GAS tem cura?
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JORGE BATALHA
rafael.buzzi.andrade
Zubrycky
Cantão
Kobeh
ZédeLepelin
afonsodecampos
Maurício_Expressão
12 participantes
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GAS tem cura?
Pela primeira vez em minha vida vendi um instrumento musical.
Por que vendi?
Vendi, pois um amigo estava sempre me cutucando e perguntando se eu queria vender. Eu sempre respondia que não. Mas não sei por que, num belo dia de sol, esse mesmo amigo perguntou novamente se eu queria vender e eu disse sim.
Ele perguntou o preço, eu disse, ele falou que ia pensar e fez uma proposta com um valor menor e por fim, no terceiro e-mail falei que venderia se fosse um valor médio entre o que eu pedi e o que ele ofereceu.
Ele topou.
No dia seguinte, na hora da saída do trabalho (trabalhamos na mesma empresa) nos encontramos, ele pegou o case com a guitarra Ibanez Artecore semi acústica sunburst linda e se foi com a guita nas costas em sua moto...
Eu fiquei olhando e com a sensação esquisita de ter perdido algo.
Na verdade, o primeiro instrumento que vendi foi o primeiro baixo que comprei quando era adolescente e tinha uns 14 anos. Mas era um baixo mais de criança que um instrumento sério de verdade. Muito ruim. Escala curta. Um instrumento limitado, quase um brinquedo.
O primeiro instrumento de verdade, de uso profissional, um baixo comprado quando tinha 16 anos, numa das maiores lojas de instrumentos da cidade de São Paulo, está comigo até hoje e ainda o uso esporadicamente.
Está como novo, como se tivesse saído da loja no mês passado. Pouco risco, nada de corrosão. Original, brilhante, lindo e com um som bem roncado e sujo!!!
Como eu sempre gostei.
Nunca o venderia. Aliás, como nunca vendi qualquer instrumento que já tenha comprado.
Mas essa guitarra linda, Ibanez, foi a primeira venda.
Comprei-a de sopetão. No impulso.
Aproveitei uma viajem de trabalho para Los Angeles, e fui numa loja de instrumentos comprar um baixo de 5 cordas pois não tinha nenhum até então. Por coincidência, também Ibanez. Usado. Japonês. Com hard case. Uma compra racional e programada.
Na hora que me dirigia ao caixa para pagar o baixo, peguei a guitarra, que estava exposta numa promoção e falei decidido para o vendedor: também vou levar essa!
Despachei o baixo e trouxe a guitarra como bagagem de mão na viagem de volta ao Brasil.
Cheguei e mostrei para a esposa a guitarra linda. Ela me perguntou: Por que você comprou essa guitarra? Faz anos que você nem tem tocado violão...
Pura verdade. A guitarra linda ficou guardada no case no quartinho de instrumentos de casa por quase 2 anos.
Saía de lá muito raramente, só para ser mostrada para algum amigo músico em visita a minha casa, ou para uma única vez que a levei para um estúdio, onde a emprestaria para uma garota que a tocaria para uma apresentação na empresa onde trabalho.
Mas a garota, que iria fazer back vocal, já estava tão enrolada com a função, que nem olhou a guitarra e disse que fazer o back vocal de forma correta já seria uma grande dor de cabeça e que tocar guitarra ao mesmo tempo seria impossível.
Guardei a guitarra que nem chegou a ficar 5 segundos fora do case.
Mas 5 segundos foi tempo suficiente para esse meu amigo ver a guitarra linda e perguntar pela primeira vez se eu a venderia.
Foi exatos 2 anos entre a compra impulsiva e a venda, também impulsiva.
Nunca soube por que comprei essa guitarra. Mas sempre atribui o motivo a uma doença muito comum e que acomete quase todos os caras que tocam instrumentos nos finais de semana: GAS (do termo em inglês Gear Acquisition Syndrome).
Ou seja, não foi esbanjamento, compra impulsiva sem sentido, ou real necessidade ou muito menos compra irresponsável.
Foi conseqüência de uma doença da qual eu não tinha culpa ou controle.
Então, sem remorso a guitarra ficava lá, guardadinha.
Quanto fui buscá-la para entregar ao comprador fiquei assustado com a quantidade de pó que havia sobre o case. Incrível como 2 anos transformam um case novinho...
Tive que passar um pano úmido.
Já abrindo o case tudo estava perfeito e lindo. A guitarra brilhando.
Hoje, estou sem ela. Com um pouco de saudades, mas sobrevivi...
Achei que seria mais doloroso e que estaria bem mais arrependido.
Mas, sobrevivi, inteiro, sem traumas... Normal!!!
Não tive insônia, falta de ar, e nem cai em depressão.
Como estou sem banda e parado a um tempão, parece que isso me afastou um pouco dos instrumentos...
Ou estaria curado da GAS?
Por que vendi?
Vendi, pois um amigo estava sempre me cutucando e perguntando se eu queria vender. Eu sempre respondia que não. Mas não sei por que, num belo dia de sol, esse mesmo amigo perguntou novamente se eu queria vender e eu disse sim.
Ele perguntou o preço, eu disse, ele falou que ia pensar e fez uma proposta com um valor menor e por fim, no terceiro e-mail falei que venderia se fosse um valor médio entre o que eu pedi e o que ele ofereceu.
Ele topou.
No dia seguinte, na hora da saída do trabalho (trabalhamos na mesma empresa) nos encontramos, ele pegou o case com a guitarra Ibanez Artecore semi acústica sunburst linda e se foi com a guita nas costas em sua moto...
Eu fiquei olhando e com a sensação esquisita de ter perdido algo.
Na verdade, o primeiro instrumento que vendi foi o primeiro baixo que comprei quando era adolescente e tinha uns 14 anos. Mas era um baixo mais de criança que um instrumento sério de verdade. Muito ruim. Escala curta. Um instrumento limitado, quase um brinquedo.
O primeiro instrumento de verdade, de uso profissional, um baixo comprado quando tinha 16 anos, numa das maiores lojas de instrumentos da cidade de São Paulo, está comigo até hoje e ainda o uso esporadicamente.
Está como novo, como se tivesse saído da loja no mês passado. Pouco risco, nada de corrosão. Original, brilhante, lindo e com um som bem roncado e sujo!!!
Como eu sempre gostei.
Nunca o venderia. Aliás, como nunca vendi qualquer instrumento que já tenha comprado.
Mas essa guitarra linda, Ibanez, foi a primeira venda.
Comprei-a de sopetão. No impulso.
Aproveitei uma viajem de trabalho para Los Angeles, e fui numa loja de instrumentos comprar um baixo de 5 cordas pois não tinha nenhum até então. Por coincidência, também Ibanez. Usado. Japonês. Com hard case. Uma compra racional e programada.
Na hora que me dirigia ao caixa para pagar o baixo, peguei a guitarra, que estava exposta numa promoção e falei decidido para o vendedor: também vou levar essa!
Despachei o baixo e trouxe a guitarra como bagagem de mão na viagem de volta ao Brasil.
Cheguei e mostrei para a esposa a guitarra linda. Ela me perguntou: Por que você comprou essa guitarra? Faz anos que você nem tem tocado violão...
Pura verdade. A guitarra linda ficou guardada no case no quartinho de instrumentos de casa por quase 2 anos.
Saía de lá muito raramente, só para ser mostrada para algum amigo músico em visita a minha casa, ou para uma única vez que a levei para um estúdio, onde a emprestaria para uma garota que a tocaria para uma apresentação na empresa onde trabalho.
Mas a garota, que iria fazer back vocal, já estava tão enrolada com a função, que nem olhou a guitarra e disse que fazer o back vocal de forma correta já seria uma grande dor de cabeça e que tocar guitarra ao mesmo tempo seria impossível.
Guardei a guitarra que nem chegou a ficar 5 segundos fora do case.
Mas 5 segundos foi tempo suficiente para esse meu amigo ver a guitarra linda e perguntar pela primeira vez se eu a venderia.
Foi exatos 2 anos entre a compra impulsiva e a venda, também impulsiva.
Nunca soube por que comprei essa guitarra. Mas sempre atribui o motivo a uma doença muito comum e que acomete quase todos os caras que tocam instrumentos nos finais de semana: GAS (do termo em inglês Gear Acquisition Syndrome).
Ou seja, não foi esbanjamento, compra impulsiva sem sentido, ou real necessidade ou muito menos compra irresponsável.
Foi conseqüência de uma doença da qual eu não tinha culpa ou controle.
Então, sem remorso a guitarra ficava lá, guardadinha.
Quanto fui buscá-la para entregar ao comprador fiquei assustado com a quantidade de pó que havia sobre o case. Incrível como 2 anos transformam um case novinho...
Tive que passar um pano úmido.
Já abrindo o case tudo estava perfeito e lindo. A guitarra brilhando.
Hoje, estou sem ela. Com um pouco de saudades, mas sobrevivi...
Achei que seria mais doloroso e que estaria bem mais arrependido.
Mas, sobrevivi, inteiro, sem traumas... Normal!!!
Não tive insônia, falta de ar, e nem cai em depressão.
Como estou sem banda e parado a um tempão, parece que isso me afastou um pouco dos instrumentos...
Ou estaria curado da GAS?
Re: GAS tem cura?
O fato de estar sem banda afasta mesmo a gente desse tipo de doença, pelo menos em meu caso. Acredito que não existe cura pra isso, logo que você voltar a tocar os sintomas aparecerão!
Hoje, estou com 7 contrabaixos mas um dia desses eram 9. O último que comprei doei menos de um mês depois. Na verdade, não precisava e nem sei porque sucumbi à compra, só uma doença mesmo pra explicar tal súbito.
Já entendi que minha GAS é estética, minha vontade agora é vender todos e comprar um único que me deixe totalmente satisfeito e quem sabe curado!
Hoje, estou com 7 contrabaixos mas um dia desses eram 9. O último que comprei doei menos de um mês depois. Na verdade, não precisava e nem sei porque sucumbi à compra, só uma doença mesmo pra explicar tal súbito.
Já entendi que minha GAS é estética, minha vontade agora é vender todos e comprar um único que me deixe totalmente satisfeito e quem sabe curado!
afonsodecampos- Membro
- Mensagens : 5138
Localização : Belém do Pará
Re: GAS tem cura?
Maurício, enfrento algo parecido, principalmente no que se refere à venda de nossos queridos baixos companheiros. Estou adquirindo um S. Martyn e tenho um custom Ledur, um Fender Precision Deluxe e um Wahburn MB4 americano (este último guardado há muito tempo, raramente uso).
Com a previsão de chegada do S. Martyn para o mês que vem, já tem um ou outro perguntando se vou vender o Deluxe, já que o novo modelo deverá suprir o timbre do Fender.
Poderia ( e talvez até, deveria) vendê-lo para alguém que lhe desse maiores e melhores carinhos, mas adivinha se tenho vontade de livrar-me dele?
Pelo contrário, a vontade é de guardá-los sempre por perto e pensando ainda em dois ou três marcas e modelos que gostaria de adquirir com o passar do tempo.
Com a previsão de chegada do S. Martyn para o mês que vem, já tem um ou outro perguntando se vou vender o Deluxe, já que o novo modelo deverá suprir o timbre do Fender.
Poderia ( e talvez até, deveria) vendê-lo para alguém que lhe desse maiores e melhores carinhos, mas adivinha se tenho vontade de livrar-me dele?
Pelo contrário, a vontade é de guardá-los sempre por perto e pensando ainda em dois ou três marcas e modelos que gostaria de adquirir com o passar do tempo.
ZédeLepelin- Membro
- Mensagens : 626
Localização : Longe de Zé Ruélas e Vira-Latas.
Re: GAS tem cura?
Quando me inscrevi nesse fórum eu tinha apenas um Eagle Jazz Bass surrado e tudo oq eu queria era um baixo bom, bonito e barato, e uma caixa boa. Hoje em dia eu tenho um baixolão Eagle, um SX Jazz Bass com caps Malagoli e um Ibanez Rick antigo e super raro, e ligo esses intrumentos no meu Stanner. O meu "eu" de 3 anos atrás iria surtar com esse set (que me atende perfeitamente) e não iria querer saber mais de nada. Mas quem disse q é tão simples?
O meu "eu" atual já esta pensando quando vai poder comprar aquele Epiphone SG EB-3 ou um Precision...
Por isso, chego a conclusão que GAS não tem cura, e ainda por cima, é contagiosa. E o Fórum é um grande meio para a transmissão.
O meu "eu" atual já esta pensando quando vai poder comprar aquele Epiphone SG EB-3 ou um Precision...
Por isso, chego a conclusão que GAS não tem cura, e ainda por cima, é contagiosa. E o Fórum é um grande meio para a transmissão.
Kobeh- Membro
- Mensagens : 858
Localização : Rio de Janeiro
Re: GAS tem cura?
Você teve um pequeno surto Mauricião...daqui uns dias você pega seu amigo de porrada e leva a guita de volta pra casa...rsrss...
Cantão- Moderador
- Mensagens : 21963
Localização : Bauru
Re: GAS tem cura?
Cantão: você é profético, cara!!!
o FILHO DA MÃE colocou ela a venda no Facebook. Não deu outra: questionei a razão para ele vender a minha querida guitarra e ele ficou com cara de surpresa. Antes de qualquer reação pequei a guita de volta.
Está lá no quartinho de instrumentos... nem abri o bag.
Mas ela está de volta ao lar, de onde nunca deveria ter saído!!!
Essa doença (gas) não tem cura!!!
o FILHO DA MÃE colocou ela a venda no Facebook. Não deu outra: questionei a razão para ele vender a minha querida guitarra e ele ficou com cara de surpresa. Antes de qualquer reação pequei a guita de volta.
Está lá no quartinho de instrumentos... nem abri o bag.
Mas ela está de volta ao lar, de onde nunca deveria ter saído!!!
Essa doença (gas) não tem cura!!!
Re: GAS tem cura?
Não mesmo...
De qualquer forma, fico feliz pela sua guitarra ter voltado para as suas mãos.
De qualquer forma, fico feliz pela sua guitarra ter voltado para as suas mãos.
Re: GAS tem cura?
^... Ouch! Eu acabei de vender meu peavey Dyna bass... Que me acompanhou desde 2002... Espero não ter uma recaída tbm
Re: GAS tem cura?
Maurício_Expressão escreveu:Cantão: você é profético, cara!!!
o FILHO DA MÃE colocou ela a venda no Facebook. Não deu outra: questionei a razão para ele vender a minha querida guitarra e ele ficou com cara de surpresa. Antes de qualquer reação pequei a guita de volta.
Está lá no quartinho de instrumentos... nem abri o bag.
Mas ela está de volta ao lar, de onde nunca deveria ter saído!!!
Essa doença (gas) não tem cura!!!
Mas você pagou o mesmo valor que vendeu pra ele ?
JORGE BATALHA- Membro
- Mensagens : 338
Localização : SP
Re: GAS tem cura?
Não sei se é uma cura, mas sabe o que diminui bastante a minha GAS? Olhar fotos na internet dos equipos que eu já possuo.
Eduardo Tob- Membro
- Mensagens : 522
Localização : Serra/ES
Re: GAS tem cura?
Depois que peguei meu S Martyn considero ele um antídoto anti GAS.
Qualquer indício de recaído pego ele toco uns minutos e lá se foi a GAS embora.
Acho que é uma questão de saber pra que vai usar e real necessidade.
Outra coisa que ajuda a acalmar a danada é ficar duro! Rsss
Qualquer indício de recaído pego ele toco uns minutos e lá se foi a GAS embora.
Acho que é uma questão de saber pra que vai usar e real necessidade.
Outra coisa que ajuda a acalmar a danada é ficar duro! Rsss
Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14288
Re: GAS tem cura?
Não acho que exista cura, mas sim, controle.
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54816
Localização : Terra
Re: GAS tem cura?
Fernando Zadá escreveu:Outra coisa que ajuda a acalmar a danada é ficar duro! Rsss
allexcosta escreveu:Não acho que exista cura, mas sim, controle.
A melhor media de controle é a falta de grana, então...kkkk... Por exemplo, vou ter q deixar o Precision pra 2016, pq ainda tem fatura do q gastei com instrumento esse ano pra pagar.
Kobeh- Membro
- Mensagens : 858
Localização : Rio de Janeiro
Re: GAS tem cura?
No mínimo ele tem que só ter "pego de volta" mesmo... imagina a pachorra do cara comprar o instrumento pra acabar vendendo logo em seguidaJORGE BATALHA escreveu:Mas você pagou o mesmo valor que vendeu pra ele ?
Re: GAS tem cura?
Olha que beleza...rsrsrs...parabéns pela reaquisição brother...Maurício_Expressão escreveu:Cantão: você é profético, cara!!!
o FILHO DA MÃE colocou ela a venda no Facebook. Não deu outra: questionei a razão para ele vender a minha querida guitarra e ele ficou com cara de surpresa. Antes de qualquer reação pequei a guita de volta.
Está lá no quartinho de instrumentos... nem abri o bag.
Mas ela está de volta ao lar, de onde nunca deveria ter saído!!!
Essa doença (gas) não tem cura!!!
Cantão- Moderador
- Mensagens : 21963
Localização : Bauru
Re: GAS tem cura?
JORGE BATALHA escreveu:
Mas você pagou o mesmo valor que vendeu pra ele ?
Sim. Devolvi na mesma moeda... Literalmente!!!!
Mas aprendi a lição: nunca mais venderei nenhum instrumento, por menos utilizado que seja!!!
GAS não tem cura, como já disseram ai em cima. O negócio é controlar. Hehehehe.
Re: GAS tem cura?
Quem me dera conseguir de volta um Giannini que se foi, mas... ao menos todas as minhas coisas que se foram sempre foi pra dar lugar a novas conquistas.
subgrave- Membro
- Mensagens : 3034
Localização : República Rio-Grandense
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