1982, ano em que atingimos a perfeição das gravações de estúdio.

35 anos atrás...

Não preciso nem falar do disco Thriller, que também foi lançado nesse mesmo ano, mas isso aqui até hoje é referência absoluta em alinhamento de PA e sistemas de áudio:

https://www.youtube.com/watch?v=sogYgHlNnqo

https://www.youtube.com/watch?v=Nomb3-hIWjA

Você que grava, sempre escute uma ou duas músicas desse disco do Donald Fagen antes de começar sua sessão de mixagem.

Quando começou a rolar (I. G. Y.) imediatamente achei que era Brylho - Noite Do Prazer.

https://www.youtube.com/watch?v=rrBN9U3c3d0

Perfeito, simplesmente perfeito!

Bom, muito bom.

Já tive implicância com esse álbum. É simples: Eu detestava a estética oitentista. Sempre achei tudo visualmente muito exagerado, e quando a gente fala de Thriller, imediatamente eu lembro do clip, que como We Are The World, passava toda hora.

Hoje eu considero esse um grande álbum, embora seja fato de que prefiro o MJ dos 70.

Mas hoje eu realmente gosto desse disco.

Rico escreveu:Já tive implicância com esse álbum. É simples: Eu detestava a estética oitentista. Sempre achei tudo visualmente muito exagerado, e quando a gente fala de Thriller, imediatamente eu lembro do clip, que como We Are The World, passava toda hora.

Hoje eu considero esse um grande álbum, embora seja fato de que prefiro o MJ dos 70.

Mas hoje eu realmente gosto desse disco.

Qual álbum? Qual disco?

Desculpe. Eu estava falando especificamente do Thriller, embora tenha entendido que você se referia a década de oitenta.

Rico escreveu:Desculpe. Eu estava falando especificamente do Thriller, embora tenha entendido que você se referia a década de oitenta.

Tendeu não...

Mas vai ver é minha culpa. Já editei lá...

Eu curto essas músicas do DF. São realmente uma doce lembrança da minha pré adolescência. Depois disso, lá pelos 90, eu fui apresentado ao can't buy a thrill....

Entendi. Creia..

Rico escreveu:Entendi. Creia..

Entendeu agora.

Você, por não ter clicado nos links, imaginava que o tópico tratava de um disco do Michael Jackson.

Mais ou menos. Entendi que você usava o thriller como exemplo das inovações tecnológicas usadas em estúdio na década de 80.

Aliás, em 83 foi criada a tecnologia do cd, se não me engano.

Mas os links do DF, eu cliquei depois.

Rico escreveu:Mais ou menos. Entendi que você usava o thriller como exemplo das inovações tecnológicas usadas em estúdio na década de 80.

Não, mas tá bom.

allexcosta escreveu:35 anos atrás...

Não preciso nem falar do disco Thriller, que também foi lançado nesse mesmo ano, mas isso aqui até hoje é referência absoluta em alinhamento de PA e sistemas de áudio:

https://www.youtube.com/watch?v=sogYgHlNnqo

https://www.youtube.com/watch?v=Nomb3-hIWjA

Você que grava, sempre escute uma ou duas músicas desse disco do Donald Fagen antes de começar sua sessão de mixagem.

Bom... Foi o que concluí desse texto. Você não se refere a técnicas de gravação aprimoradas ao longo das décadas anteriores, e maximizadas pelo desenvolvimento da tecnologia?

Rico escreveu:Bom... Foi o que concluí desse texto. Você não se refere a técnicas de gravação aprimoradas ao longo das décadas anteriores, e maximizadas pelo desenvolvimento da tecnologia?

Não, mas tudo bem.

Poderia então, a fim de enriquecer o tópico, explicar qual o argumento?

Desculpe.. Não entenda mal, mas se o tópico é "1982, ano em que atingimos a perfeição das gravações de estúdio", eu me pergunto o motivo de termos conquistado essa perfeição. Claro.... Nunca fui músico profissional, mas sinceramente, me questiono se o argumento não se refere claramente ao desenvolvimento das técnicas de gravação potencializadas também pelo desenvolvimento tecnológico.

Curto muito Steely Dan, Donald Fagen & Cia., mas não saquei qual é o aludido divisor de águas.

Realmente a clareza, o "respiro" que tudo tem, é de um nivel absurdo.

Eu "brigo" com produtores(e artistas) que conheço, sobretudo de rock, porque pra eles qualidade é "pressão sonora" o tempo todo, a musica não respira mais.

Ai a gente ouve os links que o Allex postou, tem espaços, tem dinâmica, não é só uma massa sonora, é música.

Sim. Como exemplo temos este rock que só tem "pressão sonora" e não tem respiração.
A imperfeição da gravação se dá pelo fato de ter sido gravada em 1975.

https://www.youtube.com/watch?v=fJ9rUzIMcZQ

Outra banda de Rock com esta mix imperfeita e sem respiração, de 1969.

https://www.youtube.com/watch?v=_wXpDu426BQ

Velho, eu to falando do "hoje" e você me vem com uma coisa de antes de eu nascer . Talvez o "não respira mais" não tenha marcado o "atualmente" como eu queria dizer .

Eu não sei o que aconteceu no caminho. De uns anos pra cá(agora vai! kakaka), ao menos no cenário de rock(que é o que vivo com mais frequência) os caras só querem preencher o gráfico de equalização, da raiva.

Se formos falar de coisa velha, o que eu realmente queria pras bandas que toco era algo soando assim:
https://www.youtube.com/watch?v=o2eCo_GHH7s

O que hoje seria fácil fazer(a coleta da bateria, principalmente), não fosse esse pensamento de mixagem moderna no mundo do rock.

Stormbringer (e o pessoal que tem interesse),

da uma olhada nos videos do Lisciel Franco, um baita produtor que fala muito sobre isso,

https://www.youtube.com/user/felipeliscielfranco

outra que o cara é f*** e faz os próprios equipos analógicos.

Ah, sim, Stormbringer, você tá falando de hoje. Eu ouço pouco rock atual (na verdade ouço pouco rock no geral), mas o que você diz tem sentido falando de hoje.

Sei lá, cara, é a estética, a linguagem dos caras.
Uma banda que faz coisas interessantíssimas em estúdio é o Foo Fighters. Em 2011 gravaram um disco totalmente em analógico numa garagem. É um disco bem barulhento, cai quase perfeitamente no que você disse sobre pressão sonora e respiração.

heenrique_bass escreveu:Stormbringer (e o pessoal que tem interesse),

da uma olhada nos videos do Lisciel Franco, um baita produtor que fala muito sobre isso,

https://www.youtube.com/user/felipeliscielfranco

outra que o cara é f*** e faz os próprios equipos analógicos.  

Admiro pra caramba o Lisciel, acompanho o trabalho dele há alguns anos e tô pra fazer um trabalho de mix com ele. O cara é muito bom.

Sobre Steely Dan, quando escuto essa música sempre fico meio bobo. É incrível a limpeza e inteligibilidade da mix. Só que essa é bem mais nova (de 2002, se não me engano).
Essa música é fantástica, simplesmente fantástica.

https://www.youtube.com/watch?v=V6OrUOPn1zw

Things I Miss The Most é outra. São músicas deliciosas de se escutar.  

https://www.youtube.com/watch?v=EH8wfVtklEk

Um dos discos que mais gosto de ouvir é o Innervisions e Songs In The Key of Life, ambos do Wonder lá pro meio dos 70.
Pootz, acho tudo tão certinho na mix, que tá louco.
É bom de ovuir baixinho, altão, médio, para estudar ghost note, se bobear consegue calcular até o fluxo de ar das vozes kkk
Esses discos mudaram meu conceito de MIX

Enquanto isso, a maioria dos registros fonográficos nacionais de até poucos anos atrás...

Por favor, coloquem links para o youtube sem "embed" senão fica hiper pesado e não consigo mais acessar o tópico.

Infelizmente o modo de produção musical atual é totalmente diferente do que era usado na época citada. Não existe mais verba suficiente para se produzir música como era feito no passado. A qualidade das gravações está muito relacionada ao tempo investido em estúdio (e nos estágios de arranjo/pré-produção), coisa que quase ninguém está mais disposto a fazer.

allexcosta escreveu:Por favor, coloquem links para o youtube sem "embed" senão fica hiper pesado e não consigo mais acessar o tópico.

Resolve se colocar o video dentro de Spoiler?

^ Acho que não.

Edão escreveu:Pink Floyd chegou a perfeição das gravações em estúdio antes de 1982.

Fala sério...

Edão escreveu:p**** Tio, só por que não tem swingue e o sintetizador é modesto...
Repara a qualidade da gravação.

Não é ruim, pelo contrário, mas nem se compara. O timbre de caixa, por exemplo, é péssimo.

The Nightfly não tem defeito e é usado até hoje pra alinhar PA. Nunca vi PA sendo alinhado com Pink Floyd.

Comparando com a caixa do nightfly achei ela menos seca e com mais médios e graves. Como essas diferenças das caixas interfere no ajuste de PAs? (pergunta totalmente inocente aqui hehe)

e dê mais exemplos do que o que você considera AS gravações, pf... Gravações de orquestras entram nessa lista?

AndréBurger escreveu:Comparando com a caixa do nightfly achei ela menos seca e com mais médios e graves. Como essas diferenças das caixas interfere no ajuste de PAs? (pergunta totalmente inocente aqui hehe)

Um técnico ajusta o PA de diversas maneiras. Utiliza-se white ou pink noise pra se ajustar o volume de frequências no ambiente, assim como gravações que ele conhece bem e considera boas, The Nightfly sendo uma que a maioria dos técnicos confia, segundo minha experiência. Gravações assim são usadas para acostumar o ouvido com timbres perfeitos e uma boa mix.

No caso da música do PF, a caixa pula um pouco na mix, além do baixo ser relativamente mal executado, em minha opinião.

AndréBurger escreveu:e dê mais exemplos do que o que você considera AS gravações, pf... Gravações de orquestras entram nessa lista?

O disco abaixo é considerado muito bom por muita gente:

https://www.youtube.com/watch?v=4avT0Z46UAg

Outras gravações boas:

https://www.youtube.com/watch?v=Hd0T5BuIl0c

https://www.youtube.com/watch?v=7spBU4Yv8fE

Não escuto muito música erudita, não sei dizer.

A melhor relação gravação/mixagem que já ouvi até hoje foi a do DVD Acústico MTV do Gilberto Gil. É muito perfeito, você ouve os mínimos detalhes de cada elemento da banda, um som muito limpo e bem distribuído.

EDIT: Nem adianta procurar esse material no Youtube, só no DVD dá pra perceber os aspectos que citei!

Claudio escreveu:A melhor relação gravação/mixagem que já ouvi até hoje foi a do DVD Acústico MTV do Gilberto Gil. É muito perfeito, você ouve os mínimos detalhes de cada elemento da banda, um som muito limpo e bem distribuído.

EDIT: Nem adianta procurar esse material no Youtube, só no DVD dá pra perceber os aspectos que citei!

Concordo.
Quando comprei esse CD, eu fiquei pasmo com a sonoridade... Límpida e ao mesmo tempo "calorosa". Coisa difícil de se atingir.
Outro que me impressionou, pelo "resgate" de uma sonoridade "vintage" foi o "From the Cradle" do Eric Clapton, de 1994. Parecia um disco gravado nos anos 60, mas com a clareza digital. Impressionante.

Não sei, talvez por ser um tipo de som que escuto sempre, mas eu acho a mix dessa música sensacional:



Tem um milhão de coisas e eu consigo ouvir tudo muito bem.

Claudio escreveu:A melhor relação gravação/mixagem que já ouvi até hoje foi a do DVD Acústico MTV do Gilberto Gil. É muito perfeito, você ouve os mínimos detalhes de cada elemento da banda, um som muito limpo e bem distribuído.

EDIT: Nem adianta procurar esse material no Youtube, só no DVD dá pra perceber os aspectos que citei!

Fui correndo para o Youtube e está legal, mas nada demais, realmente... vou ver se encontro o físico!

Edão escreveu:Já vi alinhar PA, pasmem, até com O Rappa. Sei lá no que que o técnico de som tava pensando.

Muitas vezes o técnico simplesmente escolhe uma música que ele conhece bem e já escutou em sistemas bons. Ou então já alinhou o PA e está escutando só pra curtir mesmo.