Fender Vintera x Fender Parallel Universe.

Saudações.
Não sei se essa minha curiosidade é digna de ocupar um tópico nesse Fórum mas acho que não há lugar com mais opiniões válidas sobre o tema do que aqui, tanto pela diversidade quanto pela experiência dos membros.  Então, vejam: recentemente, ao visitar o site oficial da Fender, me deparei com duas páginas que me chamaram a atenção. Uma, a da série Vintera, com sua nova leitura dos clássicos modelos de guitarras e baixos. A outra, a da série Parallel Universe, uma edição limitada com combinações híbridas dos modelos clássicos de guitarra e baixo. Mais do que os próprios modelos, fiquei imaginando no que estariam pensando os responsáveis pelo posicionamento da marca, num momento em que o próprio mercado de seus instrumentos passa por ajustes. Me lembrei da fase CBS e tudo o que aquele período comprometeu, me lembrei também que recentemente compartilhei um tópico sobre o modelo Performer, um projeto diferente da Fender dos anos 80 que não teve uma receptividade muito boa na época (e que, pelos comentários, ainda hoje não agrada à maioria dos olhos/ouvidos), e fiquei pensando que ao mesmo tempo em que a marca é abençoada pelo seu legado de décadas, é também refém dele. Particularmente, sou simpáticos aos modelos vintage mas também aos novos projetos, propostas diferenciadas que saiam do clássico – mas costumeiro – “estilo fender”. Acho que Fender está “aferindo a temperatura” do mercado, propondo uma pequena ousadia e acenando com a manutenção dos bons e velhos clássicos já estabelecidos. Eu espero que a ideia vingue mas gostaria de saber a opinião de vocês: o que pensam como admiradores / usuários da marca e como pensariam se fossem responsáveis por ela? Lamento ter-me estendido nesse tópico - mas a curiosidade quase sempre é incontrolável - e obrigado pela atenção, desde já. Abraço.

Da série Vintera:


50’s Precision Bass


60’s Jazz Bass


60’s Mustang Bass

Da série Parallel Universe:

51 Telecaster PJ Bass

Só sei q, com razão, a própria galera do Talkbass está $%@#$%#$ com o fato de a Fender lançar uma série mexicana por aqueles preços (entre 900 e 1100 doletas).

Eita !

eu tenho uma queda por esse timbre do Mustang...

A idéia deve ter sido baseada nos classic vibe e vintage modified.

a Fender de uma época pra cá tem tentado se reiventar, aquelas serias dimension pra mim foi um tiro no pé. Reelançar clássicos mudando o nome so pra aumentar o preço é sacanagem. Agora que as cores são bonitas são. Eu queria que refizessem a cor antiquá

Christian escreveu:a Fender de uma época pra cá tem tentado se reiventar, aquelas serias dimension pra mim foi um tiro no pé. Reelançar clássicos mudando o nome so pra aumentar o preço é sacanagem. Agora que as cores são bonitas são. Eu queria que refizessem a cor antiquá

A Fender está condenada a ser sempre um "cover" dela mesmo. Viver de passado, glórias antigas, histórias e essas coisas.

Paulo Penna escreveu:A idéia deve ter sido baseada nos classic vibe e vintage modified.

Esse seu comentário me fez lembrar de um tópico em que o Allex fez umas previsões. Acho que uma delas dizia respeito à Squier ganhar status de Fender e essas linhas delas serem promovidas. Verei se encontro o tópico.

f*** é q todas modificações que eles falam sao baseadas em coisas de meia decada atras... inovação zero, só vivendo de glorias do passado msm...

Infelizmente (na minha opinião) concordo com o pedrohenrique.astronauta quando ele disse que "A Fender está condenada a ser sempre um "cover" dela mesmo". Isso, pra atual conjuntura, é muito perigoso pra marca pois o número de interessados no que ela produz diminuiu substancialmente. Contudo, na minha opinião, a maioria dos clientes da Fender acabam coibindo qualquer movimento da empresa em novas direções (que não se respaldem nos clássicos já consagrados). Isso manteve aquecido o financeiro da empresa até aqui mas hoje, com o mercado recessivo, saturado e cheio de custom-shops de altíssima qualidade, não será suficiente. Cabe aos responsáveis decidirem se preferem apostar num mercado menor mas já solidificado (o dos clássicos, talvez através de modelos custom) ou num mercado mais arriscado, sujeito a erros e críticas mas com um potencial de clientes maior (o de novos projetos). A série P.Universe talvez esteja bem no meio desses dois rumos. Tudo isso sem entrar no mérito da reanálise dos custos que incidem sobre o valor (agregado ou não) final de seu produto frente aos instrumentos asiáticos que contam cada vez mais com a simpatia dos usuários! Abraço.

fheliojr escreveu:Só sei q, com razão, a própria galera do Talkbass está $%@#$%#$ com o fato de a Fender lançar uma série mexicana por aqueles preços (entre 900 e 1100 doletas).

Esses "Vintera" seriam a versão MIM dos American Original (antigos American Vintage)?

BigBoy escreveu:

fheliojr escreveu:Só sei q, com razão, a própria galera do Talkbass está $%@#$%#$ com o fato de a Fender lançar uma série mexicana por aqueles preços (entre 900 e 1100 doletas).

Esses "Vintera" seriam a versão MIM dos American Original (antigos American Vintage)?

A produção mexicana teve a classic series e a Road Worn, creio que seria uma releitura da Classic Series, assim como a American Original é da American Vintage.

pedrohenrique.astronauta escreveu:

Christian escreveu:a Fender de uma época pra cá tem tentado se reiventar, aquelas serias dimension pra mim foi um tiro no pé. Reelançar clássicos mudando o nome so pra aumentar o preço é sacanagem. Agora que as cores são bonitas são. Eu queria que refizessem a cor antiquá

A Fender está condenada a ser sempre um "cover" dela mesmo. Viver de passado, glórias antigas, histórias e essas coisas.

Acho interessante a Fender não se afastar do q ela "era", pois isso me parece ser o grande atrativo desta empresa.

BigBoy escreveu:Esses "Vintera" seriam a versão MIM dos American Original (antigos American Vintage)?

Parece q sim.

pedrohenrique.astronauta escreveu:

Christian escreveu:a Fender de uma época pra cá tem tentado se reiventar, aquelas serias dimension pra mim foi um tiro no pé. Reelançar clássicos mudando o nome so pra aumentar o preço é sacanagem. Agora que as cores são bonitas são. Eu queria que refizessem a cor antiquá

A Fender está condenada a ser sempre um "cover" dela mesmo. Viver de passado, glórias antigas, histórias e essas coisas.

E daí?! Isso é ruim?! Por que ser tão severo com a Fender?! O que dizer então da Gibson, da Rickenbacker, da Gretsch etc.?!!!

Fender não precisa inovar nem modernizar nada, já fizeram isso na década de 50 e e viraram padrão.

fheliojr escreveu:

pedrohenrique.astronauta escreveu:

Christian escreveu:a Fender de uma época pra cá tem tentado se reiventar, aquelas serias dimension pra mim foi um tiro no pé. Reelançar clássicos mudando o nome so pra aumentar o preço é sacanagem. Agora que as cores são bonitas são. Eu queria que refizessem a cor antiquá

A Fender está condenada a ser sempre um "cover" dela mesmo. Viver de passado, glórias antigas, histórias e essas coisas.

Acho interessante a Fender não se afastar do q ela "era", pois isso me parece ser o grande atrativo desta empresa.

JAZZigo escreveu:

pedrohenrique.astronauta escreveu:

Christian escreveu:a Fender de uma época pra cá tem tentado se reiventar, aquelas serias dimension pra mim foi um tiro no pé. Reelançar clássicos mudando o nome so pra aumentar o preço é sacanagem. Agora que as cores são bonitas são. Eu queria que refizessem a cor antiquá

A Fender está condenada a ser sempre um "cover" dela mesmo. Viver de passado, glórias antigas, histórias e essas coisas.

E daí?! Isso é ruim?! Por que ser tão severo com a Fender?! O que dizer então da Gibson, da Rickenbacker, da Gretsch etc.?!!!

Paulo Penna escreveu:Fender não precisa inovar nem modernizar nada, já fizeram isso na década de 50 e e viraram padrão.

Quero que entendam a minha afirmação, partindo da ótica de que aquilo que a Fender chama e apresenta como novidade, reinvenção da roda, se reinventar, nova série e tudo o mais, nada mais é do que aquilo que foi, assim como bem observado pelo Penna, inventado brilhantemente pelo Leo Fender. Como bem dito, quem procura um Fender, procura pelo clássico. Se alguém quer algo mais moderno feito pelo Leo Fender, que compre um G&L ou um Music Man Stingray com pré de duas bandas. Mas a própria G&L e a Music Man não reinventa nomes para coisas que já existem.

Quero pegar o gancho do Jazzigo e citar então a Gibson e a Gretsch. Você não vê essas empresas reinventando nomes para modelos mais do mesmo. Tudo bem que há a questão do marketing, mas a Fender seria mais feliz se parasse de criar novos nomes para as coisas que sempre existiram e focar em criar linhas que perdurem e mantenham a mesma qualidade. Poderia ter continuado com a nomenclatura Standard, American Vintage. Sempre funcionou.

Por fim, mas não menos importante, quero dizer que gosto da Fender, reconheço a importância dos seus modelos.

Indo pela contramão, só para variar, isso é mais do mesmo e, para mim, menos do que nada. Fender, tu és tédio mortal para mim.

Paulo Penna escreveu:Fender não precisa inovar nem modernizar nada, já fizeram isso na década de 50 e e viraram padrão.

Pois é, exatamente.
O pioneirismo é deles e ninguém tira...
Agora... todo pioneirismo tem um preço...

O Aerodyne e o Dimension foram os modelos Fender mais recentes?

Mauricio Luiz Bertola escreveu:

Paulo Penna escreveu:Fender não precisa inovar nem modernizar nada, já fizeram isso na década de 50 e e viraram padrão.

Pois é, exatamente.
O pioneirismo é deles e ninguém tira...
Agora... todo pioneirismo tem um preço...

Gostei disso. Realmente todo pioneirismo tem um preço.

pedrohenrique.astronauta escreveu:Quero pegar o gancho do Jazzigo e citar então a Gibson e a Gretsch. Você não vê essas empresas reinventando nomes para modelos mais do mesmo.

Tem certeza?! Sei que essa discussão não leva a nada, mas, apenas para ilustrar, eis uma lista com apenas alguns modelos Les Paul em produção na Gibson este ano:

Les Paul Axcess Custom
Les Paul Axcess Standard
Les Paul Classic
Les Paul Custom
Les Paul Custom Reissue
Les Paul Gold Top Reissue VOS
Les Paul High Performance
Les Paul Junior
Les Paul Junior Double Cut Reissue
Les Paul Junior Reissue
Les Paul Junior Tribute DC
Les Paul Junior Tribute DC Bass
Les Paul Modern
Les Paul Special
Les Paul Special Double Cut
Les Paul Special Double Cut Reissue
Les Paul Special Single Cut Reissue
Les Paul Special Tribute DC
Les Paul Standard
Les Paul Standard ‘50s
Les Paul Standard ‘50s P90
Les Paul Standard ‘60s
Les Paul Standard Goldtop Reissue
Les Paul Standard Reissue
Les Paul Studio
Les Paul Studio Tribute
Les Paul Traditional
Les Paul Tribute

Fonte: https://www.gibson.com/Guitars/Les-Paul

^Inferno de quantidade de modelos é esse ?

O cabra até fica doido de ficar pesquisando !

^
Pois é! E com preços que variam entre 800,00 e 7.500,00 trumps (tabela Gibson).

Nada mal essa Strato!

OFF: Os novos Squier Classic Vibes, com base no vídeo abaixo, parecem ser bem construídos: