvesse um impedimento de evacuação, mesmo que fosse de 10 segundos por algum segurança, teria morrido muito mais gente que 100 em Rodhe Island.
Ou seja, tudo em prol da segurança tem que ser bem pensado e planejado:
- Casa com forro e demais materiais anti-fogo (que normalmente são bem mais caros).
- Materiais atoxicos em caso de incêndio (de preferência auto-extinguível), que também são bem mais caros.
- Sistema de sprinkler que seja revisado periodicamente.
- Extintores que tenham manutenção adequada (vistoria e recarga periódicas).
Quando trabalhava na fábrica de Combustível para foguete, além de brigada de incêndio, instalação elétrica a prova de explosão, sistema de sprinkler perfeito e extintores com manutenção adequada dentro do prédio, ainda existia ao redor do prédio várias casinhas de combate a incêndio, com machados, pás, enxadas, uma espécie de escovão de borracha anti chama, usado para bater sobre o fogo e apagá-lo, além de vários extintores.
Sem falar em um gigantesco caminhão de bombeiro com canhão lança água e espuma, além de uma pick-up preparada para todo terreno e um jipe também preparado para todo terreno (mais uma ambulância que era trocada a cada 5 anos e que os bombeiros faziam funcionar diariamente e dar uma volta de 1 km).
Achava tudo isso uma bobagem e um desperdício de dinheiro.
Um dia, na hora do almoço ví um raio cair no pasto, vários quilometros longe da fábrica, e começar um foguinho de nada.
O pessoal dos bombeiros mais segurança sairam feito doidos com a pick-up e com o jipe. Achei um excesso de zelo...
Só conseguimos controlar o fogo por volta das 23h... E foi no pasto. Nosso medo era que o fogo chegasse na fábrica de combustível de foguete.
Eu fui testemunha e vi o fogo atravessar o asfalto, em pista dupla... Estava na equipe de retaguarda que só combatia o fogo se ele passasse pela estrada que circundava a fábrica (estrada era estratégica e além de circular veículos, servia como aceiro contra incêncio no mato).
No dia seguinte fui o primeiro a sugerir a compra de mais um caminhão de bombeiros para a fábrica...
Me lembro do caso de 2003.
Apesar da casa noturna dos EUA ter bastante janelas (que não havia na casa noturna do Brasil), ter soado o alarme de incêndio e os bombeiros chegarem em incríveis 4 min, isso não bastou em nada.
Lá morreram 100 pessoas.
Outro fato, foi que parece ter havido curto circuito e apagado as luzes no Brasil, coisa que não aconteceu nos EUA.
Lá o incêndio da casa (que provavelmente era de madeira) também contribuiu para a tragédia.
Mas vejam que se demora para perceber que o forro pegou fogo. E quando a fumaça cai do teto, cai de repente. E deixa tudo preto, sem ninguém enxergar nada.
Veja que os primeiros segundos de evacuação são significativos. Depois de uns 20 a 30 segundos as pessoas não conseguem mais sair (ficam emboladas na única porta de saída).
Se houvesse um impedimento de evacuação, mesmo que fosse de 10 segundos por algum segurança, teria morrido muito mais gente que 100 em Rodhe Island.
Ou seja, tudo em prol da segurança tem que ser bem pensado e planejado:
- Casa com forro e demais materiais anti-fogo (que normalmente são bem mais caros).
- Materiais atoxicos em caso de incêndio (de preferência auto-extinguível), que também são bem mais caros.
- Sistema de sprinkler que seja revisado periodicamente.
- Extintores que tenham manutenção adequada (vistoria e recarga periódicas).
Quando trabalhava na fábrica de Combustível para foguete, além de brigada de incêndio, instalação elétrica a prova de explosão, sistema de sprinkler perfeito e extintores com manutenção adequada dentro do prédio, ainda existia ao redor do prédio várias casinhas de combate a incêndio, com machados, pás, enxadas, uma espécie de escovão de borracha anti chama, usado para bater sobre o fogo e apagá-lo, além de vários extintores.
Sem falar em um gigantesco caminhão de bombeiro com canhão lança água e espuma, além de uma pick-up preparada para todo terreno e um jipe também preparado para todo terreno (mais uma ambulância que era trocada a cada 5 anos e que os bombeiros faziam funcionar diariamente e dar uma volta de 1 km).
Achava tudo isso uma bobagem e um desperdício de dinheiro.
Um dia, na hora do almoço ví um raio cair no pasto, vários quilometros longe da fábrica, e começar um foguinho de nada.
O pessoal dos bombeiros mais segurança sairam feito doidos com a pick-up e com o jipe. Achei um excesso de zelo...
Só conseguimos controlar o fogo por volta das 23h... E foi no pasto. Nosso medo era que o fogo chegasse na fábrica de combustível de foguete.
Eu fui testemunha e vi o fogo atravessar o asfalto, em pista dupla... Estava na equipe de retaguarda que só combatia o fogo se ele passasse pela estrada que circundava a fábrica (estrada era estratégica e além de circular veículos, servia como aceiro contra incêncio no mato).
No dia seguinte fui o primeiro a sugerir a compra de mais um caminhão de bombeiros para a fábrica...
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Re: Uso de pirotecnia em shows
Isso aí é que nem seguro de carro. Pode parecer bobagem e desperdicio de dinheiro, mas só depois de usar que você vêr o quanto é importante.
Breno_Barnabe- Membro
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Re: Uso de pirotecnia em shows
Fernando Zadá escreveu:^Concordo pra mim fogos não tem graça de jeito nenhum nem em ano novo e etc...
lembrei de uma coisa que um amigo meu me disse. "que graça que tem foguete? é só PÁ e ´pronto. acabou".
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rodsom- Membro
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