O que você mais/menos gostou nas aulas/professores de contrabaixo que você teve?

Como uma espécie de enquete, queria que os amigos do Forum relatassem (citando nomes ou não) suas experiências com relação à aulas particulares de contrabaixo. Que detalhe na didática de algum professor que gostou ou não, coisas que estudou e que considera terem sido importantes ou que julgam ter provocado algum resultado positivo...

O objetivo é, quem sabe, ajudar a todos nós membros do Forum que podemos nos beneficiar da discussão enquanto estudantes do instrumento. Além disso, para os membros que também são professores, acho que os relatos aqui podem ser de grande valia.

Valeu!

Em aulas de música no geral (não só de baixo):

O que mais gostei:
- Simulações da "vida real", como gigs, gravações etc. Principalmente gravação, pouca gente aborda isso e é facil de fazer com play-alongs e afins.
- Aplicações e exemplos de teoria... Não adianta só ensinar modos, arpejos e etc de forma "crua". Para mim, pegar uma linha ou uma frase aplicada é a melhor forma de ensinar tais assuntos.
- Dicas de timbragem. Não é nem questão de ter ou conhecer vários baixos, madeiras, fios, captadores e etc, mas conhecer o seu equipamento é essencial. Já vi muita gente boa tocando, mas do tipo que pluga o baixo no amp e foi, não se importa com o timbre... isso prejudica o conjunto como um todo, ainda mais em gravações.
- Aulas com embasamento "histórico". Não adianta o cara ensinar samba começando pelo Prateado sem passar pelo Luizão, nem ensinar jazz com exemplos do Patitucci sem passar pelo Ray Brown.


Coisas que menos gostei:
Tudo o que gostei, ao contrário kkkkkk
Aulas teóricas sem aplicação, sem contexto histórico, sem simulações da "vida real"...

Pontos Positivos
- Aplicações reais acho que é o principal. Fazia aula com o Ximba e era sempre assim, teoria e uma música do "mercado" que usava o que tinha acabo de ensinar.
- Criar grooves. Ensinar a escalas e arpejos, dar uma música simples e pedir pro aluno criar sua própria linha.
- Fazer uma Jam com o aluno, aplicando o conteúdo da aula

Pontos Negativos
- Passar "500" formas de arpejos e escalas tudo de uma vez
- Não mostrar como usar no dia a dia
- Não ajudar a conhecer o instrumento e os timbres
- Falar que o baixo não é um instrumento percussivo    (sim, já ouvi isso)

Rsss
Eu posso falar da minha experimencia em aulas de outros instrumentos porque de contrabaixo elétrico nunca tive uma aula formal. Tudo que aprendi foi pesquisando, por vídeos e principalmente aqui no fórum. Acústico tive umas 3 ou 4 aulas bem informais com um amigo que me mostrou o posicionamento e olhe lá!
Nas minhas aulas de guitarra o que sempre me incomodou foi quando o professor tinha uma única forma de ensinar e vomitava sempre o conteúdo da mesma forma e com a mesma ordem fosse qual fosse o aluno enquandrando todo mundo como robôs e não avaliando a bagagem e facilidade e dificuldades individuais de cada aluno.
Professor preguiçoso que joga matéria sem contextualizar é uma coisa que desestimula qualquer um. Teoria na frente do tocar também acho uma besteira e uma coisa que me incomoda é quando vejo professores abordando e massacrando alunos com estudos de modos quando o cara não foi bem apresentado e nem se resolveu com a escala maior e as menores. Vira uma decoreba sem sentido e parece que alguns professores usam isso para posarem de sabidos e deixarem os alunos desorientados.

Já trabalhei em escola de música e as reclamações mais comuns são:

-Professor chegar atrasado na aula.

-Professor ficar remarcando aula / mesmo que com antecedência, quebra o ciclo de aprendizado do aluno.

-Terminar a aula com 48min, ou ficar olhando no relógio o tempo todo como se os 50 min ou 1h da aula fossem o maior suplício da vida.

-Aulas em duplas/trios de alunos com níveis diferentes.

-Ambiente sujo.

-Professor com cheiro de cigarro (essa dizem que pro Sá, só resolve se nascer de novo!!! kkk)

-Contadores de história

-Professores que não cedem material para xerox. Por incrível que pareça isso existe.

Tópico interessante, principalmente para quem tem interesse em fazer aulas (que é o meu caso). Fiz alguns meses de aula e sempre
senti dificuldade em aplicar a teoria, não conseguia associar o que aprendia com a prática. Certamente existia uma dificuldade minha
em absorver o ensinamento, e certamente uma deficiência didática do professor. Agora esta questão me atormenta na minha busca
por um novo 'mestre'.

Pontos Positivos:

-Segurança no que está ensinando. Tive aulas de guitarra com 2 grandes nomes aqui da cidade, André Oliveira e Thiago Righi, ambos excelentes guitarristas que sabiam realmente tocar seus instrumentos e gostavam de ensinar. Ambos passavam muita segurança nos ensinamentos e eram grandes mestres. O André é formado na Berkley e o Thiago na Unicamp, cada aula com esses caras era um desafio pra semana seguinte. Valia cada centavo pelo enorme conteúdo que esses caras tinham prá passar.
-Respeitar o tempo de cada aluno, pois cada um leva um tempo para aprender o conteúdo e deve ser respeitado.
-Respeitar a ambição de cada aluno, uns chegam para prestar faculdade de música, outros querem apenas tocar violão no churrasco da família, isso deve ser respeitado e o ensino focado nas necessidades do aluno.
-Ter material escrito, escrever ou imprimir a matéria pro aluno levar pra casa.
-Ser profissional, ter a sala limpa, organizada, estar vestido para trabalhar e não para tomar cerveja com os amigos.
-Equipamento da saula de aula deve estar em ordem, inclusive os amplificadores,cabos e cordas.
-Estudar sempre, estar atualizado e disposto a aprender assuntos novos se houver necessidade.
-Expor o aluno a situações que use o que aprendeu, seja em Gigs entre alunos, audições etc.
-Apresentar ao aluno os músicos, discos, dvds que contêm o material estudado, para que ele possa entender o que está estudando.

Pontos negativos:

-Equipamentos de sala de aula sem condições de uso, cordas enferrujadas, instrumentos desregulados, falta de amplificadores, essas coisas são terríveis.
-Sala de aula suja e desorganizada.
-Professor com preguiça de ensinar.
-Professor que não sabe nem pra ele, e quer ensinar. Na primeira aula de guitarra da minha vida o cara me passou os shapes de pentatônica de "ponta-cabeça", só foi percerber na próxima aula, fiquei a semana toda estudando errado...
-Escolas de música sem nenhuma condição, não tem nenhum método, DVD, nada ... prá mim toda escola e professor deve ter um bom material de pesquisa, tanto para professores quanto para alunos.
-Músicos da noite que dão aula apenas por grana ... isso tem de monte e tira muito trabalho de gente realmente em condições de dar aulas.
-Meu segundo professor de guitarra na pimeira aula: " Para com isso de música, faz outra faculdade, isso não dá dinheiro, estuda biologia, algo assim" kkkk

Nunca tive professor por causa da dificuldade financeira na época... mas as principais reclamações de alunos e amigos que escutei foram:
-professores roqueiros que não conseguem ensinar ritmos regionais brasileiros, tem gente que tem bloqueio e/ou preconceito com determinados ritmos regionais e
-a outra já foi dita no tópico: encher o aluno de licks/teorias e não estimular corretamente a aplicação na prática

Sá,
Estudei guitarra desde os 14 anos e passei a tocar baixo só há 12 anos atrás, quando então tive três meses de aula com um professor que me ensinou a técnica do polegar flutuante da mão direita, ensinamento que considero fundamental, dado a clareza nas notas que esta técnica proporciona, o abafamento das cordas que não estão sendo tocadas bem como a facilidade.
Abs!

É chato quando o professor não associa o assunto a uma aplicação real e você fica meses tocando uma escala.

Além dos problemas e opiniões citados.

- Fuja disto, professor que dá aula de guitarra, violão, baixo, teclado, canto, flauta, tambor, tricÔ, corte e costura, etc.... Infelizmente eu e alguns outros q conheço já caíram nesta pegadinha por nunca ter tido contato com estudo de música e por falta de informação. Meu 1o professor foi um destes, depois de 4 meses fui perceber q estava sendo enrolado, pois estava aprendendo mais pesquisando e estudando por conta própria do que na aula. Foi literalmente desperdício de tempo e dinheiro jogado fora.

^^ um professor sempre é importante, assim como pesquisamos que baixo comprar pelas referências que "outros" nos passam, devemos buscar referências dos professores. .. uma vez eu tinha marcado para tomar umas cervejas com um amigo que é professor de guitarra, cheguei na casa dele e ele estava dando uma excelente aula de intervalos musicais (percepção musical), copiei na hora a didática dele rsrsrsrssr

Esses tempos atrás estava numa escola de música esperando para fazer uma aula demonstrativa de baixo, e a Violonista estava muito brava, porque um aluno não quis fazer aulas com ela, porque ele queria guitarra. Ela se justificava, dizendo que era a mesma coisa ...

Prá mim não é, violão é violão, seja clássico ou popular. A guitarra exige muitas técnicas que uma violonista não tem.

é ruim quando o cara quer ensinar aplicação de escala e diz assim, toca aí que da certo.....

Olha, já fiz algumas aulas por aí, mas só dois professores foram fundamentais para o pouco que sei até hoje:

Meu primeiro professor foi um guitarrista chamado Magrão e o segundo foi o Claudio Machado (baita músico e com excelente didática), infelizmente não consegui estudar por um período maior com nenhum deles, pois a grana apertou e quando não era a grana, era a falta de tempo para poder me dedicar aos estudos...

Negativo:

Sinceramente, com base nas aulas que tive, minha dificuldade em alguns momentos era separar meu gosto musical com o do professor, apesar de estar ali para desenvolver algo, era muito complicado quando era proposto estudar uma linha de baixo de alguém que eu ñ curto o som, ficava um negocio barrigado...

Positivo:

O que eu curto, é quando as aulas estimulam o lado criativo, ou seja, estudamos um determinado tipo de escala, cadências e colocamos aquilo em prática, tendo algumas referências de baixistas ou genero musical, mas não ficando engessado ao som original...curto quando o professor da liberdade para vc expressar teu som, teu jeito de tocar e potencializa isso...

Nossa várias situações absurdas!
Pentatônica de ponta cabeça foi inédita! Rsss
Já conheci ótimos músicos e professores que tocam mais de um instrumento e onde o aluno se beneficia. É óbvio que o cara quer tocar tudo bem tirando poucas exceções geralmente vai enganar mais em algum. Eu mesmo dou aulas de violão, guitarra, contrabaixo e iniciação na bateria. Geralmente os alunos saem beneficiados pois é muito comum demonstrar a diferença de algumas coisas tocando junto com ele o que torna o ensino mais real. É comum eu colocar um aluno novato de bateria para tocar um groove simples e reto junto comigo no baixo e o cara já tem uma noção que falo vai sair muita coisa.
O difícil é o bom senso e conhecer seus limites e quando é hora de sugerir que ele continue seus estudos com outro professor.
Eu por exemplo estudei violão erudito por anos na Escola Municipal de SP mas se alguém me procura para aula de violão nessa praia indico amigos que não é minha praia mesmo.
Agora o que tem de professor de guitarra que da aulas de contrabaixo como tapa buraco devido a procura bem menor do mesmo é assustador e já vi coisas bizarras.

Pois é, só eu domino a arte das pentatônicas de ponta cabeça! kkkk

O lance do cara dar aula de tudo que o pessoal falou acho que é mais o "Faz Tudo e não faz nada" mesmo, claro que tem muita gente que toca mais de um instrumento muito bem, como o Itiberê, Hermeto e cia.

Você tem escola né Zadá? Deve ser bem massa tua escola, analisando pelo que vejo de você no fórum!

Muito bom o tópico, hein Sá!!!!  
Vou ficar de olho para aplicar nas minhas aulas as correções, melhorias e sugestões...

Eu tive um professor que era um prodígio no baixo, o cara tocava muito! Pizzicato, Pizzicato 3 dedos, slap, tapping, tudo com uma clareza e fluidez muito grande. Lia partituras também. Tocava tanto Pastorius como Rush como se estivesse brincando. Entretanto, ele não possuía uma didática muito boa e nem era organizado. Ele não possuía um plano de aulas definido, ensinava meio o que "desse na telha" no momento. As vezes acontecia dele esquecer qual era o conteúdo da aula anterior e quais exercícios ele tinha passado para a semana.

Já um outro professor que eu tive também era um ótimo músico, já experiente na noite, mas não tão genial quanto o primeiro. Ele não era tão técnico como o primeiro, não lia partitura, não tocava tapping, o slap dele era mais básicão. Contudo, a didática e organização dele era muito melhor. Tinha um plano de aula mais organizado, ficava várias aulas em um mesmo assunto, aumentando gradativamente a complexidade conforme o aluno ia evoluindo.

Logo, didática e organização ao meu ver são qualidades essenciais para um professor que se preze. A falta desses quesitos prejudica muito a aula, mesmo que o professor seja um músico excepcional.

Carlos hoje está muito mais pra aula particular do que escola que me cansei de cuidar de trocentos professores e fui para uma sala menor onde além de aulas virou um escritório meu. É ótimo pois acabo tendo todo um material a mão e ficou mais organizado.
Esse lance de continuidade tem uma complicação e eu resolvo assim eu anoto numa folha do aluno o que vai ser dado naquela aula e geralmente já me organizo para a seguinte.
No entanto as vezes acontece do cara se comprometer a tocar com amigos e ter que mudar o foco da aula para ajudar ele a realizar algo que naquele momento se tornou mais importante. Então acho bom ter essa organização mas também saber ser flexível e rever ou redirecionar o foco quando necessário.
Acho que o professor que da aquela aula dura e não acompanha o feedback do aluno uma coisa anti produtiva e desestimulante para o mesmo.

Uma das coisas que acho que faz a maior diferença é o comprometimento do professor com o dar aulas.
Cheguei a ter nas duas unidades da escola cerca de 15 professores ao todo e uma das primeiras coisas que eu conversava era se aquilo ali era só um bico ou o cara realmente gostava de dar aula. Se fosse um bico a entrevista nem acontecia e deixava claro o porque.
Não quer dizer que o cara vai deixar de fazer uma gig porque tem aula mas sim de saber dosar isso. Eu mesmo dou minha ultima aula das 18h20 as 19h10 para não prejudicar horários de gigs.
E a cada grupo de 3 aulas na parte da tarde existe um intervalo de 20 minutos para tomar um café ou o que der na telha.

Gostei:
- Tocar junto com um play along ou até com o próprio professor. Ajuda a entender o porquê das coisas, sua aplicação e na desinibição do aluno;
- Quando o professor entendi que a maioria dos alunos são pessoas comuns, não são gênios como Mozart, por exemplo;
- Aceitar que o aluno o verá como um amigo, também, como alguém em que pode confiar e "quererá" partilhar coisas, além da música;
- Quando aborda assuntos relacionados à música, como regulagens de amps, pedais de efeitos, gigs, cordas, relacionamentos em bandas, etc, etc.

Não gostei:

- Professor que corre com os assuntos, porque acha que manter a pressão "forçará" o aluno a se dedicar mais (nem todo o mundo tem todo o tempo disponível);
- Que não procura saber o que o aluno espera do estudo de música (nem todo aluno quer ser músico profissional; eu, por exemplo. Minha fase já passou há muito tempo);
- Que usa o chavão "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço" - já sofri muito com isso; ou então, explique o porquê que orienta de uma forma e faz de outra completamente diferente, e da forma que diz ao aluno para NUNCA fazer;
- E que fica se exibindo para o aluno.

acho importante ajudar o aluno organizar o que estudar pois muitas vezes a pessoa tem acesso a muito material e conteudo e fica perdida na hora de estudar

no entusiasmo de aprender pega o que o professor passou e continua pesquisando achando mil metodos sobre o assunto e se perde em como estuda los

Pessoal, muito obrigado pelas respostas, todas contribuindo muito com a discussão. Vamos em frente, espero que a galera continue dividindo suas experiências.

Já estou aprendendo um bocado com o que foi dito aqui, espero que vocês também.

Tonante escreveu:

-Professor com cheiro de cigarro (essa dizem que pro Sá, só resolve se nascer de novo!!! kkk)

Hahahahaha Estou sem fumar há mais de um ano e acredite, o cheiro já passou faz tempo!

Sá Reston escreveu:Pessoal, muito obrigado pelas respostas, todas contribuindo muito com a discussão. Vamos em frente, espero que a galera continue dividindo suas experiências.

Já estou aprendendo um bocado com o que foi dito aqui, espero que vocês também.

Tonante escreveu:

-Professor com cheiro de cigarro (essa dizem que pro Sá, só resolve se nascer de novo!!! kkk)

Hahahahaha Estou sem fumar há mais de um ano e acredite, o cheiro já passou faz tempo!

Parabéns pela iniciativa e também pela perseverança!

já fiz aula de violão um bom tempo
as aulas eram legais, mas depois de um certo ponto sinto que parou de avançar...
um pouco por mim, estudava pouco

aí quando comecei a tocar contrabaixo pra formar uma banda, testei o prof de baixo na mesma escola de música e não curti muito... cara desorganizado e eu enxergava não ele como um Baixista sabe?!

aí conversei com meu prof de violão e ele me propos continuar aulas com ele, mas tocando baixo! ele naão me ensinou nada de técnica, pois ele mesmo assume que não é um exímio baixista, mas nas aulas a gente tocava junto, ele começou com temas de improviso, depois criar grooves sobre acordes e tal... coisas que ajudaram no começo da banda, sem dúvida.
era bem legal

aí parei mesmo por causa do tempo, faculdade, intercâmbio...

mas agora pretendo voltar a fazer aula e com um baixista mesmo, vou testar as outras escolas de música da minha cidade!

Opa Sá Reston, estava lendo este texto do Prof de violão Leonardo Allen Wilczek, feito no II Simpósio de Violão da Embap, 2008 e lembrei deste tópico aberto por você.

Tema - O ERRO A SEU FAVOR - Considerações sobre o erro e sua
utilidade no processo de aprendizado.

http://www.embap.pr.gov.br/arquivos/File/simposio/violao2008/pdf/16-leonardo_wilczek.pdf

Vale a pena dar uma lida.

Quero deixar uma consideração quanto as aulas ministradas a intermediários.

Creio que um ponto crucial é a metodologia utilizada, pois dentre os professores vinculados a instituições, normalmente seguem os ditames de um programa pré-estabelecido.

Muitas vezes, o autodidata acaba por estudar exaustivamente alguns assuntos, enquanto que outros de maneira mais superficial.  

Penso que nestes casos, o melhor é fazer como se faz nas universidades com o aluno que vem de outra instituição, há uma avaliação para posterior adaptação de disciplinas.

Caso contrário, o desânimo será certo a partir do momento em que o programa coincidir com aquilo que o aluno já assimilou.

Eu queria ter tido pelo menos um professor, nem que fosse só pra falar mal dele aqui....rsrs  

Devo ter feito menos de 10 aulas de baixo na vida e passei por alguns professores..

Entre eles o que gostei:
- Conhecimento sobre o assunto
- Aula preparada
- Estrutura

Pontos ruins:
- Professor (guitarrista) dava aula usando palheta e me dizendo pra não usá-la.

- Professor passando trilhões de escalas, modos gregos, shapes que até hoje não decorei (através dele)

- Ensinar campo harmônico da forma mais complicada possível. Como se tivesse falando húngaro.

- Professor que fica a aula inteira mostrando o quanto é bom. Tocando tudo o que pode, pra se mostrar ao aluno e matar tempo.

- O cara chegou em mim e me disse "Você precisa chegar lá e arrebentar, tocar tudo o que pode mostrar tudo o que sabe. Mostrar que é bom. Nada de fazer essas notinhas simples tem que mostrar o que faz, dar tudo o que tem".
Aham....

- Faltas e atrasos

- Não preparar aula (isso é terrível), o cara chega e improvisa. Te passa um exercício pra dar tempo de pensar no que passar depois.

- O professor que não larga o celular

- E o que deixa o aluno 72 anos no mesmo exercício, só muda a velocidade no metrônomo.

Lembrando que atraso e falta sem aviso prévio é inadmissível, e terrível hehe
Mas tão pior que isso é não ter uma metodologia de ensino. Pra mim aula tem que ser preparada e ter um objetivo, saber qual o próximo passo antes mesmo de dar o primeiro.
Gente que acha que é professor só por que sabe tocar o instrumento é um porre!

O que mais gostei:
organização, cronograma flexível, métodos de fácil entendimento e efeito pratico imediato; feeling para perceber dificuldades e facilidades, sem atropelar ou ficar muito tempo em assuntos já digeridos.

e uma pergunta aos professores do fórum:

E quando o aluno não pratica em casa? NADA de prática, ele só pega o baixo na hora da aula.

É triste mas o que mais tem. Aí você respira fundo lembra que o cra está ali por lazer, na maioria dos casos, e aborda algo semelhante aplicando em música.
As vezes da para retomar o mesmo assunto e por um tempo praticar juntos na aula mas quebra bem o ritmo.

hmm, então estou bem certo mesmo, quando o cara nao praticou eu começo a pensar numa música que use o conceito que eu queria aplicar.

outro dia um aluno super iniciante: Eu pedi pra ele tocar corda solta em seminimas (obvio que nao falei assim) e tambem praticar os classicos 1234 cromaticos(tambem nao falei essa palavra)

ele nao treinou, na aula fiz ele tocar superstition do stevie wonder.

que faz 3210 0 0 0 0 no mizao durante o inicio. Ele curtiu muito a vibe (acompanhei ele no violao)

será que não é melhor abordarmos logo dessa maneira entao?

/\
Convenhamos, treinar 1234/4321 é uma lástima tanto pra mão como para os ouvidos...

Enquanto o aluno não perceber o quanto é prazeroso tirar um som que ele gosta do instrumento, dificilmente ele vai se interessar por exercicios técnicos, exercicios é chato até pra quem já toca, mas sabemos que é necessário praticar para tirar um melhor som do instrumento.

Fiz pouco tempo de aula, mas destaco como pontos positivos o ensino de estilos variados. Apesar de eu tocar rock, estudar pelo menos o básico de blues, jazz e bossa me ajudou a ter uma visão diferente da música como um todo. A parte negativa foi, sem dúvidas, a insistência no mesmo exercício por horas e horas, apenas mudando a velocidade do metrônomo. Ok, entendo a necessidade da prática, mas a coisa fica maçante demais se fica só no exercício, sem aplicação musical.

Pontos positivos:

-Professor que conhece de música, e vai atender o aluno independente dele gostar de MPB ou de Metal (ou de ambos)
-O cara que é criativo pra ensinar quando o aluno esta tendo dificuldade acima do normal com um determinado assunto

Pontos Negativos
-Aulas que não sejam individuais ou em grupos pequenos (já vi turmas com 10 pessoas!!)
-Professor que tem um grande conhecimento musical que toca teclado ou instrumento de sopro, mas quebra um galho no instrumento de corda querendo ensinar (a minha primeira professora era uma tecladista q achava q sabia violão. Certa vez, ele disse q guitarra era fácil pq o volume era alto e a distorção encobria tudo)
-Professor com gosto musical limitado. Essa mesma professora q me deu aula era evangélica (fui descobrir depois) e só me passava musicas gospel q eu nunca ouvi na vida.

Professor com gosto musical limitado. Essa mesma professora q me deu aula era evangélica (fui descobrir depois) e só me passava musicas gospel q eu nunca ouvi na vida.

Isso é realmente chato.. fiz aula com um professor que só queria ensinar Jazz pros alunos. Hoje mudou um pouco pelo que sei.

Nessa vibe, por causa de alunos, já tive que "gostar" desde Fresno, Katy Perry, Luan Santana e as multi variações musicais populares hehe

Muito bacana esse tópico, bastante informação útil. Eu fiz um ano de aula de guitarra só na vida, isso quando tinha uns 13 anos, parei porque aprendi a tirar as músicas com tablatura e achei que não precisava mais de professor, como era imaturo achava um saco toda a parte teórica, hoje me arrependo de não ter dado a devida atenção a isso na época. Isso faz tanto tempo que nem saberia listar muitos pontos positivos ou negativos.

Acho que de positivo seriam as audições anuais que eram uma forma de colocar os alunos em contato com o palco, tocando com outros alunos para um público. Negativo o fato de não ter tido contato nenhum com partitura, nem na questão rítimica.

consegui tirar coisas boas dos dois unicos professores que tive.
o primeiro era um guitarrista daki da cidade que me ensinou mto de harmonia, o outro é o atual, o robson, que é bem objetivo e passa as ferramentas e aplicações de forma pratica, já no jeito de usar, sem enrolar ou delongar. nao tenho pontos negativos de nenhum dos dois.

em questao de tecnica, tipo posição das maos e digitação, eu msm fui aprendendo e adaptando as maos de forma que fosse confortavel pra executar as coisas pq meu começo foi estudando sozinho e fiquei uns 8 anos nessa, ai com o tempo e com a internet eu fui vendo formas de melhorar o jeito que eu fazia.

Tive poucas aulas de piano, das quais advém todo meu conhecimento com partitura (ainda que limitado).

Tive aulas de guitarra mas achava um saco. O professor era um escravo da pentatônica e queria formar em mim um prosélito.

Com o Contrabaixo foi beeeem diferente. Procurei um professor com expertise em samba e mpb. As aulas são carregadas de novidade e me fizeram saltar em percepção musical, repertório, vocabulário e consequentemente técnica. Meu “santo” bateu com o do mestre e até os ditados do Pozzoli são proveitosos.