A definição perfeita desta maldita vida digital

A definição perfeita desta maldita vida digital

O ilustrador brasileiro Felipe Luchi fez esta ilustração para a revista Go Outside. É a definição perfeita da nossa vida digital.

Eu sei que não era culpa do telefone. A tecnologia não deve ser culpada. Nós devemos. Foi-se o tempo que os humanos tinham tempo e paciência para aproveitar outras coisas da vida. Eu posso soar como um velho chato, mas eu lembro disso. A gente parava e conversava com os outros. Brincávamos nas ruas e nos campos. Encontrávamos aventuras. Inventávamos aventuras. E não apenas crianças. Adultos também. E as coisas não são mais assim.

Em vez de usar tablets e telefones como ferramentas de fortalecimento, nós estamos tornando-os cada vez mais em prisões que consomem nosso tempo e atenção. Por eles conseguimos acessar várias ilhas de informação, mas é um tipo de informação perdida em um mar de lama. Nós escolhemos mergulhar, e então fica difícil sair. Esses dispositivos nos permitem criar uma conexão permanente com nossos amigos, parentes e pessoas que amamos. Isso é ótimo, de certa forma. O lado ruim é que colocamos muita importância na questão digital, escolhendo ignorar o mundo que está em nossa volta.

Os dispositivos foram feitos para ser janelas, e nós insistimos que eles sejam paredes; eles cercam nossas vidas e escondem a realidade. Tornam-se lentes pelas quais nós literalmente vemos o mundo que está à frente dos nossos olhos. Quantas vezes você não viu alguém parado em frente a algo impressionante, mas olhando para a tela do telefone? Uma inauguração presidencial, festa de aniversário, um show, um jogo de futebol. O tráfego de celulares dos assinantes da AT&T dentro do Superdome no domingo, onde o Superbowl aconteceu, foi “um recorde de 388GB – 80% mais do que ano passado.” Estas pessoas pagaram milhares de dólares para ver o evento ao vivo, e ainda assim acabaram assistindo o show da Beyoncé através de uma tela. Por quê?

Também sou culpado. E sim, é um antigo cliché ludista – mas estou me cansando disso. Nós não podemos continuar experienciando a vida através de terminais no lugar dos nossos próprios sentidos. Devemos fazer algo em relação a isso. O que eu sei é que eu vou fazer. E você também pode. Mas não abandonando a internet e os telefones e computadores totalmente. Isso é exagerado demais.

Não é assim. Mas talvez a gente tenha que tentar ser um pouco mais sensível em relação a isso – como com qualquer outra substância viciante. Eu gosto de um bom uísque, mas não preciso beber três garrafas todos os dias. Posso fazer o mesmo com telefones e tablets. Brincar mais com Lego. Tocar piano. Sair de casa. Não usar o telefone quando estiver perto de outras pessoas. Ler. Andar. Ir ao cinema. Criar algo com as minhas próprias mãos. Tornar real.

Essas são as coisas que eu já faço, mas que preciso fazer ainda mais. Eu quero ser ainda menos conectado ao mundo virtual e mais conectado ao mundo real. Ler menos tweets e atualizações do Facebook, ver menos Instagram e não assistir a tantos vídeos estúpidos. Isso significa conseguir mais controle de volta. Mais autocontrole. Eu já fiz isso antes e me senti bem. Agora preciso me prender a isso. Talvez dois meses sabáticos sejam um bom começo.

http://www.gizmodo.com.br/a-definicao-perfeita-desta-maldita-vida-digital/

Boss2k...concordo viu.

Poxa tenho saudades de uns 15 anos atrás, tinhamos que ler pesquisar mal se recorria a internete, ir na loja comprar aquele vinil ou cd mesmo da banda favorita.

e sem falar da inumeras limpezas de cabeçote no aprelho de som pra fita k7 não embolar o rolo.

E outras coisas boas fora da vida digital que todos levam hoje.

Eu sou jovem, por ter crescido em uma cidade muito pequena daqui do Ceará, só aos 18 anos é que tive internet em casa. Antes disso, eram só alguns minutos em lan-houses, uma vez perdida, geralmente pra alguma coisa importante e inadiável.

Estranho é que, vendo hoje a minha rotina (quase o dia inteiro na frente de um computador, seja para trabalho ou "diversão"), eu paro pra lembrar de que formas eu "passava o tempo" até os meus 18 anos e percebo o quanto eu sinto falta daquele tempo.

Eu lia mais livros (livros mesmo, não ebooks), livros com cheiro de livro, com poeira de livro, com gosto de livro. Tocava por mais tempo, saía mais de casa, ouvia rádios (uau!), criava mais (e sinto que com a internet eu perdi MUITO poder criativo), inventava mais, enfim... eu creio que "vivia" mais.

Eu estaria mentindo se dissesse que não me sinto refém da internet hoje. Não é mais uma forma de diversão... se tornou meio que uma prisão. É ótimo pra se conseguir notícias, pra encurtar as distâncias com a família (e eu vivo longe de todos), mas é também uma prisão insuportável.

Esse texto serviu, inclusive, pra eu tomar uma decisão que já estava adianto há tempos: diminuir a influência da internet na minha vida. Pretendo sim viver mais "horas" no mundo real, redescobrir a beleza da imperfeição (já que no mundo virtual tudo é tão aparentemente perfeito).

Muito bom texto

Ótima leitura.

Sou um usuário de microinformática desde 1993! Enquanto todos os meus amigos sonhavam com bicicletas, carros e bolas de futebol oficial, eu pedi ao meu pai aos 9 anos um MSX 2+ da Gradiente, que custava muito caro, então só o recebi aos 13.

Desde então, "nunca mais sai da frente dos computadores"!

Não me considero um "refém digital", mas sim um privilegiado, pelo fato que, contato com este tipo de tecnologia desde cedo, me ajudou muito a conseguir empregos em diversas áreas devido ao conhecimento incomum para a época!

Acho que tudo é relativo!

Um tempo atrás estava pensando nisso. Lembrei de minha infância, quando eu tinha que consultar minha coleção de enciclopédias Barsa para fazer trabalhos de escola, quando eu tinha que ir à biblioteca do colégio pegar livros para estudar para as provas. Lembrei de quando eu chegava da aula e ia jogar ping-pong com os garotos do prédio. Quando o máximo que meu telefone celular fazia era mandar uma SMS (e que avanço isso foi!).

Não reclamando dos tempos atuais, até porque seria uma hipocrisia e tanto - quem não gosta de estar na sala de espera do médico navegando na internet, no celular ou no tablet? -, mas hoje em dia é impossível pensar em uma vida longe das tecnologias. Os tempos mudam, claro, e para mim mudaram até para melhor, mas essa nostalgia continua.

Nossa, eu não sou velho, apenas 25 anos, mas me lembro de vinil, bicicleta, limpar cabeçote de VHS... e sendo bem sincero, cada dia que se passa eu estou tentando voltar a ser mais "destecnológico".

Sou sacaneado todos os dias.
Meu celular, só tem rádio e faz ligações e mensagens.
Tenho tocador de vinil, escuto muito mais eles do que o meu ipod, que tenho pois é meu companheiro de ônibus!, pois meu walkman quebrou, e eu o usava até uns 5 anos atrás, aí parei de achar fita também...

Tenho câmera digital? Sim, mas sou um dos poucos dos meus amigos que sabe focar as câmeras de filme que ainda uso, mais por hobby, porque tá caro...
Lembrei que também sou o único que sabe apontar lápis direito, e por incrível que pareça, ainda uso o apontador de prender na mesa da minha mãe!

Tenho dislexia, e mesmo assim, já lí dois livros esse ano, pequenos, mas lí, e estou lendo três ao mesmo tempo, muito mais do que vejo a maioria dos meus lendo em mais de um ano.

Fim de semana, quando podemos, vamos ao sítio/fazenda/alí do lado, do pai de um de nossos amigos, sentamos, bebemos, pulamos no rio, joagamos futebol e basquete, e a noite fazemos o "rock in roça", tocamos músicas e escutamos o que temos vontade.

Dia seguinte, fazemos no própria comida, jogamos super nintendo (sim, isso ainda funciona e muito bem), xadrex, perfil , e qualquer jogo de tabuleiro que tenha ao alcance...

Sinceramente? me sacaneie o quanto quiserem! me acho felizardo de pensar e agir assim, até meu baixo virou passivo!

Sensacional!

Esse papo de "Ah, mas na minha época é que era bom..." é nostalgia de velho. Hj as ferramentas estão melhores. Funcionam melhor. As nossas possibilidades são maiores. E se o cara realmente não gosta de alguma ferramenta, é só não usar.

Eu não tenho problemas com a internet. Nem com a tecnologia de um modo geral. Acho ótimas as facilidades que trazem. Não me sinto preso. Muito pelo contrário. E espero que o progresso tecnológico continue.

allexcosta escreveu:

Ruds escreveu:Esse papo de "Ah, mas na minha época é que era bom..." é nostalgia de velho.

Pode crer...

Também acho... existem algumas poucas coisas antigas que continuam sendo mais interessantes do que as alternativas atuais. Mas, com certeza eu prefiro muito mais poder entrar hoje numa sala de cinema no padrão iMax, do que aquelas salas velhas com cadeiras de madeira mega-desconfortáveis... é muito mais rápido, fácil e confortável passar um e-mail ou SMS do que ir a uma agência dos Correios passar um Telegrama. É muito mais bacana assistir meus filmes num Bluray conectado a uma TV de Led de 50" com imagem e som digitais, do que naquela TV P&B valvulada com tubo de imagem em caixa de madeira, e video K7 de controle "remoto" com fio!

E quer saber do que mais? viva a tecnologia

Teria pelo menos mais uns 50 itens pra citar aqui, mas não vou fazer texto longo, senão o Alex não consegue ler

Ruds escreveu:Esse papo de "Ah, mas na minha época é que era bom..." é nostalgia de velho. Hj as ferramentas estão melhores. Funcionam melhor. As nossas possibilidades são maiores. E se o cara realmente não gosta de alguma ferramenta, é só não usar.

Eu não tenho problemas com a internet. Nem com a tecnologia de um modo geral. Acho ótimas as facilidades que trazem. Não me sinto preso. Muito pelo contrário. E espero que o progresso tecnológico continue.

Ok, mas que só se vê gente com deficiência de vitamina D hoje em dia...
E que ninguém sabe escrever (letra à mão), nem usar tesoura direito e muito menos lê o tanto que deveria por causa da "exposição exagerada a tecnologia", não se pode discordar...


E Claudio, cadê o lado ruim da tecnologia? Só me disse coisas que a maioria vai concordar!

Ruds escreveu:Esse papo de "Ah, mas na minha época é que era bom..." é nostalgia de velho. Hj as ferramentas estão melhores. Funcionam melhor. As nossas possibilidades são maiores. E se o cara realmente não gosta de alguma ferramenta, é só não usar.

Eu não tenho problemas com a internet. Nem com a tecnologia de um modo geral. Acho ótimas as facilidades que trazem. Não me sinto preso. Muito pelo contrário. E espero que o progresso tecnológico continue.

galegonobaixo escreveu:
E Claudio, cadê o lado ruim da tecnologia? Só me disse coisas que a maioria vai concordar!

Vamos lá...

Facebook, promove o afastamento das pessoas. Acho bem mais legal estar num barzinho, numa roda de amigos, conversando, rindo e me divertindo, do que ficar clicando em botões CURTI, e teclando em bate-papos. Graças a Deus eu tenho passado várias semanas sem acessar o Facebook, espero que eu consiga cada vez mais!

Gostava muito mais de ir pra rua jogar bola no asfalto ou na terra batida, do que ficar escalando jogadores no Play Station. Em termos de diversão, minha geração saiu no lucro, era uma galera criada na rua, soltando pipa, andando de bicicleta e uma infinidade de atividades legais. A geração de hoje já nasce presa em condomínios, cercados de seguranças e paranóias, plugadas 24 horas por dia em Facebook e video games. Quando vejo meu filho e os amigos dele tentando soltar uma pipa, primeiro eu acho engraçado, mas depois eu sinto pena... geração Shopping Center!

Eu passei toda a minha infância, adolescência e boa parte da fase adulta sem celular, nem sequer imaginávamos a possobilidade de um dia existir tal tecnologia... tudo era feito na base da relação de confiança com nossos pais (apesar de muitas vezes dizer que ia pra um lugar, quando na verdade o destino era outro)... mas ninguém morreu por casusa disso. Porém, não há como negar que o celular trouxe uma centena de facilidades que antes não existiam.

Mas, a pior maldição trazida pela tecnologia, foi a joça da tal Inclusão Digital, que produz cada vez mais aberrações e coisas inacreditáveis, como o fenômeno "Para nossa alegria".

Sem dúvidas o assunto deste tópico é muito vasto, principalmente pra quem pegou a fase em que não havia 1/10 da tecnologia existente hoje!

^disso que eu estava falando alguns posts acima!

Não que a tecnologia não tenha seus (vários) benefícios.

Mas que , mesmo eu, vejo crianças e pessoas da minha geração dando cabeçada para fazer coisas que eram normais me assusta e me entristece isso sim...

E outra, facebook é legal, compartilhar um videzinho é legal, um blog é bacana.

Mas, eu estava outro dia na casa de uma amigo e os irmãos dele são bem mais novos, e ví o pequeno digitando, e puxei conversa.
Bem, no final das contas, ele estava no facechat conversando com um garoto que mora na mesma rua, umas cinco casas de distância, combinando de jogar WoW na madrugada...

Eu fiquei estático com cara de bobo durante uns 15 minutos tentando ver se aquilo era sério, e era...

Bem prefiro beber umas, jogar um basquete e tocar um som...
Serão que essas crianças vão saber o que é isso?

galegonobaixo escreveu:
estava no facechat conversando com um garoto que mora na mesma rua, umas cinco casas de distância

Meu vizinho, que mora no partamento em frente ao meu, ficou com um filhote do meu cachorro. Tanto ele quanto a esposa me enviam mensagens por Facebook quando têm algum questionamento sobre o cão. Eu disse VIZINHO DA PORTA EM FRENTE!

Haha...Muito maneiro as imagens, perfeitas, estilo Carandiru!

Tecnologia não é boa, nem ruim. O uso social que se faz dela é que pode ser questionado... E, nesse caso, concordo com o que o Boss2K escreveu; aliás, ele não está simplesmente entrando numa de "nostalgia de velho". Até porque a idade, experiência e a formação dão a possibilidade de olhar criticamente aquilo que a maioría aceita passiva e acriticamente...

Mas Allex, eram "conversinhas", não?

Pelo menos eu me referia a conversas mesmo...

allexcosta escreveu:

ClaudioBass escreveu:Meu vizinho, que mora no partamento em frente ao meu, ficou com um filhote do meu cachorro. Tanto ele quanto a esposa me enviam mensagens por Facebook quando têm algum questionamento sobre o cão. Eu disse VIZINHO DA PORTA EM FRENTE!

Eu converso com meu filho pelo chat do gmail, eu no meu quarto, ele no dele... Quando eu era casado também conversava com minha ex pela internet, os dois dentro de casa.
Não vejo nada demais nisso, às vezes é conveniente.

Desculpe meu velho, mas eu vejo isso como uma aberração, é a prova de que a tecnologia quando utilizada de forma incorreta, acaba afastando as pessoas do convívio social. Meu filho também já entrou nessa onda de querer me mandar mensagem pelo facebook de dentro do quarto dele, eu simplesmente não respondi, e quando ele me questionou, levou um passa-fora!

^ Oh mundo cruel... tu é uma figuraça véio

^ De certa forma concordo com o Allex, muitas vezes eu mando uma mensagem porque não é algo importante. Se a pessoa não responder de jeito nenhum procuro realizar o contato por voz ou presencial.
No trabalho a minha atitude é a oposta, procuro usar mais o telefone, porque e-mail depende da atitude de quem recebe e rapidamente tende a ser improdutivo.

No entanto há pessoas que exageram, e só usam mensagens o tempo inteiro, e ainda perturbam quando você não responde. Ou seja, o que era para ser conveniente vira intrusivo.

Quanto ao texto postado, achei o conteúdo muito opinativo. Será que foi levado em consideração que hoje em dia tem muita gente se falando por voz com algum serviço como skype ou hangout do google?

galegonobaixo escreveu:Ok, mas que só se vê gente com deficiência de vitamina D hoje em dia...

Eu não conheço ninguém com esse problema. Se têm, pelo menos não me contaram.

galegonobaixo escreveu:E que ninguém sabe escrever (letra à mão), nem usar tesoura direito e muito menos lê o tanto que deveria por causa da "exposição exagerada a tecnologia", não se pode discordar...

Vc esqueceu da roca de fiar...

Sério, meu ponto é justamente esse. As ferramentas novas são melhores. Eventualmente as antigas ficam obsoletas e caem no desuso. Mas eu acho isso bom, e não ruim. E, as vezes, as novas ferramentas nos trazem possibilidades que antes não existiam, e isso pode mudar a forma como agimos no dia-a-dia, inclusive em relação à comunicação.

Sobre as pessoas lerem menos do que "deveriam" hj, eu não sei se é esse o caso. Mas mesmo que seja, eu apostaria mais que isso é uma deficiência na educação dos pais e escola, do que do desenvolvimento da tecnologia.

^Sobre a vitamina D, tem que dar uma pesquisada, ninguém saí falando disso a torto e a direito.
A vitamina D é metabolizada no seu corpo pelo sol, crianças não brincam na rua, não tomam sol, com isso os níveis de vitamina D são bem mais baixos do que o comum.
Aí no Sul, onde o "índice solar" é menor do que aqui no planalto, já tiveram casos bem mais sérios.

Roca? Tá me achando com cara de Bela Adormecida, Rapá?

Brincadeiras a parte, escrita a mão e tesoura entre outros, só serão percebidas suas faltas quando não tiver como utilizar as "ferramentas novas e melhores"

Concordo que quesitos de velocidade/praticidade de informação e em várias outras coisas, que inclusive o Cláudio citou lá em cima, a tecnologia dá uma surra no "!old school"

Entretanto absolutizar que ferramentas novas são melhores acho pesado.

E em off: Tudo que se tem que lutar um pouquinho mais para se conseguir, se torna muito mais valoroso...

galegonobaixo escreveu:^Sobre a vitamina D, tem que dar uma pesquisada, ninguém saí falando disso a torto e a direito.
A vitamina D é metabolizada no seu corpo pelo sol, crianças não brincam na rua, não tomam sol, com isso os níveis de vitamina D são bem mais baixos do que o comum.
Aí no Sul, onde o "índice solar" é menor do que aqui no planalto, já tiveram casos bem mais sérios.

10 a 15 minutos diários de sol são suficientes. Mais que isso faz até mais mal do que bem. Mas o que isso tem a ver com tecnologia mesmo?

galegonobaixo escreveu:Brincadeiras a parte, escrita a mão e tesoura entre outros, só serão percebidas suas faltas quando não tiver como utilizar as "ferramentas novas e melhores"

Entretanto absolutizar que ferramentas novas são melhores acho pesado.

Escrita a mão e tesoura eu não diria que não são mais utilizadas hj. Mas se uma ferramenta que eu uso hj pifar, é claro que eu vou sentir falta. Nem por isso eu vou manter todas as ferramentas obsoletas no meu armário (e aprender a uilizá-las) para o caso de isso acontecer. Eu não tenho ferro a carvão em casa. Nem lampião. Se meu ferro de passar queimar, eu conserto ou compro outro.

E se surgir uma ferramenta nova que seja pior do que uma anterior (e isso inclui custo), eu acho que não vai fazer muito sucesso. Por isso que eu digo que as novas são melhores.

galegonobaixo escreveu:E em off: Tudo que se tem que lutar um pouquinho mais para se conseguir, se torna muito mais valoroso...

Isso é bem "romântico".

Crianças, que não brincam na rua, não tomam sol, exatamente numa das fases onde mais se precisa de vitamina D.
Acordam vão para escola, sem sol, voltam ou vão para aulas de inglês sem sol, ou vão para o computador, sem sol e por aí vai.

Sem essa tecnologia toda, criança fica entediada e vai brincar, provalvelmente onde pega pelo menos um pouco de sol.


Bem, eu acho que você está exagerando, não falo de ter um lampião, um ferro a carvão, uma picareta e um arco e flecha dentro do armário para caso haja necessidade.

Eu nunca disse que tesouras e escrita a mão não são mais utilizadas, estou dizendo que elas estão "despriorizadas".

Diversos colégios "de qualidade" não tem mais livros, agora é obrigatório a criança ter um tablet, faz tempo que ví uma "criança", digamos até 15 ou 16 anos que saiba usar o dicionário.

Sou também concurseiro e mais da metade do meus concorrentes não consegue terminar as provas pois mão não agüenta. A mão não agüenta escrever uma redação de 15 a 25 linhas...As bolinhas do gabarito eu aceito, dói mesmo, em qualquer pessoa.

E nessa semana que se passou, para exemplificar, ví uma criança, sei lá uns 10 anos de idade ou mais, jogando um lápis de cor inteiro fora. Quando indagada, ela me disse "quebrou a ponta não tem mais como pintar". Ou seja , tem criança que nem sabe o que é um apontador!

Meu ponto é que tudo está sendo abandonado, não quero idade das trevas de novo, mas que, quando não se puder digitar um recado no seu Iphone ou qualquer coisa assim, e não puder mandar um sms, simplesmente saiba pegar um lápis, ou se quiser algo menos arcaico, uma lapiseira e anote um recado e deixe ao lado do telefone, se telefone fixo ainda existir no lugar em questão...


E sobre meu romântismo, sem isso o computador não existiria

galegonobaixo escreveu:Crianças, que não brincam na rua, não tomam sol, exatamente numa das fases onde mais se precisa de vitamina D.
Acordam vão para escola, sem sol, voltam ou vão para aulas de inglês sem sol, ou vão para o computador, sem sol e por aí vai.
(...)

Era pra ser só um OK, esqueci de lançar. srsrs

^Você não estaria sendo extremista demais?

Acho que o Allex tá precisando se apaixonar ...

^ Pelo visto vai ser pelo Wilson, assim que chegar à ilha deserta

ClaudioBass escreveu:^ Pelo visto vai ser pelo Wilson, assim que chegar à ilha deserta

galegonobaixo escreveu:Sem essa tecnologia toda, criança fica entediada e vai brincar, provalvelmente onde pega pelo menos um pouco de sol.

Ok, mudanças precisam de ajustes. Assim como vc faz execício pra cuidar da saúde, já que não sai mais pra caçar seu jantar, vc (ou as crianças) pode tomar uns minutos de sol por dia pra ficar saudável. A tecnologia pode ter criado essa situação, mas não acho que esse argumento da "falta de vitamina D" é suficiente pra defender que "do geito que era antigamente sim é que era bom". É só "aparar as arestas".

galegonobaixo escreveu:Eu nunca disse que tesouras e escrita a mão não são mais utilizadas, estou dizendo que elas estão "despriorizadas".

Concordo. Mas eu não vejo nada de ruim nisso. Provavelmente esse tempo que se ganha não precisando aprimorar essas habilidades, está sendo gasto com o aprimoramento de outras, mais adequadas ao nosso mundo atual.

galegonobaixo escreveu:Diversos colégios "de qualidade" não tem mais livros, agora é obrigatório a criança ter um tablet, faz tempo que ví uma "criança", digamos até 15 ou 16 anos que saiba usar o dicionário.

Eu sempre fui a favor dos meios eletrônicos de leitura. Menos papel, menos desmatamento e menos produção de lixo.
E tablets podem ter dicionários, tanto instalados como on-line. Se a criança não sabe usar, não é culpa do tablet. É da formação.

galegonobaixo escreveu:Sou também concurseiro e mais da metade do meus concorrentes não consegue terminar as provas pois mão não agüenta. A mão não agüenta escrever uma redação de 15 a 25 linhas...As bolinhas do gabarito eu aceito, dói mesmo, em qualquer pessoa.

E nessa semana que se passou, para exemplificar, ví uma criança, sei lá uns 10 anos de idade ou mais, jogando um lápis de cor inteiro fora. Quando indagada, ela me disse "quebrou a ponta não tem mais como pintar". Ou seja , tem criança que nem sabe o que é um apontador!

Aí vc só está contando uns "causos", né? Vc não tá defendendo o "modo antigo" com eles, tá?

galegonobaixo escreveu:Meu ponto é que tudo está sendo abandonado, não quero idade das trevas de novo, mas que, quando não se puder digitar um recado no seu Iphone ou qualquer coisa assim, e não puder mandar um sms, simplesmente saiba pegar um lápis, ou se quiser algo menos arcaico, uma lapiseira e anote um recado e deixe ao lado do telefone, se telefone fixo ainda existir no lugar em questão...

Quando vc fala de forma genérica ou abrangente, eu só respondo de acordo. Depois vc diz que eu exagero. Mas sem crise. Enfim, não é "tudo" que está sendo abndonado. E essas coisas que vc citou, como vc mesmo disse, só estão sendo "despriorizadas". Então o cidadão comum hj ainda sabe usar um lápis e escrever um recado.

galegonobaixo escreveu:E sobre meu romântismo, sem isso o computador não existiria

allexcosta escreveu:

Fernando Zadá escreveu:Outro dia o cúmulo foi o cara abrir um aplicativo de chocalho e dar pro bebe de menos de 1 ano de idade. deu vontade de parar o som descer e dar uns catiripapos no sujeito.

Por que isso? Qual o problema que existe em um chocalho flat que tira fotos e manda emails?

Não consigo entender esse conceito. Vamo todo mundo morar na caverna então. Cada um que é contra a tecnologia que doe sua geladeira, seu fogão, o chuveiro elétrico, a TV, o rádio, o carro, viva no escuro, plante a comida que come no quintal, etc...

[+1]

Ruds,

O que eu estou querendo dizer é que o mundo não vai parar, não não vai, usualmente as coisas como conhecemos vão deixar de existir, sim vão.

Mas somos seres humanos, feitos de carbono, e precisamos de hormônios e isso tudo.

O que digo é que o mundo está descompassado.
Crianças não jogam bola, não se machucam, não criam anticorpos (exemplos , ok?)

Estamos tomando uma direção que se algo der errado não sabemos agir de outra forma.
Algo como, se seu carro acabar a gasolina , muitos até mesmo hoje, não conseguem andar um Km para comprar o "saquinho salavador" de 5L.
Ou se o partamento pegar fogo não se consegue usar a escada, sei lá...

Digo, que tem coisas maravilhosas com a tecnologia, sim, mas estamos esquecendo muito rápido essas coisas mais simples , e em muitos casos saudáveis, como jogar um basqueta ou uma roda de amigos...

Fernando Zadá escreveu:Rsss
Pô Allex nesse caso cara uma criança de menos de um ano não precis aficar em contato com um celular não fora que o negócio é alto pacas, bizarro e me pareceu sobretudo que a atitude do pai foi meio no clima "sou moderno pacas"....
Na boa criança com menos de 3 anos devia ser proibida inclusive de andar ou ser criada por gente sem noção.
Existe chocalho super bacana e ajuda a criança a ter noção espacial que uma simulação num negócio flat e muderno não vai trasmitir.
Sou contra. Já acho videogame pra criança com 5, 6 anos uma aberração....

Zadá, eu cresci jogando bola, soltei pipa, rodei pião, joguei botão, e joguei muito videogame com os amigos! Não vejo nada de estranho em reunir os amigos na sala pra jogar videogame, é como jogar um jogo de tabuleiro, por exemplo A criança não deixa de interagir, só o meio que é diferente... Acho que o videogame tem muito mais a oferecer pras pessoas do que a maioria costuma achar.

Blz, galegonobaixo. Só trocando umas idéias e avaliando uns argumentos.

Ruds escreveu:Blz, galegonobaixo. Só trocando umas idéias e avaliando uns argumentos.