E os Giannini?

Quase não vejo o pessoal indicar baixo Gianini, exceto um outro post indicando usados.
A marca tá tão ruim assim?

GB100





GB200a SonicX







GB205a

Esses baixos novos da Giannini acho que estão todos sendo feitos na china, e aparentam ser da qualidade dos Strinberg da vida... ou seja, mandam fazer com o mais baixo custo possivel.
aqui no BR acho que so fazem alguns violoes de boa qualidade.

É interessante. Esse tópico me fez perceber que a Giannini é uma marca que em minha vida, até agora, eu só tive contato com violões antigos e novos, cavaquinhos da série raiz e baixos antigos da década de 70 e 80 por causa do meu irmão Reuel, que é apaixonado na marca. No mais nunca tive muito interesse na marca. O Reuel me fez ver o quanto ela pode ser interessante.

Nunca espanquei toquei esses modelos mais novos da Giannini, mas, sendo honesto, até hoje, nunca encontrei um contrabaixo Giannini feito depois dos anos 80 do qual eu tenha realmente gostado a ponto de querer um deles em minha coleção...

Curto Giannini não !

Sigo aqui com meu baixo #2 da Giannini, do começo dos anos 90. Tive o prazer de reformá-lo e colocar captadores de um Fender mexicano. Mesmo com as cordas opacas da SG, o baixo segue agradável.

Foi o baixo que usei para gravar este review (com citação ao colega @Zubrycky):



Especificamente sobre o modelo da primeira foto, um baixista aqui da região usa esse baixo fretless e vou te dizer que o som é fantástico. Mas é um super baixista, com formação em Tatuí, profissional, professor. Ou seja, sabe tocar. Aí entra a questão da mão do baixista.

Se bobear esses baixos aí do primeiro post devem ser feitos na mesma fábrica que os Memphis e os Condor mais básicos, só com o logo trocado

Giannini eu até tinha interesse em pegar os modelos mais antigos, aqueles que o pessoal fica no ML vendendo a preço de ouro.

Até tocar num JB da década de 80 que pertencia ao pai de um colega meu. Baixo parecia de brinquedo... braço sem tensor, corda estilo berimbau, trastes colados na escala, construção que não passava nenhuma impressão de robustez, som sem corpo

N sei se esse específico era bomba e modelos de outras épocas eram mais bacanas. Só sei que nunca toquei num desses baixos de fabricação em massa chineses estilo Tagima, SX que reuniam tantas características ruins

Abs

CSergio, acho que você deveria pegar um desses novos e fazer um review pra galera.

Adoraria que esses Gianninis, que custam aproximadamente tanto quanto um SX básico, tivessem a mesma reputação.. Não parece ser algo tão inatingível e manteria a marca relevante no mercado interno..

pelas fotos, nenhumm deles me apetece

Um fusca semore será um fusca. Mas se vc fizer um fusca na fábrica da BMW, o nível será outro.

O que quero dizer é que, nestes modelos simples, a tecnologia é a mesma há 50 anos. O que mudou foi a forma de produção e o resultado obtido. Sem entrar muito no mérito das peças.

Nos anos 80/90, a Giannini, golden e outras não conseguiam passar de um certo patama, devido a competência e custo. Hoje, chegar neste patamar é simples para as fabricantes chinesas. O portfólio delas é gigante. É só olhar o Alibaba.

Breno_Barnabe escreveu:CSergio, acho que você deveria pegar um desses novos e fazer um review pra galera.

Só se estivesse no preço pré-pandemia; hoje em dia está começando em R$ 900 a 1000, em 2019, começo de 2020 deveria ser uns 600 cruzeiros.
Mas mesmo que estivesse no patamar, duas coisas não me deixaria pegar:
- não curto o headstock do Gb100
- e não curto o estio dos Gb20xa

Lancei o tópico pra discussão porquê me estalou que quase não leio comentários recomendando Giannini.
Mas acho que o allex já decifrou pra mim  

allexcosta escreveu:São muito melhores que os de entrada de outrora da marca, mas ficam pra trás em qualidade quando comparamos com os bons Tagima chineses de hoje em dia...

As fábricas chinesas oferecem vários níveis de qualidade e não seria surpresa se Tagima e Giannini fossem feitos pela mesma pessoa. Mas impressão que dá é que a Giannini opta pelos mais simples possíveis.

allexcosta escreveu:Em qualquer segmento é importante a empresa tentar entender a competição e se perguntar o que pode fazer pra se manter relevante.

A Giannini não parece fazer isso, ao menos nesse setor de baixos Chineses. Sobre as outras linhas deles, sinceramente não sei dizer...

A Giannini investe muito e dá um peso maior para outros tipos de instrumentos de cordas mais ligados à origem da marca e alguns que acabaram entrando no portfólio depois. O foco continua nos violões, violas, cavaquinhos, craviolas, bandolins. Esses instrumentos possuem até séries especiais com tampos maciços e outras perfumarias.

ˆa Giannini, a Rozzini... os músicos de instrumentos de cordas acústicos não sofrem das mesmas influencias de mercado que o povo do elétrico.

Não sei se qualidade num nível mediano pra bom, é uma premissa da Giannini. Deixaram escapar a Fender das mãos...
Sinceramente, baixos Giannini que me apetecem são aqueles com Headstock cópia da Fender por serem parecidos com os stardards da Fender.

A maioria dos Giannini que toquei, à exceção de um Jazz Bass presenteado à Rebel Lion do Ceará pelo baixista da Tribo de Jah e de um Precision GIB 400 que tive, são abaixo da média.

Não acho um investimento válido comprar um Giannini, hoje.

Ivanov_br escreveu:ˆa Giannini,  a Rozzini... os músicos de instrumentos de cordas acústicos não sofrem das mesmas influencias de mercado que o povo do elétrico.

Posso até estar enganado. Acredito que esse foco nesse estilo de instrumento também seja pelo fato de serem mais simples de fabricar. Acredito que seja mais trabalhoso para a Giannini investir em instrumentos como guitarras e baixos. Esses últimos ela prefere terceirizar apenas para compor o porfólio e poder concentrar sua produção em violões, cavaquinhos, craviolas, bandolins e afins. Sendo inclusive produzidos aqui mesmo no Brasil com um controle um pouco maior de qualidade.

allexcosta escreveu:

Ivanov_br escreveu:ˆa Giannini,  a Rozzini... os músicos de instrumentos de cordas acústicos não sofrem das mesmas influencias de mercado que o povo do elétrico.

Não sei se é bem isso...

Pra mim a questão principal é que os instrumentos acústicos Giannini e Rozzini brasileiros são realmente bons.

Rozzini eu não sei. Mas tive contato com a série Brasil dos violões da Giannini e a série Raiz dos cavaquinhos da Giannini. E você percebe que são instrumentos que entregam algo bacana pelo preço cobrado. É possível perceber que a empresa optou por dar uma foco bem maior nesses instrumentos. Creio ser até mesmo estratégia da empresa imprimir um esforço maior nessa linha que provavelmente é o carro chefe da empresa e maior responsável pelos ganhos dela.

Tem gente anunciando baixo Giannini por 1500 e até 2000 reais, só pelo fato de ser dos anos 1980, 1990, ou até mais antigo.
E tem quem compre 🤪

^Melhorou ! Antigamente o pessoal colocava 4k !!!

Sou muito fã da marca. Tem um parque fabril do mesmo nível de Fender, por exemplo. Nos acústicos, a linha profissional deles é realmente profissional. Feito com bastante carinho. Difícil de achar nas lojas.
Nas lojas tem a linha acústica popular, que é apenas honesta.

Mas por decisão econômica, já faz um tempo que não fabricam instrumentos elétricos no Brasil. Talvez fabrique atualmente só craviola, que tem boa aceitação internacional.

Importam guitarras e baixos da China e colocam a marca própria. Acredito que os últimos instrumentos elétricos fabricados por eles sejam de meados dos anos 2000.

É complicado competir com instrumentos elétricos de qualidade feitos no Brasil em escala industrial. O mercado é muito restrito e bastante dirigido. Normal se pagar 10k num baixo Fender, mas nunca se pagaria 5K num baixo Giannini de qualidade similar, se ele existisse.

allexcosta escreveu:^ Os instrumentos Rozzini são excelentes. Cavaco então ninguém chega perto na faixa de preço. Testei um violão deles do lado de um Yamaha desses mais simples e o Rozzini soava bem melhor.

Interessante que eu cheguei a testar o Cavaco Giannini da Série Raiz e um Rozzini que eu não sei o nome da série, mas estava na mesma faixa de preço. Confesso que gostei mais do Giannini e acabei adquirindo um. Infelizmente tive de vender por causa de uma situação particular.

Maurício_Expressão escreveu:Sou muito fã da marca. Tem um parque fabril do mesmo nível de Fender, por exemplo. Nos acústicos, a linha profissional deles é realmente profissional. Feito com bastante carinho. Difícil de achar nas lojas.

Tive um violão da serie de Luthieria da Giannini, todas madeiras sólidas, tampo em cedro canadense, escala em ébano africano, tarraxas holandesas, realmente era algo diferenciado.
Já os instrumentos encomendados da China... são apenas instrumentos encomendados da China.

allexcosta escreveu:

Ivanov_br escreveu:ˆa Giannini,  a Rozzini... os músicos de instrumentos de cordas acústicos não sofrem das mesmas influencias de mercado que o povo do elétrico.

Não sei se é bem isso...

Pra mim a questão principal é que os instrumentos acústicos Giannini e Rozzini brasileiros são realmente bons.

Alex, tenho a percepção que pelo violão, cavaco, badolim terem uma ligação intima com a musica regional brasileira, o instrumentista de qualquer nivel tende a ter uma aceitação melhor das marcas nacionais. O que é muito diferente com a guitarra, por exemplo. Sabemos que nem todo fender é maravilhoso, e que as Gibson Les Paul tem erros estruturais gravissimos. Mas ninguem muda a cabeça do guitarrista (como consumidor).

allexcosta escreveu:
Os Tagima da China são um pouco mais que baixos genéricos da China... É um controle de qualidade aqui, uma escolha de hardware ali e você tem um instrumento que concorre melhor no mercado de entrada. Mesma coisa com os SX, alguns Squier e outros tantos.

Eu acho que não é apenas "controle de qualidade", e sim de quais fornecedores chineses eles compram. Como o próprio Zaga disse recentemente, eles compram de cerca de 10 fábricas chinesas, e semana passada ouvi de um maluco que a SX nem sequer tem fábrica própria na China, é o mesmo esquema, porém parte da equipe da SX são chineses, e manjam negociar lá dentro. Os donos da SX, até onde sei, não são chineses, um é de Taiwan e outro da Austrália.

A Giannini talvez peque os mais barateiros para fazer o serviço.

Tá certo que faz tempo que não ando em lojas, mas não lembro de ter visto muito lá pros lados da Teodoro não.. ou se via, o preço deveria estar salgado a ponto de não me atiçar nem pra testar.

allexcosta escreveu:

pedrohenrique.astronauta escreveu:Interessante que eu cheguei a testar o Cavaco Giannini da Série Raiz e um Rozzini que eu não sei o nome da série, mas estava na mesma faixa de preço. Confesso que gostei mais do Giannini e acabei adquirindo um. Infelizmente tive de vender por causa de uma situação particular.  

Eu testei o Rozini de estudante, se não me engano é o RC10 e um que chamam de "Paulistinha", não lembro o modelo certo desse. Testei também dois Giannini dos mais simples no mesmo dia. Os Rozini eram "leaps and bounds" melhores que os Giannini.

Nunca vi um cavao Gianoca que eu achasse legal mesmo. Nada próximo de um Soros que eu tive. Aquilo era cavaco...

Os cavacos da série Start da Giannini são complicadinhos, mas gostei dos da série Raiz. Se tiver uma chance, dá um confere. Claro que, na minha opinião, não há cavacos mais interessantes dos que os feitos por luthier. Mas se tratando de custo benefício, entrega por um valor acessível, creio que os Gianninis da série Raiz são bem interessantes.

Eu tenho um Giannini Sonic X Series, modelo jazz bass, que comprei usado. Pra mim serve bem, já que não sou músico profissional e tenho o instrumento como um hobby. O que mata o coitado é o malfadado "bico de papagaio" no headstock.

allexcosta escreveu:
https://teamintlco.com/about

Valeu por compartilhar, então são esses malucos ai que estão lavando a égua.