Uma restauração complexa e de alto nível por Paulo Gomes

achei no site do cara, com muitas fotos do processo, o cara é fera mesmo.

"Esta foi uma restauração que tomou centenas de horas dos profissionais do Atelier
e é um bom exemplo de como tratamos com o mesmo cuidado e técnica tanto
instrumentos de músicos profissionais do mais alto nível (como o baixo de Marc Johnson
mostrado no site) como também os de semi-profissionais, amadores ou estudantes.
Todo instrumento merece o mesmo cuidado pois eles passam de mão em mão e nem sempre tem a sorte de ter um dono cuidadoso por muito tempo. Essa página tem 81 fotos.

Foi um trabalho que demandou o uso de técnicas avançadas, dezenas de moldes em gesso, alginato, acrílico e, principalmente, madeira e que resultou numa restauração de alto nível pois o instrumento estava em péssimas condições, com buracos quadrados e retangulares
feitos nas faixas, um remendo triangular muito ruim no fundo entre muitas outras coisas.
Acompanhe abaixo uma restauração de alto nível."









Esse era o estado do instrumento que foi completamente desmontado. Toda a cola antiga e deteriorada foi retirada e o baixo foi completamente desmontado e re-colado.

Uma das dezenas de rachaduras sendo coladas e um reforço de alma já feito no tampo.

Foram feitas mais de 450 fotos durante os meses de restauração do instrumento e colocamos apenas algumas (81!!) que acompanham certas fases do trabalho.

Á direita um buraco quadrado numa das faixas do instrumento. Um dos remendos absurdos.

Para essa restauração foram feitos 12 moldes em gesso e/ou alginato.

O fundo recebendo a nova barra diagonal (veja página no site) e nova barra harmônica sendo colada. Não sobrou nenhum taco ou reforço antigo. Todos eram mal feitos ou já estavam inúteis.


Dezenas de enxertos foram feitos utilizando o mesmo tipo de madeira e com o mesmo tipo de veio e grãos das madeiras originais. Antes nestes locais e em muitos outros havia uma massa ressecada.


Reforço de noceta, dezenas de rachaduras nas faixas, a nova barra harmônica já colada
e um novo taco superior sendo feito. Alguns tacos, como o abaixo à esquerda,
estavam em péssimas condições eram de madeira ruim e foram removidos.


À esquerda rachadura sendo limpa da cola antiga com o uso de pincel muito macio.
Esse trabalho levou dezenas de horas pois não se pode danificar a madeira, apenas
retirar a cola já deteriorada mas aderida e foram dezenas de rachaduras re-abertas e
coladas novamente em nível e com as técnicas apropriadas.


O fundo quase terminado, mais moldes em gesso e, à direita um buraco quadrado de uma das faixas sendo restaurado. Acompanhe. Foi feita uma cama de gesso como se vê acima.



Para ver todas as fotos: http://www.paulogomes.com.br/restmau.htm

nossa cara, dava ate pena de ver como o baixo estava, mas o trabalho feito pelas mãos do mestre Paulo Gomes ficou excelente!

Nossa, mas compensa monetariamente uma restauração desse nível num instrumento que percebemos que foi construído com uma série de limitações?

Não sei, mas pelo que o que tem no site o dono do baixo não curtiu muito n.

Olá Alencar,

Não sei se você está correto em afirmar que esse instrumento foi "construído com uma série de limitações", esse instrumento é um baixo Alemão, super antigo, que nas condições que estava antes da reforma já valia um bom dinheiro.
Eu já falei sobre isso, mas vale ressaltar, existe um mito sobre rachaduras, ou danos que o uso e a idade trazem a um instrumento. Com certeza é possível evitar bater o instrumento e tirar um pedaço dele, mas com rachaduras ou outros problemas causados pela idade, TODOS os instrumentos vão sofrer. Não existe um instrumento que cedo ou tarde não vai rachar, já tive um paulo gomes e rachou, tenho um Pollmann que também já teve que receber cuidados por conta de rachadura. O baixo da minha professora, se você olhar o visual dele é terrível, cheio de remendos, enxerto de madeira, e vale nada menos que trezentos mil doláres. Provavelmente esse instrumento que o paulo reformou, depois do trabalho deva valer, vinte ou trinta mil dolares, então acho que qualquer reforma vale a pena.

^ Fala Luiz, bicho se tem limitações ou não eu não sei, pois não entendo nada de acústico, quem afirmou isso foi o Maurício, vc deve ter confundido pela semelhança dos avatares.

De todo modo, concordo com você.
[]'s

HAahahah, desculpa a confusão!!!!

Que trabalho de mestre...excelente as fotos...

luizribeiro escreveu:Olá Alencar,

Não sei se você está correto em afirmar que esse instrumento foi "construído com uma série de limitações", esse instrumento é um baixo Alemão, super antigo, que nas condições que estava antes da reforma já valia um bom dinheiro.
Eu já falei sobre isso, mas vale ressaltar, existe um mito sobre rachaduras, ou danos que o uso e a idade trazem a um instrumento. Com certeza é possível evitar bater o instrumento e tirar um pedaço dele, mas com rachaduras ou outros problemas causados pela idade, TODOS os instrumentos vão sofrer. Não existe um instrumento que cedo ou tarde não vai rachar, já tive um paulo gomes e rachou, tenho um Pollmann que também já teve que receber cuidados por conta de rachadura. O baixo da minha professora, se você olhar o visual dele é terrível, cheio de remendos, enxerto de madeira, e vale nada menos que trezentos mil doláres. Provavelmente esse instrumento que o paulo reformou, depois do trabalho deva valer, vinte ou trinta mil dolares, então acho que qualquer reforma vale a pena.

Lembrando que o problema de rachaduras só é válido para instrumentos maciços, pois as lâminas (Principalmente as do tampo) precisam ser o mais fina possível para a melhor reverberação do som.

E, aliás, obra de arte mesmo. Muito lindo, parabéns pelo trabalho!

LeonardoSalles escreveu:

luizribeiro escreveu:Olá Alencar,

Não sei se você está correto em afirmar que esse instrumento foi "construído com uma série de limitações", esse instrumento é um baixo Alemão, super antigo, que nas condições que estava antes da reforma já valia um bom dinheiro.
Eu já falei sobre isso, mas vale ressaltar, existe um mito sobre rachaduras, ou danos que o uso e a idade trazem a um instrumento. Com certeza é possível evitar bater o instrumento e tirar um pedaço dele, mas com rachaduras ou outros problemas causados pela idade, TODOS os instrumentos vão sofrer. Não existe um instrumento que cedo ou tarde não vai rachar, já tive um paulo gomes e rachou, tenho um Pollmann que também já teve que receber cuidados por conta de rachadura. O baixo da minha professora, se você olhar o visual dele é terrível, cheio de remendos, enxerto de madeira, e vale nada menos que trezentos mil doláres. Provavelmente esse instrumento que o paulo reformou, depois do trabalho deva valer, vinte ou trinta mil dolares, então acho que qualquer reforma vale a pena.

Lembrando que o problema de rachaduras só é válido para instrumentos maciços, pois as lâminas (Principalmente as do tampo) precisam ser o mais fina possível para a melhor reverberação do som.

E, aliás, obra de arte mesmo. Muito lindo, parabéns pelo trabalho!

Eu já vi alguns chineses que racham também...
Realmente instrumentos bons tem madeiras de altíssima qualidade e são finas, pelo motivo que você falou!