Timbre de Jazz Bass de 5 ou 6 cordas

Prezados, frequentemente leio que um Jazz Bass de 5 ou 6 cordas não tem o mesmo som de um de 4 cordas. Gostaria de saber se, no geral por terem mais massa(madeira), eles tendem a ter um timbre mais encorpado ou se tendem a ser mais brilhantes que os JB de 4 cordas.

Obrigado!

Também ouvi isso recentemente do luthier Germano, mas não me lembro exatamente da explicação.

igorsrv escreveu:Gostaria de saber se, no geral por terem mais massa(madeira), eles tendem a ter um timbre mais encorpado ou se tendem a ser mais brilhantes que os JB de 4 cordas.

Brilhante não é oposto de encorpado.

Não há resposta para a sua pergunta. Muitas variáveis, inclusive os captadores, que são mais importantes para o timbre final que as madeiras.

Que tal utilizar o método secreto: tocar num JB4, num JB5 e escutar a diferença?

igorsrv escreveu:Prezados, frequentemente leio que um Jazz Bass de 5 ou 6 cordas não tem o mesmo som de um de 4 cordas. Gostaria de saber se, no geral por terem mais massa(madeira), eles tendem a ter um timbre mais encorpado ou se tendem a ser mais brilhantes que os JB de 4 cordas.

Obrigado!

O ideal seria você testar dois baixos da mesma marca em versões de 4 e 5 cordas, de preferência com a mesma equalização, amplificador e caixa. Se existe diferença, não sei. Como disse o Allex, existem muitas variáveis e é difícil encontrar uma resposta.


Se servir como parâmetro...

O Samuel se não me engano falou algo sobre sobre o tamanho dos captadores e o campo magnético gerado por ele ser mais fraco. Não tenho certeza se é isso exatamente mas algo do gênero.
O fato é que os S Martyns 5 cordas que toquei tem mais punch passivos do que o meu e o meu 4 cordas que esta com captadores S Martyn tem mais ainda. pode até ser coincidência mas nada que pra mim mude muito o timbre e sim o volume em si.
Pelo menos essa foi a minha humilde impressão.
Pra quem gosta de punch e volume ganho alto deve fazer uma bruta diferença e parecer que um soa melhor que o outro mas nada que um pequeno ajuste no ampli ou no meu caso no pré externo não resolva.
Por via das dúvidas meu próximo S Martyn vem ativo e passivo! Rsss

Eu construí um P-Bass 5 cordas para mim (que aliás à muito não uso...) com braço de marfim, corpo de cedro e 2 capts tipo J-Bass Kent Armstrong de AlNiCo. Talvez pela configuração madeiras + captadores, o som fico gravão e com uma saída mediana, sem excesso de "punch"...
Como o allexcosta disse, as variáveis são muitas...

Já toquei em Jazz Basses de 4,5 e 6 cordas e IMO eu percebo um ataque mais rápido e mais punch nos instrumentos de 4 cordas, porém achei similar entre 5 e 6 cordas.Acredito que a pressão mecânica exercida através da corda SI,o campo magnético mais disperso devido ao tamanho maior do captador são os fatores que mais influenciam.

Isso é variável, como o Allex disse, cada um vai ouvir uma coisa, ouvir o que quer, pode ser apenas invenção da cabeça das pessoas. A única coisa que vai ajudar mesmo é testar os baixos que você procura

eu sempre falei isso pros meus amigos e fui rechaçado.

Insisto em dizer que instrumento de 4 cordas tem mais ataque, definição, presença, articulação do que de 5 cordas (claro, levando em conta modelos similares, madeiras similares e captaçãoo similiar na comparação).

de 4 pra 5 cordas é perceptível sem levar em conta a captação, com o baixo desplugado.

TALVEZ seja porque em 4 cordas o dedo tem mais espaço/precisão pra efetuar o ataque na corda, pra movimentar de forma mais ampliada e mais forte.

TALVEZ a tensão do conjunto cordas/madeiras seja diferente de 4 pra 5 cordas.

TALVEZ a ressonância devido a massa da madeira x tensão também seja um fator a levar em consideração.

De 5 pra 6 cordas também é perceptível, talvez mais ainda. O baixo de 6 cordas desplugado parece guardar o som dentro da madeira comparado ao de 5 e nesse caso das 6 cordas acredito na influência do campo magnético dos captadores, mas ainda acredito mais na influência física/mecânica do conjunto.

^Acho que o lance do tamanho do captador também deve influenciar. Tenho um Stingray 4 cordas que tem um timbre que eu curto demais, já tive dois Stingrays 5 cordas e foi só decepção. O timbre é bem diferente, muito pior na minha opinião, tanto é que hoje só possuo o 4c.

Em termos de Fender por exemplo é famosa a disparidade dos baixos entre 4 e 5 cordas. Achava que era bobagem até testar pessoalmente.

Fui ver um Am. standard V numa loja de usados uns anos atrás e testando ele lado a lado com outros modelos de 4 cordas deu até dó. Comparei com um american standard, um highway one e um classic series. O som desses 4 cordas era muito mais definido e com mais punch, principalmente na E. Detalhe que as cordas do V eram aparentemente mais novas que os demais.

Muito obrigado a todos pelas respostas! Certamente a maioria das respostas foram bem esclarecedoras.
Quando escrevi a expressão "no geral", era justamente considerando uma situação média e equivalente, ou seja, instrumentos com as mesmas características, exceto o número de cordas. Obviamente, mesmo assim existe uma variação, mas pelo visto existe uma tendência geral relatada pela maioria - mais punch, ataque e definição no 4C.

Obrigado!

Não gosto de JB, nunca gostei e nunca vou gostar a ponto de ter um, embora já tenha tentado, mas tenho que admitir uma coisa: Assisti ao Altas Horas no último sábado e o baixista da Cláudia Leite usava um JB 5 e, meus amigos, que timbre, que absurdo de timbre! Cheguei a comentar com a minha esposa: Escuta o baixo, esquece a música, esquece a Claudia Leite, presta atenção só no baixo. A resposta dela foi: "Realmente, é um som muito bonito, uma das únicas coisas que se salva nessa música." Hahahaha. Não sei se esse comentário vai se enquadrar no tema deste tópico, mas o JB5 que eu ouvi tinha um som muito definido inclusive a B.

JB em geral é "limpo" no sentido de ser muito pronunciado, além de ser um baixo versátil e fácil de timbrar. É praticamente o som "padrão" de contrabaixo.
Basicamente sempre repetem a fórmula de uma construção robusta com a combinação de posição e design de captadores (single coil geralmente é super definido, por "enxugar" a gama sonora).

Galera, aproveitando o tópico, preciso de uma ajuda, hoje estou com um sx sjb75 todo original (ainda não senti nenhuma necessidade extrema pra mexer nele, apenas na sobra de médio agudo, mas consigo corrigir tranquilamente no ampli).
A questão é hoje na igreja acompanho um coral de pegada black music, e o grupo de jovens segue bem essa linha variando entre umas musicas um pouco mais pop rock (características das regentes), e ultimamente, tenho sentido um pouco a falta da sizona, nos 3 ultimos cultos usei um jazz de 5 cordas de um amigo meu (réplica de Fender com caps Kent Armstrong), em questão de som, ainda prefiro o meu, timbre mais definido e tal, mas em relação a "tocabilidade" (se é que é assim que posso colocar rs) a sizona ajudou bastante, curto bastante a pegada do jazz bass, e tenho pesquisado bastante, inclusive por tópicos aqui do forum, para encontrar uma luz (ou seja um baixo) que pudesse suprir essa necessidade.

dentre o que pesquisei seguem alguns que me agradaram:

Já testei:
Condor Cjb5a (a unica coisa que me incomodou um pouco foi a questão de como as cordas passam em relação aos polos do cap da ponte, mas pelo que dei uma pesquisada isso pode ser corrigido com a troca da ponte)
Cort Gb35j (ou GB35a, já tive a versão 4 cordas que me atendeu legal tbm mas o cap music man tira um pouco a cara do jazz e eu particularmente achei que tem uma pequena diferença de saida entre os caps, sendo o music man um tanto mais forte que o jazz, o que pode ter sido apenas uma impressão minha)
Obs: tem um interessante com um circuito ativo inspirado no Fender deluxe em um grupo no Face...

Ainda não testei mas achei interessante:
Hurricane modificado: braço trocado (feito pelo luthier Rafael Brandão), ponte monorail.
Rockbass corvette: me interessei pelos caps single, mas não sei se tem a mesma pegada de um jazz
Tagima Tjb5: apenas por ser um jazz 5 cordas mas não sei se vale a pena

Consideraria mesmo não sendo um jazz:
Cort b5 - só toquei na expo music, mas curti o som e a pegada tanto pra pizzicato quanto pra slap (o que não sendo jazz é uma das minhas preocupações)

no que puderem me ajudar eu agradeço, e de antemão peço desculpas caso tenha feito algo errado com a postagem neste tópico.

Conheço bem quase todos eles.
O Condor e o Tagima são ok. Baixos "pau pra toda obra" e podem facilmente aceitar "up-grades".
O Cort GB35J é superior à esses dois acima, mas é mais caro (e eu, pessoalmente, não gosto muito do design). A diferença entre capts é questão de regulagem de altura dos mesmos em relação às cordas.
O Rockbass Corvette é um baixo legal também; ativo, o que proporciona maior amplitude no controle dos timbres (mas é só isso); o braço é largo na minha opinião.
O Hurricane eu não conheço.

Muito obrigado Bertola,

em comparação ao Condor e o Tagima, em relação ao braço especificamente, na sua opinião, qual seria o mais confortável? E no geral, quais são os pontos mais fortes dos dois?

o Cort não gosto muito do headstock na versão 5 cordas, não entendi o pq mudar a tarraxa da corda D de lugar

^ Isso depende, pois é pessoal. Teste os dois e veja qual mais te agrada.

Douglas Fernandes escreveu:o Cort não gosto muito do headstock na versão 5 cordas, não entendi o pq mudar a tarraxa da corda D de lugar

Mais equilíbrio das tensões, headstock mais curto.

Isso é tão comum...

Ok Bertola muito Obrigado, vou testar assim que possível e depois posto minhas impressões comparando os dois.

Alex não sabia que era tão comum assim, eu pelo menos não vi nenhum outro baixo em que fossem trocadas as duas ultimas tarrachas para o outro lado do head no modelo 5 cordas, visto que no de 4 cordas todas estavam no mesmo lado, somente a ultima como nos modelos mais comuns de jazz bass por exemplo... Mas enfim, foi só uma observação, muito obrigado pela informação

Ok, realmente não é comum ver um baixo que é 4x0 na versão 4 virar 3x2 na versão 5.

Mas é uma solução boa para os problemas citados.

Esses baixos são feitos na mesma fábrica em que são feitos os Lakland Skyline. Bons instrumentos.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:
O Rockbass Corvette é um baixo legal também; ativo, o que proporciona maior amplitude no controle dos timbres (mas é só isso); o braço é largo na minha opinião.

Ué?
Coloquei meu Rockbass aqui no paquímetro e deu 38,1mm no nut.
Ou seja, tão fininho e confortável quanto um Jazz Bass!

E esse baixo ainda conta com muitos avanços de um projeto mais moderno:
- shape confortável;
- instrumento leve;
- circuito ativo que dá um timbre mais moderno;
- equalização de graves e agudos;
- escala com 24 trastes;
- braço laminado (maior estabilidade);
- headstock angulado (maior resistência);
- captação MEC, ponte, tarraxas, nut regulável e straplock iguais ao irmão alemão.  

Na minha opinião é a melhor opção e custo benefício disparado entre os instrumentos mencionados pelo Douglas Fernandes.

allexcosta escreveu:Ok, realmente não é comum ver um baixo que é 4x0 na versão 4 virar 3x2 na versão 5.

Mas é uma solução boa para os problemas citados.

Os G&L são assim.


G&L L-2000


G&L L-2500


G&L MJ-4


G&L MJ-5


G&L M-2000


G&L M-2500

rafacar escreveu:

Mauricio Luiz Bertola escreveu:
O Rockbass Corvette é um baixo legal também; ativo, o que proporciona maior amplitude no controle dos timbres (mas é só isso); o braço é largo na minha opinião.

Ué?
Coloquei meu Rockbass aqui no paquímetro e deu 38,1mm no nut.
Ou seja, tão fininho e confortável quanto um Jazz Bass!

Os modelos mais antigos (de ponte simples) tinham o braço bem largo e bem grosso mesmo, já tive um...

Os novos são bem mais finos mesmo. Ambos estão corretos... rs