Jovem deixa favela de SP para tocar celo em Israel
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Jovem deixa favela de SP para tocar celo em Israel
Violoncelista superou dificuldades e já tocou na Filarmônica de Israel.
Ele superou a dificuldade em tocar, venceu o preconceito por vir de família humilde e hoje um dos seus maiores desafios é viver em um país completamente diferente do seu. Emerson Nazário Silva Oliveira, de 21 anos, deixou os barracos de Heliópolis, a maior favela de São Paulo, para seguir o sonho de ser músico em Israel. Estuda música clássica em Tel Aviv e já mostrou seu talento na Filâmonica israelense.
“Sempre sonhei em estudar no exterior, ser solista. Nada é impossível”, afirma ele. O caminho começou a ser traçado em 2000. Para acompanhar os amigos da escola, Oliveira se inscreveu no Instituto Baccarelli, que ensina música clássica a crianças e adolescentes de Heliópolis, na Zona Sul da capital. O garoto, que até então curtia samba, pagode e rock no rádio, passou. Mas a vaga foi de “suplente” e era preciso esperar que sobrasse um instrumento.
Todos queriam violino. Ele preferia a viola, mas o que sobrou mesmo foi um violoncelo. E foi com esse instrumento que o garoto aprendeu a tocar. “Tem que ter muita força, persistência, fazer com alegria e paixão", ensina o jovem. Ele estava de férias no Brasil e embarcou no dia 12 deste mês para Israel.
O G1 acompanhou um ensaio da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, na sede do instituto. À direita do maestro Edilson Venturelli, Emerson Oliveira parecia bastante concentrado e à vontade com o violoncelo. Mas nem sempre foi assim. “Eu te confesso que, no início, ele não chamava muito a nossa atenção, não”, brincou o maestro.
“Ele escolheu um instrumento que exige coordenação da mão direita com a esquerda. O Emerson tinha dificuldade com a mão do arco, porque os colegas iam para cima e ele, para baixo”, completa Venturelli. Driblado esse obstáculo, o violoncelista, que passou a jogar menos bola com os amigos nas vielas da favela para estudar música clássica, viu sua vida mudar quando surgiu o convite para tocar no exterior.
Era setembro de 2008, quando se apresentou no clube Hebraica, em Pinheiros, Zona Oeste, para um professor de música israelense. Foi tão bem, que recebeu a proposta da bolsa no exterior. A viagem era no mês seguinte. “Tenho um dia para pensar?”, lembra o garoto, sobre a única coisa que conseguiu falar na hora.
Há um ano em Israel, o músico já se familiariza um pouco com o hebraico e se vira melhor no inglês. O sonho é alto. “Queria tocar, se pudesse, em todas as orquestras do mundo". Já teve o privilégio de se apresentar com Zubin Metha, regente da Filarmônica de Israel. Na segunda vez em que se viram, ouviu do maestro: “Aqui eu preciso de você. Toca desse jeito e lidera”, conta Oliveira.
Liderar um grupo de músicos foi difícil para o jovem que ainda teve de superar a timidez. A mesma que ainda sente quando os pais pedem que ele toque para a família. “Até hoje sinto vergonha”, diz, rindo. Para o maestro Venturelli, o futuro é promissor. “O mundo está aberto para ele. O céu é o limite”.
Fonte: G1
Ele superou a dificuldade em tocar, venceu o preconceito por vir de família humilde e hoje um dos seus maiores desafios é viver em um país completamente diferente do seu. Emerson Nazário Silva Oliveira, de 21 anos, deixou os barracos de Heliópolis, a maior favela de São Paulo, para seguir o sonho de ser músico em Israel. Estuda música clássica em Tel Aviv e já mostrou seu talento na Filâmonica israelense.
“Sempre sonhei em estudar no exterior, ser solista. Nada é impossível”, afirma ele. O caminho começou a ser traçado em 2000. Para acompanhar os amigos da escola, Oliveira se inscreveu no Instituto Baccarelli, que ensina música clássica a crianças e adolescentes de Heliópolis, na Zona Sul da capital. O garoto, que até então curtia samba, pagode e rock no rádio, passou. Mas a vaga foi de “suplente” e era preciso esperar que sobrasse um instrumento.
Todos queriam violino. Ele preferia a viola, mas o que sobrou mesmo foi um violoncelo. E foi com esse instrumento que o garoto aprendeu a tocar. “Tem que ter muita força, persistência, fazer com alegria e paixão", ensina o jovem. Ele estava de férias no Brasil e embarcou no dia 12 deste mês para Israel.
O G1 acompanhou um ensaio da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, na sede do instituto. À direita do maestro Edilson Venturelli, Emerson Oliveira parecia bastante concentrado e à vontade com o violoncelo. Mas nem sempre foi assim. “Eu te confesso que, no início, ele não chamava muito a nossa atenção, não”, brincou o maestro.
“Ele escolheu um instrumento que exige coordenação da mão direita com a esquerda. O Emerson tinha dificuldade com a mão do arco, porque os colegas iam para cima e ele, para baixo”, completa Venturelli. Driblado esse obstáculo, o violoncelista, que passou a jogar menos bola com os amigos nas vielas da favela para estudar música clássica, viu sua vida mudar quando surgiu o convite para tocar no exterior.
Era setembro de 2008, quando se apresentou no clube Hebraica, em Pinheiros, Zona Oeste, para um professor de música israelense. Foi tão bem, que recebeu a proposta da bolsa no exterior. A viagem era no mês seguinte. “Tenho um dia para pensar?”, lembra o garoto, sobre a única coisa que conseguiu falar na hora.
Há um ano em Israel, o músico já se familiariza um pouco com o hebraico e se vira melhor no inglês. O sonho é alto. “Queria tocar, se pudesse, em todas as orquestras do mundo". Já teve o privilégio de se apresentar com Zubin Metha, regente da Filarmônica de Israel. Na segunda vez em que se viram, ouviu do maestro: “Aqui eu preciso de você. Toca desse jeito e lidera”, conta Oliveira.
Liderar um grupo de músicos foi difícil para o jovem que ainda teve de superar a timidez. A mesma que ainda sente quando os pais pedem que ele toque para a família. “Até hoje sinto vergonha”, diz, rindo. Para o maestro Venturelli, o futuro é promissor. “O mundo está aberto para ele. O céu é o limite”.
Fonte: G1
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Renato- Membro
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Re: Jovem deixa favela de SP para tocar celo em Israel
Caramba, parabéns para o garoto.
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Thales_Sr- Moderador
- Mensagens : 7435
Localização : Aracaju/SE
Re: Jovem deixa favela de SP para tocar celo em Israel
Muito legal esse projeto,tão revelando grandes talentos,a música mudou a vida desse cara.
Lembro-me de ler em uma Cover Baixo bem antiga,que um baixista que tocou na Sinfônica de Heliópolis,aluno desse mesmo projeto do Instituto Baccarelli,foi chamado pelo próprio Zubin Metha para fazer um estágio na Filarmônica de Israel,o nome do cara era Adriano Costa Chaves ,hoje em dia ele já é membro da Filarmônica de Israel,que inclusive se apresentou aqui no país na última vinda de Zubin Metha.
Ótima a iniciativa do Instituto Baccarelli.
Lembro-me de ler em uma Cover Baixo bem antiga,que um baixista que tocou na Sinfônica de Heliópolis,aluno desse mesmo projeto do Instituto Baccarelli,foi chamado pelo próprio Zubin Metha para fazer um estágio na Filarmônica de Israel,o nome do cara era Adriano Costa Chaves ,hoje em dia ele já é membro da Filarmônica de Israel,que inclusive se apresentou aqui no país na última vinda de Zubin Metha.
Ótima a iniciativa do Instituto Baccarelli.
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Rafael do Baixo- Membro
- Mensagens : 332
Localização : Rio de Janeiro
Re: Jovem deixa favela de SP para tocar celo em Israel
Excelente, é muito bonito este tipo de exemplo. lembro também da matéria da CB com o Adriano... Nós precisamos destes programas com arte em todo o país pra diminuir a quantidade de jovens vadios perambulando e cometendo delitos nas ruas... é lamentável o rumo que os nossos governantes optaram em fazer de conta que não percebem as coisas ao redor.
DUDUBASS- Membro
- Mensagens : 2475
Localização : FORTALEZA
Re: Jovem deixa favela de SP para tocar celo em Israel
Bacana ...exemplo de força de vontade...
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Cantão- Moderador
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