O que fazer com um velho Giannini Thunder Sound Bass II ?

Olá!

Há algum tempo, um primo mudou-se para o exterior e deixou de presente para mim um cabeçote Giannini Thunder Sound Bass II. O amplificador era dele, porém quem o utilizava era seu colega guitarrista que, pelo visto, mandou fazer algumas modificações no amp, sendo a mais evidente o uso de válvulas EL34 na parte de potência e a substituição do circuito da fonte. Não sei precisar o que exatamente foi feito. Sei que ao ligar o amp numa caixa, o som do contrabaixo vem muito distorcido logo de cara e sem brilho/presença.

Eu sou um completo leigo no quesito amplificadores valvulados e, sinceramente, não sei pra onde seguir com este amplificador. Gostaria de sugestões dos colegas, tendo em mente que, além do contrabaixo, também toco guitarra. Algumas opções seriam:

- Restaurar o circuito todo como era originalmente. Já li relatos que fica bom na guitarra, mas e no baixo? O que esperar disso? Valeria a pena, pensando da hipótese da valorização do equipamento ao longo do tempo?

- Partir para uma mod agressiva, tipo o circuito de um Marshall Plexi.

Aguardo ouvir a opinião de vocês e desde já agradeço sua participação.


   

O Luthier Luis Fernandes do Rio (ele é mais especializado em amps), se não me engano restaurou um desses esse ano, se quiser passo o contato dele.

**EDIT: Achei o video do amp:

Tais modificações feitas fariam com que ele soe assim? Ou é defeito?

Esse amp é baseado num Fender Bassman de 50w né?

Se não me engano a potência pra uso com contrabaixo é insuficiente pra apresentação, mas pra gravação deve ser bem massa

Eu deixaria original e só alternaria as caixas específicas pra cada instrumento

Abs

Tenho um Thunder Sound SL e ele não distorce de forma significativa com o baixo.
Esses amplis são baseados nos modelos da Fender, portanto não entregariam essa distorção toda. Logo, deve ter sido feita uma grande modificação no circuito de pré amplificação.

No fórum handmades o pessoal tem muita informação sobre este amplificador, esquemas elétricos e sugestões. Costumam dar apoio e suporte para restaurações.
O usuário Matec e mesmo outros têm bastante experiência com esses amplificadores da Giannini.

http://www.handmades.com.br/forum/

Olhando melhor a foto, me parece que ele possui o que os técnicos chamam de "killer cap". Um capacitor ligado à chave de mudança de fase e ao chassis.

O pessoal lá conhece melhor que eu, mas me parece que esta ligação pode causar choques como se tocasse direto em uma das fases.

Posso estar enganado, mas me pareceu ser um capacitor que aparece na foto no à direita e abaixo. Parece estar ligado à uma chave do painel.

eu particularmente tentaria fazê-lo voltar o mais próximo do original possivel.. talvez um contato com a propria giannini, tentar achar o esquema do circuito, tentar remontá-lo..

Decidi que vou deixá-lo o mais próximo do circuito de origem, que é o Fender Bassman 5F6A. Já estou com o diagrama esquemático do Thunder Sound Bass II, assim como o do Fender Bassman. São muito próximos mesmo.

O "death cap" que aparece na foto já estava desconectado e não oferece mais risco. Quanto às indicações de técnicos aptos a mexer no amp, vou optar por encaminhá-lo à alguém aqui na região, assim economizo no frete. Vai demorar um pouco, mas assim que tiver novidades, volto a informar aqui.

Obrigado pelas sugestões!

Eu tentaria voltar ao circuito original, e falaria com o Paulo Krefta, que em Curitiba é o cara que mais manja de valvulados. ele trabalha com isso.
tem tambem o Zeco da Loja do Musico, mas esse amp ta com a cara do Krefta.

Esse ampli é minha praia... Hehehehe.

Usei muito e já tive um desses. Realmente não tem muito som se comparado a um Solid State. Pra guitarra, original, fica ótimo e satura relativamente rápido.

Dá problemas de manutenção de tempos em tempos...

Se você tem condições de restaurá-lo, acho muito legal. Até uma obrigação, pois estão ficando cada vez mais raros.

Mas sendo realmente sincero, um desses bem restaurado e funcionando perfeitamente, não é páreo nem para um GK RB 400 dos mais antigos.

Leva um banho em termos de timbre, performance, volume sonoro, praticidade, peso (do som e do próprio ampli), custo de manutenção, etc...

ando muito sem vontade de fazer um monte de coisas, mas se quiser ficar livre dele aceito a doação feliz!!!

Maurício_Expressão escreveu:Dá problemas de manutenção de tempos em tempos...

Sim, imagino que um bom amp mais moderno terá uma confiabilidade muito maior. Saberia dizer quais os pontos a serem observados relativos à manutenção?

Paulo Penna escreveu:ando muito sem vontade de fazer um monte de coisas, mas se quiser ficar livre dele aceito a doação feliz!!!

Só passar o endereço que eu mando pra vc. Mas já adianto que o frete não vai sair muito barato...

Arrumo carona pra ele de Curitiba pra cá rapidinho...

Guga Ramone escreveu:

Maurício_Expressão escreveu:Dá problemas de manutenção de tempos em tempos...

Sim, imagino que um bom amp mais moderno terá uma confiabilidade muito maior. Saberia dizer quais os pontos a serem observados relativos à manutenção?

Muito problema de solda fria, mal contato e resistor(resistência) queimando (acredito que depois de um ensaio ele fica muito quente e mexer nele nessa condição cria problemas) além de troca de válvulas regularmente.

Eu cheguei a ter um kit de resistências que mais queimavam e ferro de solda para substituir na minha adolescência. Cheguei a decorar o valor das cores. Até hoje lembro que a última faixa dourada era 5% e se fosse prateada era 10% a variação... Hehehehe.

Paulo Penna escreveu:Arrumo carona pra ele de Curitiba pra cá rapidinho...

Desculpe mas só trabalho com transportadoras de minha confiança hehehehe

Maurício_Expressão escreveu:Muito problema de solda fria, mal contato e resistor(resistência) queimando (acredito que depois de um ensaio ele fica muito quente e mexer nele nessa condição cria problemas) além de troca de válvulas regularmente.

Eu cheguei a ter um kit de resistências que mais queimavam e ferro de solda para substituir na minha adolescência. Cheguei a decorar o valor das cores. Até hoje lembro que a última faixa dourada era 5% e se fosse prateada era 10% a variação... Hehehehe.

Entendi. Provavelmente o ideal seria aumentar a capacidade de potência dos resistores mais sensíveis.

Resolvi ligar o amp novamente esta semana e, no início do curso do controle de volume, o som vem limpo, começando a perceber a saturação com o controle a partir do 1,5~2. Nisso o volume já vem BEM alto e a partir daí a saturação aumenta junto com o volume. Creio que, por ter sido utilizado pelo guitarrista da banda do meu primo, a modificação que foi feita seja priorizando o uso com a guitarra, por isso a saturação mais fácil. Do jeito que está, faz muita falta um controle de volume master.

A chave "Normal / Brilho" está funcionando mais como "Alto ganho / Baixo ganho", mas não sei dizer em que posição do circuito ela está. E pelo timbre, o tonestack também foi alterado, visto que o grave que normalmente se obtém num amp de baixo não está presente, parecendo que estou tocando com um amp de guitarra.

Agora resta esperar a oportunidade de mandá-lo para uma boa revisão. Como não é minha prioridade no momento, vou brincando com ele do jeito que está.

O Thunder Sound foi meu primeiro amp, há quase 40 anos... Nossa! Tô véi...

E penei com ele durante 7 longos anos... não quero outro trambolho desse perto de mim, mas nem pintado de ouro!  

Mas, como cada um é cada um, boa sorte na empreitada, Guga!

Pessoal, bom dia

Adquiri um Thunder Sound Bass II e gostaria de saber sobre as saídas de alto falante e alto falante externo.

1- Como elas funcionam?
2- Qual a impedâncias delas?
3- Posso ligar uma caixa de 8ohms em uma e outra caixa de 8ohms na outra, ao mesmo tempo?
4- Se não qual seria a ligação ideal?  

Obrigado!!!

segue foto do bichão