Qual cover você toca corretamente?

por rodrigoferreirabh Sex Jan 12, 2018 1:02 am

Tem muita gente gravando vídeos de cover, más muitos não estão como os originais.
Qual cover você toca corretamente?

por allexcosta Sex Jan 12, 2018 6:54 am

por BigBoy Sex Jan 12, 2018 8:01 am

por joseluiz.avilajr Sex Jan 12, 2018 9:01 am

isso de tocar o cover tal e qual só acontece no rock e derivados.

por Willian Casagrande Sex Jan 12, 2018 9:10 am

Cara, se não estiver igual, tudo bem. Música é fruição, criação e tal. Se fizer igual, tudo bem também. Não tem lei pra isso. Tem coisa bem feita e coisa mal feita, só isso.

por monteirofn Sex Jan 12, 2018 9:30 am

por rodrigoferreirabh Sex Jan 12, 2018 9:56 am

Eu também acho que não tem muita regra, música bem tocada é o que vale.
Tem bandas que fazem versões excelentes e outras fazem cover's. Quando eu ouço um cover tocado como o original, chama muito mais minha atenção.

por Breno_Barnabe Sex Jan 12, 2018 10:17 am

Linha 100% igual? Acho que umas duas e olhe lá... rs
Lembrando que, uma coisa é tocar acompanhando a música original em casa estudando, agora muitas vezes no ao vivo eu acabo mudando pois a pegada ali é outra.

por allexcosta Sex Jan 12, 2018 11:19 am

joseluiz.avilajr escreveu:isso de tocar o cover tal e qual só acontece no rock e derivados.

Não fui nem eu que falei.

por Willian Casagrande Sex Jan 12, 2018 11:43 am

^ Não é, não. Já vi um cover de MJ que se propunha a fazer igualzinho. Era muito bom, aliás, inclusive o cabra dançava as coisa tudo.

por joseluiz.avilajr Sex Jan 12, 2018 11:53 am

Willian Casagrande escreveu:^ Não é, não. Já vi um cover de MJ que se propunha a fazer igualzinho. Era muito bom, aliás, inclusive o cabra dançava as coisa tudo.

sim. MJ tem muito de rock, pode entrar no derivados.....

por allexcosta Sex Jan 12, 2018 11:57 am

Willian Casagrande escreveu:^ Não é, não. Já vi um cover de MJ que se propunha a fazer igualzinho. Era muito bom, aliás, inclusive o cabra dançava as coisa tudo.

Mas aí não é tocar cover, é ser cover... Meio diferente o conceito.

Se eu fosse montar uma gig cover do Luiz Gonzaga ia querer cada acento da zabumba certo, mas pra tocar Asa Branca quero tocar do meu jeito.

E concordo que o som do MJ tem muito do rock, mas eu não diria que é derivado. É mais filho do R&B com elementos de outras coisas.

por Willian Casagrande Sex Jan 12, 2018 12:16 pm

MJ é influenciado pelo rock assim como o Clube da Esquina, Gil, Caetano, mas não é um derivado. Difícil dizer um estilo da música pop mundial naquele período histórico - 50, 60 e 70 - que não foi influenciado pelo rock, o que não é a mesma coisa de ser um derivado...
É, esse era um cover mesmo, mas já vi quem tocasse outros estilos e fizesse questão de fazer igual. Não é algo só do rock. E não tem nada demais também, cada um toca do jeito que quiser. Eu só vou criticar se ficar ruim haha
Minha banda se propõe a fazer algumas releituras e, também, covers mais próximos do original. É uma escolha. Tem quem se empolgue com as duas possibilidades...

por Claudio Sex Jan 12, 2018 1:41 pm

Por definição, Cover é algo que você reproduz rigorosamente igual ao original. você toca as músicas de forma idêntica, inclusive vestuário e outros aspectos que caracterizam o original. Se não for dessa forma, então não é Cover, aí passa a ser a sua interpretação de algo que não foi originalmente gravado por você, ou como costumam dizer hoje "Cosplay de algo".

Como já disseram, em geral isso é papo mesmo de roqueiro, dentro de outros gêneros eu não lembro de ter visto algo que pudesse ser classificado como cover.

Tem também a linha dos "Genéricos", como por exemplo o Jorge Vercilo que é o genérico do Djavan, Maurício Pessoa genérico de Chico Buarque e o Cláudio Zoli que é genérico dele mesmo!

por allexcosta Sex Jan 12, 2018 1:52 pm

Claudio escreveu:o Cláudio Zoli que é genérico dele mesmo!

por Willian Casagrande Sex Jan 12, 2018 2:01 pm

Bom, se é coisa de roqueiro, então que Deus nos dibre, bom até ficar longe! haha

por allexcosta Sex Jan 12, 2018 2:03 pm

Willian Casagrande escreveu:Bom, se é coisa de roqueiro, então que Deus nos dibre, bom até ficar longe! haha

Qual cover você toca corretamente? Homem-vade-retro

por Zubrycky Sex Jan 12, 2018 2:09 pm

joseluiz.avilajr escreveu:isso de tocar o cover tal e qual só acontece no rock e derivados.

Bom, tocar a música tal qual ela foi composta (Neste caso, seguindo a partitura) também é uma característica presente na música erudita.

por AndréBurger Sex Jan 12, 2018 2:12 pm

Na verdade acho que é mais coisa de roqueiro guitarrista.
Não sinto esse apego da galera do baixo/bateria, até mesmo em bandas cover.

por Mauricio Luiz Bertola Sex Jan 12, 2018 2:40 pm

Zubrycky escreveu:
joseluiz.avilajr escreveu:isso de tocar o cover tal e qual só acontece no rock e derivados.

Bom, tocar a música tal qual ela foi composta (Neste caso, seguindo a partitura) também é uma característica presente na música erudita.

Exatamente 1

por Mauricio Luiz Bertola Sex Jan 12, 2018 2:40 pm

AndréBurger escreveu:Na verdade acho que é mais coisa de roqueiro guitarrista.
Não sinto esse apego da galera do baixo/bateria, até mesmo em bandas cover.

Exatamente 2

por Mauricio Luiz Bertola Sex Jan 12, 2018 2:41 pm

allexcosta escreveu:
Willian Casagrande escreveu:Bom, se é coisa de roqueiro, então que Deus nos dibre, bom até ficar longe! haha

por Breno_Barnabe Sex Jan 12, 2018 2:44 pm

Varia de som pra som... tem musicas que são bastante conhecidas, digamos eternizadas de um certo jeito, que não pode descaracterizar muito se não fica estranho.

por rodrigoferreirabh Sex Jan 12, 2018 6:45 pm

Claudio escreveu:Por definição, Cover é algo que você reproduz rigorosamente igual ao original.

Eu acho que cover é exatamente isso que o Claudio falou.
Quando a pessoa toca a música dentro dos limites dela, não seguindo os do compositor, é uma versão, releitura, etc...

por Cantão Sáb Jan 13, 2018 4:28 pm

Breno_Barnabe escreveu:Varia de som pra som... tem musicas que são bastante conhecidas, digamos eternizadas de um certo jeito, que não pode descaracterizar muito se não fica estranho.

(2).

por arturbmallmann Dom Jan 14, 2018 4:33 am

Nunca tive paciência pra tirar músicas 100%, na verdade tocando sertanejo a noite aprendi a cuidar e memorizar bem os brakes e passagens principais o resto precisaria de muito espaço na memória desta minha cachola. Memorizar cada detalhe é besteira se a proposta não é ser banda cover de alguém (nao curto), melhor treinar o ouvido e o conhecimento teórico com este tempo...

por arturbmallmann Dom Jan 14, 2018 4:38 am

Breno_Barnabe escreveu:Varia de som pra som... tem musicas que são bastante conhecidas, digamos eternizadas de um certo jeito, que não pode descaracterizar muito se não fica estranho.

Geralmente aqueles riffs mais famosos devem ser mais fiéis, solos maiores e mais complexos acho mais útil aprender e interpretar as frases melódicas de forma compreensível mas não necessariamente idêntica .

por Ivanov_br Dom Jan 14, 2018 10:58 am

Tenho buscado improvisar menos e tocar pela pauta da forma mais igual possível. Mais como exercício. Confesso que como baixista já fui criticado por improvisar demais, colocar nota demais. Então, venho estudando as versões do Canal Cover Solutions.

por Claudio Jardim Dom Jan 14, 2018 11:03 am

Eu sempre dou uma melhorada, nunca toco igual. Afinal, estamos aqui na Terra pra isso!

por allexcosta Dom Jan 14, 2018 11:14 am

Tocar igual é super-duper complicado.

Você pode até tocar todas as notas certinhas, mada cada um tem um sotaque. E se o sotaque não é igual, é outra coisa...

Músicas do Miller, por exemplo... Todo mundo toca, mas ninguém toca igual.

Mas realmente, tem música que a linha de baixo é tão legal que você não quer (nem deve) mexer. 2 exemplos: Fullgás, da Marina e Barracos da Cidade, do Gil...

por Claudio Seg Jan 15, 2018 6:53 am

allexcosta escreveu:
Mas realmente, tem música que a linha de baixo é tão legal que você não quer (nem deve) mexer. 2 exemplos: Fullgás, da Marina (...)

No caso específico de Fullgás, o Liminha construiu essa linha de forma a caracterizar a música. Na minha opinião não há como tocar Fullgás sem ser dessa forma.

por allexcosta Seg Jan 15, 2018 7:23 am

Claudio escreveu:No caso específico de Fullgás, o Liminha construiu essa linha de forma a caracterizar a música. Na minha opinião não há como tocar Fullgás sem ser dessa forma.

Assim, ter até tem. Você pode tocar ela em reggae ou frevo se quiser. Mas naquela onda dela não há porque tocar diferente.

Outro exemplo é Comida dos Titãs. Baixo super marcante.

por Fernando Zadá Seg Jan 15, 2018 11:28 am

Zubrycky escreveu:
Bom, tocar a música tal qual ela foi composta (Neste caso, seguindo a partitura) também é uma característica presente na música erudita.

Exato e eu acho engraçado quando eles criticam covers afinal eles são os maiores covers possíveis! KKkkkk
É uma piração ou curtição que eu sinceramente não tenho muita paciência. Tocar na mesma onda acho bacana agora cover exato tipo xerox não tenho muita paciência nem pra tocar nem para ouvir.

por rodsom Seg Jan 15, 2018 11:35 am

Qual cover você toca corretamente?
todos (eu acho). agora tocar fiel ao original, tem muitos anos que eu nao toco nenhum.

por Juninho Sampaio Seg Jan 15, 2018 1:17 pm

allexcosta escreveu:Tocar igual é super-duper complicado.

Você pode até tocar todas as notas certinhas, mada cada um tem um sotaque. E se o sotaque não é igual, é outra coisa...

Músicas do Miller, por exemplo... Todo mundo toca, mas ninguém toca igual.

Mas realmente, tem música que a linha de baixo é tão legal que você não quer (nem deve) mexer. 2 exemplos: Fullgás, da Marina e Barracos da Cidade, do Gil...

Rapunzel - Daniela Mercury é a mesma coisa...inclusive você já postou vídeo com ela.

por allexcosta Seg Jan 15, 2018 1:35 pm

Juninho Sampaio escreveu:Rapunzel - Daniela Mercury é a mesma coisa...inclusive você já postou vídeo com ela.

Na verdade a linha principal é bom manter, mas há vários espaços para uns feels que você pode fazer do seu jeito.

No vídeo que você menciona eu só respeitei mesmo as duas frases principais da linha. Vê lá.

por JAZZigo Seg Jan 15, 2018 2:24 pm

Fernando Zadá escreveu:
Zubrycky escreveu:
Bom, tocar a música tal qual ela foi composta (Neste caso, seguindo a partitura) também é uma característica presente na música erudita.

Exato e eu acho engraçado quando eles criticam covers afinal eles são os maiores covers possíveis! KKkkkk

Não é bem assim, aliás, muito pelo contrário. IMHO, cover não existe na música erudita. A partitura é apenas o registro do compositor, que serve de guia para as mais diversas interpretações. Apenas para citar um pequeno exemplo: pesquisem no YouTube as “Trois Gymnopédies” do compositor impressionista francês Erik Satie, uma peça para piano super conhecida, e não encontrarão uma versão igual a outra. Até mesmo gravações de uma mesma música, realizada pelo mesmo músico/regente, em diferentes momentos de sua carreira, costumam ser versões bem diferentes da mesma obra. Diga-se de passagem, particularmente, este é o grande barato da música erudita.

Fernando Zadá escreveu:É uma piração ou curtição que eu sinceramente não tenho muita paciência. Tocar na mesma onda acho bacana agora cover exato tipo xerox não tenho muita paciência nem pra tocar nem para ouvir.

[2]
Paciência nenhuma.

por Juninho Sampaio Seg Jan 15, 2018 3:28 pm

allexcosta escreveu:
Juninho Sampaio escreveu:Rapunzel - Daniela Mercury é a mesma coisa...inclusive você já postou vídeo com ela.

Na verdade a linha principal é bom manter, mas há vários espaços para uns feels que você pode fazer do seu jeito.

No vídeo que você menciona eu só respeitei mesmo as duas frases principais da linha. Vê lá.

Que são as marcantes! Já toquei tanto ela!
Deu até uma "vontadezinha".

Allex. Você precisa ver como está o carnaval de Salvador. Faliu man!!
Já era. Na quinta, nem ia ter bloco!

por allexcosta Seg Jan 15, 2018 3:37 pm

Juninho Sampaio escreveu:Allex. Você precisa ver como está o carnaval de Salvador. Faliu man!!
Já era. Na quinta, nem ia ter bloco!

É um processo natural.

O boom dos anos 80 e 90 foi atípico. A cultura e música de um estado do Nordeste precisou ter uma força diferente pra tomar conta de um país que é dominado por dois estados do Sudeste.

Durante quantos anos a Globo tentou promover as coisas de lá, assim como Band e SBT tentavam promover as de lá e a música Baiana dominava as paradas e as festas do Brasil?

Mas tudo passa. Acho que agora voltou à sua normalidade. Algo local, que recebe alguns turistas. Europeu visita e gosta como sempre gostou, mas não aquela exportação de cultura das micaretas que tomaram conta do Brasil.

Foi uma época boa, mas que não dura (nem poderia durar) para sempre.

Quando tudo relacionado à Bahia na mídia passou a ser bundinha e peitinho eu já sabia que o fim estava próximo. Demorou de chegar até.

Mas ainda gosto de escutar Olodum, Araketu, Timbalada, Luiz Caldas, Ademar e tantas outras coisas que representam bem esse movimento.

por Juninho Sampaio Seg Jan 15, 2018 3:47 pm

verdade

por Dan Seg Jan 15, 2018 5:51 pm

allexcosta escreveu:
Juninho Sampaio escreveu:Allex. Você precisa ver como está o carnaval de Salvador. Faliu man!!
Já era. Na quinta, nem ia ter bloco!

É um processo natural.

Eu acredito que vai ciclar mesmo. Carnaval no Rio hoje ta muito forte, claro que não o de avenida, que vai precisar se reinventar, mas o de rua mesmo. Mesmo com um prefeito que não é muito favorável a essa época, esse ano ele ta mantendo o tamanho ou crescendo e tenho ouvido de muita gente pra vir passar o carnaval aqui, além de pessoas falando como os carnavais alternativos quando o do Rio estava em baixa estão caídos também. Mas Salvador ficou marcado, mesmo hoje estando menor, um dia volta prai, acredito que é um ciclo e hoje já vejo gente envolvida com o carnaval o do Rio repetindo os erros que geralmente criam a bolha que eventualmente estoura e faz o mundo rodar e o carnaval daqui cair.

por Juninho Sampaio Seg Jan 15, 2018 6:48 pm

O problema daqui é que deixaram outros estilos "invadirem" o espaço do axé. Isso nunca deveria ter sido permitido.
Pra quem nunca esteve aqui, no carnaval existe banda de rock, reggae, sertanejo, samba, DJ, forró..em cima do trio elétrico.

No passado tentaram tocar axé em Pernambuco e foi proibido. Lá só toca frevo e assim a cultura se mantem.

Aqui tem tudo! Carnaval toca tudo tudo tudo....
Horrível

por Dan Seg Jan 15, 2018 7:12 pm

Então interpretei mal sobre o que você está falando. Aqui também tem de tudo e o samba sofre um pouco com isso. Tanto pelo problema com as escolas de samba, quanto falta de visibilidade pros sambistas e o a ascensão do pagode canibalizando um pouco o mercado. O que acontece muito é o carnaval desfilar versões samba de músicas das mais variadas origens (vide monobloco). Um bloco em que eu toco mesmo toca Minha Pequena Eva em samba, hehehe, vou confessar que eu acho que fica bonito, mas sou fã de axé e prefiro a música com a bateria na levada de axé deles.
Enfim, acredito que a cena do axé sofra mesmo, assim como a do samba sofre, mas por ser endêmico da região, acredito que é ciclo e vai voltar. O samba não acabou, só passa por um período difícil, procurando nos locais certos, é possível encontrar samba de qualidade, mas nos locais onde a cultura tem as raízes próximas a isso. O axé por ser mais jovem e mais moderno, deve ter um pouco mais de dificuldade nisso, mas acredito que ele esteja aí sem morrer, só amargando uma baixa.
Eu penso que quando uma cultura é meio que comprada e transformada em produto, como o axé e os desfiles de escola de samba, ele sofre crise de identidade e precisa de uma reinvenção pra tomar força de novo, mas isso é cíclico. Vai subir e descer várias vezes. O que se perde nesse meio tempo é a essência, acaba virando um desfile de superficialidades, muito dinheiro em jogo, a festa acaba sendo uma desculpa para que se cometam todo tipo de excessos, que sinceramente não são exatamente a essência nem do samba, nem do axé e acredito que nem mesmo do carnaval.
E é difícil reencontrar essa essência, porque na minha opinião você tem que renegar esses excessos e buscar transcendência que pra mim seria a palavra que define a essência. É você escutar o axé e meio que se sentir bem, alguns descreveriam como se sentir parte de algo maior.

Divaguei bastante, mas é mais ou menos isso que sinto da cena atual.

por allexcosta Seg Jan 15, 2018 7:28 pm

Juninho Sampaio escreveu:O problema daqui é que deixaram outros estilos "invadirem" o espaço do axé. Isso nunca deveria ter sido permitido.
Pra quem nunca esteve aqui, no carnaval existe banda de rock, reggae, sertanejo, samba, DJ, forró..em cima do trio elétrico.

No passado tentaram tocar axé em Pernambuco e foi proibido. Lá só toca frevo e assim a cultura se mantem.

Aqui tem tudo! Carnaval toca tudo tudo tudo....
Horrível

Eu discordo de você.

Música baiana só virou o que virou porque é da nossa tradição misturar tudo.

O próprio axé, que você menciona, é um balaio de ritmos e estilos. Do frevo às guitarradas, passando pelo samba-de-roda, rock e ritmos de candomblé.

Eu acho mesmo que o bagulho implodiu. Todo mundo era músico, todo mundo era compositor, galera querendo fazer, viajar, gravar... E o nível vai diminuindo, como é natural.

Aí sempre tem alguém que pensa assim "e se eu colocar um monte de bunda na TV"? E assim surgiu o gera-samba...

Pessoal do Sudeste já andava meio bolado com esse negócio de nordestino saindo do seu pedaço, então já viu.

Mas quem viveu a época nunca vai esquecer como era bom descer a Avenida atrás do trio de Dodô e Osmar ouvindo isso:

https://www.youtube.com/watch?v=Ivs3SEB8QaI

por Juninho Sampaio Seg Jan 15, 2018 8:32 pm

belo clip

por rodrigoferreirabh Qua Jan 17, 2018 12:48 am

Eu não sou um baixista tão bom quanto a maioria de vocês. Toco a algum tempo, más comecei a estudar mesmo tem só um ano. Então tocar um cover como foi feito, me faz aprender coisas novas, pizzicatos, etc...
Acho melhor explorar isso que ficar só na minha zona de conforto.

por Dan Qua Jan 17, 2018 11:37 am

rodrigoferreirabh escreveu:Eu não sou um baixista tão bom quanto a maioria de vocês. Toco a algum tempo, más comecei a estudar mesmo tem só um ano. Então tocar um cover como foi feito, me faz aprender coisas novas, pizzicatos, etc...
Acho melhor explorar isso que ficar só na minha zona de conforto.

Acho que é muito válido, a gente nunca para de aprender, e bem ou mal, conforme se tira e vai pegando intimidade, essa intimidade com a música vai ensinando a fazer diferente sem prejudicar a identidade da música, tocar legal, do seu jeito, sem precisar ser 100% fiel, por pura experimentação. Aqui tem muita gente com décadas de instrumento e tem coisas que só vem com o tempo mesmo, é raro pular etapas, por isso é bom respeitar o tempo, mas conforme vem essa intimidade vem a vontade de dar seus 2 centavos na música e fazer um pouco diferente, hehehe, é tipo uma coceira.

por Maurício_Expressão Qua Jan 17, 2018 11:40 am

Já postei várias vezes aqui que uma vez assistindo uma banda de um amigo que tocava cover, falei que as músicas estavam muito legais e a galera que assistia participava bastante, fazendo o show ser bem interativo.
Dai ele me falou que o segredo era tocar a música não como ela realmente era, mas como a gente achava que ela era.

Ou seja escutar a música umas 3 vezes com bastante atenção e tirar a música toda. Parece que a identidade do público é maior quando se toca uma espécie de primeira impressão da música e não a música certinha da forma que foi originalmente gravada.

Essa característica de que o baixo e a bateria não precisa ser as mesmas notas também percebo e que guitarrista e que também tecladista tende a ser mais perfeccionista em músicas cover também compartilho dessa opinião.

Isso me lembrou uma história que era contada pelo finado Raul Seixas onde num concurso de voz e violão de músicas dele, ele mesmo tirou o terceiro lugar de cover dele mesmo...

por Juninho Sampaio Qua Jan 17, 2018 11:58 am

Maurício_Expressão escreveu:Isso me lembrou uma história que era contada pelo finado Raul Seixas onde num concurso de voz e violão de músicas dele, ele mesmo tirou o terceiro lugar de cover dele mesmo...

por Willian Casagrande Qua Jan 17, 2018 12:26 pm

Eu acho que depende muito, Maurício. Tem som que a gente toca na banda de progressivo que não dá pra não tocar bem parecido, sob risco de descaracterizar o negócio. E no nosso caso - no nosso caso, veja bem rs - isso é recorrente.
Um dia o guitarrista improvisou num solo do Pink Floyd e teve gente que comentou com a gente depois do show que a gente tinha que fazer igual, porque era uma passagem tal, que tinha que ter haha.
É um saco? Sim. Não tem nada a ver? Não, mas acontece..

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