Carreira: Reavaliação e reposicionamento

Como professor universitário, tenho como função auxiliar estudantes a escolherem os melhores caminhos na área de atuação que decidiram cursar. Não é uma escolha fácil, assim como a escolha por um curso superior. Na maioria das vezes, os estudantes fazem as escolhas baseados por percepções erradas da carreira escolhida, ou até uma falta de auto-conhecimento.

Cada vez mais tenho encontrado, entretanto, profissionais já formados, na casa dos 30 anos, fazendo um novo curso superior. Às vezes, em áreas completamente distintas. Seria isso resultado de uma escolha mal feita? Seria isso consequência de problemas e dificuldades da profissão inicialmente escolhida? Difícil dizer, ou mesmo diagnosticar. Cada trajetória é única, e apenas quem a percorreu pode avaliá-la. E muitas vezes só irá entender o que aconteceu com a ajuda de um psicologo.

O fato é que hoje não é como ontem, em termos profissionais. Nossos pais (generalizando) tiveram a mesma profissão uma vida toda. Nossos filhos terão 2 ou 3 profissões ao longo da vida. E é aí que está hoje, no meu entender, a chave para uma trajetória com menos solavancos: o desenvolvimento da capacidade de aprender novas habilidades e competências, dentro de uma estratégia de planejamento pessoal de carreira.



Profissionais da música (e arte em geral) (artistas e técnicos) hoje estão vivendo este dilema. A pandemia destruiu o mercado do entretenimento. Um caminho foi a criação de cursos online. Mas só isso não paga os boletos. Uber, tele-entrega... foram saídas rápidas e honrosas para lidar com a situação.

Eu poderia ficar escrevendo sobre o tema mas na verdade gostaria de escutar vocês. Alguem aqui decidiu mudar de profissão? Acho que é uma discussão sadia e pode auxiliar até os mais jovens que possam estar meio perdidos ainda na "primeira" carreira.

^Sim, apenas dei este exemplo por ser um fórum de música.

Mas em todas as turmas de medicina que dei aula, tem profissionais formados nas mais diferentes áreas: direito, fisioterapia, enfermagem e, pasmem, veterinária! heheheheh

:-)

Olha, eu sempre fui da área de TI (operacional, mão na massa), gosto, mas uma época eu estava num momento ruim com a profissão e cogitei mudar... abrir um bar, um estúdio, foodtruck... foram meses pensando e planejando, até que cheguei à uma conclusão que eu poderia mudar de área mas nem tanto, e aproveitar minha experiência. Então em 2013, ao expor esses pensamentos com meu gestor na época eu recebi o convite para sair do operacional do dia a dia e ficar próximo da área comercial, mais exatamente como um pré vendas (que, resumidamente traz experiencia técnica no design de soluções para o cliente e não deixa o comercial fazer coisa errada) e lá se vão 8 anos. E fui uma mudança pra muito melhor na minha vida profissional.

Eu também vejo muitas pessoas querendo mudar de profissão, e várias delas decidiram fazer faculdade logo assim que terminaram o colegial, muito provavelmente a escolha feita com 16 ou 17 anos não seria a escolha da pessoa com 22 ou 26 anos... então é um ponto a se pensar. No que depender de mim, meus filhos não terão pressão alguma para entrar em faculdade cedo.

Acho sim que é uma discussão que pode ajudar jovens. Sei lá, se um jovem decide que quer fazer engenharia, será que ele teve a oportunidade de conversar com profissionais da area e saber mais da profissão como um todo, lados ruins e bons?

Ivanov_br escreveu:^Sim, apenas dei este exemplo por ser um fórum de música.

Mas em todas as turmas de medicina que dei aula, tem profissionais formados nas mais diferentes áreas: direito, fisioterapia, enfermagem e, pasmem, veterinária! heheheheh

:-)

Me identifico muito com este tema, já fui músico, empresário, projetista, atualmente engenheiro automotivo, passei por formações que foram de TI, arquitetura e obviamente engenharia. Sempre me lembro do meu pai (também engenheiro) falando: Filho, vai fazer medicina!
Acho que deveria ter ouvido ele!!!

Medicina é garantia de um bom salário. Mesmo sendo um médico m$%&. Pois sempre tem oportunidade de dar plantão em hospitais e postos de saúde por ai. Principal emente em cidades do interior. O pagamento pode ser de 100 reais a hora, logo um médico por baixo tirar uns 20.000 por mês se trabalhar bem.

Mas, obviamente, fazer medicina não é solução. Acreditem, muitos abandonam a carreira médica em busca de outra profissão que, apesar de não pagar tão bem, traz maior realização, felicidade e qualidade de vida.

Ivanov_br escreveu:

O fato é que hoje não é como ontem, em termos profissionais. Nossos pais (generalizando) tiveram a mesma profissão uma vida toda. Nossos filhos terão 2 ou 3 profissões ao longo da vida.

Acredito que essa informação é muito importante para entendermos esse processo. Não sou especialista nem estudioso da área, nem uma autoridade sobre o assunto. Sou apenas um curioso. Mas entendo que grande parte da situação atual relatada sobre troca de carreiras, indefinições, se deve pelo choque de gerações. Gerações com diferentes mentalidades, diferentes prioridades, diferentes alvos que ainda convivem e se cruzam pelo caminho. A geração que hoje está com seus 30 anos, foi doutrinada e criada por uma geração que sempre valorizou a estabilidade, sempre foi adepta do pensamento de que apenas os estudos garantirão um futuro brilhante, também possuem a visão sobre profissões e carreiras baseada em épocas anteriores. É o que sempre ouço. A mentalidade dos antigos é: "Estude, seja o melhor nos estudos e conseguirá um emprego excelente e será bem sucedido". No entanto, as gerações anteriores cumpriram o seu papel e estão saindo de cena, deixando a geração doutrinada por eles conhecerem um mundo bem diferente daquele que os doutrinadores disseram que encontrariam. Um mundo que não é estável, um mundo em que a cada dia a mais e mais a desconstrução dos padrões profissionais e das profissões. Um mundo que tem provado a cada dia que não basta estudar e estudar para conseguir sucesso. Pelo contrário. Estudar sem entendimento é perda de tempo. Estudar sem um correto direcionamento também é perda de tempo. Estudo eficiente é um estudo direcionado, contextualizado, aplicado e com propósito de preparação para o mundo. O pior de tudo, é que percebo que até hoje as escolas e as crianças não são preparadas para o amanhã. Nosso sistema de ensino está ultrapassado, o culto à especialização está ultrapassado. O mundo de hoje é daqueles que entendem o mundo, entendem a direção para o qual estamos caminhando e se antecipam criando tendências. Mas isso não é ensinado nas escolas. Nas escolas nos ensinam apenas a passar no vestibular. Não nos ensinam que a vida vai além de um vestibular. O que leva à troca de carreira, é o fato de que o indivíduo não conhece e não entende o mundo em que vive na escola, não conhece e não entende o mundo em que vive nas universidades. Ele só entenderá e conhecerá o mundo em que vive no mercado de trabalho, quando ele é lançado aos leões. Se deparando com o mundo constituído, ele percebe que sempre teve a leitura incorreta das coisas e percebe que precisa mudar, pois não está preparado para o que realmente "é" o mundo e o mercado de trabalho. Mas digo algo, a troca de carreira nunca será o bastante se não houver entendimento sobre o funcionamento do mundo, do mercado de trabalho. Sem o correto entendimento sobre as coisas. Um outro ponto, é que não somos ensinados sobre autoconhecimento. Se entender, se conhecer é fundamental. É triste como banalizaram essas questões com o advento dos coachs e fizeram com que esse tipo de tema fosse enxergado com um certo preconceito, quando na verdade a inteligência emocional é algo que deveria ser comum e ensinado nas escolas desde cedo. Se conhecer, saber como você pensa, o que você pensa, saber dominar seus sentimentos. Saber se governar é necessário. Mas acaba que as pessoas só tem tido conhecimento desses assuntos hoje. Pelo menos aqui no Brasil. E só tem tido conhecimento desses assuntos pois, apesar dos mesmos serem estudados desde a década de 1950 lá fora, somente agora foi percebido que são assuntos para o tempo hoje. Junto a isso a questão de não sermos apresentados ao dinheiro e como ganhá-lo desde cedo. Mas isso já é assunto que renderá bastante. Encerro por aqui, pois o post ficou muito grande.

Legal o post, Ivan. É pra se refletir. 
Uma coisa engraçada que músicos tiveram que escutar nessa pandemia:

"Tá vendo, música é complicado, não dá dinheiro, é um ramo vulnerável, com essa pandemia aí e tem músico passando fome".

Mas para o mar de engenheiros vendendo bolo e fazendo Uber o discurso muitas vezes é diferente. "Isso aí, tem que se reinventar, tem que empreender em tempos de crise." (Essa eu escutei dentro da família).

Pedro, ficou grande mas ficou ótima a sua reflexão.

Estabilidade é bom, cara. Pois os boletos são estáveis. Logo, é bom que os rendimentos também os sejam.

Acho que há muita generalização com relação a carreiras. Algumas sempre serão quadradas, lineares. Outras, mais novas, são liquidas. E pedem pessoas com perfis distintos. Senao, só gera sofrimento.

Qunado a eduação, é realemnte um problema. Uma boa escola é avaliada pela aprovação de seus alunos em vestibular de escola publica. Há pouca preocucapão na formação humanistica. E isso gera robôs.

Isso que nem mencionei o ensino da escola pública e o universo de instituições privadas de ensino superior e o mar de EaD que assola o Brasil. Gente, grandes empresas da area de comunicação estão comprando a torto e a direito universidades brasil a fora. Vamos terminar com a educação superior privada como a nossa telefonia. VIVO, OI, TIM e CLARO. E só. Ah, se da pra piorar? Sim, dá. Estas mesmas empresas agora compram escolas. POr que? Porque na universidade o cara fica 4-6 anos pagando. No ensino fundamental ao médio, são 11-12 anos. Dá MUUUUUUUUITO dinheiro.

Ivanov_br escreveu:Pedro, ficou grande mas ficou ótima a sua reflexão.

Estabilidade é bom, cara. Pois os boletos são estáveis. Logo, é bom que os rendimentos também os sejam.

Acho que há muita generalização com relação a carreiras. Algumas sempre serão quadradas, lineares. Outras, mais novas, são liquidas. E pedem pessoas com perfis distintos. Senao, só gera sofrimento.

Qunado a eduação, é realemnte um problema. Uma boa escola é avaliada pela aprovação de seus alunos em vestibular de escola publica. Há pouca preocucapão na formação humanistica. E isso gera robôs.

Isso que nem mencionei o ensino da escola pública e o universo de instituições privadas de ensino superior e o mar de EaD que assola o Brasil. Gente, grandes empresas da area de comunicação estão comprando a torto e a direito universidades brasil a fora. Vamos terminar com a educação superior privada como a nossa telefonia. VIVO, OI, TIM e CLARO. E só. Ah, se da pra piorar? Sim, dá. Estas mesmas empresas agora compram escolas. POr que? Porque na universidade o cara fica 4-6 anos pagando. No ensino fundamental ao médio, são 11-12 anos. Dá MUUUUUUUUITO dinheiro.

Meu post ficou tão grande que esqueci de fazer um comentário. São esses tópicos que me fizeram amar e muito o FCBR. Digo com toda a certeza que o fórum contribuiu muito para o meu lado musical, mas não ficou somente nesse âmbito da música. Através de tópicos como este, o fórum também contribuiu muito para diversas áreas da minha vida. Esse tipo de reflexão me faz crescer continuamente.

Agora uma colocação. Eu sou funcionário público, concursado, estável. Mas a cada dia eu tenho me provocado, pois percebo que a estabilidade é prejudicial no sentido de que a mesma te leva à acomodação. A consequência é você viver anos e anos sem que haja uma evolução, uma vez que os riscos trazem crescimento. Inclusive no que diz respeito à renda que você falou. Não correr riscos, ainda que calculados, tendem a trazer resultados minguados. Desafios e riscos trazem a evolução, o crescimento. Não há progresso, inclusive pessoal, se não estivermos disposto a arriscar. O dinheiro que a gente recebe não é estável, uma vez que o seu valor é variável. Basta ver que um R$1,00 hoje não compra o que comprava anos atrás. E nem entrarei na seara de comparar renda fixa com renda variável e entrar em aspectos relacionados ao mercado financeiro, pois até lá quem vive de renda fixa fica para trás por ter medo de correr riscos em nome da estabilidade. Eu digo a você também que no mundo de hoje não há como falar que todas as carreiras são quadradas. Dizer isso, mostra apenas que talvez nós mesmos não tenhamos percebido o quanto até as carreiras mais simples sofreram mudanças. O médico de hoje não é o mesmo de ontem. O professor de ontem não é apto para ensinar nos dias de hoje. Até mesmo quem trabalha com serviços gerais teve de se adaptar. Hoje, os pedreiros, os carpinteiros e outros trabalhadores gerais que conheço, tem sua carteira de clientes composta por pessoas que eles atingiram através das redes socias, get ninja e afins. O mundo sempre será daqueles que se movem, afinal, tudo move. Até mesmo o o mundo.

Esse assunto me é muito sensível. Sou profundamente insatisfeito com minhas realizações profissionais, apesar de hoje ganhar um salário que me permite pagar as contas em dia e até viajar de vez em quando. Mas todos os dias eu penso em mudar de ramo. O problema é que já não sou garoto, as posições de entrada em qualquer carreira pagam salários ridículos e concursos públicos bons estão cada vez mais raros.

Já pensei diversas vezes em tentar a vida em outro país, mas com um filho pequeno tenho muito medo de dar esse passo em falso e prejudicar o futuro dele abrindo mão do que temos hoje. Tenho dois irmãos que moram na Austrália e vivem falando para eu ir para lá. Trabalham com coisa braçal (ambos com formação superior, mas que não abre absolutamente nenhuma porta para eles por lá por serem estrangeiros), ganham um salário ok para a realidade do país, mas viajam bastante e têm uma qualidade de vida muito superior à minha.

Obrigado por essa provocação, Ivan! Assistirei esses vídeos com calma. Tive aulas com o professor Karnal na minha pós-graduação e sou um grande admirador dele.

Eu me formei engenheiro civil ha 16 anos atrás, e é a minha unica graduação, pois antes de me formar eu ja atuava pesadamente na área de projetos e é onde estou até hoje, cada vez com mais afinco, com meu nome sólido no mercado de Curitiba e região. e confesso que não quero mudar de área, pois é uma coisa que faço bem, me dá dinheiro e, acima de tudo, gosto do que faço.
uma coisa que o pedro citou acima faz total sentido pra mim: Estudar nunca é demais, porém acho que deve ser feito com um direcionamento ou objetivo. Eu tinha idéia em fazer uma pós, mestrado e algo do tipo, mas entrei tão de cabeça nesta área que atua que sempre fui deixando para depois.... e o depois foi sendo postergado, pois a medida que minha vida profissional crescia com a experiencia adquirida no trabalho (que é engenheria pura), fui percebendo que tal pós ou mestrado só serviria para satisfazer o meu proprio ego.
Eu tenho amigos que se formaram comigo que, após a graduação, fizeram todo tipo de pós, mestrado e tudo mais, e hoje tem empregos medianos, tem arrependimento na carreira escolhida e por aí vai.
Vale lembrar que não sou contra isto, mas acho que o estudo deve ter algum proposito. Tem gente com doutorado em sistemas estruturais, sabe TUDO de teoria, tensões, esforços e tudo mais, porém se passar pra ele um predinho de 3 pavimentos ele não consegue achar a melhor solução.... ao contrario daquele engenheiro cascudo que partiu pra lida apos se formar....

Sou da área de TI mas a minha vontade de ser jardineiro é enorme viu!?

Enfim... Tive a experiência de um upgrade de carreira para o meio operacional e pelos problemas que passei de saúde e um pouco da audição, pedi pra ser operacional novamente.
Muitas vezes da vontade de mudar totalmente de profissão. Já tive até vontade e oportunidade de ir para o exterior mas resolvi ficar.

Mas fico pensando que eu poderia ser um dono de loja de instrumentos musicais (isso é brincadeira).

^Área de TI é a pior que existe!
Sinto na pele

Ivanov_br escreveu:Medicina é garantia de um bom salário. Mesmo sendo um médico m$%&. Pois sempre tem oportunidade de dar plantão em hospitais e postos de saúde por ai. Principal emente em cidades do interior. O pagamento pode ser de 100 reais a hora, logo um médico por baixo tirar uns 20.000 por mês se trabalhar bem.

Mas, obviamente, fazer medicina não é solução. Acreditem, muitos abandonam a carreira médica em busca de outra profissão que, apesar de não pagar tão bem, traz maior realização, felicidade e qualidade de vida.

A grama do vizinho sempre é mais verde...

Por anos eu quis mudar de área.... Sou publicitário com anos me ferrando no meio da publicidade...


Um dia eu percebi que fazia anos que já tinha saído da "estrada de chão" dessa carreira e já seguia no "asfalto lisinho", aí me perguntei " tá afim de voltar pra estrada de terra? Se esforçou tanto pra chegar onde chegou e quer vender coco na praia?"

Qualquer profissão é difícil e tem percalços, dinheiro não vai te trazer paz, poder de compra não vai te trazer tranquilidade. Ajuda! Sim ajuda!

Mas nos baixos dos meus 39 anos não brilha meus olhos mudar de profissão por estar cansado da atual. Se um dia eu mudar vai ser por pura casualidade do destino. Eu me considero muito bom no que eu faço.

Gabriel_cwb escreveu:

Ivanov_br escreveu:Medicina é garantia de um bom salário. Mesmo sendo um médico m$%&. Pois sempre tem oportunidade de dar plantão em hospitais e postos de saúde por ai. Principal emente em cidades do interior. O pagamento pode ser de 100 reais a hora, logo um médico por baixo tirar uns 20.000 por mês se trabalhar bem.

Mas, obviamente, fazer medicina não é solução. Acreditem, muitos abandonam a carreira médica em busca de outra profissão que, apesar de não pagar tão bem, traz maior realização, felicidade e qualidade de vida.

A grama do vizinho sempre é mais verde...

Sem dúvida...

Realmente não conheci, pelo menos até hoje, nenhum médico que largou a profissão para seguir outro caminho... Muito comum mudar a área de atuação, mas sempre dentro da medicina.
Acredito que boa parte pelos fatos que o Ivan citou, mas principalmente pq depois que vc cursa 6 anos de graduação e mais 4 anos de residência (como é meu caso) vc arrepia só de pensar em repetir tudo isso pra se aventurar em outra profissão...

com certeza é uma minoria irrisória. Acostumamos com o conforto que o dinheiro trás, mesmo sendo infeliz.

Dizem que dinheiro não traz felicidade, principalmente quando é pouco.

Tenho um amigão de 38 anos que era engenheiro consolidado numa empresa grande. Salário bom, perspectivas, viagens internacionais a trabalho, e um ótima reserva no banco.
Deu um insight no cara e está fazendo medicina...

Bom, talvez seja uma estratégia pra fugir do casamento também... Hehehehe!

Eu passei/passo por uma insatisfação na área profissional.
A pressão da família quando concluir o ensino médio para escolher logo uma profissão, uma faculdade, me levou a uma série de escolhas erradas. Tinha 16/17 anos e nenhuma noção do que queria.
Mudar de área é algo muito difícil de fazer. No meu caso, filho e estabilidade financeira pesam bastante contra.
Apesar de ter passado agora numa universidade federal num curso que queria, não acredito ainda numa mudança de área. Talvez busque a realização de outra forma, conciliando os dois caminhos.

Maurício_Expressão escreveu:Tenho um amigão de 38 anos que era engenheiro consolidado numa empresa grande. Salário bom, perspectivas, viagens internacionais a trabalho, e um ótima reserva no banco.
Deu um insight no cara e está fazendo medicina...

Bom, talvez seja uma estratégia pra fugir do casamento também... Hehehehe!

É praticamente minha situação, até idade bate. Mas te digo uma coisa, olhando de fora, parece ser uma vida boa, mas o fantasma da instabilidade, ameaças veladas de demissão, lidar com investimentos milionários de um dinheiro que não é seu (direta ou indiretamente), ter que matar uns 3 leões por dia, é duro...

Falei pra minha esposa:"Vou fazer medicina, ficar o dia todo na facul e fim de semana churrasco, eu tocando com minha banda, e vc me banca uns 8 anos...". Resposta dela não foi animadora...

Eu ia falar sobre minha situação, o que não faço nem com pessoas próximas, mas preferi deixar para lá, mesmo.
Nesta época de dificuldades extremas, acho que mudar de profissão por mera vontade pode ser uma grande irresponsabilidade.
A grande verdade é que não sei de nada, caso contrário, já teria encontrado uma saída para mim.
Tenho curiosidade em saber quais são as dicas/recomendações do Alex sobre esta migração para os EUA, mas, como não pretendo fazê-lo, não irei incomodá-lo por nada.

Desejo sorte e felicidade a todos vcs!

Eu, com 44 anos, depois de 25 fazendo programa(uiiii) comercial, institucional e sistemas "web", to entrando no ramo de games

Stormbringer escreveu:Eu, com 44 anos, depois de 25 fazendo programa(uiiii) comercial, institucional e sistemas "web", to entrando no ramo de games

E gravando vídeo clip de alta produção

pedrohenrique.astronauta escreveu:

Stormbringer escreveu:Eu, com 44 anos, depois de 25 fazendo programa(uiiii) comercial, institucional e sistemas "web", to entrando no ramo de games

E gravando vídeo clip de alta produção

alta produção: celular e edição caseira num computador velho travando
é tudo "homebrew" nessa banda

Stormbringer escreveu:

pedrohenrique.astronauta escreveu:

Stormbringer escreveu:Eu, com 44 anos, depois de 25 fazendo programa(uiiii) comercial, institucional e sistemas "web", to entrando no ramo de games

E gravando vídeo clip de alta produção

alta produção: celular e edição caseira num computador velho travando
é tudo "homebrew" nessa banda

Muito modesto, muito modesto. O clip ficou muito legal. Nem venha.

Stormbringer escreveu:Eu, com 44 anos, depois de 25 fazendo programa(uiiii) comercial, institucional e sistemas "web", to entrando no ramo de games

Que legal, cara! Como muita gente durante a pandemia, eu comecei vários cursos online e um deles foi de programação de games. É uma parada que me interessa muito, apesar de eu ser muito iniciante no mundo da programação ainda.

Eu faço parte da turma do TI também.
Sou um caso raro porque desde muito cedo na minha vida eu já sabia que seria algo que eu iria trabalhar e seria minha profissão, então a faculdade foi um passo "fácil" de ser decidido (embora a instituição em si tenha sido bem questionável)

No momento talvez eu não saia da carreira, pois tenho um objetivo: Pretendo sair do Brasil. Já saí uma vez, pretendo sair de novo e dessa vez casado e sem passagem de volta. Me machuca muito não poder sair na rua em paz, ver minha noiva fugindo de gente estranha na rua, dolar a valores absurdos.
Estou "quase" no pico da área em que atuo com um salário relativamente bom e ainda sim não consigo pagar o conserto do meu corsinha 1.0 velho que tá quebrando! É difícil.

A área de TI talvez seja a área mais internacional do mundo, pois a formação beira a irrelevância e a produção pode ser reconhecida de qualquer lugar. E isso me motiva a continuar, pra eu ter um pé na porta fora daqui.

Depois... sei lá, abro um café BR e vendo uns pão na chapa pros gringo.

Aposentadoria? Como se eu fosse me aposentar por aqui, de qualquer jeito.
Sou jovem.
Estou condenado a trabalhar até cair duro no chão.

Não é uma mudança de profissão, mas no meu caso, para complementar a renda nesses dias difíceis, montei uma pequena marcenaria, estou investindo aos poucos, e produzindo pequenas peças, moveis rústicos, tendo como principal fonte de matéria prima madeiras de páletes. Procurando produzir em baixo custo para também vender com preços acessíveis.