Aulas de baixo...

Comecei a tocar por volta de 2009 e partilho da opinião de que essa facilidade de acesso a tablaturas, guitar pro, vídeo-aulas de youtube e afins contribuíram para o surgimento de uma série de vícios de aprendizado e comodidades para os músicos mais jovens

No meu caso, por exemplo, comecei meus estudos pelo violão e me prendia muito a essa facilidade de aprender músicas através de tab e cifras. Quando migrei pro baixo, comecei a levar musica mais a sério e me deparei com algumas situações de mundo real que demandavam um ouvido mais apurado, me frustrei por não conseguir acompanhar outros músicos com os quais eu estava tocando. Fui percebendo que isso estava relacionado a uma carência de habilidades relativamente básicas, mas que nunca nem tive a pretensão de aprender, devido aos meus maus hábitos de sempre recorrer a conhecimento mastigado

Daí em diante, passei a me forçar a tirar as coisas de ouvido, se batesse alguma dúvida em relação a digitação ou passagens mais complicadas, procurava vídeos de covers ou versões ao vivo pra ter um auxílio visual. Ainda to correndo atrás desse tempo perdido por conta dessa indisciplina de aprendizado... São quase 8 anos tocando, mas a maturidade musical é a mesma de um iniciante hahahahah

Abs

Minha pergunta desvirtuou todo o tópico da guria, coitada .

Muito pelo contrário, são relatos de várias experiências que podem ser muito úteis a ela e a outros jovens músicos

^ Podscrê!

IMO, um baixista tem a OBRIGAÇÃO de saber pelo menos 1 instrumento harmônico...

allexcosta escreveu:Outra coisa bizarra de hoje em dia é baixista que não toca violão.

Eu desconhecia isso até um aluno que tive quando pedi pra ele fazer uma base simples pra eu mostrar umas coisas. Entreguei o violão na mão dele e falei dois ou três acordes simples. Ele falou que não sabia. Não entendi nada na hora.

Na minha época cantor, tecladista, batera, percussionista, o cara do som, da luz, roadie, todo mundo tocava violão.

Nunca vou esquecer do couro que tomei pra aprender a fazer power chords justamente por não ter base de violão . Dá até vergonha de ver que os músicos do passado dão de 10 nos de hoje. Escrevo isso no sentido que alguém que sabia o "básico" de contrabaixo na época de vocês, sabe muito mais do que alguém que saiba o "básico" de hoje em dia. Dá pra chamar de músico alguém que só arranha o instrumento?

^Eu tive uma breve experiência com o violão após anos de teclado e meses depois passei para o baixo. Tipo num intervalo entre um instrumento e outro. Tenho dificuldade só com os acordes diminutos e com a prática em si (erro bastante kkk).

Mas como meu irmão é guitarrista, e sempre teve um violão aqui, então não tenho muita dificuldade, mesmo quase nao praticando.

Admito que deveria praticar mais ( ou ter praticado mais). Tipo, meu nível não é de fazer vergonha, mas no palco não encaro o violão não rsrsrs...

Acho muito importante o baixista aprender o básico do teclado também, além do violão.

allexcosta escreveu:Outra coisa bizarra de hoje em dia é baixista que não toca violão.

Poxa... sou um ser bizarro! deprimi.

A rodinha de violão (e a "batida de ponto" no bar de frente do colégio tb... rsrsrs) sempre me foi algo comum durante o 2º grau. Se não me engano foi por isso que comprei o violão. Que eu lembre, já era assim antes da minha época... acho que é o pessoal de "hoje" com as facilidades da vida moderna que tá agindo diferente.

Eu comecei com o baixo e estou aprendendo a tocar violão. Estranhei um pouco no começo, mas a base, o fundamento que o contrabaixo me deu, ajudou demais.

Gozado. Eu comecei no violão, mas, como nunca estudei teoria no violão nem nada, só sei tocar umas coisas bem óbvias, como power chords e uma meia dúzia de notinhas mais diferenciadas rs. Fui pro baixo nem 1 ano depois de comprar meu primeiro violão.
Começar direto no baixo era uma coisa que eu nem cogitava. Primeiro que eu eu nem sabia o que queria tocar, se era baixo, guitarra. Até cantar eu queria rs. Aí, o violão foi o coringa...

allexcosta escreveu:
Até aquele carinha CDF que não conversava com ninguém pegava o violão e tocava uma ou duas do Legião. Sempre tinha alguma guria que tocava também.

Todo mundo tocava Legião e alguma vezes Ultraje e Titãs... os mais "experientes" mandavam uns Paralamas e às vezes Ira!. Em raras ocasiões aparecia alguém não muito ligado ao Rock Brasil. Tocar violão, beber, jogar conversa fora, jogar sueca longe dos olhos dos monitores... estudar que é bom... kkkkkkkkkkkk

Rodinha de violão sem Legião Urbana não é rodinha de violão...

allexcosta escreveu:
Pessoas normais "não rock" nem sequer sabem o que é um power chord. Acordes m7, 7/9, 7/5-, 5+ ou 7+ são comuns pra essas pessoas que tocam violão de maneira amadora.

Pro baixista é muito importante conhecer esses acordes e tê-los no ouvido interno. Ajuda nas linhas, no fraseado, etc...

Sim. A questão é que no baixo é mais difícil usar mais do que 9ª, por aí, pelo menos pra mim. Por isso, quando pego um violão e vejo um acorde que acaba passando disso, eu me enrolo e tenho que contar as casas pra fazer rs. Aí, a música já foi faz tempo.

^ Tô ligado. A questão não é perceber o campo harmônico do som que estou tocando e, aí, já saber o fraseado de cara. É pegar o violão e fazer isso. Justamente porque não estou habituado a explorar esses intervalos no baixo, aí não é tão automático quando tenho que fazer, mesmo no baixo.
Mas, que é bom, é mesmo. Esse papo tá me lembrando que preciso voltar a estudar...

Estou pensando em começar a fazer aulas de contrabaixo mas tenho algumas dúvidas. Como avaliar a qualidade de um curso? Esse tipo de coisa gira em torno de quanto?

allexcosta escreveu:^ Sério, brother?

90% dos funks utilizam escala dominante (mixolídio). Quando você escuta a sétima no lombo o dedo já vai no fraseado. Outras tantas músicas, tipo Santana, gritam "frígio dominante" no seu ouvido antes de você dar uma nota sequer.

É bom ter esse tipo de percepção.

Tópico desmembrado com alta relevância. Devia haver na parte de teoria do fórum, alguém para escrever uma coluna, por exemplo, com uma visão macro como apresentaram aqui. Alta relevância, pois , tem aquele músico que é igual jogador de futebol, só tem uma perna pra fazer a jogada. Se for trabalhado na escolinha, pode ser que seja eficaz com ambas.

gregorybarbosa escreveu:Estou pensando em começar a fazer aulas de contrabaixo mas tenho algumas dúvidas. Como avaliar a qualidade de um curso? Esse tipo de coisa gira em torno de quanto?

Procure indicações de professores na sua cidade com alguns conhecidos e cote os preços.
Posso estar enganado, mas falar sobre política de preços no fórum não é permitido. Já infringi algumas regras ao perguntar peço de instrumento pra luthier, então creio que a mesma regra se aplique nesse caso.
Eu não gosto muito da ideia de aula online, por Skype e tal. Gosto de sentar do lado do cara e ter a aula ali, ao vivo e a cores.

Procure indicações de professores na sua cidade com alguns conhecidos e cote os preços.
Posso estar enganado, mas falar sobre política de preços no fórum não é permitido. Já infringi algumas regras ao perguntar peço de instrumento pra luthier, então creio que a mesma regra se aplique nesse caso.
Eu não gosto muito da ideia de aula online, por Skype e tal. Gosto de sentar do lado do cara e ter a aula ali, ao vivo e a cores.

Opa, não sabia que não é permitido. E sim, vou procurar por aulas presenciais. Essa coisa de Skype pra mim não rola.