Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
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Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Este tópico, coordenado por Voila Marques, com o auxílio luxuoso do Cláudio Cuoco, é para perguntas e temas gerais sobre contrabaixo acústico & vertical.
Boss2K- Membro
- Mensagens : 7918
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Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
otimo
serei frequentador assiduo aqui kkkk
serei frequentador assiduo aqui kkkk
dibass- Membro
- Mensagens : 1565
Localização : uberlandia- MG
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Olá, gente!
Espero conseguir responder a contento as perguntas contrabaixísticas de vocês, com a ajuda preciosa do nosso colega Cláudio!
Gostaria também de agradecer ao FCBR a honra de participar desse novo espaço!
E que venham as perguntas!...
Abraços contrabaixísticos procês
Espero conseguir responder a contento as perguntas contrabaixísticas de vocês, com a ajuda preciosa do nosso colega Cláudio!
Gostaria também de agradecer ao FCBR a honra de participar desse novo espaço!
E que venham as perguntas!...
Abraços contrabaixísticos procês
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Divida a ideia e multiplique o resultado: perguntas e respostas técnicas se tornam solidárias, se postadas em fórum aberto!
voilamarques.com
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Huuumm... e, quando puder, apareça bem acompanhado de alguma pergunta, Dibass!dibass escreveu:otimo
serei frequentador assiduo aqui kkkk
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Divida a ideia e multiplique o resultado: perguntas e respostas técnicas se tornam solidárias, se postadas em fórum aberto!
voilamarques.com
Qual é a sua desculpa para não assumir o contrabaixo?
Coleguitos e coleguitas,
Já que ninguém me pergunta nadica de nada por aqui, resolvi colocar um texto do "Consultório Contrabaixístico" do meu blog, postado ontem, 18/11/2013, e sou eu agora que pergunto pra você(s):
Qual é a sua desculpa para não assumir o contrabaixo?
Transporte
O contrabaixo é menos prático de transportar que o violoncelo, mas a gente se acostuma com o próprio trambolho, e bem mais rápido do que se imagina.
Não conheço nenhum contrabaixista que tenha virado violoncelista por esse motivo, e acho “injusto” você nem ser violoncelista e já estar pensando em usar esse argumento ridículo do transporte para não ser contrabaixista…
Não é você mesmo quem diz ser apaixonado pelo som grave do contrabaixo?
E na hora do vamos ver, escolhe outro instrumento?
O primeiro passo é assumir os sonhos. Se você não os assume, com todos os defeitos, ficará difícil suportar os percalços da escolha, e isso vale para qualquer coisa que você queira fazer na vida.
Se não, fica parecendo aquele cara fissurado numa moça gordinha, mas que acabou ficando noivo de uma moça magérrima, por se sentir incapaz de levar a gordinha no colo na noite de núpcias e ter medo do vexame…
O contrabaixo pode ser levado em qualquer carro. É só uma questão de treino, especialmente para os instrumentos de tamanho 4/4 ou mais bojudos.
Em algumas cidades, é possível levá-lo para passear de metrô e trem, embora exista quem o leve de bicicleta e até de patins…
Existem também contrabaixos menores, e até com o braço desmontável!
Para as aulas, particulares ou em escolas, não se leva contrabaixo.
Só haverá necessidade de levá-lo para tocar em casamentos, shows e em ensaios e concertos de orquestras que não têm contrabaixo à disposição.
Se num carro desse tamanhinho essa contrabaixista desse vídeo conseguiu colocar tranquilamente o seu instrumento, por que você acha que não vai conseguir colocar o seu num carro maior?
Preços (2013)
As desculpas de falta de grana são as mais variadas, mas, com um pouco de coragem e planejamento, podem ser resolvidas por partes.
Contrabaixo
Para começar, um contrabaixo chinês bem simples, todo de compensado, deve estar na faixa de 2.500 reais, e costuma cumprir perfeitamente a sua função.
Um contrabaixo bem melhorzinho, com o tampo em madeira maciça, deve estar na faixa de 5 a 7 mil reais.
Não há necessidade de esperar pelo instrumento da sua vida, porque isso termina sendo mais uma desculpa para protelar o início dos estudos.
E há uma vantagem: se você cuidar do seu contrabaixo direitinho, ele durará a sua e outras vidas inteiras. E o que são alguns mil reais por tantas vidas, não é mesmo?
Agora, o contrabaixo precisará de uma regulagem básica feita por um luthier, pode precisar de cordas novas e, caso necessário, de arco, resina, banco, espelho…
http://www.voilamarques.com/2012/03/109-contrabaixo-nao-vai-pro-ceu-aspectos-importantes-sobre-compra-venda-de-contrabaixo/
Arco
Os contrabaixos costumam vir com o arco e capa. Escolha o arco que você vai estudar (modelo francês ou alemão) antes de comprá-lo. Procure se informar previamente sobre isso com o seu futuro professor, para não ficar com a varetinha do elefante branco em casa, caso você compre o arco errado e não consiga vendê-lo.
Um arco novo para contrabaixistas iniciantes, de madeira, está na faixa de 600 a 1000 reais.
Um arco novo para contrabaixistas iniciantes, de fibra de carbono, está na faixa de 400 a 800 reais.
Os arcos usados, embora raros, podem ser encontrados a partir de 200 ou 300 reais.
A manutenção do arco é limpar, afrouxar a crina após o uso e trocá-la sempre que a crina começar a não responder aos insistentes pedidos de resina. Crina surda e resina chata acabam com a paciência de qualquer contrabaixista. A troca da crina pode ser feita de três em três anos ou mais.
http://www.voilamarques.com/2011/05/25-qual-modelito-arco-frances-ou-arco-alemao/
Cordas
As cordas boas são caras, mas duram bem mais. Pense que é melhor gastar por volta de 500 ou 600 reais num encordoamento de qualidade que dure, do que 300 em um encordoamento que durará um ano ou dois já na prorrogação.
Corda velha e/ou de baixa qualidade costuma apresentar problemas na sustentação da afinação. E na hora de te classificarem como um contrabaixista com problemas de afinação, você pode ter certeza de que não estarão pensando que as suas cordas são de péssima qualidade e nem nos seus problemas financeiros para comprar um encordoamento melhor. Você é como se apresenta.
Ah, e um encordoamento de contrabaixo bom, custa mais que um encordoamento de violino bom, porém dura bem mais que ele, por exemplo. Existe alguma espécie de justiça divina no mundo sonoro…
Um bom encordoamento de contrabaixo, dependendo do uso, pode durar de dois a seis anos ou mais.
Resina
Arco sem resina não tem som, já que cabelo de cavalo (crina) precisa de “cola” para tirar som da corda. Uma boa resina dura, no mínimo dois anos mas, normalmente, dura bem mais do que isso.
Resina ruim dura menos, por que é preciso passar mais resina no arco.
As resinas muito secas e farinhentas são as piores, e se elas derem em cima daquelas crinas surdas que escrevi, a saliência pode acabar em notas ou meio mudas ou meio fanhas.
Uma boa resina custa aproximadamente 16 dólares (40 reais), mais o frete.
Banco
Um banco de madeira, entre 60 e 70 cm de altura, é o ideal. Um banco de madeira, em São Paulo, está a 57 reais, mais o frete:
Se o seu professor não utilizar contrabaixo, você não precisa se preocupar em usar essa desculpa para não assumir o contrabaixo.
Uma curiosidade: a maioria dos contrabaixistas que tocam em pé – em casa ou na escola -, costumam ensaiar sentados na orquestra.
Espelho
Um acessório mais que útil, para mostrar a quantas anda o nosso corpo e para onde está indo o arco quando tocamos, etc.
Um espelho simples (90x40x1cm) está em promoção numa loja, por 43 reais, mais o frete.
Um espelho com tamanho melhor (98x48x4), nessa na mesma loja, está por 70 reais. É só dar uma procuradinha pelas lojas ou na internet.
O espelho pode não ser um dos primeiros itens no índice dos artigos imprescindíveis, mas é imprescindível para quem quer aprender mais rápido e tocar bem o instrumento.
Regulagem
A regulagem básica de um contrabaixo é feita por um luthier e, normalmente, significa o ajuste e assentamento do cavalete e o assentamento das cordas.
Esse serviço está por aproximadamente 250 reais, podendo ser menos ou mais, mas é importante frisar que depende de cada caso.
Um cavalete mal assentado pode deixar as cordas altas demais ou baixas demais, pode deixar o instrumento com pouco som ou ficar mal alinhado com as cordas.
A regulagem básica só é dispensável quando o contrabaixo que se comprou foi regulado recentemente e não apresenta problemas de altura das cordas ou de som.
Espaço para colocar o contrabaixo em casa
De preferência, coloque o lindo numa quina de parede sem infiltrações. Coloque-o de castigo em pé, com o cavalete virado pra parede. De uma lateral a outra (ombros do contrabaixo), haverá aproximadamente 75 cm e, numa linha reta da quina da parede até a parte do instrumento que fica mais para fora (bojo) haverá aproximadamente 55 cm.
Será que é muito difícil achar esse espaço na sua casa, a ponto de você desistir da ideia do contrabaixo por causa disso?
Espaço para estudar em casa
Sobre a falta de espaço, gostaria de contar para você como era o meu espaço quando comecei a estudar contrabaixo em casa já que, durante um ano, por não ter contrabaixo, eu ia estudar no contrabaixo da universidade…
Depois que consegui alugar um, passei a estudar em casa, onde estudava na sala ou no meu quarto sendo que, nele, só cabiam a cama e o armário.
Para estudar lá, eu colocava, em cima da cama, um banco qualquer deitado com um almofadão por cima – eu ainda não tinha banco de contrabaixo -, e fechava a porta com chave, para evitar uma trauletada no contrabaixo caso alguém tivesse a infeliz ideia de entrar.
Na sala, eu estudava contrabaixo no meio da confusão de uma família com cinco pessoas e um cachorro, onde fiz o meu primeiro estágio de concentração que, algum tempo depois, passei a aprimorar nas orquestras da vida.
E, inicialmente, eu ainda sentava no corrimão da escada para estudar…
Hoje, qualquer faltazinha de contrabaixo, de espaço e/ou qualquer movimentação doméstica são motivos para a pessoa desistir até de tentar ser contrabaixista…
Parafraseando da música “Pra não dizer que não falei da flores”, do Geraldo Vandré, “quem sabe faz o espaço, não espera acontecer”, porque se você esperar que ele aconteça…
Sinceramente, penso que o maior problema para estudar contrabaixo não é o espaço externo, mas sim o interno, aquele que demanda disciplina, concentração, organização do tempo, paciência…
Tamanho do contrabaixo
Existem vários tamanhos, mas o 3/4 é o mais indicado para adultos, por ter as posições mais cômodas, ou seja, que necessitam de uma menor abertura dos dedos.
Aberturas muito grandes, como as que exigem os contrabaixos grandes, podem ser catastróficas para a saúde do contrabaixista a longo prazo, especialmente para os mais tensos e/ou sem um bom professor e/ou com dedos curtos e/ou com pouca flexibilidade entre os dedos..
É um engano comum aos leigos o de escolher o 4/4, por achar que ele tem mais som. Isso depende de cada instrumento. Tenho visto que o contrabaixo “preferido” dos contrabaixistas profissionais é o 3/4.
A escolha do 4/4 só é tolerável para aqueles que ainda não sabem sobre os possíveis danos causados por contrabaixos muito grandes ou para aqueles que não têm outra opção de compra.
Nesse caso, o jeito é torcer para que, se possível, essa opção não seja eterna e dure pouco, exceção feita aos contrabaixistas muito altos e fortes, desde que sejam relaxados ao tocar, que tenham um bom professor, flexibilidade entre os dedos e dedos não curtos.
O contrabaixo não usa força para ser tocado, mas parto do princípio que pessoas fortes tenham uma boa estrutura muscular e, consequentemente, uma boa proteção das articulações.
Tem gente que, mesmo depois de saber dos possíveis danos causados ao longo dos tempos e/ou dos “pré-requisitos” para tocar em um 4/4, insiste em comprar um 4/4, como se o 3/4 fosse um violoncelo.
O 3/4 é um tamanho para adultos e é um contrabaixo, não um violoncelo.
Portanto, ele é grande, é bem visível a olho nu e tem som grave, bonito e encorpado. Logicamente, a qualidade sonora varia de contrabaixo para contrabaixo e depende das exigências do contrabaixista.
Dedos curtos
Dedos curtos só são problema quando acompanhados de contrabaixo muito grande e/ou de mente pequena… "Cuidado com as más companhias!" - já devia dizer a sua mãe. Siga o conselho da mamãe mais uma vez!
As soluções alternativas para contrabaixo grande são contrabaixos menores, pestanas (madeirinha colocada no início do espelho, que diminui o tamanho das posições), aprender a tocar de forma mais relaxada, etc.
Junto com isso e, além disso, leitura e informação são sempre bem-vindas.
Aprendizado
O aprendizado do contrabaixo é totalmente subjetivo.
Conheci pessoas com uma facilidade impressionante e pessoas com uma dificuldade também impressionante.
O contrabaixo é bem menos demorado de aprender do que aprender violino da forma tradicional, em que o aluno passa mais de ano só puxando corda solta, por exemplo.
E devemos isso à idade mais avançada em que os alunos de contrabaixo começam a aprendê-lo aqui no Brasil (entre 13 e 17 anos ou mais tarde).
Já a idade para começar a estudar violino é bem mais cedo (6 anos, aproximadamente).
Por começarem bem mais tarde, os contrabaixistas têm menos tempo e menos paciência para esperar pelos resultados do estudo.
Se fosse adotado o ensino tradicional do violino adaptado ao contrabaixo, mais de 80% dos alunos já teriam desistido do contrabaixo.
Mesmo acelerando as etapas do aprendizado, talvez até por uma questão de sobrevivência instrumental, ainda assim o investimento de tempo é longo, como em quase todos os instrumentos.
Não sei se isso servirá como parâmetro, mas, passar para contrabaixista de uma boa orquestra profissional brasileira, isso deve levar entre 6 e 8 anos de estudo, no mínimo, e com raríssimas exceções em menos tempo.
Traste
Não dá para tocar porque não tem traste?
E você vai querer viver o resto da sua vida com notas engaioladas, só por que não tem coragem de dar liberdade para a sua mão esquerda viver perigosamente?
Sim, o contrabaixo acústico não tem trastes, que são aquelas divisões – que separam as casas do instrumento – usadas no violão e no contrabaixo elétrico.
O contrabaixo é um instrumento não temperado, ou seja, nele as notas não estão prontas, como ao tocar as teclas de um piano (instrumento temperado).
O contrabaixo necessita que as notas sejam “achadas”, mas o estudo para isso é gradativo o suficiente para o aluno ir pela estrada afora – inicialmente bem curta – e não dar de cara com o lobo mau.
E se, eventualmente, você der de cara com o lobo mau da nota errada ou da desafinação, pense que a perfeição não existe, e que essa sua desculpa esfarrapada já foi comida por ele há muito tempo!…
Contrabaixo não é violoncelo
Essa aqui é uma informação, para você não dizer que queria mesmo era estudar violoncelo. Vendo esses vídeos, você nunca mais fará confusão entre violoncelo e contrabaixo:
Contrabaixo acústico não é contrabaixo elétrico
(foto retirada do blog http://pablopilizardo.blogspot.com.br)
Essa aqui é só mais uma informação, para que você não use a desculpa de que contrabaixo é tudo igual, tanto para não estudar o acústico, quanto para estudá-lo em cima da hora dos concursos…
Os dois são contrabaixo, têm nome igual, mas têm forma de tocar completamente diferente, emissão de som diferente, formato diferente, etc.
Perdi a conta de contrabaixistas de elétrico que ligavam para ter aulas de acústico para concursos de bandas militares:
- Você toca ou já tocou o acústico?
- Não, professora.
- E quando é a prova?
- Daqui a três semanas.
- Infelizmente, só se eu fizer um curso de realização de milagres antes, e aí vamos ter menos tempo ainda…
Não perca tempo entrando num concurso sem conhecer bem o instrumento, até por que a concorrência está enorme e o concurso terá muitos contrabaixistas de acústico de verdade – alguns ou muitos tocando bem -, sem contar no dinheiro da inscrição que vai para o lixo…
Conclusão:
São tantas dúvidas, perguntas e empecilhos…
Sempre haverá alguma coisa ou pessoa para atrapalhar o caminho do contrabaixo: a mãe que nunca ouviu, mas que não gosta do contrabaixo; o pai que prefere Medicina à Música; a avó que reclama do espaço que o contrabaixo toma em casa, mesmo sendo tão pouco; o namorado que detestará todos os seus “colegos contrabaixistos” e que terá calafrios só de pensar nas suas mãos de lixa, enfim…
Pode ser que quem mais esteja atrapalhando o seu caminho seja você mesmo, que não tem coragem de assumir as coisas…
Sugiro que você perca o medo e comece a estudar o contrabaixo.
Se não for isso, o tempo irá dizer, desde que você seja mais complacente com ele, mesmo que ele não seja tão complacente com você…
O sucesso da jornada não depende somente de dedicação, mas também de talento, criatividade, boa orientação, sonhos e cobranças compatíveis com os seus objetivos de vida, e de amor, pois é ele que faz o contrabaixo valer a pena para nós mesmos, já que – como diz a música do Kid Abelha – “os outros são os outros, e só”…
Abraços contrabaixísticos da Voila
<a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" alt="Licença Creative Commons" /></a>
<span>Consultório contrabaixístico</span> by <a href="http://www.voilamarques.com/category/indice-consultorio-contrabaixistico/" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/" rel="license">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>." />
Já que ninguém me pergunta nadica de nada por aqui, resolvi colocar um texto do "Consultório Contrabaixístico" do meu blog, postado ontem, 18/11/2013, e sou eu agora que pergunto pra você(s):
Qual é a sua desculpa para não assumir o contrabaixo?
Transporte
O contrabaixo é menos prático de transportar que o violoncelo, mas a gente se acostuma com o próprio trambolho, e bem mais rápido do que se imagina.
Não conheço nenhum contrabaixista que tenha virado violoncelista por esse motivo, e acho “injusto” você nem ser violoncelista e já estar pensando em usar esse argumento ridículo do transporte para não ser contrabaixista…
Não é você mesmo quem diz ser apaixonado pelo som grave do contrabaixo?
E na hora do vamos ver, escolhe outro instrumento?
O primeiro passo é assumir os sonhos. Se você não os assume, com todos os defeitos, ficará difícil suportar os percalços da escolha, e isso vale para qualquer coisa que você queira fazer na vida.
Se não, fica parecendo aquele cara fissurado numa moça gordinha, mas que acabou ficando noivo de uma moça magérrima, por se sentir incapaz de levar a gordinha no colo na noite de núpcias e ter medo do vexame…
O contrabaixo pode ser levado em qualquer carro. É só uma questão de treino, especialmente para os instrumentos de tamanho 4/4 ou mais bojudos.
Em algumas cidades, é possível levá-lo para passear de metrô e trem, embora exista quem o leve de bicicleta e até de patins…
Existem também contrabaixos menores, e até com o braço desmontável!
Para as aulas, particulares ou em escolas, não se leva contrabaixo.
Só haverá necessidade de levá-lo para tocar em casamentos, shows e em ensaios e concertos de orquestras que não têm contrabaixo à disposição.
Se num carro desse tamanhinho essa contrabaixista desse vídeo conseguiu colocar tranquilamente o seu instrumento, por que você acha que não vai conseguir colocar o seu num carro maior?
Preços (2013)
As desculpas de falta de grana são as mais variadas, mas, com um pouco de coragem e planejamento, podem ser resolvidas por partes.
Contrabaixo
Para começar, um contrabaixo chinês bem simples, todo de compensado, deve estar na faixa de 2.500 reais, e costuma cumprir perfeitamente a sua função.
Um contrabaixo bem melhorzinho, com o tampo em madeira maciça, deve estar na faixa de 5 a 7 mil reais.
Não há necessidade de esperar pelo instrumento da sua vida, porque isso termina sendo mais uma desculpa para protelar o início dos estudos.
E há uma vantagem: se você cuidar do seu contrabaixo direitinho, ele durará a sua e outras vidas inteiras. E o que são alguns mil reais por tantas vidas, não é mesmo?
Agora, o contrabaixo precisará de uma regulagem básica feita por um luthier, pode precisar de cordas novas e, caso necessário, de arco, resina, banco, espelho…
http://www.voilamarques.com/2012/03/109-contrabaixo-nao-vai-pro-ceu-aspectos-importantes-sobre-compra-venda-de-contrabaixo/
Arco
Os contrabaixos costumam vir com o arco e capa. Escolha o arco que você vai estudar (modelo francês ou alemão) antes de comprá-lo. Procure se informar previamente sobre isso com o seu futuro professor, para não ficar com a varetinha do elefante branco em casa, caso você compre o arco errado e não consiga vendê-lo.
Um arco novo para contrabaixistas iniciantes, de madeira, está na faixa de 600 a 1000 reais.
Um arco novo para contrabaixistas iniciantes, de fibra de carbono, está na faixa de 400 a 800 reais.
Os arcos usados, embora raros, podem ser encontrados a partir de 200 ou 300 reais.
A manutenção do arco é limpar, afrouxar a crina após o uso e trocá-la sempre que a crina começar a não responder aos insistentes pedidos de resina. Crina surda e resina chata acabam com a paciência de qualquer contrabaixista. A troca da crina pode ser feita de três em três anos ou mais.
http://www.voilamarques.com/2011/05/25-qual-modelito-arco-frances-ou-arco-alemao/
Cordas
As cordas boas são caras, mas duram bem mais. Pense que é melhor gastar por volta de 500 ou 600 reais num encordoamento de qualidade que dure, do que 300 em um encordoamento que durará um ano ou dois já na prorrogação.
Corda velha e/ou de baixa qualidade costuma apresentar problemas na sustentação da afinação. E na hora de te classificarem como um contrabaixista com problemas de afinação, você pode ter certeza de que não estarão pensando que as suas cordas são de péssima qualidade e nem nos seus problemas financeiros para comprar um encordoamento melhor. Você é como se apresenta.
Ah, e um encordoamento de contrabaixo bom, custa mais que um encordoamento de violino bom, porém dura bem mais que ele, por exemplo. Existe alguma espécie de justiça divina no mundo sonoro…
Um bom encordoamento de contrabaixo, dependendo do uso, pode durar de dois a seis anos ou mais.
Resina
Arco sem resina não tem som, já que cabelo de cavalo (crina) precisa de “cola” para tirar som da corda. Uma boa resina dura, no mínimo dois anos mas, normalmente, dura bem mais do que isso.
Resina ruim dura menos, por que é preciso passar mais resina no arco.
As resinas muito secas e farinhentas são as piores, e se elas derem em cima daquelas crinas surdas que escrevi, a saliência pode acabar em notas ou meio mudas ou meio fanhas.
Uma boa resina custa aproximadamente 16 dólares (40 reais), mais o frete.
Banco
Um banco de madeira, entre 60 e 70 cm de altura, é o ideal. Um banco de madeira, em São Paulo, está a 57 reais, mais o frete:
Se o seu professor não utilizar contrabaixo, você não precisa se preocupar em usar essa desculpa para não assumir o contrabaixo.
Uma curiosidade: a maioria dos contrabaixistas que tocam em pé – em casa ou na escola -, costumam ensaiar sentados na orquestra.
Espelho
Um acessório mais que útil, para mostrar a quantas anda o nosso corpo e para onde está indo o arco quando tocamos, etc.
Um espelho simples (90x40x1cm) está em promoção numa loja, por 43 reais, mais o frete.
Um espelho com tamanho melhor (98x48x4), nessa na mesma loja, está por 70 reais. É só dar uma procuradinha pelas lojas ou na internet.
O espelho pode não ser um dos primeiros itens no índice dos artigos imprescindíveis, mas é imprescindível para quem quer aprender mais rápido e tocar bem o instrumento.
Regulagem
A regulagem básica de um contrabaixo é feita por um luthier e, normalmente, significa o ajuste e assentamento do cavalete e o assentamento das cordas.
Esse serviço está por aproximadamente 250 reais, podendo ser menos ou mais, mas é importante frisar que depende de cada caso.
Um cavalete mal assentado pode deixar as cordas altas demais ou baixas demais, pode deixar o instrumento com pouco som ou ficar mal alinhado com as cordas.
A regulagem básica só é dispensável quando o contrabaixo que se comprou foi regulado recentemente e não apresenta problemas de altura das cordas ou de som.
Espaço para colocar o contrabaixo em casa
De preferência, coloque o lindo numa quina de parede sem infiltrações. Coloque-o de castigo em pé, com o cavalete virado pra parede. De uma lateral a outra (ombros do contrabaixo), haverá aproximadamente 75 cm e, numa linha reta da quina da parede até a parte do instrumento que fica mais para fora (bojo) haverá aproximadamente 55 cm.
Será que é muito difícil achar esse espaço na sua casa, a ponto de você desistir da ideia do contrabaixo por causa disso?
Espaço para estudar em casa
Sobre a falta de espaço, gostaria de contar para você como era o meu espaço quando comecei a estudar contrabaixo em casa já que, durante um ano, por não ter contrabaixo, eu ia estudar no contrabaixo da universidade…
Depois que consegui alugar um, passei a estudar em casa, onde estudava na sala ou no meu quarto sendo que, nele, só cabiam a cama e o armário.
Para estudar lá, eu colocava, em cima da cama, um banco qualquer deitado com um almofadão por cima – eu ainda não tinha banco de contrabaixo -, e fechava a porta com chave, para evitar uma trauletada no contrabaixo caso alguém tivesse a infeliz ideia de entrar.
Na sala, eu estudava contrabaixo no meio da confusão de uma família com cinco pessoas e um cachorro, onde fiz o meu primeiro estágio de concentração que, algum tempo depois, passei a aprimorar nas orquestras da vida.
E, inicialmente, eu ainda sentava no corrimão da escada para estudar…
Hoje, qualquer faltazinha de contrabaixo, de espaço e/ou qualquer movimentação doméstica são motivos para a pessoa desistir até de tentar ser contrabaixista…
Parafraseando da música “Pra não dizer que não falei da flores”, do Geraldo Vandré, “quem sabe faz o espaço, não espera acontecer”, porque se você esperar que ele aconteça…
Sinceramente, penso que o maior problema para estudar contrabaixo não é o espaço externo, mas sim o interno, aquele que demanda disciplina, concentração, organização do tempo, paciência…
Tamanho do contrabaixo
Existem vários tamanhos, mas o 3/4 é o mais indicado para adultos, por ter as posições mais cômodas, ou seja, que necessitam de uma menor abertura dos dedos.
Aberturas muito grandes, como as que exigem os contrabaixos grandes, podem ser catastróficas para a saúde do contrabaixista a longo prazo, especialmente para os mais tensos e/ou sem um bom professor e/ou com dedos curtos e/ou com pouca flexibilidade entre os dedos..
É um engano comum aos leigos o de escolher o 4/4, por achar que ele tem mais som. Isso depende de cada instrumento. Tenho visto que o contrabaixo “preferido” dos contrabaixistas profissionais é o 3/4.
A escolha do 4/4 só é tolerável para aqueles que ainda não sabem sobre os possíveis danos causados por contrabaixos muito grandes ou para aqueles que não têm outra opção de compra.
Nesse caso, o jeito é torcer para que, se possível, essa opção não seja eterna e dure pouco, exceção feita aos contrabaixistas muito altos e fortes, desde que sejam relaxados ao tocar, que tenham um bom professor, flexibilidade entre os dedos e dedos não curtos.
O contrabaixo não usa força para ser tocado, mas parto do princípio que pessoas fortes tenham uma boa estrutura muscular e, consequentemente, uma boa proteção das articulações.
Tem gente que, mesmo depois de saber dos possíveis danos causados ao longo dos tempos e/ou dos “pré-requisitos” para tocar em um 4/4, insiste em comprar um 4/4, como se o 3/4 fosse um violoncelo.
O 3/4 é um tamanho para adultos e é um contrabaixo, não um violoncelo.
Portanto, ele é grande, é bem visível a olho nu e tem som grave, bonito e encorpado. Logicamente, a qualidade sonora varia de contrabaixo para contrabaixo e depende das exigências do contrabaixista.
Dedos curtos
Dedos curtos só são problema quando acompanhados de contrabaixo muito grande e/ou de mente pequena… "Cuidado com as más companhias!" - já devia dizer a sua mãe. Siga o conselho da mamãe mais uma vez!
As soluções alternativas para contrabaixo grande são contrabaixos menores, pestanas (madeirinha colocada no início do espelho, que diminui o tamanho das posições), aprender a tocar de forma mais relaxada, etc.
Junto com isso e, além disso, leitura e informação são sempre bem-vindas.
Aprendizado
O aprendizado do contrabaixo é totalmente subjetivo.
Conheci pessoas com uma facilidade impressionante e pessoas com uma dificuldade também impressionante.
O contrabaixo é bem menos demorado de aprender do que aprender violino da forma tradicional, em que o aluno passa mais de ano só puxando corda solta, por exemplo.
E devemos isso à idade mais avançada em que os alunos de contrabaixo começam a aprendê-lo aqui no Brasil (entre 13 e 17 anos ou mais tarde).
Já a idade para começar a estudar violino é bem mais cedo (6 anos, aproximadamente).
Por começarem bem mais tarde, os contrabaixistas têm menos tempo e menos paciência para esperar pelos resultados do estudo.
Se fosse adotado o ensino tradicional do violino adaptado ao contrabaixo, mais de 80% dos alunos já teriam desistido do contrabaixo.
Mesmo acelerando as etapas do aprendizado, talvez até por uma questão de sobrevivência instrumental, ainda assim o investimento de tempo é longo, como em quase todos os instrumentos.
Não sei se isso servirá como parâmetro, mas, passar para contrabaixista de uma boa orquestra profissional brasileira, isso deve levar entre 6 e 8 anos de estudo, no mínimo, e com raríssimas exceções em menos tempo.
Traste
Não dá para tocar porque não tem traste?
E você vai querer viver o resto da sua vida com notas engaioladas, só por que não tem coragem de dar liberdade para a sua mão esquerda viver perigosamente?
Sim, o contrabaixo acústico não tem trastes, que são aquelas divisões – que separam as casas do instrumento – usadas no violão e no contrabaixo elétrico.
O contrabaixo é um instrumento não temperado, ou seja, nele as notas não estão prontas, como ao tocar as teclas de um piano (instrumento temperado).
O contrabaixo necessita que as notas sejam “achadas”, mas o estudo para isso é gradativo o suficiente para o aluno ir pela estrada afora – inicialmente bem curta – e não dar de cara com o lobo mau.
E se, eventualmente, você der de cara com o lobo mau da nota errada ou da desafinação, pense que a perfeição não existe, e que essa sua desculpa esfarrapada já foi comida por ele há muito tempo!…
Contrabaixo não é violoncelo
Essa aqui é uma informação, para você não dizer que queria mesmo era estudar violoncelo. Vendo esses vídeos, você nunca mais fará confusão entre violoncelo e contrabaixo:
Contrabaixo acústico não é contrabaixo elétrico
(foto retirada do blog http://pablopilizardo.blogspot.com.br)
Essa aqui é só mais uma informação, para que você não use a desculpa de que contrabaixo é tudo igual, tanto para não estudar o acústico, quanto para estudá-lo em cima da hora dos concursos…
Os dois são contrabaixo, têm nome igual, mas têm forma de tocar completamente diferente, emissão de som diferente, formato diferente, etc.
Perdi a conta de contrabaixistas de elétrico que ligavam para ter aulas de acústico para concursos de bandas militares:
- Você toca ou já tocou o acústico?
- Não, professora.
- E quando é a prova?
- Daqui a três semanas.
- Infelizmente, só se eu fizer um curso de realização de milagres antes, e aí vamos ter menos tempo ainda…
Não perca tempo entrando num concurso sem conhecer bem o instrumento, até por que a concorrência está enorme e o concurso terá muitos contrabaixistas de acústico de verdade – alguns ou muitos tocando bem -, sem contar no dinheiro da inscrição que vai para o lixo…
Conclusão:
São tantas dúvidas, perguntas e empecilhos…
Sempre haverá alguma coisa ou pessoa para atrapalhar o caminho do contrabaixo: a mãe que nunca ouviu, mas que não gosta do contrabaixo; o pai que prefere Medicina à Música; a avó que reclama do espaço que o contrabaixo toma em casa, mesmo sendo tão pouco; o namorado que detestará todos os seus “colegos contrabaixistos” e que terá calafrios só de pensar nas suas mãos de lixa, enfim…
Pode ser que quem mais esteja atrapalhando o seu caminho seja você mesmo, que não tem coragem de assumir as coisas…
Sugiro que você perca o medo e comece a estudar o contrabaixo.
Se não for isso, o tempo irá dizer, desde que você seja mais complacente com ele, mesmo que ele não seja tão complacente com você…
O sucesso da jornada não depende somente de dedicação, mas também de talento, criatividade, boa orientação, sonhos e cobranças compatíveis com os seus objetivos de vida, e de amor, pois é ele que faz o contrabaixo valer a pena para nós mesmos, já que – como diz a música do Kid Abelha – “os outros são os outros, e só”…
Abraços contrabaixísticos da Voila
<a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" alt="Licença Creative Commons" /></a>
<span>Consultório contrabaixístico</span> by <a href="http://www.voilamarques.com/category/indice-consultorio-contrabaixistico/" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/" rel="license">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>." />
Última edição por Voila Marques em Qui Nov 21, 2013 3:32 am, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Erro de digitação: o contrabaixo é um instrumento não temperado)
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Nossa Voila, assim não dá, vc destruiu todas minhas desculpas uma à uma! Rsrsrs
O Acústico pra mim é como tatuagem! Adoro, mas não tenho coragem de encarar!
Quem sabe um dia entro nessa
O Acústico pra mim é como tatuagem! Adoro, mas não tenho coragem de encarar!
Quem sabe um dia entro nessa
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Já tinha visto o post da Voila, mas não tinha reparado nesse novo tópico.
Parabéns pela iniciativa!
Quanto ao questionamento da Voila, eu estou com a consciencia limpa de um jeito não convencional, mas foi o jeito que eu dei.
Mas acho que minha G.A.S. por um acústico não vai passar atér ter um "de verdade" e não um EUB.
Pensando nisso eu tenho uma pergunta com a devida contextualização.
Nos lugares onde eu toco não há, e não creio que haverão, contrabaixos acústicos à disposição.
Transporte será essencial.
Eu tenho um Honda Fit e família que precisa ir junto (minha esposa quase sempre canta onde e eu toco)
Hoje eu consigo encaixar no carro: Eu, minha esposa, meu filhinho na cadeirinha conforma manda a lei, carrinho de bebê, amp de baixo, violão, jazz bass e o double bass (elétrico, diga-se de passagem).
Tudo confortavelmente (sem ironias) no seu lugar.
Se eu colocar um acústico nessa conta, com certeza a estratégia precisa ser repensada.
Estou seriamente pensando em bancar o surfista e levar o rabecão em cima do carro.
Pelo que vi do preços das coisas, dificilmente conseguirei (ao menos no começo) comprar um case rígido, então imagino que terei de levar em um flexível.
Isso foi o contexto... hehhehehe
Agora as perguntas referentes ao transporte:
Afrouxo as cordas? Caso positivo. Até quanto?
Onde seriam os pontos mais indicados para eu "passar a correia" em volta do baixo?
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Eu imaginei os as setas em vermelho, mas aí tem a questão da tensão da correia que prende versus a do encordoamento. Por isso a primeira pergunta.
Desculpem se o "desenho" não ficou claro. eu posso fazer em cima de uma foto, mas não aqui onde estou no momento.
Parabéns pela iniciativa!
Quanto ao questionamento da Voila, eu estou com a consciencia limpa de um jeito não convencional, mas foi o jeito que eu dei.
Mas acho que minha G.A.S. por um acústico não vai passar atér ter um "de verdade" e não um EUB.
Pensando nisso eu tenho uma pergunta com a devida contextualização.
Nos lugares onde eu toco não há, e não creio que haverão, contrabaixos acústicos à disposição.
Transporte será essencial.
Eu tenho um Honda Fit e família que precisa ir junto (minha esposa quase sempre canta onde e eu toco)
Hoje eu consigo encaixar no carro: Eu, minha esposa, meu filhinho na cadeirinha conforma manda a lei, carrinho de bebê, amp de baixo, violão, jazz bass e o double bass (elétrico, diga-se de passagem).
Tudo confortavelmente (sem ironias) no seu lugar.
Se eu colocar um acústico nessa conta, com certeza a estratégia precisa ser repensada.
Estou seriamente pensando em bancar o surfista e levar o rabecão em cima do carro.
Pelo que vi do preços das coisas, dificilmente conseguirei (ao menos no começo) comprar um case rígido, então imagino que terei de levar em um flexível.
Isso foi o contexto... hehhehehe
Agora as perguntas referentes ao transporte:
Afrouxo as cordas? Caso positivo. Até quanto?
Onde seriam os pontos mais indicados para eu "passar a correia" em volta do baixo?
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Eu imaginei os as setas em vermelho, mas aí tem a questão da tensão da correia que prende versus a do encordoamento. Por isso a primeira pergunta.
Desculpem se o "desenho" não ficou claro. eu posso fazer em cima de uma foto, mas não aqui onde estou no momento.
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Muito bom Voila, seus textos são excelentes, precisos e divertidos. Estou pensando muito em me aventurar no mundo fretless primeiramente, experimentei um Yamaha RBX270 desfretado e fiquei encantado com a tocabilidade e conforto ocasionado pela ausência de trastes. Já seria um começo... apesar da distância entre o baixo elétrico e o acústico.
afonsodecampos- Membro
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Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
J.Adalberto escreveu:Nossa Voila, assim não dá, vc destruiu todas minhas desculpas uma à uma! Rsrsrs
O Acústico pra mim é como tatuagem! Adoro, mas não tenho coragem de encarar!
Quem sabe um dia entro nessa
J.Adalberto, com um pouco de coragem, você consegue!
Garanto que, como 2º (ou mais) instrumento, vai ser muito mais fácil de aprender!
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Obrigada, Rafael!rafael.buzzi.andrade escreveu:Já tinha visto o post da Voila, mas não tinha reparado nesse novo tópico.
Parabéns pela iniciativa!
Quanto ao questionamento da Voila, eu estou com a consciencia limpa de um jeito não convencional, mas foi o jeito que eu dei.
Mas acho que minha G.A.S. por um acústico não vai passar atér ter um "de verdade" e não um EUB.
Pensando nisso eu tenho uma pergunta com a devida contextualização.
Nos lugares onde eu toco não há, e não creio que haverão, contrabaixos acústicos à disposição.
Transporte será essencial.
Eu tenho um Honda Fit e família que precisa ir junto (minha esposa quase sempre canta onde e eu toco)
Hoje eu consigo encaixar no carro: Eu, minha esposa, meu filhinho na cadeirinha conforma manda a lei, carrinho de bebê, amp de baixo, violão, jazz bass e o double bass (elétrico, diga-se de passagem).
Tudo confortavelmente (sem ironias) no seu lugar.
Se eu colocar um acústico nessa conta, com certeza a estratégia precisa ser repensada.
Estou seriamente pensando em bancar o surfista e levar o rabecão em cima do carro.
Pelo que vi do preços das coisas, dificilmente conseguirei (ao menos no começo) comprar um case rígido, então imagino que terei de levar em um flexível.
Isso foi o contexto... hehhehehe
Agora as perguntas referentes ao transporte:
Afrouxo as cordas? Caso positivo. Até quanto?
Onde seriam os pontos mais indicados para eu "passar a correia" em volta do baixo?
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Eu imaginei os as setas em vermelho, mas aí tem a questão da tensão da correia que prende versus a do encordoamento. Por isso a primeira pergunta.
Desculpem se o "desenho" não ficou claro. eu posso fazer em cima de uma foto, mas não aqui onde estou no momento.
Acho que a estratégia para levar tantas pessoas e coisas ao mesmo tempo terá mesmo que ser repensada...
Por exemplo: sempre que você vai tocar, seu filhote vai junto?
No carro cabem três adultos e o contrabaixo acústico.
Uma sugestão seria mudar o seu carro para um modelito perua pois, além de caber muita coisa na parte de trás, tem carros que têm o banco traseiro não inteiriço.
Aí, dá para deitar um deles para colocar o contrabaixo, enquanto sua mulher vai de co-piloto, seu filho vai na cadeirinha, o contrabaixo vai deitadinho separado e as outras coisas cabem na parte de trás do carro.
Outra sugestão seria selecionar os trabalhos para não ter que levar tanta coisa: um show com baixo elétrico, outro com o acústico.
Sobre o contrabaixo em cima do carro, é uma ideia. O problema é arranjar a case.
Talvez você precisasse mandar fazê-la de compensado, já que a de fibra é carésima.
A mais barata que achei, por sinal horrorosa, custa 1500 dólares, fora o frete.
Tem cases de 3000 dólares...
Sobre as correias, a foto aí de cima já vai te dar uma noção.
Quando levo de carro, deito o banco do co-piloto para trás, entro com o bojo do contrabaixo primeiro.
Aí, passo o cinto de segurança do co-piloto normalmente por cima dele, que ficará em diagonal, por cima das cordas.
Se o contrabaixo for em cima do carro, dentro de uma case, não há necessidade de afrouxar as cordas se o trajeto for curto e sem sol.
Se o trajeto for longo e/ou com sol, afrouxe um pouco as cordas.
No mais, afrouxo as cordas sempre que o contrabaixo vai viajar de ônibus (na capa) ou de avião (em case).
Para afrouxar as cordas, o detalhe é afrouxar pouco, por causa do cavalete e da alma que podem cair, já que são presos pela pressão das cordas.
Se você afrouxar um semitom, já estará de bom tamanho.
Caso queira afrouxar mais, só afrouxe um tiquinho mais duas cordas, para sustentar o cavalete no lugar, ok?
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Obrigadíssima, Afonso!afonsodecampos escreveu:Muito bom Voila, seus textos são excelentes, precisos e divertidos. Estou pensando muito em me aventurar no mundo fretless primeiramente, experimentei um Yamaha RBX270 desfretado e fiquei encantado com a tocabilidade e conforto ocasionado pela ausência de trastes. Já seria um começo... apesar da distância entre o baixo elétrico e o acústico.
Boa sorte na sonhada viagem ao mundo fretless! Só não se esqueça de que o acústico é completamente diferente de um Yamaha RB 270, mesmo que sem trastes, ok?
Espero que você um dia dê uma esticada na viagem, e chegue ao acústico, hahaha!
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Valeu Voila!
É... acho que vou resolver um problema por vez... primeiro arranjar um acúsitico... depois eu vou resolvendo o resto conforme a necessidade mesmo.
Sobre afrouxar as cordas: Era bem essa minha preocupação. O cavalete e a alma. Bem... Vai ter que ser case mesmo.
Muito obrigado Voila
Umas 70%Voila Marques escreveu:Por exemplo: sempre que você vai tocar, seu filhote vai junto?
Ah... mas aí cadê a graça da situação???Voila Marques escreveu:Outra sugestão seria selecionar os trabalhos para não ter que levar tanta coisa: um show com baixo elétrico, outro com o acústico.
É... acho que vou resolver um problema por vez... primeiro arranjar um acúsitico... depois eu vou resolvendo o resto conforme a necessidade mesmo.
Sobre afrouxar as cordas: Era bem essa minha preocupação. O cavalete e a alma. Bem... Vai ter que ser case mesmo.
Muito obrigado Voila
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Querida Voila, tem horas que eu acho que você não é desse planeta, deve ter sido enviada de algum lugar desconhecido por nós mortais. Um post maravilhoso como esse, além de derrubar todos os mitos que rondam nosso amado Acústico, enriquece muito o nosso acervo técnico.
Sem medo de parecer besta, hoje eu digo pra qualquer um com segurança: "quer aprender muito sobre contrabaixo acústico? acesse o Contrabaixo BR".
Parabéns pelo post!
Sem medo de parecer besta, hoje eu digo pra qualquer um com segurança: "quer aprender muito sobre contrabaixo acústico? acesse o Contrabaixo BR".
Parabéns pelo post!
Claudio- Membro
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Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Bem, cada vez mais estou ficando minimalista.rafael.buzzi.andrade escreveu:Valeu Voila!Umas 70%Voila Marques escreveu:Por exemplo: sempre que você vai tocar, seu filhote vai junto?Ah... mas aí cadê a graça da situação???Voila Marques escreveu:Outra sugestão seria selecionar os trabalhos para não ter que levar tanta coisa: um show com baixo elétrico, outro com o acústico.
É... acho que vou resolver um problema por vez... primeiro arranjar um acúsitico... depois eu vou resolvendo o resto conforme a necessidade mesmo.
Sobre afrouxar as cordas: Era bem essa minha preocupação. O cavalete e a alma. Bem... Vai ter que ser case mesmo.
Muito obrigado Voila
Para tocar em casamentos, não levo mais banco, hahaha!
Uma outra solução para você seria um contrabassetto do luthier Andrea Spada, que além de pequeno, tem sonzão e pode ter o braço desmontável (acho que isso é opcional).
Ele é um dos meus sonhos de consumo. Assisti um show do Bruce Henry com um, e adorei a sonoridade.
Infelizmente, ele está na faixa de 15 mil atualmente, e meu outro sonho de consumo é ter 15 mil reais, hahaha!
Para saber mais: http://www.andreaspada.com/index.php/br/contrabassettos
Sobre a case, pouquíssimos contrabaixistas fazem uso dela no Brasil.
A case é usada para viagens de avião.
No mais, usamos uma capa reforçada (com forro de espuma grossa e muitas alças) para viagens de ônibus, de carro, trem, etc.
No dia a dia, usamos uma capa mais leve.
Pense no investimento em uma case porque, quando você quiser vendê-la, pode ser muito difícil ou mesmo impossível.
Como você já tem carro, o dinheiro gasto em uma case de fibra, por exemplo, pode ajudar na compra de um carro novo, especialmente se você não tiver planos de viajar com o contrabaixo de avião, o que é uma dor de cabeça incrível...
Bem, isso é só uma sugestão, e penso que investimentos desse tipo têm que ser colocados no papel antes, e os prós e contras devem ser analisados com muita precaução, pois cada caso é um caso, ok?
Eu não compraria uma case, pois tenho uma e sei o elefante branco que ela é atualmente, já que minhas viagens de avião com o contrabaixo são zero, e não tem quem queira comprar um trambolho daqueles...
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
^ É... eu já pesquisei previamente sobre o contrabasseto... realmente a solução ideal... a um preço que, pra um reles estudante como eu, não justifica em nada...
Pois é... sobre o case ainda tem o fato de servir para UMA medida de contrabaixo apenas....
Esse post serviu mesmo para eu botar na cabeça que tenho de resolver um dor de cada vez... não vou botar a carroça na frente dos bois
Pois é... sobre o case ainda tem o fato de servir para UMA medida de contrabaixo apenas....
Esse post serviu mesmo para eu botar na cabeça que tenho de resolver um dor de cada vez... não vou botar a carroça na frente dos bois
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Vergonhei, Cláudio querido...ClaudioBass escreveu:Querida Voila, tem horas que eu acho que você não é desse planeta, deve ter sido enviada de algum lugar desconhecido por nós mortais. Um post maravilhoso como esse, além de derrubar todos os mitos que rondam nosso amado Acústico, enriquece muito o nosso acervo técnico.
Sem medo de parecer besta, hoje eu digo pra qualquer um com segurança: "quer aprender muito sobre contrabaixo acústico? acesse o Contrabaixo BR".
Parabéns pelo post!
Obrigadíssima!
Aos poucos, vamos plantando juntos cada vez mais acústico aqui no Fórum!
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
A caixa pode ser feita para caber um contrabaixo maior e, dentro, você coloca o contrabaixo menor com a capa com forro de espuma grossa.rafael.buzzi.andrade escreveu:^ É... eu já pesquisei previamente sobre o contrabasseto... realmente a solução ideal... a um preço que, pra um reles estudante como eu, não justifica em nada...
Pois é... sobre o case ainda tem o fato de servir para UMA medida de contrabaixo apenas....
Esse post serviu mesmo para eu botar na cabeça que tenho de resolver um dor de cada vez... não vou botar a carroça na frente dos bois
Se, mesmo assim ainda ficar com folga, preencha com mais espuma, deixando uma pequeníssima folga, para o contrabaixo não ficar "sufocado".
A minha capa de viagem foi feita para o meu ex-contrabaixo, um tchecão 4/4, e a uso até hoje até no meu 5/8, que é um contrabaixo, digamos, pequeno.
Agora, se a case ou a capa forem pequenas, não poderão ser usadas em instrumentos maiores...
A capa do meu 5/8 de tanto ser usada como "saia justa" no meu 3/4, acabou com ela.
O lance da medida certinha da case só é usada nas chiquerésimas, feitas sob medida.
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
^ Voila... pare de me dar soluções
hehehehehe.... mas é uma boa dica. Eu estou acostumado a comprar capas justas justamente(!?) pro instrumento não dançar dentro. Mas isso em capas que custam menos de duas centenas de dilmas, que a gente compra "toda hora".
Essa do caixão (digo... case) maior não tinha nem passado pela minha cabeça.
Até me animei um pouco com esse projeto agora.
PS: é que eu realmente gosto do honda fit
hehehehehe.... mas é uma boa dica. Eu estou acostumado a comprar capas justas justamente(!?) pro instrumento não dançar dentro. Mas isso em capas que custam menos de duas centenas de dilmas, que a gente compra "toda hora".
Essa do caixão (digo... case) maior não tinha nem passado pela minha cabeça.
Até me animei um pouco com esse projeto agora.
PS: é que eu realmente gosto do honda fit
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
é aqui q eu sacio um pouco o meu amor platônico pelos contrabaixos acústicos. não costumo postar nesta seção do nosso fórum, mas, sempre, a acompanho.ClaudioBass escreveu:...Sem medo de parecer besta, hoje eu digo pra qualquer um com segurança: "quer aprender muito sobre contrabaixo acústico? acesse o Contrabaixo BR".
Parabéns pelo post!
o lado ruim do último texto da Vóila é fiquei sem desculpas p/ começar a aprender a tocar este instrumento.
Claudião e Vóila, vcs têm postado materiais valiosíssimos p/ a gente sobre contrabaixos acústicos, e lhes sou muito grato por isso! Obrigado!
fheliojr- Membro
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Localização : Fortaleza-CE
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Adorei essa frase... realmente é essa a sensação, de que as notas estão dentro de gaiolas!Voila Marques escreveu:
Traste
E você vai querer viver o resto da sua vida com notas engaioladas, só por que não tem coragem de dar liberdade para a sua mão esquerda viver perigosamente?
Pois é... então está mais do que na hora do amigo se movimentar pra começar a tocar o acústico né? material e orientações não faltam... a única coisa que não tem mesmo são desculpas, essas a Voila já exterminou todas!fheliojr escreveu:
é aqui q eu sacio um pouco o meu amor platônico pelos contrabaixos acústicos
(...)
o lado ruim do último texto da Vóila é fiquei sem desculpas p/ começar a aprender a tocar este instrumento.
Claudio- Membro
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Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Viola qual cronograma de estudos diários voçe me recomendaria ?
Eu procuro dividir meu tempo de estudos entre escalas em geral,arpejos,alguns exercícios no capotasto(começei a pouco tempo),um pouco de leitura e solfejo...
Eu procuro dividir meu tempo de estudos entre escalas em geral,arpejos,alguns exercícios no capotasto(começei a pouco tempo),um pouco de leitura e solfejo...
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
rafael.buzzi.andrade escreveu:^ Voila... pare de me dar soluções
hehehehehe.... mas é uma boa dica. Eu estou acostumado a comprar capas justas justamente(!?) pro instrumento não dançar dentro. Mas isso em capas que custam menos de duas centenas de dilmas, que a gente compra "toda hora".
Essa do caixão (digo... case) maior não tinha nem passado pela minha cabeça.
Até me animei um pouco com esse projeto agora.
PS: é que eu realmente gosto do honda fit
Já parei!
Coloquei as minhas soluções dentro do caixão abaixo:
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Obrigada, Helinho!fheliojr escreveu:é aqui q eu sacio um pouco o meu amor platônico pelos contrabaixos acústicos. não costumo postar nesta seção do nosso fórum, mas, sempre, a acompanho.ClaudioBass escreveu:...Sem medo de parecer besta, hoje eu digo pra qualquer um com segurança: "quer aprender muito sobre contrabaixo acústico? acesse o Contrabaixo BR".
Parabéns pelo post!
o lado ruim do último texto da Vóila é fiquei sem desculpas p/ começar a aprender a tocar este instrumento.
Claudião e Vóila, vcs têm postado materiais valiosíssimos p/ a gente sobre contrabaixos acústicos, e lhes sou muito grato por isso! Obrigado!
Mas tenho certeza de que você vai exercitar a sua criatividade, inventando novas desculpas para se safar do acústico, hahaha!
Se bobear, daqui a pouco tem até um clube de fujões aqui no Fórum!
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Obrigada, Cláudio!ClaudioBass escreveu:Adorei essa frase... realmente é essa a sensação, de que as notas estão dentro de gaiolas!Voila Marques escreveu:
Traste
E você vai querer viver o resto da sua vida com notas engaioladas, só por que não tem coragem de dar liberdade para a sua mão esquerda viver perigosamente?
Liberdade para os pássaros e para as notas:
+ 1ClaudioBass escreveu:Pois é... então está mais do que na hora do amigo se movimentar pra começar a tocar o acústico né? material e orientações não faltam... a única coisa que não tem mesmo são desculpas, essas a Voila já exterminou todas!fheliojr escreveu:
é aqui q eu sacio um pouco o meu amor platônico pelos contrabaixos acústicos
(...)
o lado ruim do último texto da Vóila é fiquei sem desculpas p/ começar a aprender a tocar este instrumento.
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Gleissonjoaquin, o cronograma varia de contrabaixista para contrabaixista, mas sugiro esse aqui:gleissonjoaquin escreveu:Viola qual cronograma de estudos diários voçe me recomendaria ?
Eu procuro dividir meu tempo de estudos entre escalas em geral,arpejos,alguns exercícios no capotasto(começei a pouco tempo),um pouco de leitura e solfejo...
1- Exercícios em cordas soltas (eles evita as besteiras acumuladas que vamos fazendo com o arco, pois o foco nesses exercícios passa a ser somente ele);
2- Aquecimento e exercícios com arco e mão esquerda em uma só posição (Inicialmente, intercalando notas presas com cordas soltas, para aquecer a mão esquerda. A mão direita já aqueceu nos exercícios de cordas soltas) (esses exercícios podem incluir a região do capotasto);
3- Aquecimento com mudança de posição (treina a afinação, a precisão e a sincronia das mãos);
4- Escalas, arpejos e intervalos de 3ª, 4ª, 5ª, etc, com variantes rítmicas, de dedilhado e de articulação, etc (esses exercícios podem incluir a região do capotasto) (quando feito através de métodos, também treinam a leitura e a afinação);
5- Estudos melódicos para fixar a tonalidade estudada ou outra tonalidade (é também um treino de leitura e afinação);
6- Uma peça ou trecho musical, no mínimo, para aplicar o que está sendo estudado ao longo dos tempos e/ou para deixar o estudo mais "leve".
OBS: Não se esqueça de parar 10 minutos (no mínimo) a cada 50 minutos de estudo (no máximo), para relaxar as articulações.
Os iniciantes no contrabaixo devem estudar bem menos tempo, se adaptando gradativamente - e bem aos poucos - ao instrumento, para evitar lesões por falta de condicionamento.
Boa sorte contrabaixística procê!
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
olha aí, heim... pra que mandar vir um case de fora quando uma funerária pode resolver meu problemas.... kkkkkkkkVoila Marques escreveu:
Já parei!
Coloquei as minhas soluções dentro do caixão abaixo:
mórbido mas eficaz
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
rafael.buzzi.andrade escreveu:olha aí, heim... pra que mandar vir um case de fora quando uma funerária pode resolver meu problemas.... kkkkkkkkVoila Marques escreveu:
Já parei!
Coloquei as minhas soluções dentro do caixão abaixo:
mórbido mas eficaz
Para facilitar a colocação do contrabaixo no caixão, sugiro uns modelitos "lindíssimos" que vi agora pela internet.
Não devem funcionar com o arco e nem com a maioria dos contrabaixistas, mas para combinar com a "case" devem ser eficazes, hahaha!
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
^ kkkkkk.... olha... se eu fosse mais "performático" era até capaz de usar um desses...
ah.. e obrigado pela dica do aquecimento/exercícios... eu tenho a tendência de tantar aquecer já com uma música... mas realmente acabo me perdendo entre a digitação e o arco.
ah.. e obrigado pela dica do aquecimento/exercícios... eu tenho a tendência de tantar aquecer já com uma música... mas realmente acabo me perdendo entre a digitação e o arco.
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Voila, Parabéns pela Iniciativa.
Deixa eu aproveitar este tópico (se for o caso de mudar esta pergunta, por favor sintam-se a vontade).
Tenho um contra-baixo de 3/4. O arco que vem com ele eh beeem ruizinho, muito pesado. E estou pensando em trocar por um melhor. A dúvida que surgiu quando comecei a procurar é que existem medidas também para Arcos. Vi que existem arcos de 3/4 e 4/4. A minha dúvida é: Por eu possuir um CB de 3/4 é aconselhável eu ter um arco também de 3/4 ou isso nao importa e/ou nao tem diferença pra um de 4/4?
Obs: Comecei a sentir dores na região do polegar por causa do arco ser muito pesado (modelo francês), as dores melhoraram de uns tempos pra cá. Mas consegui emprestado um arco de um amigo meu e é muito mais leve que o meu, absurda a diferença.
Deixa eu aproveitar este tópico (se for o caso de mudar esta pergunta, por favor sintam-se a vontade).
Tenho um contra-baixo de 3/4. O arco que vem com ele eh beeem ruizinho, muito pesado. E estou pensando em trocar por um melhor. A dúvida que surgiu quando comecei a procurar é que existem medidas também para Arcos. Vi que existem arcos de 3/4 e 4/4. A minha dúvida é: Por eu possuir um CB de 3/4 é aconselhável eu ter um arco também de 3/4 ou isso nao importa e/ou nao tem diferença pra um de 4/4?
Obs: Comecei a sentir dores na região do polegar por causa do arco ser muito pesado (modelo francês), as dores melhoraram de uns tempos pra cá. Mas consegui emprestado um arco de um amigo meu e é muito mais leve que o meu, absurda a diferença.
nando.filho- Membro
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Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Voila para quem insiste nas desculpas de espaço, seja em casa ou no carro, o contrabaixo vertical é um bom substituto ao acústico ou estudar com um vertical não te dá nem uma ideia de como é o mundo do contrabaixo acústico? Qual a figuração dele no nosso meio? Ele tem um bom custo x benefício?? Beijos contrabaixísticos kkkkkkk
Jhonny.Bear- Membro
- Mensagens : 38
Localização : Recife
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Jhonny, se o projeto do braço e espelho do vertical for baseado exatamente nas medidas de um acústico, em termos de pegada você terá a real noção de como é o mundo do contrabaixo acústico.
Em termos de sonoridade já não posso dizer o mesmo. Por questões óbvias o som emitido por um bojo acústico trabalhado em madeira maciça é bem diferente do som vindo de um corpo fino, maciço que depende de uma captação piezoelétrica.
Em termos de vertical, a exceção é o Yamaha Silent Bass. Ele te dá um som muito semelhante ao acústico, diria até 99% do real. O "milagre" que o Silent Bass opera pra conseguir isso, é que ele utiliza um processador (sampler) interno, que capta a vibração das cordas e transforma em som de acústico. Ele não utiliza captação piezoelétrica.
A única coisa chata no Silent Bass, é que lá fora no List Price você vai encontrá-lo na faixa de 3.500 dólares. Aqui no Brasil ele baixo não chega por menos de 10 mil Reais. E, convenhamos... pra gastar 10K num vertical, acho mais negócio fazer um acústico.
Dá uma olhada nesse vídeo pra você sacar o som do Silent Bass
http://www.ebay.com/itm/YAMAHA-SLB-200-silent-base-instrument-free-shipping-Japanese-culture-new-brand-/181272216596?pt=LH_DefaultDomain_0&hash=item2a34aa8414
http://www.ebay.com/itm/Yamaha-SVB200SK-Silent-Electric-String-Bass-/181224257221?pt=Guitar&hash=item2a31ceb6c5
Em termos de sonoridade já não posso dizer o mesmo. Por questões óbvias o som emitido por um bojo acústico trabalhado em madeira maciça é bem diferente do som vindo de um corpo fino, maciço que depende de uma captação piezoelétrica.
Em termos de vertical, a exceção é o Yamaha Silent Bass. Ele te dá um som muito semelhante ao acústico, diria até 99% do real. O "milagre" que o Silent Bass opera pra conseguir isso, é que ele utiliza um processador (sampler) interno, que capta a vibração das cordas e transforma em som de acústico. Ele não utiliza captação piezoelétrica.
A única coisa chata no Silent Bass, é que lá fora no List Price você vai encontrá-lo na faixa de 3.500 dólares. Aqui no Brasil ele baixo não chega por menos de 10 mil Reais. E, convenhamos... pra gastar 10K num vertical, acho mais negócio fazer um acústico.
Dá uma olhada nesse vídeo pra você sacar o som do Silent Bass
http://www.ebay.com/itm/YAMAHA-SLB-200-silent-base-instrument-free-shipping-Japanese-culture-new-brand-/181272216596?pt=LH_DefaultDomain_0&hash=item2a34aa8414
http://www.ebay.com/itm/Yamaha-SVB200SK-Silent-Electric-String-Bass-/181224257221?pt=Guitar&hash=item2a31ceb6c5
Claudio- Membro
- Mensagens : 15413
Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Claudio... quero lhe avisar que esse tipo de post é extremamente perigoso para pessoas que estão juntando seu suado dinheirinho...
dá uma G.A.S.
Johnny.Bear: seguindo a linha do Claudio (já comentei isso em outros posts, mas já que perguntasse... hehe) de vericais elétricos (EUB - Eletric Upright Bass) com medidas de double bass há o Stagg EDB ( tem um bom review dele aqui )
O som dele não é nem de perto o que você tem com o Yamaha, mas está me auxiliando bastante nos meus estudos e é mais barato do que um acústico de entrada...
No Brasil só encontrei ele no mercado livre para vender (que foi onde eu adquiri o meu). Infelizmente faz tempo que não aparece um por lá...
PS: E dá pra fazer umas gigs com ele bem na boa também. Só não vai ficar aquela brastemp.
dá uma G.A.S.
Johnny.Bear: seguindo a linha do Claudio (já comentei isso em outros posts, mas já que perguntasse... hehe) de vericais elétricos (EUB - Eletric Upright Bass) com medidas de double bass há o Stagg EDB ( tem um bom review dele aqui )
O som dele não é nem de perto o que você tem com o Yamaha, mas está me auxiliando bastante nos meus estudos e é mais barato do que um acústico de entrada...
No Brasil só encontrei ele no mercado livre para vender (que foi onde eu adquiri o meu). Infelizmente faz tempo que não aparece um por lá...
PS: E dá pra fazer umas gigs com ele bem na boa também. Só não vai ficar aquela brastemp.
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Faz exatamente 1 mês e meio que troquei um cello que tinha e não tocava mais por um baixo acustico 4x4 , comprei um arco de fibra de carbono. Quando vou assistir a aula com o professor eu toco no contra baixo dele. Estou super feliz em finalmente conseguir adquirir um baixo desse... O baixo elétrico foi quem me ajudou para conseguir financeiramente o acústico. O Contra baixo do meu professor tem as cordas mais altas você acha que isso vai atrapalhar-me?
Estou super dedicado e estou com meus Dedos doloridos, toco baixo elétrico a uns 12 anos.
Estou super dedicado e estou com meus Dedos doloridos, toco baixo elétrico a uns 12 anos.
Everton Bass- Membro
- Mensagens : 8
Localização : João Pessoa
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Olá, só uma curiosidade.
O braço de um baixo Horizontal com um baixo vertical (notas, escalas, marcações, etc) é mais ou menos parecidos ?
O braço de um baixo Horizontal com um baixo vertical (notas, escalas, marcações, etc) é mais ou menos parecidos ?
ClaudioBh- Membro
- Mensagens : 176
Localização : Santa Luzia - MG
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Não sou a Voila, mas...
As cordas (logo as notas e as escalas) são os mesmo, porém com um espaçamento maior, bem maior.
Não há (ao menos não deveria haver) marcações no braço/espelho de um contrabaixo acústico.
Sim e não.ClaudioBh escreveu:O braço de um baixo Horizontal com um baixo vertical (notas, escalas, marcações, etc) é mais ou menos parecidos ?
As cordas (logo as notas e as escalas) são os mesmo, porém com um espaçamento maior, bem maior.
Não há (ao menos não deveria haver) marcações no braço/espelho de um contrabaixo acústico.
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Obrigada, Nando.filho!nando.filho escreveu:Voila, Parabéns pela Iniciativa.
Deixa eu aproveitar este tópico (se for o caso de mudar esta pergunta, por favor sintam-se a vontade).
Tenho um contra-baixo de 3/4. O arco que vem com ele eh beeem ruizinho, muito pesado. E estou pensando em trocar por um melhor. A dúvida que surgiu quando comecei a procurar é que existem medidas também para Arcos. Vi que existem arcos de 3/4 e 4/4. A minha dúvida é: Por eu possuir um CB de 3/4 é aconselhável eu ter um arco também de 3/4 ou isso nao importa e/ou nao tem diferença pra um de 4/4?
Obs: Comecei a sentir dores na região do polegar por causa do arco ser muito pesado (modelo francês), as dores melhoraram de uns tempos pra cá. Mas consegui emprestado um arco de um amigo meu e é muito mais leve que o meu, absurda a diferença.
Sobre a definição em 3/4 ou 4/4 das medidas de arco, nunca ouvi falar nada sobre isso no meio contrabaixístico.
Há alguns meses soube dessa definição através de um anúncio no ML.
Por aqui falamos arco "um pouco mais comprido", que talvez seja o que esteja definido como arco 4/4...
Existem arcos um pouco mais longos, sim, mas não é uma diferença tão grande.
Fui medir dois arcos (modelo francês) agora. Um tem 71 cm (do talão até a ponta) e o outro tem 73 cm. A diferença entre as crinas é exatamente de 2 cm.
O melhor arco que já toquei na vida também foi o único arco pequeno que vi.
Todos os outros tinham o tamanho como os do que acabei de medir.
O arco deve ter aproximadamente 130 g.
Para o arco, poucos gramas a mais ou a menos o tornam muito pesado ou muito leve.
O tamanho não é tão importante quanto o peso.
Sobre as dores no polegar, espero que nesses quatro meses em que não vi a sua mensagem elas tenham melhorado.
De qualquer forma, dores no polegar estão relacionadas muito mais a tensionamento ao tocar do que ao peso do arco, mas se você está se sentindo melhor com o arco mais leve, aproveite esse momento para dar uma olhada mais atenta ao trabalho do polegar, ok?
Boa sorte contrabaixística procê
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Olá, Jhonny,Bear!Jhonny.Bear escreveu:Voila para quem insiste nas desculpas de espaço, seja em casa ou no carro, o contrabaixo vertical é um bom substituto ao acústico ou estudar com um vertical não te dá nem uma ideia de como é o mundo do contrabaixo acústico? Qual a figuração dele no nosso meio? Ele tem um bom custo x benefício?? Beijos contrabaixísticos kkkkkkk
Seja bem-vindo (com quase quatro meses de atraso )!
Ainda bem que o Cláudio e o Rafael já responderam às suas perguntas!
Infelizmente, não entendo patavinas de vertical e a única coisa que possa te dizer é que, no meio erudito, o vertical não é usado.
Ouvi o Yamaha Silent em vídeo e achei o som dele bem parecido com o de um acústico, mas como nunca toquei em um, não posso acrescentar nada...
Beijocas contrabaixísticas procê
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Seja bem-vindo, Everton Bass!Everton Bass escreveu:Faz exatamente 1 mês e meio que troquei um cello que tinha e não tocava mais por um baixo acustico 4x4 , comprei um arco de fibra de carbono. Quando vou assistir a aula com o professor eu toco no contra baixo dele. Estou super feliz em finalmente conseguir adquirir um baixo desse... O baixo elétrico foi quem me ajudou para conseguir financeiramente o acústico. O Contra baixo do meu professor tem as cordas mais altas você acha que isso vai atrapalhar-me?
Estou super dedicado e estou com meus Dedos doloridos, toco baixo elétrico a uns 12 anos.
Infelizmente, só vi a sua mensagem e a de outros colegas hoje, quase quatro meses depois...
Que bom que você estava feliz com o contrabaixo!
Espero que ainda esteja, depois desse tempo todo!
Se as cordas estiverem um pouco mais altas, não há problema algum, já que o contato com esse contrabaixo é curto: uma aula de uma hora, uma vez por semana.
Só se leva o contrabaixo para ter aula quando há necessidade que o professor conheça o instrumento ou que dê alguma opinião mais específica sobre ele.
No mais, as aulas são dadas na casa do professor, com o instrumento dele, ou na escola, no contrabaixo da escola (também nunca vi professor de acústico indo à casa do aluno para dar aula).
O único inconveniente é se as cordas estiverem muito altas, mas aí, penso que seu professor já teria mandado regular o contrabaixo, porque a mão dói e é mais difícil tirar som assim.
Boa sorte contrabaixística procê
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Olá, ClaudioBh!rafael.buzzi.andrade escreveu:Não sou a Voila, mas...Sim e não.ClaudioBh escreveu:O braço de um baixo Horizontal com um baixo vertical (notas, escalas, marcações, etc) é mais ou menos parecidos ?
As cordas (logo as notas e as escalas) são os mesmo, porém com um espaçamento maior, bem maior.
Não há (ao menos não deveria haver) marcações no braço/espelho de um contrabaixo acústico.
Não entendo nada de vertical, mas acho que o Claudiobass já respondeu sobre isso em algum tópico aqui do Contrabaixo Acústico & Vertical, só não consegui achá-lo...
Sobre as marcações, a grande maioria dos acústicos realmente não tem, mas alguns contrabaixistas, como o grande Bozo Paradzik, usam pequeninas circunferências de madeira ou madrepérola embutidas no espelho do contrabaixo, em alguns pontos específicos da região aguda para fazer a marcação de determinadas notas.
São tão discretinhas que gostaria de testar só para ter certeza de que ela são mesmo visíveis em palcos com iluminação variada, como os de shows...
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Olá pessoal!!!!
Estou com uma dificuldade no manuseio do arco e gostaria de saber se algum colega tem alguma dica para passar.
A minha dificuldade é nas retomadas de arco. Por exemplo, quando o compasso acaba com arco para baixo e o início do compasso seguinte também é para baixo. Não sei explicar direito, mas parece que eu não consigo equilibrar corretamente o arco e ele sempre retoma quicando na corda e fica um som horrível.
Eu uso arco no estilo alemão.
Bom, se alguém tiver alguma dica ou algum exercício que possa que ser feito para condicionamento da mão direita será muito útil!!!! hehehe
Grande abraço
Estou com uma dificuldade no manuseio do arco e gostaria de saber se algum colega tem alguma dica para passar.
A minha dificuldade é nas retomadas de arco. Por exemplo, quando o compasso acaba com arco para baixo e o início do compasso seguinte também é para baixo. Não sei explicar direito, mas parece que eu não consigo equilibrar corretamente o arco e ele sempre retoma quicando na corda e fica um som horrível.
Eu uso arco no estilo alemão.
Bom, se alguém tiver alguma dica ou algum exercício que possa que ser feito para condicionamento da mão direita será muito útil!!!! hehehe
Grande abraço
Danilo Lima- Membro
- Mensagens : 5
Localização : Americana/ SP
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Danilo Lima escreveu:A minha dificuldade é nas retomadas de arco. Por exemplo, quando o compasso acaba com arco para baixo e o início do compasso seguinte também é para baixo. Não sei explicar direito, mas parece que eu não consigo equilibrar corretamente o arco e ele sempre retoma quicando na corda e fica um som horrível.
Também uso o alemão.
Eu tenho esse problema às vezes, em especial quando não estou concentrado no que estou fazendo, ou quando é muita coisa junta e dá um nó no cérebro... hehehe
Baseado no fato de que meu professor não briga comigo quando isso acontece, eu entendo ser uma sutileza no movimento que só o treino vai nos proporcionar com o tempo.
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Seja bem-vindo, Danilo, muito embora eu não tenha visto a sua mensagem antes!Danilo Lima escreveu:Olá pessoal!!!!
Estou com uma dificuldade no manuseio do arco e gostaria de saber se algum colega tem alguma dica para passar.
A minha dificuldade é nas retomadas de arco. Por exemplo, quando o compasso acaba com arco para baixo e o início do compasso seguinte também é para baixo. Não sei explicar direito, mas parece que eu não consigo equilibrar corretamente o arco e ele sempre retoma quicando na corda e fica um som horrível.
Eu uso arco no estilo alemão.
Bom, se alguém tiver alguma dica ou algum exercício que possa que ser feito para condicionamento da mão direita será muito útil!!!! hehehe
Grande abraço
Se o arco vai para baixo (para a direita), a nota termina na ponta, certo?
Para recomeçá-la para baixo, ou seja, para repetir o movimento, é necessário fazer um movimento "raso" e helicoidal com o braço direito e o arco, fora da corda (por cima dela).
Inicialmente, sugiro que você faça esse movimento sem pressa, com notas longas, para que haja tempo de ajustar o seu peso corporal a ele.
A corda soa fração de segundo depois de você colocar o arco na corda.
Nessa fração, é necessário que você apoie o peso do corpo na corda em determinado local da corda. É daí que é feita a pressão do arco na corda.
Isso é feito em pouco tempo, mas evita que o arco "quique".
Ao puxar o arco e executar uma nota longa, é preciso que você saia da inércia e que consiga uma velocidade constante, mantendo o arco no mesmo local da corda, do talão até a ponta.
O arco quica quando o corpo não teve tempo suficiente de distribuir seu peso no instrumento e quando há oscilação desse peso durante o movimento do arco.
O movimento para cima (para a esquerda), quando se começa a nota na ponta do arco, costuma ser um pouco mais complicado.
Fazer um movimento para cima seguido de outro movimento para cima costuma ser um show de arco quicado, quando a gente começa a estudar contrabaixo, por que o arco na ponta tem menos peso natural do corpo.
Por isso, é importante entender e treinar o movimento para baixo antes, valorizando aquela micro-pausinha após o movimento helicoidal do braço antes de reiniciar cada movimento.
Com o tempo, a distribuição do peso do corpo, tanto no talão quanto na ponta, se torna mais equilibrada e "automática", a manutenção da velocidade e a estabilidade do arco no mesmo local da corda também.
O som nesse momento não precisa ser bonito, nem expressivo, mas você deve priorizar um som uniforme: pressão, velocidade e ponto de contato sem variantes. Vale lembrar que contrabaixo não precisa de força para ser tocado.
Toda arte da música nasce a partir disso, com as variantes desses três elementos, logicamente somados à musicalidade e expressividade interna do contrabaixista, que aliados a recursos como o vibrato e às particularidades de cada instrumentista, tornam cada instrumentista único e todos diferentes entre si.
Não somos maquininhas de notas, não é mesmo?
Só vai para os dedos e só chega aos ouvidos o som que nasceu na cabeça do instrumentista, antes de tudo.
Mas para chegar a isso, só muito treino e paciência, ok?
Como bem disse o Rafael, "é uma sutileza no movimento que só o treino vai nos proporcionar com o tempo".
Boa sorte contrabaixística procê!
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Muito obrigado Rafael Buzzi e Voila Marques pela resposta e pelas dicas!!!!! Vou colocar em prática logo essas dicas!!! Abraço
Danilo Lima- Membro
- Mensagens : 5
Localização : Americana/ SP
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
^ De nadinha, Danilo!
Boa sorte e abraços contrabaixísticos procê!
Boa sorte e abraços contrabaixísticos procê!
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Voila, Aproveitando o espaço, e pra quem puder também ajudar...
Eu estou com um arco q perdeu a curvatura, é possível eu faze-lo voltar a ter uma curvatura? Ou não tem jeito?
Eu comprei um outro Arco mas ele acabou quebrando em um transporte, preciso tentar com esse?
Grato
Eu estou com um arco q perdeu a curvatura, é possível eu faze-lo voltar a ter uma curvatura? Ou não tem jeito?
Eu comprei um outro Arco mas ele acabou quebrando em um transporte, preciso tentar com esse?
Grato
RafaelPontes- Membro
- Mensagens : 71
Localização : Vilhena - Rondônia
Re: Perguntas Contrabaixísticas para Voila Marques
Seja bem-vindo aqui, Rafael!RafaelPontes escreveu:Voila, Aproveitando o espaço, e pra quem puder também ajudar...
Eu estou com um arco q perdeu a curvatura, é possível eu faze-lo voltar a ter uma curvatura? Ou não tem jeito?
Eu comprei um outro Arco mas ele acabou quebrando em um transporte, preciso tentar com esse?
Grato
Sim, é possível dar uma nova curvatura no arco, desde que isso seja feito por um luthier ou por um archetier (luthier de arco).
A curvatura do arco pode ter se perdido tanto pela qualidade do arco, como por uso inadequado do mesmo.
Quando o arco é feito com madeiras pouco flexíveis ou de baixa qualidade, ou mesmo quando a curvatura dele é mal feita "por natureza", mais dia ou menos dia a curvatura vai para o beleléu...
O vício de usar o arco com a crina muito esticada, combinado ou não com o outro de não afrouxar ligeiramente a crina após o uso do arco, são bons caminhos para tornar o arco uma vareta quase inútil.
Sem curvatura, o arco fica desequilibrado e instável nas cordas.
Portanto, leve o seu lindo para o conserto e torça para que o problema não volte, ok?
Sobre o arco quebrado, dependendo do local onde ele foi "fraturado", dificilmente há salvação.
Aproveite para levar (ou enviar) os dois arcos para o archetier, e veja a opinião dele sobre isso.
Para minimizar problemas no transporte dos arcos, não sei se você usou um tubo desse tipo para transportar o seu que quebrou, mas é o que uso no meu dia a dia;
Eu o ganhei de presente de um aluno que, além da gentileza, teve o cuidado de forrar o tubo com uma espuma inteiriça por dentro.
Como cricrizagem a mais, sugiro colocar primeiro uma rodela de espuma no fundo do tubo, para proteger mais a ponta do arco, embora o arco mesmo sem isso fique "preso" pela espuma no tubo.
Outro aluno que fez a caixa de arco dele, cortando um tubo de PVC.
Ele consegui improvisar até duas tampas também de PVC: uma que ficava colada no fundo e a outra que abria.
Esse tubo também era revestido de espuma e havia dois ganchos com uma alça, para carregar o tubo.
Aqui vão umas respostas do luthier Andrea Spada sobre o assunto:
http://www.andreaspada.com/index.php/br/faq/item/279-quando-a-vareta-perde-a-curvatura-dar-uma-nova-curvatura-funciona-por-um-bom-tempo-ou-e-so-um-paliativo-antes-da-compra-de-um-novo-arco
http://www.andreaspada.com/index.php/br/faq/item/278-para-manter-a-curvatura-da-vareta-e-necessario-afrouxar-sempre-a-crina-ao-guardar-o-arco
Boa sorte contrabaixística procê!
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