Braço não mantém regulagem

Bom dia.

Não encontrei conteúdo referente a minha dúvida, então resolvi postar. Espero não infringir as regras do fórum.
Adquiri um jazz bass standard há 2 meses. Levei regulado da loja. Semana passada percebi um leve afastamento das cordas em relação ao meio do braço. Levei ao profissional e ele me disse que poderia ser a variação da temperatura. Deu umas voltas no tensor (da corda G para a E) e ficou resolvido. Mas para minha surpresa, menos de uma semana após a regulagem, ele novamente "entorta" um pouco.

A dúvida é: Isso é normal? Ou até quando será necessário os reparos para que a madeira se estabilize? Ou será um defeito crônico do braço?

É claro que levarei novamente ao luthier, mas gostaria de saber se o pessoal já passou por essa experiência. O produto ainda está na garantia.

Não sei se essas informações farão diferença, mas guardo ele naquele suporte de parede, sempre afinado, e apesar de tê-lo adquirido este ano, seu número de série é de 2014.

Obrigado.

ffkomatsu escreveu: Semana passada percebi um leve afastamento das cordas em relação ao meio do braço. Levei ao profissional e ele me disse que poderia ser a variação da temperatura. Deu umas voltas no tensor (da corda G para a E) e ficou resolvido. Mas para minha surpresa, menos de uma semana após a regulagem, ele novamente "entorta" um pouco.

regulagem do tensor? por corda nao seria a ponte? tensor há apenas um :p

ffkomatsu escreveu:A dúvida é: Isso é normal?

Não sei se eu diria normal, mas é comum.

Ou até quando será necessário os reparos para que a madeira se estabilize?

Regulagem não é reparo. Ninguém pode dizer quando ou se essa peça de madeira ficará mais estável.

Ou será um defeito crônico do braço?

Raramente é defeito, mas há instrumentos que precisam de regulagens mais frequentes que outros.

É claro que levarei novamente ao luthier, mas gostaria de saber se o pessoal já passou por essa experiência. O produto ainda está na garantia.

Sim, como disse, é comum. Por incrível que pareça, instrumentos de corda são fabricados para serem regulados quando necessário, não há prazo para regulagem. Às vezes você regula 3x na semana e às vezes fica um ano sem regular. Isso É assim... Não é um defeito. O melhor seria você aprender a regular o tensor e ajustar de acordo. Mas se isso está te incomodando muito, peça um parecer do luthier de que há algo errado com o baixo e tente trocar.

Não sei se essas informações farão diferença, mas guardo ele naquele suporte de parede, sempre afinado, e apesar de tê-lo adquirido este ano, seu número de série é de 2014.

Sim, faz diferença. Deixar ao tempo faz com que ele troque mais umidade com o ar e seja mais afetado pela temperatura, principalmente nas transiçôes dia/noite/dia. Guarde fechado, tire pra tocar.

Negrito.

arturbmallmann escreveu:regulagem do tensor? por corda nao seria a ponte? tensor há apenas um :p

Por "da G para E" ele se refere ao sentido horário de ajuste do tensor, também conhecido como "apertar".

/\ ok, faz sentido. desculpas, nao conhecia esta expressão.
ffkomatsu, você trocou as cordas depois da regulagem?

Obrigado pelas respostas.

Artur, não troquei as cordas não. Mantive as mesmas.

Alex, quanto a umidade, aqui onde moro é muito úmido e o frio está intenso este ano. Outra coisa, você citou "raramente". Você já conheceu algum e o que foi feito?

Obrigado.

Que era defeito mesmo? Sim, já vi. Resolve no luthier com muito trabalho e dinheiro. Muitas vezes é melhor comprar outro braço.

Seu caso não parece defeito. O clima anda louco mesmo...

Esse defeito existe e já tive baixo assim. Única solução era trocar o tensor e isso incluía remover e recolocar a escala, ou seja muito caro. Acabei passando o baixo pra frente com um valor bem menor para o luthier. Mas não era um pouquinho de desregulagem de um dia para o outro. Era muito em algumas horas, mesmo com temperatura e umidade estáveis.

No seu caso parece normal, não sei aí, mas aqui na capital está uns dias extremamente frios e outros razovelmente quentes, alguns com chuva outros não, aí não tem braço que se mantenha tão estável.

Eu moro próximo a capital. O clima é bem parecido, um pouco menos frio, mas bem mais úmido.

Vou guardar o baixo "agasalhado" numa bag, pra tentar protegê-lo das variações da temperatura.

Obrigado.

Brother, aprenda a regular tensor. Se a ponte foi regulada no luthier, não precisa nem mexer na ponte.

É colocar uma chave e rodar, só isso... Use dois cartões de visita no oitavo traste como base.

Eu aprendi ontem a regular tensor e confesso que fiquei com o inominável na mão com a possibilidade de ferrar o baixo. Mas é simples, só requer atenção com as voltas (vai de 1/4 em 1/4 pra garantir).
Tem uns tutoriais legais no Youtube pra ajudar.

Parece mesmo reação à exposição ao tempo.

Como já foi falado aqui, o melhor que você faz é aprender a regular o seu instrumento. Não só por este caso isolado, mas, para qualquer necessidade que você possa ter com este ou outros instrumentos que passarem pela sua mão.

Realmente há muitos tutoriais na internet. Já dei uma olhada em alguns.

Esses dois cartões de visita no oitavo traste é pra ter uma base da altura das cordas em relação ao braço?

ffkomatsu escreveu:Esses dois cartões de visita no oitavo traste é pra ter uma base da altura das cordas em relação ao braço?

É. Se a corda estiver colada ali, tem que folgar um pouco. Se estiver muito afastada, tem que apertar um pouco. Dois cartões de visita ou de telefone público é uma medida razoável pra quem não tem a ferramenta certa.

Você é do Vale do Ribeira, né? Ultimamente tem feito bastante frio e calor, tudo isso intervalo muito curto... Não há regulagem que dure nesse tempo maluco...

Como o pessoal sugeriu, aprenda a regular o tensor. IMO, é obrigação do músico saber regular seu instrumento. Já pensou se você tiver que levar seu carro num mecânico toda vez que for colocar água no reservatório ou trocar as calotas? Haja grana...

Mas lembre-se: Um braço deve ser levemente côncavo. Na dúvida, pegue o manual da Fender que tem a explicação direitinho, inclusive o espaço que tem que deixar...

Cara se perder pouca coisa isso é completamente normal, tenho um baixo com 2 tensores no braço e é mais difícil de acontecer mas mesmo assim as vezes acontece mais percebo que assim que a temperatura se estabiliza ele volta a regulagem de antes, já no JB com um tensor só essa variação é mais perceptível e quando tem variação brusca de temperatura e umidade é quase que certo, mas mesmo assim é pouca coisa se muito for é 1mm e quando a temperatura estabiliza de novo volta tudo ao normal.
O fato do baixo está exposto ao tempo facilita que isso ocorra também inclusive a oxidação das cordas, o melhor a ser feito é usar um case ou um bom bag.

É vale do ribeira sim. Normalmente não faz este frio não.

Bom pessoal, fiz o que alguns recomendaram e resolvi colocar o resultado.

Tensor: não mexi desta vez, pois havia feito isso dois dias antes dando três movimentos de aperto (agora aprendi que é "apertar" rs).

Altura da corda no sétimo traste: Pressionando a primeira e a última casa, o cartão de crédito "quase" não entrou. Ficou bem em cima. A folha de papel passa tranquilamente. Nos demais trastes o resultado foi bem parecido.

Altura da corda no 17º traste: Segundo o manual do baixo, a altura da corda solta deve ser 2,4mm. Coloquei uma régua e deu entre 2 e 2,5 mm.

Afinação na 12ª Casa: com o uso de um afinador, precisei regular apenas o carrinho das cordas E e D (estavam um pouco fora).

Altura dos captadores em relação às cordas soltas: captador do braço + ou - 5 mm. captador da ponte entre 4 e 5 mm (não mexi)

Concavidade do braço: Com todas essas medidas aí, e a olho nú (colocando ele pra frente e pro alto como se fosse mirar algo), percebi uma concavidade mínima, que consta até no manual da fender.

A pergunta é: Se a olho nú eu notar que esta concavidade aumenta ou diminui, porém sem alterações nas medidas, é preciso toda vez apertar ou diminuir o tensor para "atenuar" as suas variações?

Obrigado pelas dicas e o encorajamento para ajustar meu instrumento.

Ah sim, já encomendei uma case