Quarter Bass - Luthier Tiago Giovanella

Galera,

Navegando por aí, encontrei a página do Luthier Tiago Giovanella (https://www.facebook.com/TiagoGiovanellaLuthier/)

Ele constrói acústicos totalmente personalizados, de acordo com o gosto do freguês. Parece que pratica valores bem honestos.

Vale a pena dar uma olhada.

Não faço idéia sobre a qualidade dos instrumentos e nem construção dos mesmos. Se alguém conhece ou tem algum instrumento fito pelo Tiago, por favor coloque aqui suas considerações.

Esse modelo abaixo, o Quarter Bass, achei que tem um som muito interessante. De tudo o que já ouvi, esse foi o que mais se aproxima do acústico 3/4.

Pela descrição este da foto é 1/4, quando comecei ver as imagens achei que fosse desmontável mas é só isso mesmo (rsrsrsrs). Já tinha encontrado no ML, seria interessante ouvir relatos dos donos, os preços são justos mesmo.

Falta informações detalhadas do próprio fabricante no site do ML, isso é um tiro no pé, quanto mais detalhes construtivos menos dúvidas um eventual consumidor pode ter, ainda mais se tratando desse tipo de construção. O consumidor final do contrabaixo acústico não é (comumente) o músico inexperiente ou inciante.

É um projeto interessante e o som pareceu bom, mas é bom ter em mente que a utilização dele é mais restrita do que um baixo acústico normal:
- Usar arco pode se tornar bem difícil;
- Para tocar da segunda oitava em frente (que seria a 12a casa no elétrico) a pessoa tem que fazer uma opção: ou "imagina" onde seria o lado esquerdo e deixa o braço flutuando para fazer capo, ou toca como se estivesse em um baixo elétrico;

É um instrumento pra quem já tem um baixo e - eventualmente - precisa de algo mais prático. Não creio ser uma boa opção para aprender o instrumento.

Não faz isso não Claudio....
Eu aqui tentando jogar pra debaixo do tapete e matar de vez minha vontade do acústico você me manda uma coisas dessas.....

rafael.buzzi.andrade escreveu:É um projeto interessante e o som pareceu bom, mas é bom ter em mente que a utilização dele é mais restrita do que um baixo acústico normal:
- Usar arco pode se tornar bem difícil;
- Para tocar da segunda oitava em frente (que seria a 12a casa no elétrico) a pessoa tem que fazer uma opção: ou "imagina" onde seria o lado esquerdo e deixa o braço flutuando para fazer capo, ou toca como se estivesse em um baixo elétrico;

É um instrumento pra quem já tem um baixo e - eventualmente - precisa de algo mais prático. Não creio ser uma boa opção para aprender o instrumento.

Hoje eu passei uma boa parte da tarde conversando com o Luthier pra pegar informações sobre o projeto. O cara parece ser muito gente boa, respondeu com precisão a todas as perguntas que fiz. Ele faz o projeto 100% custom ao gosto do freguês!

O que eu achei interessante foi a questão da portabilidade, o instrumento fica pequeno e bem leve. Como ele trabalha na base de captação, então o 1/4 de corpo pode ser com laminado mesmo, neste caso não há necessidade de ser maciço.

De fato não é um instrumento para ser executado com arco. Concordo também que é o tipo de instrumento pra quem já tem outro dentro dos padrões do acústico normal.

Achei os valores excelentes, fora o som, que se aproxima muito do acústico.

Fernando Zadá escreveu:Não faz isso não Claudio....
Eu aqui tentando jogar pra debaixo do tapete e matar de vez minha vontade do acústico você me manda uma coisas dessas.....

Hahahaha, sabia que você ia aparecer por aqui!

O Tiago Luthier disse que em breve vai enviar um baixo pra um cliente aqui no Rio. Assim que chegar vou procurar o proprietário e pedir pra ver/tocar o instrumento ao vivo! Se corresponder ao que eu acho que é, com certeza serei um candidato a comprar um... aproveitar que a fila está pequena, ele leva 4 meses pra entregar!

Foi um projeto desse tipo que eu queria tentar alinhar com o Samuel, mas ele meio que não se interessou, nem chegou a responder meu segundo e-mail sobre o assunto!

Pelo que entendi é 1/4 de corpo, mas a escala é 4/4.

Claudio escreveu:(...)Ele faz o projeto 100% custom ao gosto do freguês!(...)Achei os valores excelentes, fora o som, que se aproxima muito do acústico.(...)

Essas duas informações tornam tudo bem interessante.

Claudio escreveu:Foi um projeto desse tipo que eu queria tentar alinhar com o Samuel, mas ele meio que não se interessou, nem chegou a responder meu segundo e-mail sobre o assunto!

Meu "sonho portátil" seria algo na linha do NS Design (que fique em pé sozinho) mas com a sonoridade mais próxima de um acústico. Se eu conseguir vender meu chinês (depois que o do Eliel chegar) quem sabe eu faço um orçamento... hehehe

Acho interessante o Upright do Germano, já tinha gostado da sonoridade vendo/ouvindo os vídeos do Workshop que ele fez aqui pro FCBR, depois tive a felicidade de tocar em um encomendado por um amigo de Belém, sensacional.

rafael.buzzi.andrade escreveu:
- Para tocar da segunda oitava em frente (que seria a 12a casa no elétrico) a pessoa tem que fazer uma opção: ou "imagina" onde seria o lado esquerdo e deixa o braço flutuando para fazer capo, ou toca como se estivesse em um baixo elétrico;

Ontem conversei novamente com o Tiago e levei pra ele essa questão. Mostrei o Yahama Silent Bass, que tem uma peça removível no lado esquerdo que permite tocar no capo como se fosse num acústico. Ele disse que isso é tranquilo de resolver, que consegue fazer uma peça igual a do Silent Bass, e também removível.

bodhan escreveu:Pelo que entendi é 1/4 de corpo, mas a escala é 4/4.

Sim entendeu certo, o 1/4 é só referente ao bojo, o diapasão do baixo do vídeo é um 4/4, mas é possível produzir o instrumento com qualquer medida de diapasão.

Claudio escreveu:(...)Ele disse que isso é tranquilo de resolver, que consegue fazer uma peça igual a do Silent Bass, e também removível.

Eita!!

Isso ainda vai me causar problemas com a minha esposa... hehehehehehe

Claudio escreveu:

Ontem conversei novamente com o Tiago e levei pra ele essa questão. Mostrei o Yahama Silent Bass, que tem uma peça removível no lado esquerdo que permite tocar no capo como se fosse num acústico. Ele disse que isso é tranquilo de resolver, que consegue fazer uma peça igual a do Silent Bass, e também removível.

Putz!!! Ai lascou
Sai de mim GAS

Entrei em contato com o Tiago e pedi um orçamento de um contrabasseto. Seria um baixo num corpo de cello, basicamente. Ainda estamos conversando sobre o projeto.

Alguem tem mais noticia do Tiago Giovanella?

Também fiquei curioso. Alguém aqui, afinal, testou um baixo dele?

Eu acabei comprando o baixo dele… rolou um atraso na fabricação, mas tudo foi conversado e resolvido.

Cara que coisa triste e não dava para devolver e ter seu dinheiro de volta?

.

Ah você chegou a pedir antes de receber até?
pelo jeito não foi uma negociação tranquila.

Mas ele chegando quando notou os problemas não dava para acionar ele e desfazer a comprar colocando os pontos que observou?

Chato demais isso.

Instrumento novo tem que vir perfeito né? Eu conversaria com um advogado...

.

As vezes a melhor coisa mesmo para não gastar energia extra mas bacana comentar aqui.
Vale de alerta. Seria bacana se tivesse documentado os problemas para alertar o povo aqui.

Tô começando a ficar com nojo de construtores de móveis instrumentos que fazem uma porcaria e depois nao assumem. Se isso vira moda, queima qq coisa chamada de "de luthier".

^ Não sei se este fenômeno é só nacional, mas qualquer pseudomarceneiro acha que é luthier, aqui, no Brasil.

Lucas Correa escreveu:Eu acabei comprando o baixo dele… depois de mais de 1 ou 2 anos de atraso, ele veio com vários problemas de construção… gastei mais 3000 com reformas, trocas de espigão, cordas e etc… a corda que havia pago, até hoje não veio…

Lucas Correa escreveu:...as vezes tive ma sorte

Isso aí não é má sorte não, Lucas, é outro nome.

Lucas Correa escreveu:Mandei fotos e vídeos.. ele pediu para mandar o baixo de volta para ele fazer os reparos… mas preferi não o fazer e levar em outro Luthier da minha cidade… De BH pro Sul eh bem longe

Mas agr já foi! Já voltei a ficar feliz com o instrumento e boas… essa treta já deixei no passado

Que bom que conseguiu reverter a situação e que no final ficou feliz.

Ivanov_br escreveu:Tô começando a ficar com nojo de construtores de móveis instrumentos que fazem uma porcaria e depois nao assumem. Se isso vira moda, queima qq coisa chamada de "de luthier".

O problema é esse desleixo profissional.
Já vi dois casos, não sei em qual se encaixaria esse.
1 - O luthier é ruim mesmo, o famoso construtor de móveis que acha que faz instrumentos, cheio de erros estruturais.
2 - O cara é bom luthier mesmo, já fez muito bons instrumentos, mas por motivos de atraso e para entregar no prazo (já que tá pressionado) entrega o instrumento com problemas meio para se livrar - isso eu já vi acontecer em luthier bom daqui de Brasília.

Pessoal, estive conversando novamente com o Tiago Giovanella e conseguimos resolver as arestas criadas e chegar num acordo legal para ambos.

Ele explicou bem os problemas que teve durante o período e compreendi perfeitamente.

Ivanov_br escreveu:Tô começando a ficar com nojo de construtores de móveis instrumentos que fazem uma porcaria e depois nao assumem. (...)

Esses "Luthiers" que não assumem seus erros, o próprio tempo se encarrega de pulverizar, já vimos alguns exemplos aqui mesmo no Fórum.

O problema é que eles acabam deixando como legado uma reputação ruim para essa nobre arte da Luthieria. Lamentável.