Baixo Fender jazz bass 1978 - dúvidas do que é ou não original no instrumento.

Caros amigos baixeiros.

Estou tentando realizar um sonho de comprar um baixo Fender Jazz bass, da década de 70'. Procurando pela internet, encontrei um exemplar no ML, de um colega aqui do forum chamado Chris.

Diante disso, gostaria da ajuda dos entendidos no assunto, para elucidar os ítens originais e os não mais originais pertencentes à este instrumento em questão.

Alguns dados que reparei ou fui informado já:

* A pintura foi substituída, conforme constata-se pela foto e segundo o próprio proprietário;
* Constatei que os potenciômetros não são mais originais, diante da análise que fiz do último e utilíssimo post do colega Mauricio Expressão, a respeito dos potenciômetros de baixos fender década de 70.

A princípio estes são os ítens que verifiquei.

Por isso, peço ajuda dos conhecedores pra desvendar os itens originais e não mais originais deste instrumento.

Muito obrigado

A maior prova já era (potenciômetros). Peça uma foto do braço desmontado e confira a data gravada. Existe uma série de itens que precisam ser avaliados. Você não teria fotos do baixo?

Só com fotos...

Desculpem....sou muito leigo nesse negocio de forum. Leio muito mas comento pouco por aqui.

Não sei como coloca fotos aqui, mas se puderem abrir o link abaixo. Acho que dá pra ver as fotos.

Se quiserem mais alguma, acho que posso pedir pro Dono do baixo, pra tirar e me mandar.

Muito obrigado

https://plus.google.com/photos/110263918437874251907/albums/6124261207212476897?authkey=CInXv7aaj7PukQE

Pra mim é autêntico! Só é uma pena a pintura não ser mais original!

Nem me fala Coder....lamentável mesmo.

O Maurício, Allex e Bertola são bem experientes nesse assunto. Vamos esperar a opinião deles!

Se muito, a Madeira é original.

Original ou não, mas pintura desse baixo ta muito bonita.

Aguardando a opinião dos colegas, profundos conhecedores.

Caquinho, porque voce acha isso?

Pois é thiago...mas pintura tira o visual vintage do baixo. se eu pegar vou mandar lixar.

Não sou profundo conhecedor, mas pra mim, ponte, tarrachas, pots, caps, pintura, escudo, nut, tudo isso foi trocado.

É...realmente não condiz uma pintura brilhosa dessas com o ano de fabricação do baixo, mas isso o vendedor já havia informado que foi alterado. Só mencionei que o trabalho foi bem feito
Me desculpe a indelicadeza Diego, mas quanto de grana o vendedor ta pedindo? Um instrumento desse ano vale uma nota, mas com tantas modificações o preço deve cair um pouco.

Thiago Almeida escreveu:Um instrumento desse ano vale uma nota, mas com tantas modificações o preço deve cair um pouco.

Muito. Eu não daria mais que 7,5k!

Não entendi o porque de pots de 500K...
Já que não são originais, sugiro a troca de pelo menos o pot de tonalidade por um de 250K logarítmico...
Recomendo também um polimento de trastes.
De fato ele sofreu "refinish" em PU, o que não é original nem adequado para esse instrumento (o certo seria nitrocelulose), isso faz decair o preço, mas nesse caso, não muito pelo ano do instrumento.

Muito obrigado pela ajuda, Bertola.

Obrigado também ao Mauricio expressão que me deu várias dicas em MP e a todos que deram suas opiniões e sugestões.

Abraços

Nada errado com o braço. As tarraxas parecem corretas, apesar da aparência de novas.

Não dá pra falar sobre o corpo, mas parece original. A pintura de 1978 era PU, mas como informado pelo vendedor, não parece original. A ponte é difícil dizer, essas pontes têm aparência genérica. O escudo está novo demais.

Os pots obviamente são aftermarket. Tem que ver o fundo dos pickups.

diegoantunes_bass escreveu:
Pois é thiago...mas pintura tira o visual vintage do baixo. se eu pegar vou mandar lixar.

Tem umas lixadas (tipo 99,9999999999%) que ficam ridículas, melhor fazer um relic em casa mesmo se vc tiver habilidades manuais, ou com um profissional dos bons tipo assim:

Coisa estranha, achei que tinha escrito aqui uma resposta.
Me parece que o Braço é 100% original, o corpo é original com possível refim, mas com padrão correto com o vermelho bem marcado, como de costume nos instrumentos de 1965 a 1982.
Ponte me parece correta para a época, o pickguard é um pouco atípico pois na década de 70, principalmente de 76 pra cima é geralmente preto com 3 camadas.
Estojo correto, captadores com fiação de isolamento de pano, ou original ou custom shop.
Pots mudados, da marca alpha, que não são ruins, mas é modificação recente.

Fala Allex.

Todas as suas ponderações, me parecem verdade. Os caps, não tem nenhuma inscrição. Enviei as fotos para um conhecido que traz instrumentos de fora e entrega para uma grande loja de produtos desta estirpe por aqui, e ele me disse que as bobinas parecem originais pelas condições de idade, além da fiação preto e branca, correspondente aos originais. É aquela coisa....provavelmente não saberei nunca a verdade sobre os caps.

Subgrave, não tenho interesse em fazer uma relic e sim, lixar o corpo apenas pra deixar na madeira original e com as imperfeições e desgastes que ocorreram com ele ao longo do tempo. Falei com o luthier que levo meus instrumentos e ele me disse que é possível lixar e deixar com essas características. Depois passar um verniz fosco pra evitar problemas futuros decorrentes da fragilidade da madeira. Acho que as marcas e etc devem vir ao natural. Quando o antigo proprietário mandou pintar o baixo, acabou estragando este encanto natural do instrumento. Vou tentar de alguma forma recuperá-lo. Até porque acho ridícula essas pinturas brilhosas e esse excesso recorrente de verniz brilhoso em corpo e braços de instrumentos.

Paulo Penna, O vendedor me mandou fotos dele antes da pintura e realmente, o escudo era preto e bem gasto e marcado.

Bom, independente do resultado, agradeço mais uma vez àqueles que dispenderam de seu tempo pra me ajudar nessa empreitada.
valeu

E ele não tem o pickguard original e os pots lá guardados?
Poste uma foto do antes tb.

Só não esquece de mostrar pra gente o resultado caso feche o negócio, Diego. Boa sorte

Paulo Penna escreveu:
Pots mudados, da marca alpha, que não são ruins, mas é modificação recente.

Só uma observação, esses pots são GOTOH japoneses, muito superiores aos ALPHA chineses...provavelmente equivalentes aos CTS originais.

Fala Galera. Já fechei negócio. Vou abraçar a causa. Levar no meu luthier aqui que era da Dicastellis pra dar uma geral. Tirar a tinta e aplicar verniz fosco, e trocar os pots por mais adequados e de melhor qualidade. Afinal, esse vai junto comigo pela vida a fora.

Adicionei fotos antes da pintura dele. Notei substituição dos knobs e do escudo. Mas como disse antes, com certeza nao vou saber da história anterior, mas espero que façamos bons sons daqui pra frente.

segue fotos. https://plus.google.com/photos/110263918437874251907/albums/6124261207212476897?authkey=CInXv7aaj7PukQE

Quando ele chegar posto outras.

Obrigado!

Ele era bonito tb...antes da purpurina!

Volta ele pra pintura original.... se ele era natural, refaça. Mas pelas fotos ele esta me parecendo que este acabamento natural tb era refin.
Não pinte ele fosco pois vai matar o baixo.

Natural ficou bonito pacas!

Realmente ficou lindo natural, madeira muito bonita.

Opa.
Pois é. ...bonito mesmo ele ao natural né....acho até que chama menos atenção. Prefiro muito mais ele naturalzão do que esse brilho da pintura.
Diz o vendedor que embarca hoje o filho novo/venho. Na expectativa

Paulo Penna. Não entendi o que voce disse de "pintar ele de fosco"...O que eu disse que segundo o luthier me aconselhou, tirar a tinta e passar verniz fosco, pra evitar problemas decorrentes da fragilidade de um instrumento sem tinta.

deve ficar show o fosco!

Justamente pois verniz fosco não é original do baixo.
Ele novo era brilhante.
Os 78 estão longe de ser os da década de 60, mas mesmo assim é muito legal e, minha opinião é voltar ele para a aparência original.

Entendi Paulo....mas veja....se ele era brilhoso em 78, hoje passado todo esse tempo nao estaria mais brilhoso, certo? É isso que nao quero. Aspecto de novo. Também não quero relicar. Vou deixar cor natural e com o verniz fosco só pra conservar, caso contrário, só mandava tirar a tinta e pronto.

Ah gente, brilhante ou fosco, o que vai importar é o som (que diga-se de passagem, deve ter um timbrasso!).

Isso ai!

Tenho um 84 que continua brilhante, apenas um pouco amarelado.

Provavelmente para esse tipo de sunburst a madeira foi tingida, daí esse baixo natural nunca mais... #sóacho

^ consegue tirar sim e não é tão difícil , só é chato !

Mas parece que foi tingido o fundo ou o verniz e não diretamente na madeira ...

Pois é.
Chegou ontem o bichão.
Vou levá-lo na segunda pra fazer o trabalho da retirada da pintura e trocar os pots. O luthier disse que os pots que ele tem são da Gotoh. Sei que a marca no geral é boa, mas de potenciômetros é bom também?

Espero que fique igual a foto que postei sem pintura.

Outra pergunta. Sabem se existe alguma forma de dar uma envelhecida nas peças de metal dele (ponte, neckplate e tarrachas)?

Detalhe: Já paguei minha matrícula na academia, pois o baixo pesa DEMAIS!!!!

Se for schaller, se VC envelhecer a ferragem vai ficar fake. Me parecem originais, deixa assim.

Paulo Penna.

Diz Fender nas tarrachas. Ponte, acho que nao tem como saber. Neckplate é o que parece ser original dele. Velho com várias marcas.
Vou seguir a sugestão e deixar assim.

E os pots gotoh? São bons? Quero deixar esse baixo impecável.

diegoantunes_bass escreveu:Paulo Penna.

Diz Fender nas tarrachas. Ponte, acho que nao tem como saber. Neckplate é o que parece ser original dele. Velho com várias marcas.
Vou seguir a sugestão e deixar assim.

E os pots gotoh? São bons? Quero deixar esse baixo impecável.

Compre logo os CTS (250K)

Deixe a ferragem como esta. Se quiser aparência original, pots CTS. Se quer apenas que fique bom, deixe a elétrica quieta pois os pots são bons e parece que foi bem feita. Qt a pintura, ou faca uma profissional, com relic suave para deixar como deveria ser, ou deixe queta TB.

Nainha opinião.

Vou acatar a sugestão, Bertola.

Paulo Penna, Vou ter que trocar os pots, porque são 500k, inadequados para o instrumento e seu fim apropriado. Os metais não vou mexer. Li noutro tópico aqui do forum, as explicações do Mauricio Expressão, sobre a qualidade e permanência das tarrachas feitas nesta época, pela schaller.
Já a pintura, vou tirar...deixar na cor da madeira. A pintura dele hoje é muito novinha. Destoa do instrumento e seu ano e história vivida. Na madeira, vão aparecer suas marcas e ficará menos "artificial" que hoje.

O Maurício expressão me disse inbox que dá pra saber a originalidade dos caps, medindo sua saída. Alguém sabe me dizer quanto deve medir cada um? (não sei a nomenclatura adequada para isso).

Como está o braço e a ação das cordas?
Põe umas fotinhas, que esse post merece.

Beleza Fabio Linhares. Tem fotos dele no começo do post. Um link onde publiquei as fotos. Não sei como colar elas aqui nos comentários.

Braço está perfeito e ação baixinha das cordas.

Show de bola o baixo....um sonho realizado! Muitooo sustein, muito definidas as notas. Vale muito a pena. ùnico ponto negativo é o peso...pesa demais. Mas como nada é perfeito, estou mais que satisfeito!

Meu cachorro pediu para você fazer um vídeo do baixo...

hahaha..

Coder...vai demorar...amanhã ele vai se hospedar por 3 semanas no luthier pra passar por estes proceddimentos. No retorno, prometo gravar um.

fotos dos captadores abertos já da uma ideia boa se são originais....
Sobre a tint, um relic bem feito e ligth deixaria o baixo muito melhor que sem tinta.

Em razão da grave crise econômica que assola o país, e consequentemente o meu orçamento, resolvi eu mesmo retirar a pintura do corpo do jazz, e aplicar o verniz.

Nunca fiz isso na vida, mas como sempre persistente e obstinado, resolvi tentar. Afinal, se alguém tem capacidade de fazer, porque eu não conseguiria? rsrs

Bom...ontem comprei um tal de removedor de tinta em spray, pois me disseram que seria menos agressivo. Apliquei e e reapliquei algumas vezes até conseguir raspar com espátula de plastico. Porém, as áreas em cores mais claras, não estão saindo.

Assim, gostaria de ajuda dos entendidos no assunto.

Pergunto:
Posso aplicar o removedor em gel (dito mais forte, consequentemente, mais eficaz na remoção, e não terei problemas que prejudiquem a madeira)?

Tentei a espátula de metal, mas assim que na primeira tentativa de raspagem, notei que ele riscou levemente a madeira, resolvi desistir. Devo seguir com a espátula de plastico ou tem outro meio de tirar a tinta de forma mais efetiva?

Ainda que tenha conseguido tirar a tinta nas áreas pretas, notei que ficaram certas manchas pretas nas extremidades do corpo. Devo passar lixa? Qual a porosidade da lixa adequada pra nao prejudicar a madeira, mas suficiente pra remover estas manchas?

Após esse longo processo, gostaria de aplicar o verniz. Tenho uma lata de fosco restante de outra aventura artesã. Vi que existe uma tal de laca nitrocelulose. Seria mais adequado adquirir essa, pra ficar mais próximo do material utilizado na época de produção destes instrumentos?

Toda ajuda e opinião é bem vinda!