Encarando o próprio timbre

Pode parecer loucura o que vou falar, mas cismei com isso a algum tempo.

Digamos que seus dedos conseguem produzir um timbre diferente do que você esperava, e pior ainda: com algumas características que você acha que serão irritantes.

O que fazer com isso?

Já faz mais de um mês que venho tentando contornar isso mas não tem jeito. Já tentei posicionar os dedos da mão direita de várias formas, mas todas elas se tornam cansativas. Já a mais confortável acaba fazendo com que a ponta da unha resvale na corda, dando um timbre com final "metálico" em cada nota. E o pior, nas notas mais graves quase não se percebe, mas nas mais agudas dá pra "sentir" a unha em ação. Nem cortando a unha consegui resolver.

Eu já estou colocando na cabeça que esse é meu jeito de tocar, meu timbre, e não vai ter instrumento que tire essa característica, que fica mais acentuada ainda com cordas novas.

O meu medo é: alguém vai gostar disso? Será que algum dia alguma banda vai querer alguém com uma pegada diferente? Ou vou ser apenas a baixista do quarto, que fica lá na sua com fone de ouvido pq ninguém suporta te ouvir? Isso é, mesmo que um dia eu aprenda de vez a tocar, rsrsrsrs.

Se der certo, amanhã eu gravo um exemplo disso.

Mas imaginem um som no começo aveludado com um "pléin" no final. Isso na maioria das notas.

Talvez eu faça sucesso no youtube como a baixista do timbre esquisito, hahahahaha.

Entendo o que você quer dizer, mas comigo basta eu aparar as unhas que resolve. Posso estar falando besteira, mas acho que com o tempo e a prática, os dedos acabam pegando uma calosidade que possa evitar esse contato com a unha.

Desencana Larissa , o tempo é o melhor amigo pra essas coisas...vai chegar um dia que você vai fazer o que quer com o bass (bês) rsrsrss...

Cantão escreveu:Desencana Larissa , o tempo é o melhor amigo pra essas coisas...vai chegar um dia que você vai fazer o que quer com o bass (bês) rsrsrss...

Sábias palavras Mestre Cantão ... é isso mesmo!

Boss2K escreveu:

Cantão escreveu:Desencana Larissa , o tempo é o melhor amigo pra essas coisas...vai chegar um dia que você vai fazer o que quer com o bass (bês) rsrsrss...

Sábias palavras Mestre Cantão ... é isso mesmo!

O tempo realmente é ótimo, mas para vc não perder tempo fazendo um coisa que não gosta e talvez até por agum motivo que vc não vai gostar de descobrir bem mais tarde, Fan querida, sugiro que vc poste um vídeo logo aqui para que os colegas ouçam, ou que peça prá algum baixista bem experiente te ouvir ao vivo e a cores, ok?
Bjks cbxtks

jiroumaru escreveu:Posso estar falando besteira, mas acho que com o tempo e a prática, os dedos acabam pegando uma calosidade que possa evitar esse contato com a unha.

Com certeza os calos ajudam muito!

Boss2K escreveu:

Cantão escreveu:Desencana Larissa , o tempo é o melhor amigo pra essas coisas...vai chegar um dia que você vai fazer o que quer com o bass (bês) rsrsrss...

Sábias palavras Mestre Cantão ... é isso mesmo!

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Sábias mesmo, vou falar para vc o que constumo dizer para alunos... o melhor "pré-amp" que seu contrabaixo pode ser é a sua mão. Com ele vc aumenta e diminui volume, controla intensidade, muda timbre,basta ver os trocentos tópicos elogiando a "pegada" do baixista tal ( ou DA baixista Tal...hehe trocadilho infame mode on...), acredite isso faz a diferença e com tempo, e estudo vc resolve fácil isso, ainda mais com a ajuda do pessoal daqui,pois vc receberá inúmeras dicas, macetes exercícios...etc,etc etc...

Só uma observação sobre calos: Eles de fato ajudam muito, mas a sua existência não é ...digamos...obrigatória. Eu toco desde os 14 anos ( tenho 42) já fiz durante muitos anos, bailes de 4,5 horas, fora violão e voz etc... e não tenho, nem nunca tive calos nos dedos, então não se preocupe tanto com isso.

Larissa, Isso acontece comigo o tempo todo...E esse "pléin" no final me deixa irritado... E a forma dos meus dedos (finos) e das minhas unhas (que procuro manter a mais curta possível), não ajuda muito. Algumas vezes eu até "apelo" para a palheta (do lado mais grosso), ou para meus pedais. Também vivo "rebatendo" os trastes dos meus baixos...
O Cantão tá certo, mas lembre-se: Você não é a única...
Bjs

Bertola, você acabou de me deixar mais feliz

Meus dedos são finos, não tem calo que vá corrigir isso. Ainda mais usando cordas mais macias. O jeito mesmo é encarar o timbre peculiar e torcer pra que as pessoas gostem dele, rsrsrsrs.

Voila, de baixista experiente só conheço meu professor, e ele disse que gosta do som

Mas pretendo gravar uns vídeos, para desencargo de consciência. Preciso saber se tenho futuro como baixista, ou se é melhor largar mão dessa brincadeira (pq tá sendo uma cobrança do caramba aqui em casa).

Amagomes escreveu:Só uma observação sobre calos: Eles de fato ajudam muito, mas a sua existência não é ...digamos...obrigatória. Eu toco desde os 14 anos ( tenho 42) já fiz durante muitos anos, bailes de 4,5 horas, fora violão e voz etc... e não tenho, nem nunca tive calos nos dedos, então não se preocupe tanto com isso.

Nunca teve calos? Eu tenho muitos calos, isso varia muito de pessoa pra pessoa mesmo. Não sei se eles me ajudam ou é a falta deles que me atrapalha, porque me acostumei. Mas sem eles o meu timbre muda muito... pra pior. O bom mesmo é quando eu tou tocando muito o acústico "acusticamente" mesmo, descendo a lenha. Aí fico com uma capa no dedo que dá um timbre bom, tanto no acústico quanto no elétrico.

Mas Larissa, tou com o Cantão e os amigos, desencana disso que parece que você tá num caminho muito bom! Ou melhor... continue preocupada que é assim mesmo que se evolui, hehe! A Voila mandou a letra.

Até hoje me policio pra tocar mais fraco. Sabe como é né... pedereiro total...
Mais nada melhor que o conjunto estudo/tempo pra melhorar nossa pegada.

Fan, isso é irritante para mim (quando estou tocando) porque sofro desse mesmo problema. Assim, como o Bertola falou, é um pléin que quando indesejado incomoda.

Solução: Para mim resolve aparar bem as unhas da mão direita e uma coisa que desenvolvi (muito mais ou menos desenvolvido), num ensaio que esqueci de cortar as unhas. Consiste em tentar (e nem sempre conseguir) ao "percurtir" as cordas, botar a "pressão" do dedo na penúltima falange (entre o osso do anel e a ponta do dedo), deixando a última (a ponta do dedo) mais flexível.

Enrolado? Eu também achei. Mas quer saber: nesse mesmo dia, já cansado desse exercício, "liguei o f*da-se" e toquei umas duas músicas com o "pléin" mesmo. Fica diferente, mas nem tanto. E o pessoal da banda, se não gostou, pelo menos não desgostou, porque ninguém falou nada...

Relaxa que você contorna isso....
abraços

Mayo Pamplona escreveu:

Amagomes escreveu:Só uma observação sobre calos: Eles de fato ajudam muito, mas a sua existência não é ...digamos...obrigatória. Eu toco desde os 14 anos ( tenho 42) já fiz durante muitos anos, bailes de 4,5 horas, fora violão e voz etc... e não tenho, nem nunca tive calos nos dedos, então não se preocupe tanto com isso.

Nunca teve calos? Eu tenho muitos calos, isso varia muito de pessoa pra pessoa mesmo. Não sei se eles me ajudam ou é a falta deles que me atrapalha, porque me acostumei. Mas sem eles o meu timbre muda muito... pra pior. O bom mesmo é quando eu tou tocando muito o acústico "acusticamente" mesmo, descendo a lenha. Aí fico com uma capa no dedo que dá um timbre bom, tanto no acústico quanto no elétrico.

Mayo,

É verdade, varia mesmo, veja vem, eu nunca tive calos nas pontas dos dedos em virtude de tocar, mas na minha outra área profissional ( energia) basta utilizar ferramentas durante algum tempo , os calos aparecem, não nos dedos, mas na palma da mão.
Outra coisa, eu nunca toquei acústico... eu não conheço nenhum baixista de acústico que não tenha calos...hehe. Você disse que eles ajudam no timbre, e de fato eu já ouvi de outros a mesma coisa, inclusive aqui no fórum e se não me engano, o grande Nico Assumpção tb compartilhava desta máxima. Isso não é difícil de entender por ser necessária uma certa pressão na execução, característica do instrumento.

Larissa nao se preocupe nao fique triste isso é sinal que a sua percepçao esta melhorando e com o tempo vc vai conseguir tirar o som ideial p vc um q te agrade

Já postei isso uma vez aqui no fórum, mas acho que serve pra essa ocasião tbm.

em uma entrevista, Marcus Miller foi questionado sobre a sua maneira de tocar e ele respondeu:
"Você tem que tocar o máximo que puder, nas mais diferentes situações e gravar tudo que tocar. è aí que você começa a sacar o seu próprio som."

Depois foi questionado se tinha sido fácil pra ele encontrar o próprio som.
Resposta:
"Não, foi um processo difícil. Um de meus grandes amigos, Lenny (White, famoso batera por conta de seus trabalhos com o return to forever) sempre me dizia para não esquentar a cabeça com essa procura, que continuasse a tocar até o dia em que perceberia, por mim mesmo, que havia criado uma personalidade própria no baixo. Isso aconteceu depois que fiz a minha primeira gravação com Miles. Foi ali no estúdio, ouvindo o que tínhamos feito, que percebi que tinha adquirido isso naquilo que eu tocava. Aconteceu exatamente como Lenny tinha dito."

Larissa,

Tem conhecido meu que deixa a unha crescer e passa esmalte incolor com creolina pra deixá-las bem duras buscando esse "plék" no final de cada nota.

Algumas dicas pra se livrar do som indesejado:

- Corte mais as unhas e lixe bastante, quase até machucar.
- Use cordas flat.
- Feche o "TONE" do baixo.
- Pense em um fretless.
- Aprenda a tocar igual o Gary Willis.

REalmente, num outro tópicoda MUSA, a despeito de unhas tbm, comentei q realmente sempre corto as unhas bem baixas mesmo, pois qq coisa mais alta, acontece exatamente isso... tbm acho bem desagradável esse som metalizado no fim da nota, pro meu gosto pessoal...

Mas se cortar as unhas no seu máximo não está resolvendo, então as dicas q eu te daria estão contidas nas q o Allex comentou logo acima...

Então, vá por ali, q é caminho certo pra vc conseguir dar uma diversificada no seu timbre, blz??

E não desanime!! Q a força esteja com vc!!!

RFFanBR
nao entendi direito seu problema, mas sera que vc nao ta tocando muito perto do braço? quando eu tava começando eu tinha essa mania. experimente tocar mais perto da ponte, talvez melhora isso.

Isso nunca aconteceu comigo não... Mas como Cantão falou, tempo e treino resolvem isso. Nem tem muito o que te falar larissa, pois a galera ja te falou tudo que pode te ajudar! rsrsrs! Sorte!

posso dar uma sugestão meio "professor pardal"?!?!?!!? rs
já que mesmo cortando a unha super rente e tentando várias posições da mão direita não resolveu...
eu gravaria uma nota só em um Sonar da vida, colocaria o plugin Paz Analyser nesse track e veria em qual freq o seu "pleq" mais se sobressai. Adiciona um plugin de EQ no track e testa, tira essa frequencia com um Q bem fechado, mas só esta, deixa o resto em flat. Se funcionar...
...super ultra mega pedal equalizador funcionando como um filtro notch apenas no "pleq" rs entre seu baixo e seu amp

por essa e outras que eu roo as unahs, euheiuhei

mas em algumas ocasioes, acho que esse som combina com a musica, varia muito do tipo de som que voce quer obter