Zika

http://www.bbc.com/news/health-35399403

"It also confirmed the virus had been detected in semen and there were was "one case of possible person-to-person sexual transmission" but further evidence was still needed."

Só faltava.

Estava rolando um comentário na internet que a microcefalia na verdade tinha sido problema de vacinas vencidas no nordeste. Não cheguei a ler tudo mas cheirava um pouco a teoria de conspiração.
Vai saber....

Fernando Zadá escreveu:Estava rolando um comentário na internet que a microcefalia na verdade tinha sido problema de vacinas vencidas no nordeste. Não cheguei a ler tudo mas cheirava um pouco a teoria de conspiração.
Vai saber....

Também vi e não faz o menor sentido...

Talvez seja improvável, mas faz algum sentido.

Há muitos casos na história de vacinas provocando doenças. Às vezes as próprias doenças que elas supostamente evitam, às vezes outras doenças.

A vacina da pólio deixou muita gente com muletas, a HPV também é bem polêmica. Mas enfim...

Vacinas podem causar casos esporádicos dessas doenças, mas não surtos ou epidemias.
Entra nas estatísticas de "efeito colateral", que, numericamente é muito inferior aos casos de efetiva proteção contra a doença combatida pelas mesmas...

Minha esposa foi diagnosticada com zika mês passado. Agora já está melhor, mas foram uns 10 dias de sofrimento.

Primeiro caso na Dinamarca.

^ E vai se espalhar...
A gripe espanhola, maior (numéricamente falando) pandemia  dos últimos 500 nos, teve sua "ação" potencializada pelo retorno à seus países (e continentes) das tropas que lutaram na última fase da 1ª Guerra Mundial (1918/9). Foi isso que tornou a epidemia em pandemia e matou tanto quanto a guerra.
Meu avô (que nasceu em 1900) me contava como a epidemia atingiu o Rio (no caso dele o bairro do Engenho de Dentro) em 1919/20 quando do retorno da Comissão Naval Brasileira ( quase todas as baixas foram causadas pela "espanhola").
Hoje em dia, com o fluxo MUITO maior de pessoas entre as várias partes do planeta, o crescimento da doença é um fato inquestionável.
O mais curioso é que a doença em sí não mata. Mas a sua infecção causa microcefalia em fetos, que, de um certo ponto de vista é ainda pior que mortes, pois essas crianças serão "especiais", demandando cuidados especiais para toda a vida, sobrecarregando o sistema de saúde de todos (mormente num país como o Brasil) e causando danos graves à estrutura familiar. A morte afeta relativamente poucos (socialmente falando). A incapacidade permanente(nesse caso de um número muito grande de crianças), é muito pior...
E na Dinamarca, eles podem arcar com isso (se, essas pessoas infectadas espalharem lá os vírus, o que é pouco provável), aqui... Não...

^Nem fale, fico arrepiado de angústia só de pensar nestes casos de microcefalia :/

Bom, só sei que já tive dengue e foram os 8 piores dias da minha vida... Isso pq aqui em casa seguimos todas as orientações de não deixar água parada e mesmo assim o maldito me mordeu...

Esse negócio de água parada faz diferença mínima... Não há como se controlar água parada em uma cidade.

^ muito menos dentro da casa do seu vizinho!

allexcosta escreveu:Esse negócio de água parada faz diferença mínima... Não há como se controlar água parada em uma cidade.

Concordo...

Mauricio Luiz Bertola escreveu:

allexcosta escreveu:Esse negócio de água parada faz diferença mínima... Não há como se controlar água parada em uma cidade.

Concordo...

Com certeza, apesar de ser inviável o ponto de vista desse professor não deixa de ser interessante...

"A melhor estratégia para combater o mosquito Aedes Aegypti -- transmissor da dengue, febre chikungunya e Zika vírus -- é retirar do ambiente todos recipientes que acumulem água limpa? Se a pergunta for feita para o doutor em Doenças Tropicais e Saúde Internacional André Luis Soares da Fonseca a resposta será não. "Retirar potinhos de água não adianta nada. É uma estratégia errada. Você tem é que colocar potinhos de água para a fêmea do mosquito botar os ovos, depois basta você jogar a água fora e estará eliminando o problema", ensina André Luis que é médico veterinário e professor de Imunologia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O professor explica que é adepto da estratégia em sua casa e ensina aos seus alunos na universidade. "Retirar os potinhos de água não funciona. Estamos fazendo isso há 10 anos e não resolve", analisa. "Depois de botar o ovo, o mosquito morre. Você tem que colocar os potinhos de água em lugares que você se lembre de retirar depois que a fêmea botar os ovos. Ao menos três vezes por semana, você deve jogar a água fora. Se eu retirar todos os potinhos, o mosquito vai procurar a caixa da água ou locais escondidos, que eu não vou achar. Ajudando o mosquito a botar os ovos estou sendo mais inteligente do que ele", acredita. A proliferação do mosquito se deve a um "desequilíbrio ambiental imenso", segundo o professor. Para ele, a teoria da higiene também está ajudando a aumentar a população do Aedes e demais mosquitos. "Quem contra a população de mosquitos, as aranhas e lagartixas. Porém, você não as vê mais nos ambientes", diz. André Luis ataca também o fumacê amplamente usado pelas prefeituras para combater o Aedes. "Isso não funciona e agride o meio ambiente. O inseticida polui os mananciais de água. Isso não tem efeito biológico contra dengue. Quando você usa o fumacê para matar o mosquito, você também mata a aranha", explica. O doutor alerta que, diante da falta de predadores, os mosquitos se tornaram o topo da cadeia alimentar, num grave desequilíbrio ambiental. Para ele, a saúde pública no Brasil carece de críticas fundamentadas. "Hoje o País gasta milhões de reais em estratégias que não funcionam (...) Quanto mais se usa inseticidas, mais estamos agravando a situação da dengue, pois estamos eliminando não só os mosquitos, mas seus predadores", critica. Porém, ele enaltece as iniciativas científicas, como os mosquitos transgênicos estéreis que foram soltos em fase de teste no interior de São Paulo. Após liberado, o macho de DNA alterado fecunda a fêmea que produzirá ovo infértil, impedindo o nascimento de novos mosquitos. "Isso sim é ciência, é eficaz de verdade. Deveríamos investir em tecnologias desse tipo", propõe.
Leia mais em: http://www.diariodigital.com.br/geral/dengue-tirar-agua-do-potinho-nao-dianta-nada/140130/ "

Tirar potinho, colocar potinho. Tudo bobagem...

A solução passa por tecnologia de verdade, como alguma vacina, a referida mudança genética dos mosquitos ou algum predador que não vá perturbar o ecossistema.

E tentar ter certeza também que é o Zika que causa a microcefalia. Caso não seja, deixa isso quieto que resolve sozinho.

^ Então toda essa campanha contra o aedes aegypti é a toa? Sempre que vejo propaganda na tv, flyer, cartaz a orientação é justamente essa: Não armazenar recipientes com água parada.

Coder escreveu:Então toda essa campanha contra o aedes aegypti é a toa?

É... Olhe em sua volta, abra o jornal... Resolve?

Isso é o governo te dizendo: "a culpa é sua porque esqueceu de esvaziar o potinho", ao invés de "não tivemos competência suficiente e roubamos demais da verba de saúde e não conseguimos resolver isso" ou "investimos menos que todos os países do mundo que possuem uma riqueza como a nossa em tecnologia e pesquisa, por isso não conseguimos evitar que seu filho fique doente".

Acho que a estratégia é errada e inócua, posto que o clima em aquecimento ajuda ainda mais a proliferação das muriçocas que, de resto, sempre existiram (mormente aqui no RJ, e isso é histórico).
Concordo com o Allex que uma estratégia mais eficaz passa pela bio-tecnologia e pela preservação mínima do equilíbrio ecológico ( e sim, a Fiocruz e o Butantã pesquisam isso - vacinas - à anos; mas isso leva tempo...); mas também acho que não custa nada fazer o "dever de casa", né...

Uma dúvida que tenho: mais da metade do Brasil não têm saneamento básico. As condições sanitárias da maioria da população contribuem para a proliferação dessas doenças (zika, dengue etc.)? Se sim, passa também por uma melhor estruturação dos espaços urbanos. Além do que já foi dito, claro.

Bem, parece que tanto o Zika como as vacinas vencidas de Pernambuco não tem nada a ver com a microcefalia.

O problema é o inseticida piriproxifeno, utilizado para matar as larvas.
A Monsanto ataca mais uma vez...

http://www.dailystar.co.uk/news/latest-news/494276/zika-hoax-virus-not-linked-microcephaly-pyriproxyfen-real-cause

http://ecowatch.com/2016/02/12/larvicide-cause-not-zika/

allexcosta escreveu:Bem, parece que tanto o Zika como as vacinas vencidas de Pernambuco não tem nada a ver com a microcefalia.

O problema é o inseticida piriproxifeno, utilizado para matar as larvas.
A Monsanto ataca mais uma vez...

http://www.dailystar.co.uk/news/latest-news/494276/zika-hoax-virus-not-linked-microcephaly-pyriproxyfen-real-cause

http://ecowatch.com/2016/02/12/larvicide-cause-not-zika/

Putz!
Brabo isso!
Esse descontrole do uso de pesticidas traz um prejuízo ambiental gigantesco e essas corporações jogam pesado para empurrar suas responsabilidades para debaixo do tapete....
Capitalismo "selvagem" e sem controle dá nisso.... Lembrei-me do filme "Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento"... sobre a questão do amianto. E olhe que o caso passou-se nos EUA!

^ Sim...

Assista também The Constant Gardener.

allexcosta escreveu:^ Sim...

Assista também The Constant Gardener.

Transgênicos tô fora.

Você lembrou de um p#$% filme, Alex.
Memorável esse enredo.

ZédeLepelin escreveu:Transgênicos tô fora.

Em alguns anos será: "transgênicos, existe algo que não seja?"

allexcosta escreveu:

ZédeLepelin escreveu:Transgênicos tô fora.

Em alguns anos será: "transgênicos, existe algo que não seja?"

Se deixarmos chegar num ponto onde tudo seja transgênico, imagine o resto?