Fernandes declara falência

Acabei de ver:

https://musicaemercado.org/fabricante-japones-de-guitarras-fernandes-declara-falencia/

Caramba, que pena. Mais uma marca se vai.
Lembro que alguns aqui do fórum pegaram aqueles Fernandes por 700 conto, de um cara que tinha arrematado vários de um leilão da Receita uns anos atrás.

Jãozeiro escreveu:Acabei de ver:

https://musicaemercado.org/fabricante-japones-de-guitarras-fernandes-declara-falencia/

Caramba, que pena. Mais uma marca se vai.
Lembro que alguns aqui do fórum pegaram aqueles Fernandes por 700 conto, de um cara que tinha arrematado vários de um leilão da Receita uns anos atrás.

E eram bons? Não conheço o histórico da marca...

B3ck1m2n escreveu:
E eram bons? Não conheço o histórico da marca...

Eu também não manjo. Pelo menos os japoneses são elogiados. Foram eles que inventaram aquele negócio de captador com sustain infinito, o Fernandes Sustainer.

Uns anos atrás foi apreendido um lote com vários Fernandes na Receita Federal do Brasil, e foram pra leilão. Um maluco comprou todos, e estava os revendendo por 700 reais (apesar de não serem os japas, regularmente valiam mais que o dobro disso). Alguns do forum aqui compraram.

A história tá aqui nesse tópico:
Dezenas de Fernandes

Vishe, tão devendo até as cueca. Aí vão entrar com pedido de falência.

It has become impossible to continue business

tive oportunidade de tocar em um Fernandes Logo Stone que Jazz bass incrível, dava surra em muitos fenders americanos

Eu fui um dos que comprei um desses Fernandes aí. Bom baixo, pelo preço então, um belo achado.

O "presidente" gsfteodoro tinha um JB que era muito, mas muito legal. Que pena que a marca se vai.

Christian escreveu:tive oportunidade de tocar em um Fernandes Logo Stone que Jazz bass incrível, dava surra em muitos fenders americanos

Aí, Joãozeiro! Fernandes "dá pau em Fender"! Kkk

^ Vishe, a lista dos que "dão pau" em Fender em algum sentido é extensa.

Só é uma pena essa galera não ter estado lá na década de 40 tirando o negócio quase do zero e popularizando o formato de instrumento elétrico que serviu de referência pra tudo o que veio depois.
Fica mais fácil dar pau no tio Leo umas décadas depois copiando modificando os instrumento dele numa bancada, hehe.

Mas realmente, muita coisa primorosa surgiu depois.

Jão, Jão... Deus tá vendo você ser materialista e pragmático com a indústria brasileira e sentimental e emotivo com os gringos, hein!

Brincadeiras à parte, acho que o mercado de instrumentos se voltou para amadores e iniciantes - o que, aliás, numericamente, faz todo sentido. Muitas fabricantes renomadas ficaram no meio do caminho, entre as grifes de luthieria e os chineses, e estão sendo engolidas pouco a pouco.
Pena mesmo eu tenho de nós que gastamos cada vez mais pra obter, com sorte, o mesmo de sempre.

To com um para review e dá pau em fender.

Ivanov_br escreveu:To com um para review e dá pau em fender.

Triste. Mas os instrumentos chineses estão dominando o mercado. Os carros também, os calçados, as roupas... Acho que quase tudo.

hoje foi a vez da giannini entrar em recuperaçao judicial. ta osso...

https://www.estadao.com.br/economia/negocios/giannini-marca-de-violoes-recuperacao-judicial

E ainda teve o caso daquela rede de lojas de instrumento nos EUA ter fechado as portas. Acho que o negócio está ruim pra todo mundo (exceto os chineses!)

B3ck1m2n escreveu:E ainda teve o caso daquela rede de lojas de instrumento nos EUA ter fechado as portas

a sam ash era péssima. foi tarde

jgs escreveu:

B3ck1m2n escreveu:E ainda teve o caso daquela rede de lojas de instrumento nos EUA ter fechado as portas

a sam ash era péssima. foi tarde

Sim, pode até ser! Mas o que eu estou apontando é para o cenário geral envolvendo empresas de fabricação e venda de instrumentos. Parece que a coisa não está boa...

WHead escreveu:Jão, Jão... Deus tá vendo você ser materialista e pragmático com a indústria brasileira e sentimental e emotivo com os gringos, hein!

Absolutamente nada a ver com o assunto dos amps da Oneal do outro tópico, WHead...

jgs escreveu:hoje foi a vez da giannini entrar em recuperaçao judicial. ta osso...

https://www.estadao.com.br/economia/negocios/giannini-marca-de-violoes-recuperacao-judicial

Eita.

Não dá pra ler a matéria sem ser assinante, vamos aguardar outros canais falarem a respeito. Pelo jeito foi hoje isso aí.

A mim parece que as décadas iam passando e a Giannini sempre escolheu não ser uma marca de renome, sempre escolheu não crescer, não sair do lugar. Pelo menos é assim que vejo.

Marketing esquisito, apagado, meio que sempre jogada de escanteio, ninguém sabe ou tem muita coisa da marca. Fica bem complicado isso, ainda mais no ramo de instrumentos de entrada. Aí Tagima, PHX e Cia engolem mesmo.

Jãozeiro escreveu:

jgs escreveu:hoje foi a vez da giannini entrar em recuperaçao judicial. ta osso...

https://www.estadao.com.br/economia/negocios/giannini-marca-de-violoes-recuperacao-judicial

Eita.

Não dá pra ler a matéria sem ser assinante, vamos aguardar outros canais falarem a respeito. Pelo jeito foi hoje isso aí.

A mim parece que as décadas iam passando e a Giannini sempre escolheu não ser uma marca de renome, sempre escolheu não crescer, não sair do lugar. Pelo menos é assim que vejo.

Marketing esquisito, apagado, meio que sempre jogada de escanteio, ninguém sabe ou tem muita coisa da marca. Fica bem complicado isso, ainda mais no ramo de instrumentos de entrada. Aí Tagima, PHX e Cia engolem mesmo.

usa o 12ft.io , é que nao dá pra colar link a partir dele. mas aí vai dar pra ler a materia

Giannini, marca de violões centenária, entra em recuperação judicial.
https://www.estadao.com.br/economia/negocios/giannini-marca-de-violoes-recuperacao-judicial

No pedido, empresa atribuiu a crise à pandemia, seguida de restrição a crédito por parte dos bancos e de encarecimento de produtos importados com a alta do dólar

Por Carolina Maingué Pires (Broadcast)

25/07/2024 | 11h41Atualização: 25/07/2024 | 15h33

A Giannini, fabricante de instrumentos musicais com mais de 100 anos de história, entrou em recuperação judicial. Nos autos do processo, a empresa diz que a pandemia de covid-19, seguida de uma política de restrição a crédito por parte dos bancos, levou a marca a acumular dívidas de R$ 15,8 milhões. No ambiente de negócios no Brasil, os pedidos de recuperação judicial estão em alta, como mostrou o Estadão:o número de casos no primeiro semestre cresceu 71% em comparação com 2023, segundo dados do Serasa, e interromper tendência de endividamento depende do controle da inflação e do câmbio, da queda do juro e da geração de emprego, conforme economista que coordenou o estudo.

No caso da Giannini, o processo de recuperação judicial foi aceito na segunda-feira, 23, pelo juiz Jose Guilherme Di Rienzo Marrey, da 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados a Arbitragem da Comarca de Campinas (SP).

O isolamento social em decorrência do coronavírus provocou o fechamento de diversas lojas que eram clientes da Giannini, o que reduziu o faturamento e aumentou a inadimplência, disse a empresa.

Fundada em 1900, a Giannini, conhecida por seus violões, viveu seu melhor momento na década de 1960, com a popularização da Bossa Nova e da Jovem Guarda Foto: Giannini INstrumentos Musicais

Foi em 2023, porém, que o fluxo de caixa começou a ficar mais prejudicado. “A instabilidade cambial acarretou o aumento da matéria-prima e dos instrumentos musicais importados pela Requerente (a empresa que pede a recuperação judicial), o que prejudicou diretamente a sua linha de produção e gerou custos adicionais”, afirmou a Giannini.

Foi nesse momento que a tentativa de cumprir com as obrigações financeiras com ajuda dos bancos esbarrou no que a empresa chamou de “a maior crise de restrição creditícia das últimas décadas”. A fabricante disse ter sido obrigada a quitar parte das linhas de crédito que possuía até então.

Com o pedido de recuperação judicial deferido, a cobrança de dívidas fica suspensa pelo prazo de 180 dias, e deve ser apresentado um plano de reestruturação.

Um século de história

A Giannini foi fundada no ano de 1900 na cidade de São Paulo. Após enfrentar crises como a Revolução de 1924 e a Segunda Guerra Mundial, a empresa viveu seu melhor momento na década de 1960, com a popularização da Bossa Nova e da Jovem Guarda. Nesse contexto, a marca passou a fabricar violões elétricos e começou a exportar instrumentos para a Argentina.

Em 2012, a fabricante chegou a inaugurar uma filial em Nova York, mas encerrou as atividades em 2016. Dois anos depois, com a morte do então diretor, Giogio Giannini, seus filhos, Roberto Coen Giannini e Flavio Coen Giannini, assumiram a direção da empresa.
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A verdade é que depois de reclamar da paridade cambial, e de reclamar da disparidade cambial, a "estratégica" decisão dos herdeiros de transferir a produção pra China selou o destino da Giannini.

Jãozeiro escreveu:

WHead escreveu:Jão, Jão... Deus tá vendo você ser materialista e pragmático com a indústria brasileira e sentimental e emotivo com os gringos, hein!

Absolutamente nada a ver com o assunto dos amps da Oneal do outro tópico, WHead...

É que no outro tópico você me pareceu mais pragmático do que nesse. No final das contas, ninguém tá nessa por piedade, certo?

Uma pena...  
O único Fernandes da minha coleção é um Burny, submarca cujos modelos de baixos e guitarras são inspirados em clássicos, sobretudo da Gibson. Este baixo veio originalmente com um par de excelentes captadores ativos F.G.I. Technology e curiosamente, com apenas um single pot de volume. Os captadores foram substituídos por um par de MEC, por razões meramente estéticas, e o single pot por um stacked pot, para permitir o controle independente do volume dos captadores.



Burny/Fernandes WSB-80EV Lüna Eins:Vier Bass
Made in Japan, 1997
https://www.fernandes.co.jp/products/burny_guitar/
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