Conheci a verdade e a verdade me libertou

Eu passei por um processo de mudança muito grande , depois que conheci o FCBR , uma delas foi justamente o que o Allex citou sobre a importância das cordas.

O grande lance de eu ter encontrado o FCBR, foi pela primeira vez compartilhar a sabedoria de outros baixistas e muitos mitos caírem por terra. Cheguei aqui, pesquisando sobre um Yamaha que chegou em um rolo e queria vender, e fui descobrindo que existe vida além de Fender, MMs e Warwicks. Mas o mais positivo mesmo, foi após muito tempo perceber que o mais legal de tudo é fazer música, independente de técnicas e extravagâncias, fazer seu som é o que importa. Me livrei do peso dos grupos de fusion.

Regular o instrumento.

Toquei anos com um baixo honesto pra um iniciante (só hoje reconheço) mas que era um berimbau e nem sabia que dava pra regular... vendi e hoje se achasse, compraria de novo, pelo carinho de ter sido meu primeiro baixo, mas claro que regularia, hehehheh.

Rapaz, se eu for enumerar aqui, ninguém vai ler de tão grande a lista.. Mas se tem uma coisa que eu aprendi nesse fórum foi que existem milhões de coisas mais importantes que uma coisa chamada “marca/logo/fabricante”

São tantas coisas que aprendi aqui...
Difícil dizer... acho que o mais importante para mim foi ter contato com opiniões diferentes da minha (algumas em que eu estava equivocado), em matéria de música, instrumentos e concepção sonora.

Eu acompanho à distância este fórum desde 2013, mas decidi participar somente nas últimas semanas.

Se vez ou outra vinha até aqui para buscar informação, é porque a experiência dos "outros" é relevante. Não significa que não possa ter alguma informação que consideremos que não nos sirva. Teve um colega, recentemente, que definiu bem a natureza deste lugar: um espaço para as opiniões.

Mas como a experiência é o que a humanidade tem de mais importante, para o bem e para o mal, o serviço que a discussão dos colegas (às vezes ácida) presta, é fundamental para aqueles que amam a música, especificamente, a parte mais grave dela.

Considero-me um inexperiente no instrumento, apesar desses anos. E tenho aprendido bastante, aqui.

Aprendi no forum que o Allex adora ampeg pra tocar um bom rock n roll
Que o JAZZigo não gosta de comprar baixos
Que o Zubricky adora Fender
Que o CG não curte Precision
Que o Juninho adora Ampe

e por ai vai... brincadeiras a parte. sempre é bom ver a opiniao de quem ja testou algo que vc tem interesse em adquirir, mesmo que ela seja discordante da sua.

na vida, uma das lições mais importantes que aprendi eh que não vale criar inimizades por discussões bobas

Eu poderia citar técnicas e teorias musicais que me encurtaram alguns caminhos e me ampliaram os conteúdos de estudo, ou mesmo as soluções práticas para escolher e utilizar meu equipamento, que me fizeram alcançar itens mais de acordo com a minha necessidade/possibilidade e obter o máximo deles, mas o que eu julgo mais valioso que esse Fórum me proporcionou foi o contato com realidades e experiências tão distintas das minhas e que me seriam inalcançáveis de outra forma. Isso atribuiu, pra mim, um sentido especial à minha relação com o contrabaixo. Abraço.

1 - tocar com baixo desregulado/fretwork ruim dá nojo, aprenda a regular o básico!
2 - aprendi a regular a altura dos captadores com o allexcosta(sou mto grato por nao precisar mais usar a fita isolante, ja tratada em outro topico)
3 - nenhum baixo de nenhuma marca vai te fazer tocar melhor, ou vai soar minimamente bem se vc nao colocar a musica nos seus dedos primeiro
4 - cordas novas fazem toda a diferença em qualquer baixo
5 - mtas pessoas se preocupam mais com qual baixo comprar do q em aprender a tocar bem, e devem voltar ao ponto 3 antes de começar a gastar grana com modificações

ahh tbm foi bom aprender que:

Sx dá pau em 7ender
e
Billy Sheehan é o melhor baixista do mundo mas mta gnt nao admite e tem inveja

- O som que você tira no cubo, seja em casa ou em banda, é completamente irrelevante e inaudível pra qualquer gig média/grande. Seu timbre e seu som está nas mãos do PA e quem tem as mãos nele, e não adianta brigar pra substituir a hierarquia, no máximo você ganha um botão MUTE apertado

- Seja parça do cara do PA

- Coisas que funcionam são melhores do que coisas que tem som bom, mas quebram

- A vida do músico de estrada é baseado em praticidade e funcionalidade, a música é trabalho e nem sempre é prazer

- Plugar menos coisas, muitas vezes, dá mais resultado

- Tenha e carregue cabos e adaptadores extras. Sempre.

Aprendi que td mundo acha q sabe alguma coisa, mas sempre tem alguém que sabe beeem mais, e faz questão de deixar claro que vc ta errado..

Hilário ler os comentários até aqui.
Regular o baixo foi algo que mudou a minha vida. E claro , aprender um pouco mais de harmonia. Por anos toquei como um cego. Falta aprender a ler pauta.

Baixo é muito mais legal que guitarra.

sem mais

Eu não gosto de cordas novas... Mas tb não gosto de cordas velhas.

Aprendi que a cor influencia no timbre. E também que se o luthier falou, é verdade, e quem discordar está errado.

Aqui aprendi a regular o instrumento e regulagens básicas não pago há uns 6 anos.

Uma única frase que me marcou muito e que mudou minha cabeca quando tocava na noite, foi depois de dividir o palco com uma banda de cover (minha banda tocava autoral) que achei sensacional, foi o que o guitarrista me falou após eu comentar que os covers deles estavam muito bons e que eles deviam gastar muito tempo tirando as músicas para parecer tão fiéis:

- Olha, o segredo para o cover parecer bem fiel, não é se debrucar no disco ou cd e tirar nota por nota igual de todos os instrumentos. É todos escutar a música algumas vezes e tirar a música como você acha que ela é. E não nota a nota como realmente é...

Pra mim são os esclarecimentos sobre regulagem básica e as dicas do Sá Reston sobre divisão rítmica, que algumas estão neste tópico à seguir:

https://www.contrabaixobr.com/t2219-ritmica-e-harmonia-com-sa-reston

allexcosta escreveu:
Algo muito importante pra mim foi ter percebido, muitos anos atrás, a importância das cordas do instrumento no timbre, volume, tocabilidade, etc...

Esse foi um aprendizado longo. Depois de anos tocando com qualquer corda (a mais em conta, mesmo se fosse pra usar em instrumentos mais caros), testando vários tipos,  descobri o que procuro em uma corda. A algum tempo comprei um jogo de La Bella Gold Flats e....não gostei! Já usei cordas flat antes, tenho um jazz bass que está com flats inclusive (Ernie Ball), mas essas La Bella não me adaptei. Comprei inclusive pela cor, pq todo o hardware do baixo onde instalei elas é dourado. É um Peavey precision, super barato, mas que instalei um Malagoli, elétrica da Roslen, mas essas cordas não ficaram legais nele. Troquei pelas cordas que vieram no instrumento (round) e ficou outro baixo, muito melhor!

Quando descobri que não existe uma receita universal pronta pra timbre e/ou equalização.

Aprendi muita coisa sobre luthieria e eletrônica aqui. O gosto por ver os vídeos com dicas rápidas da stewmac vieram daqui. Hoje vejo mais coisas do Tiguez, mas não sei se divulgaram os vídeos dele aqui. Sempre que fazia shows com o DDO, ficava horas conversando com nosso guitarrista sobre técnicas, equipamentos pra construção, regulagem, acabamento e isso acabou moldando bastante os baixos que ele me fez.
No palco, aqui em Goiânia, outro dia respondi uma corrente sobre lembranças do facebook a um amigo que tem pub e durante muitos anos dirigiu os palcos dos festivais da cidade. Ele me ensinou a ter disciplina na montagem e passagem de som, o que é muito valioso. Tento levar isso pros colegas de banda até hoje. Acho a postura do músico nessa hora bem determinante pro resultado no PA.

Certa vez, emprestei meu Spector para o Arthur Maia.
Era a tour do Gil, do Kaia na Gandaia.
Na checagem do som ele pegou duas caixas de banana, aquelas de madeira, que faziam parte do cenário do show e me disse:
---Senta aí, vamos conversar.
---Você está estudando o quê no contrabaixo agora?"
---Modos Gregos.
---Faz o seguinte então: Quando subir no palco, não fica pensando onde vai encaixar o frígio, o lídio ou qualquer um dos modos. Deixa a música fluir, esquece tudo o que tu estudou, desenvolve o teu feeling."

Foi tipo assim, um tapa na cara. No bom sentido.

hehe.

Muitas coisas aprendidas aqui me foram de grande valia. Se for para destacar uma, eu diria que entender (e passar a concordar) que há uma linha de corte da razoabilidade na qualidade dos instrumentos e que dali em diante o salto de qualidade é muito baixo (quando há) enquanto que o salto de preços muito alto... tipo entre um Ibanez Premium e um Prestigie, por exemplo. Isso me fez ser mais racional na análise de instrumentos de modo a não idolatrar nenhum, hoje, entendendo que cada instrumento pode te trazer algo bacana a sua maneira, independente do preço.

NESCAU escreveu:Certa vez, emprestei meu Spector para o Arthur Maia.
Era a tour do Gil, do Kaia na Gandaia.
Na checagem do som ele pegou duas caixas de banana, aquelas de madeira, que faziam parte do cenário do show e me disse:
---Senta aí, vamos conversar.
---Você está estudando o quê no contrabaixo agora?"
---Modos Gregos.
---Faz o seguinte então: Quando subir no palco, não fica pensando onde vai encaixar o frígio, o lídio ou qualquer um dos modos. Deixa a música fluir, esquece tudo o que tu estudou, desenvolve o teu feeling."

Foi tipo assim, um tapa na cara. No bom sentido.

hehe.

Para se chegar a este feeling, há de se trilhar um longa estrada...

^Concordo.

Acho que o mais libertador que aprendi nesses anos todos por ai:

Nem tudo que é bom para mim é bom para os outros, e vice-versa. O timbre que eu tenho na minha cabeça, pode não ser o que as outras pessoas querem ter/chegar. A ergonomia que é boa pra mim, pode não ser a melhor para outros. O dinheiro que eu posso pagar não é o mesmo que outra pessoa pode pagar. O som que eu toco não é o mesmo que outros musicos tocam, então nossas gigs são diferentes. Não é pq eu sou baixista que tenho que enfiar slap em tudo.

É importante conhecermos a nossa identidade como musicos, aceitar e respeitar a identidade de outros músicos, que tem trajetórias diferentes da minha, experiencias diferentes da minha, e percepções diferentes da minha. Ninguém é obrigado a gostar do que eu gosto, e nem eu  sou obrigado a gostar do que td mundo gosta.

fheliojr escreveu:

NESCAU escreveu:Certa vez, emprestei meu Spector para o Arthur Maia.
Era a tour do Gil, do Kaia na Gandaia.
Na checagem do som ele pegou duas caixas de banana, aquelas de madeira, que faziam parte do cenário do show e me disse:
---Senta aí, vamos conversar.
---Você está estudando o quê no contrabaixo agora?"
---Modos Gregos.
---Faz o seguinte então: Quando subir no palco, não fica pensando onde vai encaixar o frígio, o lídio ou qualquer um dos modos. Deixa a música fluir, esquece tudo o que tu estudou, desenvolve o teu feeling."

Foi tipo assim, um tapa na cara. No bom sentido.

hehe.

Para se chegar a este feeling, há de se trilhar um longa estrada...

eh.. tem q ter muuuito tempo e vivencia com o instrumento, dificil falar isso com quem tá começando ou toca de forma amadora... nao sai de 'eu' pra um maia da vida só querendo tocar com feeling... pra chegar nesse nivel tem q conhecer a parte tecnica a fundo a ponto de ser fluente sem nem pensar no q ta tocando, ou ter um ouvido absurdo msm... mas um dia a gnt chega la!

UP, pq esse topico merece.

Continuo achando baixo mais legal que guitarra e tocando ambos mas descobri por causa do baixo que a guitarra é afinada errada! Rssss

Baixista bom toca de sX.

Fender é Fender

Se for Elite então...é mosca branca ou mosca negra!

Eu ia colocar tambem, baixista bobo playa de fendi!!11

Resumo em dois pontos:

mum escreveu:
Nem tudo que é bom para mim é bom para os outros, e vice-versa. O timbre que eu tenho na minha cabeça, pode não ser o que as outras pessoas querem ter/chegar. A ergonomia que é boa pra mim, pode não ser a melhor para outros. O dinheiro que eu posso pagar não é o mesmo que outra pessoa pode pagar. O som que eu toco não é o mesmo que outros musicos tocam, então nossas gigs são diferentes. Não é pq eu sou baixista que tenho que enfiar slap em tudo.

É importante conhecermos a nossa identidade como musicos, aceitar e respeitar a identidade de outros músicos, que tem trajetórias diferentes da minha, experiencias diferentes da minha, e percepções diferentes da minha. Ninguém é obrigado a gostar do que eu gosto, e nem eu  sou obrigado a gostar do que td mundo gosta.

E que muitas vezes, o que falta no seu instrumento é uma sessão de beleza no seu luthier de preferência, com cordas novas e uma boa regulagem.