Tipos de acabamento em instrumentos

Estava conversando sobre acabamentos com um cara do orkut e ele não acreditou que existem baixos encerados. Já vi inclusive alguns luthiers dando dicas de como encerar um baixo lá no fcc, mas não consegui nada que pudesse provar que esse é um dos acabamentos possíveis para um instrumento. Ele me disse que cera não é material de luthier e o que parece cera é um tipo de verniz que é fosco. Alguem tem uma listinha ou algum site que fale de maneira explicada sobre os acabamentos?

Essa cera de abelha da Warwick serve pra fazer uma limpeza em meu Cort NA 5?

o acabamento é OPN (Open Pore Natural)

Igual a esse só que com tampo em maple sem tingimento.
http://www.equipo.com.br/br/produtos/thumbnail.asp?id=3790&tamanho=capa

Valeu Alex.

Po não acho essa cera da Warwick em nenhum lugar, tem mais alguma que sirva....

Para acabamento de pintura normal, pode usar cera automotiva mesmo ou existe alguma especial?

O problema é o silicone. Ele sela a madeira e acaba deixando-a sem respirar. Sem aditivo seria uma solução, mas o polidor Fender custa R$ 20,00...

Meu avo trabalhou a vida interira com marcenaria e na casa dele existia uma cera caseira feita com cera de abelha e celulose, parece alquimia rs... usei isto em uma experiencia de um baixo que fiz, ficou muito bom e o melhor não afetou em nada o timbre do cerdro rosa que usei no corpo....
To sem maquina, assim que consegui envio fotos....

Olá pessoal...

Eu estou precisando de uma ajuda...

Tenho um baixo Jeniffer (Jazz Bass), meu xodó, rsrsrs... e estou fazendo algumas modificações nele e tals...
Ja fui em alguns luthiers e quiseram me cobrar absurdos para fazer as modificações,

Ele tem o braço, pintado por completo de preto, não faço a menor idéia de qual tipo de madeira ele é feito, mas eu quero tirar toda essa pintura dele.

O que vocês me recomendam? Alguma técnica espacifica para isso? E após tirar a tinta, como eu faço para deixar ele com um acabamento encerado?

Pois as minhas mãos soam muito e por isso ficam prendendo no braço de vez em quando.

Valeu galera....

Abraço...

Tire a tinta com raspador e lixa e aplique carnaúba, por exemplo.

[ ]'s

O bom da cera é justamente essa de deixar a madeira "respirar", o que muda o timbre, já vi alguns instrumentos com verniz bem fino que ainda dá para sentir os poros da madeira, acho que o efeito é o mesmo (e evita fungos também).

guerra_luthier escreveu:Tire a tinta com raspador e lixa e aplique carnaúba, por exemplo.

[ ]'s

Obrigado pela dica Guerra, não possuo nenhuma ferramenta especifica para esse tipo de trabalho, por isso você pode me indicar como eu devo proceder com a raspagem da tinta? Ou devo utilizar apenas lixa? E qual é a melhor lixa para isso?

Muito obrigado pela ajuda...

Abraços....

Vc pode usar um raspador, para tirara o "grosso" e depois lixadeira, com lixas de granas decrescentes.

Tenho um cort b5, um baixo exepicional, porém sofro com o acabamento que não tem veniz,todos os corts b5 vem sem veniz na pintura causando manchas e marcas no corpo onde os dedos da mão direita atua mais.Futamente terei que fazer algo para resolver esses problemas.Talvez um veniz dos mais finos para não comprometer o timbre.

O tópico é antigo, mas só vi isso hoje. Eu não consigo ler tanta coisa errada e ficar quieto.

Em primeiro lugar madeira não tem que RESPIRAR. Justamente a troca de umidade com o meio ambiente é a maior vilã que uma madeira pode ter. Por isso, uma das buscas mais antigas dos wood workers sempre foi uma forma de impedir que essa troca de umidade fosse constante e brusca, pois é ela que empena e apodrece a madeira - que tem vida útil, apesar de muito acharem ser eterna. O chineses usavam óleo de tungue, uma boa opção hj em dia para acabamentos naturais. A cera tem a vantagem de não deixar a madeira com aspecto "molhado", ressaltando assim os veios de um jacaranandá, que praticamente somem se vc selar com tungue.

Em segundo lugar acabamento não muda TIMBRE de nada. Sequer há comprovação de que madeira muda timbre em instrumentos sólidos, mas p n entrar nessa velha e inacabada discussão, acabamento eu garanto que não muda timbre. Nossa, quantas vezes mudei um acabamento de baixo de verniz a óleo por nitro, nitro por PU e nunca mudou som de nada. A menos que o pessoal aí tenha ouvidos caninos.

Som de cedro rosa????? kkkkkk. Cetdro rosa não tem timbre específico, mas sim características sonoras de qq madeira com densidade parecida - vamos levar em conta um instrumento acústico pois em elétrico não há nada que comprove isso.

E só para enterrar essa história de tonewood, alguém aqui já teve baixo que, mesmo com a regulagem da ponte mais baixa possível, ainda assim, as cordas ficavam altas? Levou para o Luthier para consertar? Sabe como ele consertou? colocou um calço na ponta do braço, no encaixe com o corpo - isso em baixo bolt on neck. Já vi esse calço ser uma lixa dobradinha, qndo o cara não é caprichoso, mas a maioria usa uma folha de madeira bem fina, alterando o angulo do braço e resolvendo o problema.

Ora aí nessa hora não existe tonewood??? O cara muda completamente a comunicação do braço com o corpo e não muda nada no som? Não, realmente não muda nada!!! então se liga que. se a madeira tem influência no som, essa  é bem pequena e não é o acabamento que vai mudar o timbre. Um grande luthier que conheço diz q a madeira do braço ainda tem alguma influencia, o resto quase nada. Cordas, ferragem, captador e projeto é que são a chave do seu timbre.

Não estou para discutir isso aqui, mas só mais uma curiosidade. Meu pai mandava trazer da alemanha spruce para tampos de violão, utilizava cedro e mogno - que têm tibres idênticos - no braço e jacarandá brasileiro no fundo e laterais.  Eram outros tempos e sobrava madeira no Brasil. Cada peça de cair o queixo. Então um dia comprei um yamaha vagabundo de compensado, e o som do bicho era tão bom quanto o som dos violões que meu pai fazia  E isso em instrumento acústico, hein? Explica???

A conclusão é: selem muito bem seus instrumento se quiserem ter seus instrumento saudáveis por muito tempo. E o material que vc vai usar para selar depende do visual que vc quer ou do material utilizado originalmente, caso n queira alterar as características do instrumento. Por exemplo, todo espelho, escala, fingerboard, vêm selados. Alguns com cera, outros verniz e outros óleo. Cada um tem um visual.

PU - acabamento mega brilhante, mas pode ser fosco tb. Forma uma camada sempre lisa,  impenetrável e muito resistente, porém difícil de reparar os tequinhos.

Niotro - vai desde o muito brilhante e fosco com uma camada lisa, a um acabamento que valoriza mais a textura da madeira. O verniz se aplicada uma camada bem fina e diluída permite sentir a textura da madira e a sela. Mas sempre fica mais brilhante que um acabaamento a óleo. Gosto muito. Acho lindo.

Óleo- esse não fica brilhante nunca mas acetinado, Se vc for muito bom consegue formar um espelho bem forte. Mas não é para qq um, demora, exige técnica e paciência. Este permite um acabamento mais "natural" de todos já citados. Vc consegue até fazer parecer que a madeira está crua, mas, o que é fundamental, totalmente selada - sem respirar kkkk!!!!!

Cera -- o óleo "molha" a madeira e a escurece um pouco, assim como nitro e PU. A cera não. Esta sim é o acabamento mais próximo da madeira crua, mas selada. Não altera em nada seu visual. Gosto muito para jacarandá, pois valoriza seus veios, já que a madeira não escurece. Dura  muito também.

valew

Obrigado meu amigo, você restaurou minha fé na humanidade e comunidade contrabaixística

EU não sei dizer o porque, não tenho os conhecimentos técnicos pra tanto. Mas que a madeira do braço influencia E MUITO, eu não duvido. Qualquer teste cego comprova isso...

Wyk.3 escreveu:EU não sei dizer o porque, não tenho os conhecimentos técnicos pra tanto. Mas que a madeira do braço influencia E MUITO, eu não duvido. Qualquer teste cego comprova isso...

EU não sei dizer o porque, não tenho os conhecimentos técnicos pra tanto. Mas que a cor da jujuba influencia E MUITO no gosto, eu não duvido. Qualquer teste cego comprova isso.
Você vê como o que vc diz só tem fundamento em experiência subjetivas e tem quase um que de fé religiosa?

Sinceramente? Acreditar se madeira faz ou não diferença não importa, acaba caindo em "minha experiência...".
Uma coisa que devemos nos lembrar é que se tem muita mais coisa entre os dedos e o som que se escuta do que madeira.

Discutamos algo mais produtivo.

Na verdade, NA VERDADE, eu tenho conhecimento sobre o assunto, sim. Que aliás adquiri pesquisando aqui mesmo no fórum e em outras fontes. Pra resumir, o amigo fraalex citou a causa disso e é muito simples: pura questão física. O som, nada mais é que o resultado de uma equação de vibrações das cordas em relação à madeira. A corda tensionada vibra, fazendo com que a madeira vibre junto em resposta e ambas produzem o som físico, que é captado pelo captador magnético e transformado em energia elétrica que é transferida ao sistema de amplificação que o "traduz" de volta para som audível ao ouvido humano. O tipo de madeira do braço influencia E MUITO no som porque cada peça de madeira tem propriedades físicas distintas e respondem em velocidade de vibração diferente, o que muda diretamente o resultado final do timbre do instrumento. Física pura e simples. Não é fé religiosa.

PS.: a cor da jujuba também influencia no sabor da mesma porque corantes diferentes resultam em sabores diferentes. E o teste cego é só uma das eficazes maneiras de perceber diferenças entre materiais diferentes. Isso claro, se seu ouvido/paladar forem clinicamente normais e não sofrerem de nenhum tipo de deficiência ou limitação.

Ai ai, só rindo...Ainda que a humanidade vai acabar um dia

Madeira influência e muito e no valor do instrumento $$$$$

fuviolisboa escreveu:Madeira influência e muito e no valor do instrumento $$$$$

Verdade indiscutível.