Os únicos 4 tipos de linhas de baixo que você terá que criar.

Olá a todos!

A discussão neste tópico me fez lembrar do vídeo abaixo, algo que vi há tempos atrás e que me foi muito útil (Reitero que o título do tópico é uma tradução do nome do vídeo e não é exatamente o que eu penso, conforme explicado mais em minhas notas pessoais).



De acordo com o vídeo acima, existem apenas 4 tipos de linhas de baixo, lembrando que não há linhas de baixo certas ou erradas, apenas tipos de linhas de baixo que, conhecidos de forma estrutural, são muito úteis tanto para a criação quanto para a análise de linhas de baixo.

Dito isso, vamos aos tipos.

1) Tipo I: “seguidores de acordes mono-rítmicos”.

Esse tipo são linhas de baixo nas quais um ritmo se repete e segue os acordes tocados pelo instrumento principal ou melódico. É basicamente um padrão ou riff que é tocado usando a tônica de um determinado acorde ativo (O uso de nota pedal também se encaixa no Tipo I). Nesses casos, alterar o “peso e força” das notas é recomendado para alterar a sensação. Exemplo clássico de linha do Tipo I: "With or Without You", do U2.

2) Tipo II: "Seguidores de acordes de ritmo de bateria"

Esse tipo usa principalmente notas fundamentais (tônica e oitavas), mas segue o bumbo em vez de repetir um ritmo fixo. Então, essencialmente imita as notas na progressão da música quando se trata de escolha de notas, mas refere-se à bateria para o padrão rítmico. É especialmente adequado para música de dança. Este tipo une a melodia e o ritmo.

3) O Tipo III: "Mímico".

Esse tipo de linha de baixo basicamente duplica as partes tocadas por outro instrumento, portanto, é essencialmente tocado em uníssono. O instrumento a ser duplicado não precisa necessariamente ser uma guitarra – qualquer instrumento principal, incluindo a voz, é um jogo justo. Eles são frequentemente usados ​​em músicas de rock/metal/punk porque fazem a parte duplicada soar mais poderosa. (Isso pode ser um anátema para os baixistas que nunca querem ser considerados como “seguindo a guitarra”).

É comum que linhas do Tipo III reproduzam linhas executadas por instrumentos de sopro.

4) O Tipo IV: "Solos de baixo".

O quarto tipo são linhas melódicas únicas que não são tocadas por outros instrumentos. Estas são as linhas de baixo icônicas que são lembradas como sons característicos de uma música. A linha deve ser funcional e também soar bem. Precisa delinear a harmonia (ou acorde), além de ser memorável. Às vezes contrastam com os outros instrumentos, sendo ocupados quando os outros estão esparsos, e sendo mais mínimos se os outros instrumentos estão ocupados.

No vídeo, fica claro que há um certo cruzamento entre todas as categorias. Muito poucas linhas de baixo são exclusivamente de um tipo. Eles existem, mas a maioria das linhas de baixo é uma combinação de 2 ou mais tipos (Os combos Tipo I e Tipo III são aparentemente comuns).

Uma coisa muito legal no vídeo acima é o fato dele fornecer classificações simples dos tipos de linhas de baixo. Isso torna um pouco mais fácil classificá-los, ou pelo menos suas partes, já que as linhas de baixo podem mudar de tipo. Isso pode ajudar no aprendizado de músicas, de uma perspectiva funcional.

Fontes

https://becomeabassist.com/the-4-types-of-bass-lines/

https://til.secretgeek.net/music/4_types_of_basslines.html

https://uglybass.wordpress.com/2018/06/16/the-only-4-types-of-bass-lines-youll-ever-need-to-create/

Nota pessoal: De um ponto de vista estrutural, esse vídeo me foi muito útil porque conhecer essas estruturas me tornou capaz de entender como o tipo (ou mescla de tipos) de linha de baixo atua dentro de um arranjo.

Nota pessoal 2: Aos quatro tipos de linhas de baixo apresentados neste vídeo, num primeiro momento, eu acrescentaria o Tipo V, o "Two Feel" (Num compasso 4/4, 2 notas por compasso, cada uma com 2 tempos, usando tônica e quinta), o Tipo VI, "a marcação" (Algo que me foi ensinado pelos meus vizinhos violeiros nos meus tempos tocando música caipira... Num compasso 3/4, tocar 3 notas por compasso, tocar 1 nota por tempo, usando tônica, terça e quinta, nessa ordem) e o Tipo VII, o "walking bass" (Num compasso 4/4, 4 notas por compasso, 1 nota por tempo, lembrando que há várias formas de se criar um walking bass*).

*Sobre a criação de walking bass: https://www.contrabaixobr.com/t4712-exercicios-de-walking-bass

Assitirei ao vídeo com calma mais tarde mas as definições descritas já indicam uma bela contribuição, Zubrycky. Abraço.

Acho que estas 4 definições não contemplam todos os tipos de linha de baixo - não sei se o o tipo IV (ou o tipo I, como ele comenta ao final do vídeo), por exemplo, serviria para o swing e o walking bass do jazz e seus subgêneros, em que a essência é o improviso em cima de temas.

Classifica esse:

Bom, depois de assistir ao vídeo com calma, fiquei com a impressão de que o título mais apropriado seria "De onde partir para criar suas linhas de baixo", ou algo assim. Mesmo assim, tentar identificar e agupar os tipos de baixo - mesmo que seja uma tarefa polêmica e provavelmente infinita - pode ajudar quem está começando a entender o instrumento nas músicas e a estimular a percepção e a criatividade.

Fugindo um pouco ao tema, sexta passada fui gravar um blues, coisa simples. È tanto plugin, tanta ferramenta pra corrigir, dar som, timbrar, etc. que não curti não. Sei lá, a impressão que deu é que todo trabalho em construir a linha, colocar cordas flat, daaaaaaaaaani- se o produtor vai fazer oq quiser e é essa P*** mesmo.

Apenas concluindo, foi tanto plugin, preamp, compressor, mindset, gatorade, estrogenio, coach, influencer, brain storm em cima da gravação. que deu cancelamento de fase geral e não da pra concluir a mixagem.
Resumindo só toquem malditos, som sai da mão. E no fundo aquela boa e agradável sensação de " eu avisei antes" rs

Zubrycky escreveu:Olá a todos!

A discussão neste tópico me fez lembrar do vídeo abaixo, algo que vi há tempos atrás e que me foi muito útil (Reitero que o título do tópico é uma tradução do nome do vídeo e não é exatamente o que eu penso, conforme explicado mais em minhas notas pessoais).



De acordo com o vídeo acima, existem apenas 4 tipos de linhas de baixo, lembrando que não há linhas de baixo certas ou erradas, apenas tipos de linhas de baixo que, conhecidos de forma estrutural, são muito úteis tanto para a criação quanto para a análise de linhas de baixo.

Dito isso, vamos aos tipos.

1) Tipo I: “seguidores de acordes mono-rítmicos”.

Esse tipo são linhas de baixo nas quais um ritmo se repete e segue os acordes tocados pelo instrumento principal ou melódico. É basicamente um padrão ou riff que é tocado usando a tônica de um determinado acorde ativo (O uso de nota pedal também se encaixa no Tipo I). Nesses casos, alterar o “peso e força” das notas é recomendado para alterar a sensação. Exemplo clássico de linha do Tipo I: "With or Without You", do U2.

2) Tipo II: "Seguidores de acordes de ritmo de bateria"

Esse tipo usa principalmente notas fundamentais (tônica e oitavas), mas segue o bumbo em vez de repetir um ritmo fixo. Então, essencialmente imita as notas na progressão da música quando se trata de escolha de notas, mas refere-se à bateria para o padrão rítmico. É especialmente adequado para música de dança. Este tipo une a melodia e o ritmo.

3) O Tipo III: "Mímico".

Esse tipo de linha de baixo basicamente duplica as partes tocadas por outro instrumento, portanto, é essencialmente tocado em uníssono. O instrumento a ser duplicado não precisa necessariamente ser uma guitarra – qualquer instrumento principal, incluindo a voz, é um jogo justo. Eles são frequentemente usados ​​em músicas de rock/metal/punk porque fazem a parte duplicada soar mais poderosa. (Isso pode ser um anátema para os baixistas que nunca querem ser considerados como “seguindo a guitarra”).

É comum que linhas do Tipo III reproduzam linhas executadas por instrumentos de sopro.

4) O Tipo IV: "Solos de baixo".

O quarto tipo são linhas melódicas únicas que não são tocadas por outros instrumentos. Estas são as linhas de baixo icônicas que são lembradas como sons característicos de uma música. A linha deve ser funcional e também soar bem. Precisa delinear a harmonia (ou acorde), além de ser memorável. Às vezes contrastam com os outros instrumentos, sendo ocupados quando os outros estão esparsos, e sendo mais mínimos se os outros instrumentos estão ocupados.

No vídeo, fica claro que há um certo cruzamento entre todas as categorias. Muito poucas linhas de baixo são exclusivamente de um tipo. Eles existem, mas a maioria das linhas de baixo é uma combinação de 2 ou mais tipos (Os combos Tipo I e Tipo III são aparentemente comuns).

Uma coisa muito legal no vídeo acima é o fato dele fornecer classificações simples dos tipos de linhas de baixo. Isso torna um pouco mais fácil classificá-los, ou pelo menos suas partes, já que as linhas de baixo podem mudar de tipo. Isso pode ajudar no aprendizado de músicas, de uma perspectiva funcional.

Fontes

https://becomeabassist.com/the-4-types-of-bass-lines/

https://til.secretgeek.net/music/4_types_of_basslines.html

https://uglybass.wordpress.com/2018/06/16/the-only-4-types-of-bass-lines-youll-ever-need-to-create/

Nota pessoal: De um ponto de vista estrutural, esse vídeo me foi muito útil porque conhecer essas estruturas me tornou capaz de entender como o tipo (ou mescla de tipos) de linha de baixo atua dentro de um arranjo.

Nota pessoal 2: Aos quatro tipos de linhas de baixo apresentados neste vídeo, num primeiro momento, eu acrescentaria o Tipo V, o "Two Feel" (Num compasso 4/4, 2 notas por compasso, cada uma com 2 tempos, usando tônica e quinta), o Tipo VI, "a marcação" (Algo que me foi ensinado pelos meus vizinhos violeiros nos meus tempos tocando música caipira... Num compasso 3/4, tocar 3 notas por compasso, tocar 1 nota por tempo, usando tônica, terça e quinta, nessa ordem) e o Tipo VII, o "walking bass" (Num compasso 4/4, 4 notas por compasso, 1 nota por tempo, lembrando que há várias formas de se criar um walking bass*).

*Sobre a criação de walking bass: https://www.contrabaixobr.com/t4712-exercicios-de-walking-bass

Isso aí até ajuda a gente compreender o funcionamento do baixo em algumas músicas, mas é uma visão muito reducionista! Vc mesmo já levantou aí mais 3 tipos facilmente! Fora isso, a vantagem do baixo é que ele ainda pode se expressar livremente, mesmo que siga esses padrões. Entre as notas principais, as música mais trabalhadas pelo menos, sempre toca umas notas de passagem, cromatismos, slides, dead notes, acordes, escalas, arpegios, etc.

luiztebet escreveu:Apenas concluindo, foi tanto plugin, preamp, compressor, mindset, gatorade, estrogenio, coach, influencer, brain storm em cima da gravação. que deu cancelamento de fase geral e não da pra concluir a mixagem.
Resumindo só toquem malditos, som sai da mão. E no fundo aquela boa e agradável sensação de " eu avisei antes" rs

Cara, o Sizão Machado uma vez me passou essa dica: geralmente a gente é contratado pra resolver um problema (não tem baixo na música e a gente precisa criar uma linha, por exemplo). O que vem depois nessa fase de pós já foge da nossa responsabilidade, não adianta muito a gente fritar cabeça com isso.

Dito isso, eu comecei a chegar com o timbre meio pronto em gravação pra ver se isso acontece menos. Passo por um preamp da Ampeg e jogo por alto na conversa com o produtor que eu costumo só jogar um LA-2A por cima e pronto, já tem a compressão e saturação que eu gosto.

Lógico que quando o projeto é nosso e a gente tem mais input é outra coisa, mas tenho adotado muito essa filosofia do Sizão quando sou convidado pra gravar. A nossa parte a gente faz, a parte dos outros fica com os outros mesmo

Obviamente não se resume só a isso mas é uma forma de se enxergar linhas mais simples e despertar alguma curiosidade ou instigar o povo a querer começar a organizar uma análise.
Isso ai é só a pontinha do gigante iceberg que tem no mundo real.