Ural 510L.

Saudações.
Inquebrável. Mesmo que pesado, com um raio pequeno e um som questionável, o modelo 510L – Ural é até hoje o contrabaixo mais popular produzido em Sverdlovsk, antiga URSS (dizem que você ainda os encontra por menos de U$100 na Rússia – embora, na internet, os preços não sejam tão humildes). Os dois captadores single-coil, dispostos no corpo single-cut, eram acionados e combinados por três botões responsáveis por volume, high e low. Interessante notar a saída padrão de cinco pinos que servia para alimentação via phantom-power e saída estéreo – recursos que só passariam a se popularizar muito tempo depois. Produzidos em larga escala a partir do final dos anos 60, como instrumento de entrada, o modelo sucumbiu frente aos baixos fabricados na Coréia, China e Indonésia durante os anos 90. Mark Sandman (Morphine) resgatou, restaurou e utilizou um. Dizem que foram influenciados pelos modelos japoneses. Dizem que só servem pra decoração. Eu penso que eles representam um período de desenvolvimento da indústria da música que merece ser preservado.

Coisinha mais feia !

Avô do xupacabra!

Sonho do Zubricky

mano WHead mas tu adora um baixo feio kkkkkkkkkk

^Com força !

vinibassplayer escreveu:mano WHead mas tu adora um baixo feio kkkkkkkkkk

Na verdade, vinibassplayer, eu me sinto atraído por modelos diferentes que possam ter uma boa sonoridade - e/ou uma boa história, como esse Ural. Gosto de compartilhar aqui no Fórum porque os membros daqui são bem variados e com experiências bastante diversas, sempre aparece alguém que já experimentou ou que tem alguma informação ou opinião a acrescentar. Gostaria de ter a oportunidade de conhecer, experimentar esses modelos (já que adquirir um desses é um tanto difícil), mas me contento com os comentários, as informações compartilhadas e com a sensação de estar contribuindo para que o FCBR continue sendo diverso - e que as histórias pouco conhecidas desses instrumentos tenham um espaço entre tantas outras. Abraço.

Eu gostei do som do cara....

Curti o som , o visual acredito eu que pra época , seria até moderno...gosto das suas postagens Hhead...acrescentam muito conteúdo ao acervo do nosso querido FCBR , abraço brother.

^Muito obrigado, Cantão.

Cantão escreveu:Curti o som , o visual acredito eu que pra época , seria até moderno...gosto das suas postagens Hhead...acrescentam muito conteúdo ao acervo do nosso querido FCBR , abraço brother.

Também curto essas postagens...

^Muito obrigado, Bertola.
Me sinto muito honrado em poder compartilhar tópicos que agreguem ao Fórum, e fico sempre muito satisfeito com a colaboração e interação com os membros daqui. Como já disse outras vezes, a diversidade e a vivência dos membros desse Fórum são uma fonte inesgotável de experiência. Abraço.

Feio com força, mas bacana demais. TB aprecio instrumentos vintage estranhos....

Também me amarro em baixos que fogem do comum de hoje em dia, inclusive, tem alguns baixos que batem aquela GAS. Muito legal sua vontade de divulgar esses baixos por aqui WHead, estou acompanhando.

^Muito obrigado, heenrique_bass.

nos meus tempos de Russia, vi em um bar na cidade de Volgogrado um exatamente igual a este vermelho da primeira foto. lembro que fiquei curioso, mas não procurei saber mais a respeito na epoca (2014).
teria um fácil, se o preço fosse bom)

Te garanto que tiro com esse baixo. Se eu tirei com um TeleBass aquele squier, tiro desse ai.
Som gordao!

Tocando black music tocando perto da ponte...eu arregaço

GAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS!

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Sonho do Zubricky

Como você adivinhou?

Algumas observações esparsas.

- Adoro esses tópicos.

- Tenho uma GAS louca por estes modelos soviéticos.

- Sobre a construção desses baixos, é muito fácil simplesmente chamá-los de toscos e bizarros mas, aqui, vale a pena lembrar que esses instrumentos são, antes de mais nada, frutos da época e da situação política vivida naquele momento pelos países em que eles foram feitos. Uma situação bem diferente do que a vivida, por exemplo, pela Tonante e pela Giannini.

(Para os interessados em saber mais sobre a fascinante história dos instrumentos soviéticos, este link, este outro link, este outro link e e este outro link aqui são muito esclarecedores).

- Eis aqui um link (em inglês) sobre o Ural 510L.

- Para vocês verem como as coisas são e como prova de que gosto é relativa, para mim, o Inferno é um local cheio de baixos da Fender... Em outras palavras, um tédio absoluto.

Zubrycky escreveu:GAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS!

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Sonho do Zubricky

Como você adivinhou?

Facin, facin...
Zubrycky, qualquer dia desses vc vai comprar um baixo meu, de um modelo unusual...

Mauricio Luiz Bertola escreveu:

Cantão escreveu:Curti o som , o visual acredito eu que pra época , seria até moderno...gosto das suas postagens Hhead...acrescentam muito conteúdo ao acervo do nosso querido FCBR , abraço brother.

Também curto essas postagens...

+1.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:

Zubrycky escreveu:GAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS!

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Sonho do Zubricky

Como você adivinhou?

Facin, facin...
Zubrycky, qualquer dia desses vc vai comprar um baixo meu, de um modelo unusual...

É, minha fama me condena...

Quanto à compra do Unusual Bertola Bass, se tudo der certo, esse dia chegará logo!

Mano, não sabia que era esse o baixo usado pelo Mark do Morphine. Sempre achei esse baixo muito loko. Sem contar o timbre que ele tira dele, usando slide, palheta e apenas duas cordas.

O baixo principal que o Mark Sandman utilizava era um Premier, não este Ural.

WHead, poderia fazer pra gente um tópico sobre o Premier também, né?

Mattioli escreveu:O baixo principal que o Mark Sandman utilizava era um Premier, não este Ural.

Saudações, Mattioli.
Muito obrigado pela observação. Realmente o baixo principal utilizado pelo Sandman é o Premier Waterston de duas cordas (aliado ao Hagstrom e Univox dos tempos de Treal Her Right). Confesso que depois do seu apontamento busquei localizar, pela internet mesmo, a menção ao Ural mas o mais próximo que cheguei foi "The original Morphine one-string bass hangs on the wall, along with Sandman's self-customized Tritar, a no-name bass adorned with a tulip-print wallpaper finish and outfitted with three strings". Algo muito plausível, visto que o próprio Sandman dizia que "I never use anything that costs over $5. All the mics I have were purchased at yard sales". Mas nenhuma menção nominal ao Ural. Sandman costumava alterar bastante seus instrumentos, o que dificulta a identificação visual, mas vou apurar melhor essa questão. Até lá, peço que desconsidere a referência do tópico. Abraço.

Na verdade, Waterstorn é uma outra fabricante de baixos que fez um remake do baixo Premier utilizado pelo Sandman. Eles tem captadores diferentes do modelo original.

Eu participei de um projeto tributo ao Morphine, e adaptei um Condor XB24a para o feito. Ficou ótimo.

Mattioli escreveu:Na verdade, Waterstorn é uma outra fabricante de baixos que fez um remake do baixo Premier utilizado pelo Sandman. Eles tem captadores diferentes do modelo original.

Eu participei de um projeto tributo ao Morphine, e adaptei um Condor XB24a para o feito. Ficou ótimo.

Esse Waterstorn tem duas cordas?
E o seu Condor? Fiquei curioso..

Todos eles têm 4 cordas. Mas o Sandman utilizava apenas 2. Ele simplesmente retirava as cordas E e G. Foi o que fiz no meu Condor.

^Muito interessante.
Você fez alguma regulagem especial para o tensor? Houve algum problema após essa experiência?
Desculpe-me pelas perguntas, mas fiquei curioso (a técnica e a forma como o Sandman utilizava o contrabaixo, na verdade, me interessavam mais do que o próprio modelo escolhido por ele, por isso a minha curiosidade..)

Se não me engano, tive que soltar um pouco o tensor e regular a ação bem alta. A ideia eram as cordas ficarem bem longe dos trastes mesmo, favorecendo o uso do slide.

O baixo não teve problema algum. Fiz e desfiz essa modificação por 2 vezes. Depois vendi o baixo em estado de zero. Me arrependo até hoje de ter vendido. Era um ótimo baixo.

^Muito interessante.
Muitas vezes, mudanças simples no instrumento geram resultados surpreendentes.
Abraço.

Rapaz, eu acho esses baixos horríveis, CONTINUE

por que eu gosto de baixos horriveis (nao tanto quanto o Zubrycky, óbvio)

Eu acho bem interessante esses modelos , mesmo sendo horrorosos , faz parte da história .

Acabamento parece ter sido feito por um luthier fundo de quintal com as quinas todas tortas ...

Mas como disse , é válido o registro !

Stormbringer escreveu:Rapaz, eu acho esses baixos horríveis, CONTINUE

por que eu gosto de baixos horriveis (nao tanto quanto o Zubrycky, óbvio)

Tá bom, confesso... Tenho um fetiche por baixos horríveis.