Informação sobre baixo Fernandes

Boa noite pessoal, me ofereceram num rolo um baixo Fernandes japonês, captação PJ Bartolini, tarraxas Gotoh. O som na gravação me agradou bastante, o dono disse que é bem confortável e leve.

Tô interessado, mas queria mais informações sobre o baixo. Pelo serial aparentemente é 2000 ou 2001, mas nos catálogos desses anos não encontrei baixo igual a esse, com 24 trastes e 3 knobs nessa posição.

E aí, alguém teria informações sobre a criança?

Chuto que seja um Fernandes FRB-42.


https://www.dropbox.com/s/w7xght6idkuq5tm/2000%20Fernandes%20Catalog%20%26%20Price%20list.pdf?dl=0

Muito obrigado pela resposta JAZZigo!

Quando vi esse catálogo também achei que esse era o mais parecido, mas tinha descartado por causa da pintura. Imaginei que ninguém ia passar um preto por cima desses algumacoisa-burst. Não estava entendendo nada do catálogo em japonês e pelo visual achei que esse era o mais top entre os modelos parecidos esse que eles ofereciam com captação PJ.

Mas agora dei um zoom e vi escrito em inglês "graphic finish" então faz mais sentido ser um instrumento de entrada com algum tipo de adesivo colado. Aí pode ser esse que o cara me ofereceu mesmo, imagino que esse adesivo possa ter soltado e tinha tinta preta por trás, ou mandaram pintar de preto.

Mas mesmo se for um instrumento de entrada é MIJ. Não sei se nessa época a Fernandes estava fabricando fora do Japão (o que talvez indicaria que esse baixo não é tão de entrada assim) mas de qualquer forma parece um baixo melhor que os chineses de hoje em dia que é o que eu tenho por referência, principalmente considerando tarraxas e captação.

A resolução desses catálogos não ajuda mas parece ter um pontinho branco nos knobs que não tem no que me ofereceram. Mas se era só tinta sem variação de relevo pode ter desgastado com o tempo, ou alguém pode ter trocado por qualquer motivo.

Se for o FRB-42 mesmo significa que esses captadores Bartolini não são originais do baixo. Já imaginava pq pelo pouco que pesquisei não vi nenhum indício de que existiram Fernandes que vinham de fábrica com Bartolini.

Outra coisa, o dono disse que comprou numa loja em Sorocaba faz 2 anos. Ele não tem muitas informações mas o lojista disse pra ele que o baixo era dos anos 90. O que ainda torna plausível o baixo ser de 2000/2001 mas vou dar uma olhada nos catálogos dos anos 90 pra ver se acho algum candidato. Tinha lido que número de série em etiqueta adesiva que começa com 03 é 2000/2001 mas vai saber né.

Não achei esse baixo visualmente tão bonito pq normalmente acho preto meio sem graça, mas gostei muito do som, adoro baixos passivos de 24 cordas e não tenho nenhum PJ. O dono disse que o baixo é leve e o braço é confortável, que o tensor está funcionando muito bem... Não testei ainda, o cara não mora tão longe mas tem pedágio, gasolina, então não queria perder a viagem (ou fazer ele perder a viagem pra trazer na minha casa). Mas de forma geral estou inclinado a pegar.

Então depois desse texto enorme vou fazer algumas perguntas aqui caso alguém souber responder ou opinar:

1) alguém já tocou ou teve instrumentos Fernandes dessa época dos anos 90/começo dos 2000 ou tem alguma opinião sobre eles?

2) alguém reconhece algo desses captadores? Quais modelos são, qual a característica deles...

3) se for um FRB-42, alguém conhece esse baixo?

4) a princípio não estou me preocupando em revender então não estou tão preocupado com o valor do baixo (e acho que com essa captação + tarraxas e tudo funcionando é impossível esse baixo valer menos de 1k). Mas se alguém tiver alguma ideia de quanto ele valeria no mercado seria legal ter uma noção.

5) em algum momento existiram Fernandes de fábrica com Bartolini?

6) em 2000/2001 e/ou nos anos 90 a Fernandes fabricava fora do Japão?

Agradeço desde já todo mundo que puder ajudar com qualquer coisa hehe

Parece o APB-4

Que eu saiba nenhum vinha com Barts, mas essa modificação era relativamente comum.

Tenho um fretless e é demais. Ótimo custo benefício

Não aguentei de curiosidade e fui ver a criança ao vivo, e acabei levando pra casa haha.

Tá com Elixir .45, bichinho ronca muito, muito mesmo, mesmo com o tone fechado em qualquer posição de captadores tem muito agudo. Não sei se isso é da Elixir ou dos Bartolinis, acho que depois vou colocar umas flats que tenho aqui nesse baixo pra ver como fica e aproveitar pra testar as Elixir num jazz bass. Bem leve, ao vivo ele é muito mais bonito que nas fotos, braço bem fino e confortável, não sei analisar a construção muito bem mas não vi nada que parecesse desabonar...

Troquei um Ampeg PF350 que eu não tava usando aqui nesse Fernandes, ninguém voltou nada em dinheiro. Não sei se numa eventual revenda conseguiria o mesmo valor mas gostei do baixo então tô satisfeito com o negócio.

Este baixo é muito bom, acredito que os captadores foram trocados como o Alex falou, os bartolinis vieram com tudo nos anos 2000 aqui no Brasil boa parte sonhava em ter captadores bartolinis isso era o de melhor que chegava aqui

Christian escreveu:Este baixo é muito bom, acredito que os captadores foram trocados como o Alex falou, os bartolinis vieram com tudo nos anos 2000 aqui no Brasil boa parte sonhava em ter captadores bartolinis isso era o de melhor que chegava aqui

Na Bahia o duo EMG/Bartolini vem do fim dos anos 80. Eram as duas modificações mais comuns. E nesse mundo de baixistas, ao menos àquela época, existiam as pessoas Bartolini e as pessoas EMG. E raramente um baixista curtia os dois... Com exceção de fretless, que quase todo mundo concordava combinar melhor com Bartolini.

A pegada dos EMG e Bartolini é mais para timbres médios e agudos?

Ahh e parabéns pelo bass

A bartolinis sim, tive um washburn xb 920 com captador e circuito, tinha um agudo estridente. Que ninguém usaria talvez um baixista de pagode

CSergio escreveu:A pegada dos EMG e Bartolini é mais para timbres médios e agudos?

Não exatamente...

A EMG meio que tem um timbre signature, apesar de variar um pouco entre os modelos.

Bartolini não é assim. Eles têm trocentos modelos que são completamente diferentes entre si. Alguns são bem anasalados com pouco agudo. Outros lembram timbres clássicos, outros são super graves e há até uns ativos... E, sinceramente, até hoje eu não sei direito dizer quem é quem... São realmente MUITOS modelos.