Dark pools de ódio florescem online.
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Dark pools de ódio florescem online.
"Dark pools*" de ódio florescem online.
https://www.sciencemag.org/news/2019/08/dark-pools-hate-flourish-online-here-are-4-controversial-ways-fight-them
Um novo estudo sugere que grupos de ódio online se formam e se espalham ao longo de “estradas de ódio” virtuais.
Para os moderadores de plataformas sociais, tentar acabar com a turbulência repugnante da cultura de ódio online é como jogar um jogo de gato-e-rato. Assim que um grupo de ódio online é fechado, outro aparece em seu lugar - geralmente em outra plataforma. E deixar os pontos de vista radicais de tais grupos sem controle, dizem os especialistas, pode ter consequências mortais.
Com esse problema em mente um novo estudo trata o ódio online como um organismo vivo e em evolução e acompanha sua disseminação e interações ao longo do tempo. A equipe de pesquisa, liderada pelo físico e pesquisador de complexidade Neil Johnson, da Universidade George Washington em Washington - DC, criou modelos matemáticos para analisar dados de plataformas sociais, incluindo o Facebook e a rede social russa Vkontakte (VK), onde os usuários podem formar grupos com outras visualizações semelhantes.
“Este é um estudo importante e muito oportuno”, diz Ana-Maria Bliuc, psicóloga social e política da Universidade de Dundee, na Austrália, que não esteve envolvida no trabalho. "Isso vai além do que sabemos ... fornecendo evidências de como as plataformas online ajudam os haters a se unificar em todas as plataformas e criar "pontes de ódio" entre países e culturas".
O ódio tem muitas definições. Os pesquisadores definiram "grupos de ódio" como aqueles cujos usuários expressaram animosidade ou defenderam a violência contra uma determinada raça ou grupo social. Usando algoritmos guiados por humanos e seu conhecimento de alguns grupos já proibidos, os pesquisadores identificaram mais de mil grupos de ódio em múltiplas plataformas, incluindo aqueles que se referiam a eles como neonazistas, anti-semitas ou apoiadores do grupo do Estado Islâmico.
Ao iniciar o projeto, os pesquisadores esperavam que o ecossistema de ódio on-line fosse semelhante a um "supermercado" bem abastecido, com supremacia branca em um corredor, anti-semitas em outro e misóginos em outro ainda. "Mas não é isso que encontramos", diz Johnson. Em vez disso, era mais como um espectro contínuo, onde muitos tipos de hostilidade se misturavam - uma “armadilha superconectada” que leva as pessoas ainda mais para uma comunidade de ódio online cada vez mais ampla e em constante mudança.
Os pesquisadores mapearam as interações entre os grupos relacionados, principalmente rastreando as postagens vinculadas a outros grupos. Seu avanço veio quando eles perceberam que tinham que rastrear essas interações através das plataformas sociais. Em vez de grupos de ódio se reunirem em um único lugar, eles geralmente se encontram em muitas redes diferentes - e restrições mais rígidas em uma plataforma simplesmente causam o fortalecimento das comunidades de ódio em outras plataformas, relatam Johnson e seus co-autores em artigo da revista Nature.
As ligações entre plataformas, às quais os pesquisadores se referem como “estradas do ódio”, se formam especialmente rapidamente quando um grupo se sente ameaçado ou observado, dizem eles. No rescaldo do tiroteio de 2018 na Marjory Stoneman Douglas High School em Parkland, Flórida, por exemplo, muitos meios de comunicação discutiram o interesse do atirador na Ku Klux Klan (KKK). Por sua vez, os grupos online da KKK provavelmente sentiram um maior escrutínio, diz Johnson. Ele e seus colegas descobriram um pico de posts nos grupos do Facebook da KKK, vinculados a grupos de ódio em diferentes plataformas, como Gab ou VK, fortalecendo o "organismo ideológico KKK descentralizado".
Rodovias de ódio podem ser poderosas em unir pessoas através de fronteiras geográficas, diz Johnson. “Com um link entre 10.000 neonazistas no Reino Unido e 10.000 neonazistas na Nova Zelândia, e depois outro com 10.000 nos EUA, de repente, dentro de dois saltos, você conectou 30.000 pessoas com a mesma marca de ódio”, ele diz.
Além disso, algumas das plataformas mais permissivas podem servir como incubadoras, especialmente quando a presença de um grupo em uma plataforma é proibida. Quando o Facebook reprimiu os grupos da KKK em 2016 e 2017, por exemplo, muitos de seus antigos membros fugiram para o VK, uma plataforma de mídia social popular na Rússia e no Leste Europeu. Lá, eles encontraram um “comitê de boas-vindas” virtual, diz Johnson, com páginas de entrada direcionando-as para comunidades de “pessoas que odeiam como você”.
Isso sugere que o método típico de combater esses grupos - banindo os particularmente ativos e odiosos - é ineficiente, dizem os pesquisadores. Em vez disso, eles recomendam quatro políticas derivadas de seus modelos para desestabilizar as comunidades de ódio on-line.
O primeiro defende discretamente a remoção de pequenos grupos da plataforma, enquanto deixa os maiores no lugar. Como os grupos pequenos acabam se tornando maiores, essa política os interrompe pela raiz. A segunda política é banir aleatoriamente um pequeno subconjunto de usuários. Tal proibição, diz Johnson, seria menos propensa a enfurecer um grande grupo, e ele propõe que também diminuiria a probabilidade de múltiplos processos judiciais.
Duas outras opções são mais controversas. Um deles defende a criação de grupos anti-ódio que tentariam se envolver com as comunidades de ódio, em teoria, mantendo-os muito preocupados para recrutar ativamente. Os últimos introduziriam usuários e grupos falsos para semear a dissidência entre os grupos de ódio. "Se você adicionar ruído, as narrativas nos grupos podem começar a sair da pista", diz Johnson.
"Isso é preocupante em muitas frentes", diz Sarah Roberts, especialista em internet da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, que estuda moderação de conteúdo. Por um lado, diz ela, os usuários que se envolvem em qualquer uma dessas duas políticas podem sofrer efeitos negativos na saúde mental. “Quais sistemas de suporte eles teriam para lidar com esses compromissos? Que treinamento de resolução de conflitos? E o que aconteceria se essas interações se espalhassem dos compromissos on-line para a violência interpessoal do mundo real? ”
Bliuc concorda. Ela diz que a estratégia de engajamento é “uma ideia interessante”, mas que é necessário mais trabalho para entender como - e se - essa interação online pode mudar as opiniões de grupos ideologicamente opostos, especialmente à luz de pesquisas que mostram que isso pode resultar em mais polarização.
Johnson admite que os modelos em seu estudo são "altamente idealizados". As plataformas não precisariam usar todas as políticas, diz ele - cada site poderia decidir quais estratégias se encaixam melhor em sua operação. "Acho que plataformas diferentes escolheriam políticas diferentes", diz Johnson. "Mas, se cada uma delas fizer isso, nossos cálculos sugerem que essas quatro políticas reduzirão o ódio."
Além da questão de quão bem as políticas podem funcionar, no entanto, é a questão de como elas se encaixam nas práticas de orientação da maioria das plataformas de mídia social. Roberts duvida que elas estejam dispostas a assumir os enormes riscos éticos e legais - e investimentos - necessários para uma postura unificada. "A hipótese fundamental que parece sustentar o estudo ... é que as próprias plataformas tomem uma posição definitiva e inequívoca contra o ódio em seus sites", diz ela. "Eu não sei se isso é uma suposição que pode ser feita."
*Em finanças, um “dark pool” é um fórum privado - sem transparência - para negociar títulos, derivativos e outros instrumentos financeiros. (fonte: https://www.investopedia.com/articles/markets/050614/introduction-dark-pools.asp)
Re: Dark pools de ódio florescem online.
Como funciona o maior grupo de propagação de ódio na internet brasileira, que lucra com misoginia, racismo e homofobia.
https://epoca.globo.com/sociedade/noticia/2018/06/como-funciona-o-maior-grupo-de-propagacao-de-odio-na-internet-brasileira-que-lucra-com-misoginia-racismo-e-homofobia.html
Uma análise sobre a propagação do ódio pela internet e suas consequências.
https://canaltech.com.br/comportamento/uma-analise-sobre-a-propagacao-do-odio-pela-internet-e-suas-consequencias-100018/
ALTERNATIVAS - Agir contra o discurso de ódio através de contranarrativas.
https://rm.coe.int/portuguese-manual-alternativas/16808e95e3
Escrito por:
Agata de Latour, Nina Perger, Ron Salaj
Claudio Tocchi e Paloma Viejo Otero.
O manual disponibiliza orientação para o desenvolvimento de contranarrativas e narrativas alternativas para o combate contra o discurso de ódio e a promoção dos Direitos Humanos, especialmente em contextos online. O manual propõe um conjunto de abordagens educativas e comunicacionais online e offline, bem como um conjunto de ferramentas para pôr em causa narrativas que apoiam e legitimam o discurso de ódio. O objetivo do manual é consolidar o conjunto de ferramentas para técnicos e técnicas de juventude, educadoras e educadores e ativistas que já trabalham na área dos Direitos Humanos ou que têm vontade de se envolver com essa área. O manual foi concebido no âmbito e no contexto do Movimento Contra o Discurso de Ódio, uma Campanha da Juventude do Conselho da Europa Contra o Discurso de Ódio online.
https://epoca.globo.com/sociedade/noticia/2018/06/como-funciona-o-maior-grupo-de-propagacao-de-odio-na-internet-brasileira-que-lucra-com-misoginia-racismo-e-homofobia.html
Uma análise sobre a propagação do ódio pela internet e suas consequências.
https://canaltech.com.br/comportamento/uma-analise-sobre-a-propagacao-do-odio-pela-internet-e-suas-consequencias-100018/
ALTERNATIVAS - Agir contra o discurso de ódio através de contranarrativas.
https://rm.coe.int/portuguese-manual-alternativas/16808e95e3
Escrito por:
Agata de Latour, Nina Perger, Ron Salaj
Claudio Tocchi e Paloma Viejo Otero.
O manual disponibiliza orientação para o desenvolvimento de contranarrativas e narrativas alternativas para o combate contra o discurso de ódio e a promoção dos Direitos Humanos, especialmente em contextos online. O manual propõe um conjunto de abordagens educativas e comunicacionais online e offline, bem como um conjunto de ferramentas para pôr em causa narrativas que apoiam e legitimam o discurso de ódio. O objetivo do manual é consolidar o conjunto de ferramentas para técnicos e técnicas de juventude, educadoras e educadores e ativistas que já trabalham na área dos Direitos Humanos ou que têm vontade de se envolver com essa área. O manual foi concebido no âmbito e no contexto do Movimento Contra o Discurso de Ódio, uma Campanha da Juventude do Conselho da Europa Contra o Discurso de Ódio online.
Re: Dark pools de ódio florescem online.
É tao triste ver o brasileiro cair nessa... Um lugar que tinha tudo para dar certo... Vai seguir sua rota para o abismo.
Re: Dark pools de ódio florescem online.
Dividir para conquistar, uma estratégia tão velha quanto eficiente. Os trouxas do andar de baixo brigam entre si e quem está no andar de cima continua aonde está.
Re: Dark pools de ódio florescem online.
A difícil rotina dos moderadores da internet.
https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-49478160
Empatia e diálogo na internet.
https://new.safernet.org.br/content/cinco-dicas-para-buscar-mais-empatia-e-dialogo-na-internet
Criar um ambiente na internet mais positivo e seguro é um caminho para prevenir casos de violência como o bullying nas redes e fora dela. Todo mundo pode fazer sua parte. Veja cinco dicas para transformar a internet em um espaço de diálogos saudáveis.
1. ESCUTE - Quando você ouvir algo com qual não concorde, escute e busque compreender o contexto da mensagem. Esteja aberto para o contraditório.
2. MANTENHA UMA CONVERSA RESPEITOSA - Não critique pessoas, critique argumentos. Se atenha às ideias e discuta sempre em cima do conteúdo.
3. ACEITE DISCORDÂNCIAS - Tudo bem haver diferentes pontos de vista, desde que eles não desrespeitem a dignidade de ninguém. As pessoas podem ter visões de mundo diferentes, mas lembre-se sempre que isso não dá o direito a ninguém de falar coisas que agridam outras pessoas.
4. EVITE CONFRONTO - Muitas vezes as discussões acontecem porque a outra pessoa quer te tirar do sério, causar uma briga ou criar uma polêmica. Quando você estiver em um diálogo, avalie se vale a pena insistir na discussão.
5. SEJA UM BOM EXEMPLO - A internet está cheia de exemplos de empatia e diálogo, inspire-se neles e mostre que você também se importa em tornar uma internet um lugar melhor para todo mundo.
Nova cartilha da SaferNet para tirar dúvidas sobre perigos na rede e ajudar quem sobre algum tipo de violência, chantagem ou discriminação na internet.
https://new.safernet.org.br/sites/default/files/content_files/Di%C3%A1logo_Virtual_Low_Web_SN_Unicef_PFDC_CGI.pdf
https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-49478160
Empatia e diálogo na internet.
https://new.safernet.org.br/content/cinco-dicas-para-buscar-mais-empatia-e-dialogo-na-internet
Criar um ambiente na internet mais positivo e seguro é um caminho para prevenir casos de violência como o bullying nas redes e fora dela. Todo mundo pode fazer sua parte. Veja cinco dicas para transformar a internet em um espaço de diálogos saudáveis.
1. ESCUTE - Quando você ouvir algo com qual não concorde, escute e busque compreender o contexto da mensagem. Esteja aberto para o contraditório.
2. MANTENHA UMA CONVERSA RESPEITOSA - Não critique pessoas, critique argumentos. Se atenha às ideias e discuta sempre em cima do conteúdo.
3. ACEITE DISCORDÂNCIAS - Tudo bem haver diferentes pontos de vista, desde que eles não desrespeitem a dignidade de ninguém. As pessoas podem ter visões de mundo diferentes, mas lembre-se sempre que isso não dá o direito a ninguém de falar coisas que agridam outras pessoas.
4. EVITE CONFRONTO - Muitas vezes as discussões acontecem porque a outra pessoa quer te tirar do sério, causar uma briga ou criar uma polêmica. Quando você estiver em um diálogo, avalie se vale a pena insistir na discussão.
5. SEJA UM BOM EXEMPLO - A internet está cheia de exemplos de empatia e diálogo, inspire-se neles e mostre que você também se importa em tornar uma internet um lugar melhor para todo mundo.
Nova cartilha da SaferNet para tirar dúvidas sobre perigos na rede e ajudar quem sobre algum tipo de violência, chantagem ou discriminação na internet.
https://new.safernet.org.br/sites/default/files/content_files/Di%C3%A1logo_Virtual_Low_Web_SN_Unicef_PFDC_CGI.pdf
Re: Dark pools de ódio florescem online.
Comunidades de ódio online.
A psicóloga Emma Kenny tem pesquisado comunidades de ódio online. "Algumas dessas pessoas podem ter características conhecidas como Dark Triad Personality (DTP; tríade negra da personalidade, em tradução livre), em que há altos níveis de narcisismo, maquiavelismo e psicopatia", diz ela.
"Geralmente, se fazemos algo desagradável, isso nos deixa irritados, nervosos ou zangados conosco, mas as pessoas com características de DTP não têm esse reforço negativo, então, buscam oportunidades de ser o mais horríveis e grotescas que puderem com outras pessoas."
Esse tipo de pessoa tende a achar que, se "alguém está melhor do que eles, esta pessoa não tem absolutamente nenhum direito a isso", diz Emma. Mas, quando um grupo tem milhares de membros, um tipo de personalidade pode ser suficiente para dar conta de toda essa história.
Emma acrescenta: "Esse é um caso extremo, mas você também tem pessoas que podem se sentir deprimidas com a própria vida e participam porque desabafar as faz se sentir menos sozinhas. É um terreno fértil para a maldade".
Mesmo que você não se enxergue nisso, Emma desaconselha participar desses grupos. "Quanto mais as pessoas fazem isso, maior a probabilidade de dessensibilizarem a si mesmas, além de perturbar os outros. Isso pode transformar as pessoas em monstros, e essa toxicidade pode transbordar para o mundo físico", afirma a psicóloga.
"As pessoas devem ter cuidado ao se envolver com esses grupos ou só se divertir às custas de outra pessoa, porque podem se transformar em alguém desagradável."
https://www.ekenny.co.uk/
A psicóloga Emma Kenny tem pesquisado comunidades de ódio online. "Algumas dessas pessoas podem ter características conhecidas como Dark Triad Personality (DTP; tríade negra da personalidade, em tradução livre), em que há altos níveis de narcisismo, maquiavelismo e psicopatia", diz ela.
"Geralmente, se fazemos algo desagradável, isso nos deixa irritados, nervosos ou zangados conosco, mas as pessoas com características de DTP não têm esse reforço negativo, então, buscam oportunidades de ser o mais horríveis e grotescas que puderem com outras pessoas."
Esse tipo de pessoa tende a achar que, se "alguém está melhor do que eles, esta pessoa não tem absolutamente nenhum direito a isso", diz Emma. Mas, quando um grupo tem milhares de membros, um tipo de personalidade pode ser suficiente para dar conta de toda essa história.
Emma acrescenta: "Esse é um caso extremo, mas você também tem pessoas que podem se sentir deprimidas com a própria vida e participam porque desabafar as faz se sentir menos sozinhas. É um terreno fértil para a maldade".
Mesmo que você não se enxergue nisso, Emma desaconselha participar desses grupos. "Quanto mais as pessoas fazem isso, maior a probabilidade de dessensibilizarem a si mesmas, além de perturbar os outros. Isso pode transformar as pessoas em monstros, e essa toxicidade pode transbordar para o mundo físico", afirma a psicóloga.
"As pessoas devem ter cuidado ao se envolver com esses grupos ou só se divertir às custas de outra pessoa, porque podem se transformar em alguém desagradável."
https://www.ekenny.co.uk/
Re: Dark pools de ódio florescem online.
Tenho sempre a sensação que a internet serve mais para o mal e para a degradação da sociedade do Que o contrário.
E olha que to nisso desde 1995.
E olha que to nisso desde 1995.
Re: Dark pools de ódio florescem online.
A internet é todo um "novo mundo" aparentemente despersonalizado, anônimo, onde certas pessoas podem dar vazão à seus instintos maléficos.Ivanov_br escreveu:Tenho sempre a sensação que a internet serve mais para o mal e para a degradação da sociedade do Que o contrário.
E olha que to nisso desde 1995.
Em uma aula na UFF comentei com alunos como os Conquistadores espanhóis (principalmente), livres aqui nas Américas das "amarras" da Sociedade medieval européia, praticaram todo o tipo de bestialidade e arrogaram-se direitos de poder sobre a vida e a morte dos indígenas que mais tarde tiveram que ser podados pela própria Corôa espanhola.
Não sei se a analogia é válida ou não (tratava-se apenas de uma discussão acadêmica), mas alguns alunos concordaram com minha analogia (que tem base teórica e empírica).
Mas tendo a concordar com você acerca do mal que a internet causou, embora reconheça firmemente o bem que ela proporcionou também...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Dark pools de ódio florescem online.
Eu gosto da internet...
Acho que ela será fundamental pra salvar o planeta.
Acho que ela será fundamental pra salvar o planeta.
allexcosta- Administrador
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Re: Dark pools de ódio florescem online.
^
Não captei a mensagem. Salvar exatamente do que?
Não captei a mensagem. Salvar exatamente do que?
Convidado- Convidado
Re: Dark pools de ódio florescem online.
Henri-Q escreveu:^
Não captei a mensagem. Salvar exatamente do que?
Do ser humano.
allexcosta- Administrador
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Re: Dark pools de ódio florescem online.
A internet não é nem ruim, nem boa (essa coisa de qualificação não se aplica aqui).allexcosta escreveu:Eu gosto da internet...
Acho que ela será fundamental pra salvar o planeta.
O problema dela é que ainda está começando, e, como tudo no mundo, precisa de um tempo de "maturação", controle (sem ser censura), e etc...
Já "salvar o planeta"... Bem, se for em relação à poluição, às mudanças climáticas induzidas pela industrialização e etc, acho difícil pois essa é uma dinâmica do sistema econômico atual. Ele não irá mudar até a destruição de muita coisa... Se será irreversível ou não... veremos...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Dark pools de ódio florescem online.
Mauricio Luiz Bertola escreveu:A internet não é nem ruim, nem boa (essa coisa de qualificação não se aplica aqui).allexcosta escreveu:Eu gosto da internet...
Acho que ela será fundamental pra salvar o planeta.
O problema dela é que ainda está começando, e, como tudo no mundo, precisa de um tempo de "maturação", controle (sem ser censura), e etc...
Já "salvar o planeta"... Bem, se for em relação à poluição, às mudanças climáticas induzidas pela industrialização e etc, acho difícil pois essa é uma dinâmica do sistema econômico atual. Ele não irá mudar até a destruição de muita coisa... Se será irreversível ou não... veremos...
Acho que o ser humano é tão irrelevante em relação ao planeta que nem consigo assimilar qualquer tipo de salvação antrópica de m*** nenhuma. Penso que deixaremos de existir e isso aqui se reinventa.
Convidado- Convidado
allexcosta- Administrador
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Re: Dark pools de ódio florescem online.
Ivanov_br escreveu:Tenho sempre a sensação que a internet serve mais para o mal e para a degradação da sociedade do Que o contrário.
E olha que to nisso desde 1995.
Ivanov,
bem ou mal internet, ao possibilitar o acesso à troca e à divulgação de idéias, permitiu e/ou facilitou, mais que a expressão, a organização de diversos setores em torno de interesses. Ao final da Idade Média, a popularização dos manuscritos gerou uma celeuma pois alguns acreditaram que tanta informação disponível dificultaria a concentração e as boas escolhas. Na década de 50 ocorreu algo parecido com a TV. Agora, com a internet. O que distingue esses momentos, e onde pode estar a chave para compreendermos esse fenômeno, é o tempo necessário para que nos apropriássemos dessas tecnologias (o rádio, por exemplo, levou aproximadamente 38 anos até atingir 50 milhões de usuários no mundo; as TVs 13-16 anos; a internet 4 anos;). Receio que nossa questão só poderá ser resolvida com o tempo.
Mas existem outros pontos que merecem a nossa atenção:
existe um estudo francês ((Les Pratiques Culturelles des Français)) que, ao longo de 5 décadas, vem acompanhando os hábitos culturais observáveis. E os índices não são muito otimistas. Longe do mito de "democratização do acesso à cultura" percebeu-se que as pessoas procuram na Internet apenas os produtos de sua própria formação cultural. Assim, jovens com formação cultural precária navegam nos limites dos seus horizontes, reforçando suas preferências ao invés de superá-las pela descoberta de novos valores. Na outra ponta, jovens de melhor preparo acadêmico e com maior contato com a cultura universal encontrariam na Internet possibilidades de aperfeiçoamento, pesquisando, acessando sites culturais, recebendo informação qualificada, aprendendo idiomas, etc., resultando, ao final, no aprofundamento das desigualdades culturais.
Podemos, então, inferir que:
1 - qualquer tecnologia se presta para diferentes conteúdos e resultados; Visões preconceituosas e fundamentalistas proponentes da violência encontram na Web um espaço tão importante para sua disseminação quanto o saber científico e os valores humanistas comprometidos com a paz e a tolerância.
2 - não há tecnologia capaz de livrar a humanidade da estupidez, mas a estupidez pode se valer da tecnologia;
Ou seja: são as relações sociais que dão sentido às tecnologias.
Mas aí tropeçamos em outra consideração importante: círculos virtuais de relacionamento são muito diversos de círculos sociais. Quando interagimos socialmente, estamos sob o escrutínio das pessoas – sabendo, portanto, que seremos julgados por elas. Ao mesmo tempo, as normas de convivência civilizada tendem a moderar nossos desejos. Já nas interações virtuais, com a possibilidade do anonimato digital, os desejos tendem à expansão e ao desregramento. O que antes existia apenas no fundo obscuro dos indivíduos, nos espaços quase inacessíveis das almas atormentadas, agora se dissemina pelas redes e se transforma em ameaça real. Neonazismo, racismo, homofobia, pedofilia, terrorismo e outras maldições ganham corpo neste espaço, o que talvez comprove que a modernidade carrega a barbárie como sombra incansável.
Há, ainda, a vexatória situação (à qual muitos de nós já se acostumaram) de que quase metade da população mundial — 3,4 bilhões de pessoas — ainda luta para satisfazer as necessidades básicas, vivendo em situação de pobreza extrema, compartilhando cada vez menos a prosperidade tão exaltada pelo capitalismo - para quem a internet é um luxo impensável que os mantém cada vez mais à marge - e, muitas vezes, como alvos - da própria rede.. enfim..
Nada que envolve a sociedade é simples - principalmente se comparado com a frieza algorítmica digital das redes - mas refletir sobre essas questões nos aproximam do aperfeiçoamento tão necessário às máquinas e aos homens.
Abraço.
Re: Dark pools de ódio florescem online.
Muito boa sua análise WHead. Percebo que temos um interesse em comum em antropologia.
E isso porque tudo se torna relativo à luz dos valores intrínsecos de cada cultura, mesmo no ambiente virtual (vide China e Korea, por exemplo).WHead escreveu:
Nada que envolve a sociedade é simples
Convidado- Convidado
Re: Dark pools de ódio florescem online.
Não é "irrelevante" não.Henri-Q escreveu:Mauricio Luiz Bertola escreveu:A internet não é nem ruim, nem boa (essa coisa de qualificação não se aplica aqui).allexcosta escreveu:Eu gosto da internet...
Acho que ela será fundamental pra salvar o planeta.
O problema dela é que ainda está começando, e, como tudo no mundo, precisa de um tempo de "maturação", controle (sem ser censura), e etc...
Já "salvar o planeta"... Bem, se for em relação à poluição, às mudanças climáticas induzidas pela industrialização e etc, acho difícil pois essa é uma dinâmica do sistema econômico atual. Ele não irá mudar até a destruição de muita coisa... Se será irreversível ou não... veremos...
Acho que o ser humano é tão irrelevante em relação ao planeta que nem consigo assimilar qualquer tipo de salvação antrópica de m*** nenhuma. Penso que deixaremos de existir e isso aqui se reinventa.
A destruição de ambientes dos últimos 50 anos se deve majoritariamente à ação humana, e EU, nos meus 57 anos de vida, presenciei uma pequena parte desse processo aqui no Brasil.
Quanto se depois da extinção da raça humana a vida continuará de uma forma ou de outra no nosso planeta nos próximos 2 ou 3 bilhões de anos... sim, continuará.
Depois disso, não mais...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Dark pools de ódio florescem online.
Como sua indignação nas redes sociais pode ter efeito contrário ao desejado.
Análise indica que extremos opostos ganham destaque, por isso ao criticar muitas vezes aumenta-se a visibilidade do conteúdo criticado.
https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-53503478
Não é raro que postagens e vídeos sejam impulsionados nas redes sociais por aqueles que mais os repudiam. E isso pode ter a ver com o efeito que as redes sociais têm sobre nossas emoções.
"O algoritmo das plataformas trabalha para que passemos mais tempo nelas. E os posts e assuntos com reações mais extremas nos faz ficar mais [tempo], por causa da indignação dos dois lados", conta a professora Lilian Carvalho, coordenadora do Núcleo de Comunicação, Marketing e Redes Sociais Digitais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
E, quanto mais um determinado post envolve os usuários, mais ele vai ganhando destaque e alcançando novas pessoas. No caso do Twitter, pode parar nos Trending Topics; no Facebook, pode aparecer mais alto no feed de amigos; no YouTube, pode aparecer nos vídeos "em alta" e "recomendados". As postagens no "meio termo", mesmo que concordemos com elas, não despertam o nosso interesse.
"Não digo que a pessoa não deve se indignar, mas entender o que essa indignação significa no ambiente das redes sociais e como as plataformas utilizam de gatilhos emocionais para manipular nossas emoções", diz a professora Lilian.
Mudanças feitas pelas plataforma alteraram o aparecimento de assuntos na lista dos mais comentados, levando em consideração o engajamento fora das bolhas originais.
"Temos que lembrar que tudo isso é muito novo, estamos aprendendo. Antes, quando só consumíamos TV, era fácil controlar. Era só mudar de canal para a gente deixar de ver o que não queríamos reagir. Agora não, estamos na mão do algoritmo, que coloca o assunto que quer na nossa frente. Somos viciados em injeções de dopamina que certas tecnologias incluíram em suas plataformas. Isso não é por acaso, é deliberado", diz a professora Lilian.
Análise indica que extremos opostos ganham destaque, por isso ao criticar muitas vezes aumenta-se a visibilidade do conteúdo criticado.
https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-53503478
Não é raro que postagens e vídeos sejam impulsionados nas redes sociais por aqueles que mais os repudiam. E isso pode ter a ver com o efeito que as redes sociais têm sobre nossas emoções.
"O algoritmo das plataformas trabalha para que passemos mais tempo nelas. E os posts e assuntos com reações mais extremas nos faz ficar mais [tempo], por causa da indignação dos dois lados", conta a professora Lilian Carvalho, coordenadora do Núcleo de Comunicação, Marketing e Redes Sociais Digitais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
E, quanto mais um determinado post envolve os usuários, mais ele vai ganhando destaque e alcançando novas pessoas. No caso do Twitter, pode parar nos Trending Topics; no Facebook, pode aparecer mais alto no feed de amigos; no YouTube, pode aparecer nos vídeos "em alta" e "recomendados". As postagens no "meio termo", mesmo que concordemos com elas, não despertam o nosso interesse.
"Não digo que a pessoa não deve se indignar, mas entender o que essa indignação significa no ambiente das redes sociais e como as plataformas utilizam de gatilhos emocionais para manipular nossas emoções", diz a professora Lilian.
Mudanças feitas pelas plataforma alteraram o aparecimento de assuntos na lista dos mais comentados, levando em consideração o engajamento fora das bolhas originais.
"Temos que lembrar que tudo isso é muito novo, estamos aprendendo. Antes, quando só consumíamos TV, era fácil controlar. Era só mudar de canal para a gente deixar de ver o que não queríamos reagir. Agora não, estamos na mão do algoritmo, que coloca o assunto que quer na nossa frente. Somos viciados em injeções de dopamina que certas tecnologias incluíram em suas plataformas. Isso não é por acaso, é deliberado", diz a professora Lilian.
Re: Dark pools de ódio florescem online.
WHead escreveu:Como sua indignação nas redes sociais pode ter efeito contrário ao desejado.
Análise indica que extremos opostos ganham destaque, por isso ao criticar muitas vezes aumenta-se a visibilidade do conteúdo criticado.
https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-53503478
Não é raro que postagens e vídeos sejam impulsionados nas redes sociais por aqueles que mais os repudiam. E isso pode ter a ver com o efeito que as redes sociais têm sobre nossas emoções.
"O algoritmo das plataformas trabalha para que passemos mais tempo nelas. E os posts e assuntos com reações mais extremas nos faz ficar mais [tempo], por causa da indignação dos dois lados", conta a professora Lilian Carvalho, coordenadora do Núcleo de Comunicação, Marketing e Redes Sociais Digitais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
E, quanto mais um determinado post envolve os usuários, mais ele vai ganhando destaque e alcançando novas pessoas. No caso do Twitter, pode parar nos Trending Topics; no Facebook, pode aparecer mais alto no feed de amigos; no YouTube, pode aparecer nos vídeos "em alta" e "recomendados". As postagens no "meio termo", mesmo que concordemos com elas, não despertam o nosso interesse.
"Não digo que a pessoa não deve se indignar, mas entender o que essa indignação significa no ambiente das redes sociais e como as plataformas utilizam de gatilhos emocionais para manipular nossas emoções", diz a professora Lilian.
Mudanças feitas pelas plataforma alteraram o aparecimento de assuntos na lista dos mais comentados, levando em consideração o engajamento fora das bolhas originais.
"Temos que lembrar que tudo isso é muito novo, estamos aprendendo. Antes, quando só consumíamos TV, era fácil controlar. Era só mudar de canal para a gente deixar de ver o que não queríamos reagir. Agora não, estamos na mão do algoritmo, que coloca o assunto que quer na nossa frente. Somos viciados em injeções de dopamina que certas tecnologias incluíram em suas plataformas. Isso não é por acaso, é deliberado", diz a professora Lilian.
Re: Dark pools de ódio florescem online.
WHead escreveu:
E, quanto mais um determinado post envolve os usuários, mais ele vai ganhando destaque e alcançando novas pessoas. No caso do Twitter, pode parar nos Trending Topics; no Facebook, pode aparecer mais alto no feed de amigos; no YouTube, pode aparecer nos vídeos "em alta" e "recomendados". As postagens no "meio termo", mesmo que concordemos com elas, não despertam o nosso interesse.
Ser extremista tem as suas vantagens.
Re: Dark pools de ódio florescem online.
Zubrycky escreveu:
Esse vídeo, embora antigo, ainda é muito relevante. De lá para cá, o YouTube também já promoveu bastante patifaria e não pode mais ser utilizado como "bom menino" do exemplo. Ainda assim, para mim, fica claro que o FB tem uma legião de escravos trabalhando na geração de "conteúdo local" que se torna irrelevante enquanto promove conteúdo pago. Eu já perdi bastante tempo com essa porcaria. Quando abri mão de rede social, automaticamente vi meu rendimento aumentar em diversas áreas como música, apreendizado de idioma, trabalho¹, meu trabalho de conclusão de curso da pós-graduação que estava encostado pedindo misericórdia, relações interpessoais. Cada um, cada um... não temos que dar lição de moral e bons costumes em ninguém, mas pela minha experiência pessoal, posso afirmar que se você não tem um negócio online ou administra alguma página, é TOTALMENTE superflo um FB. Tive o cuidado de alertar as pessoas do meu convívio que optei pela vida de eremita digital e elas passaram a me contactar por outras ferramentas como e-mail, telefone e WhatsApp². Vivo bem perdendo menos tempo com isso.
¹Estou totalmente ciente de que nesse caso, acessar rede social é facultativo e de certo modo errado (a não ser que sua empresa interaja por social medias), mas quem resiste a uma espiadinha?
²Não considero essa uma rede social, encaro mais como um mero mensageiro instantâneo.
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