Milton Masciadri

Acabo de chegar do Concerto da OSPA, aqui em Porto Alegre. O solista da noite foi Milton Masciadri. Que monstro! Com direito a Tarantella de Giovanni Botesini!



Começou a estudar contrabaixo com seu pai e aos 17 anos já era o segundo contrabaixo da OSPA. Aos 19 anos se tornou professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em 1982 foi para os Estados Unidos onde realizou curso de Mestrado e Doutorado, estudando com Gary Karr, Julius Levine, e Lawrence Wolfe. Milton Masciadri tem freqüentemente se apresentado em recitais solo e em música de câmara, no Brasil, Argentina, Estados Unidos, Itália, Espanha, Alemanha, México, Grécia, leste da Europa e América Central. Seu entusiasmo pelo repertório de contrabaixo o tem levado a realizar primeiras audições de obras de muitos compositores contemporâneos. Ele próprio tem feito transcrições e arranjos para o instrumento. Atualmente é professor na University of Georgia, EUA.

Material da Universidade da Georgia:

Milton Masciadri named University Professor for service to UGA
Contact: mmasciad@uga.edu

Feb 11, 2010, 16:09, Thu, 11 Feb 2010 16:09:00 -0800

Athens, Ga. – World-renowned double bassist Milton Masciadri, a professor in the University of Georgia Hugh Hodgson School of Music, has been named a University Professor – an honor bestowed selectively on UGA faculty who have had a significant impact on the university in addition to fulfilling their normal academic responsibilities.

Masciadri was nominated for the award by colleagues in the Hodgson School of Music who noted his accomplishments on and off campus, which range from developing a robust program for double-bass students to coordinating the school’s international programs and study abroad to performing in major venues in this country and around the world.

“Professor Masciadri represents the very best of what a University of Georgia senior faculty member should be: someone who has developed an international reputation but has not lost sight of his responsibilities to his own campus and students,” said Jere Morehead, UGA senior vice president for academic affairs and provost.

Morehead got to know Masciadri years ago when, in a previous role as director of UGA’s Honors Program, he asked the Uruguay native to lead a travel study program to Uruguay and Argentina for students in the Foundation Fellows Program.

“He planned an extraordinary program and gave up his spring break to do it,” Morehead said. “I witnessed first-hand his ability to relate to students and the many sacrifices he made to ensure a successful program of study.”

Masciadri, carrying his double bass throughout the trip, accompanied the students on a long flight back to Atlanta only to depart immediately for a scheduled solo performance in Italy, Morehead recalled.

Such dedication was also noted by emeritus faculty member Brent Berlin, with whom Masciadri worked on the development of an interdisciplinary program in Latin American and Caribbean Studies at UGA. Masciadri served for 15 years on the advisory board, and during that time the program achieved institute status and began offering a B.A. degree.

Masciadri joined the Hodgson School of Music, part of the Franklin College of Arts and Sciences, in 1984 to start a double bass program and five years later earned a tenure-track appointment. In 1990, he launched a double bass symposium that has become one of the largest and most prestigious of such events in the U.S., attracting some of the leading bassists in the world as featured artists.The annual symposium was held earlier this month.

Masciadri’s studio typically includes 12 to 14 double-bass majors—ranging from freshmen to doctoral students—and graduates have gone on to their own successful teaching and performing careers.

“He has recruited superb music students who come from across the U.S. and around the world to study with him,” said Dale Monson, director of the Hodgson School of Music. “His students form the basis for the rich string section sound of the UGA Symphony Orchestra.”

Masciadri is a third-generation double bass player, and his son has extended it to four generations. Born in Montevideo, he began his studies with his father. By age 17, he was co-principal bassist with the Porto Alegre Symphony in Brazil. At the age of 19, he was on the faculty at the Federal University there. He completed his masters and doctoral degrees with work under Gary Karr, Julius Levine and Lawrence Wolfe.

A frequent soloist with major symphony orchestras, Masciadri maintains an active travel schedule and teaches at international music festivals and double bass conventions during the summer.Masciadri also regularly appears as a judge at international competitions in Europe, the U.S. and South America.His honors include being named a UNESCO Artist for Peace in 1998 and receiving the Medal of Honor for academic achievements and services to the people of Brazil awarded by the Federal System of Universities in Brazil.

Masciadri performs on a 300-year-old Testore double bass. Also known as the string bass or upright bass, the double bass is the lowest pitched bowed string instrument in a modern symphony orchestra.

Candidates for University Professor must hold the rank of professor and have been on the UGA faculty for 10 years. The award includes a permanent salary increase of $10,000, plus a yearly academic support account of $5,000 as long as the position is held.University Professor appointments generally are continuous until retirement or resignation.

“I am honored to have been nominated and received this award from the university and very pleased that through my work, I have being able to impact students and faculty,”Masciadri said.

Alguns videos para ilustrar:

Na entrevista ele comenta história deste instrumento dele. Estava parado num apartamento, na beira da praia em Montevideo. Ficou 25 anos parado, sem ninguém tocá-lo.

Enfim, é um basseto romeno de 1690!!!

Nossa ...o cara é um mestre...não o conhecia...valeu pelo tópico Ivanov...excelente...

É rapaz, morria e não sabia deste monstro!!!
Belo post!!

Já estudei com o Masciadri, como ele mesmo diz, "não toco muito afinado, mas ninguem no brasil tem o som que eu tenho."

O que tu acha dessa afirmação dele?

Olha bicho, realmente o diferencial do Masciadri é o som dele. A afinação não é o ponto forte dele, pode ver pelos vídeos que você mesmo postou. Mas vamos lá cada instrumentista tem um foco, as vezes temos que deixar algumas coisas de lado em favor de outras. Isso quando se fala de nós pobre mortais. Daí entram os gênios que tem todos os pontos fortes. Sou grande fan do Masciadri, e admiro muito os pontos fortes dele.

legal. PErguntei pq não tenho experiencia com o instrumento para julgar isso. Como foi os estudos com ele? O que vc procurava? O que vc evoluiu?

Estudei com ele no Femusc. Eu não deveria estar lá, tinha muitos problemas básicos que me impediram de aproveitar as aulas com ele. Fiquei resolvendo problemas que nem deveriam existir. Mas como comecei a tocar sozinho tinha muitos vícios, principalmente na mão do arco. Na época eu tocava arco francês então ficava horas tentando arrumar uma pegada que fosse confortável. Eu procurava tudo que eu não deveria. Tentava tocar solos enquanto deveria estar trabalhando escalas e exercícios simples. Sinceramente na época foi muito ruim, pois eu estava no meio de grandes baixistas e me senti muito desconfortável tocando no meio deles. foi uma experiência meio ruim. Então não tenho muito o que falar sobre as aulas que tive com ele.

É nessas horas que aprendemos a ser humildes. Porém, devemos ter o mínimo de maturidade para que esta humildade seja sincera e verdadeira.

Muitas lições tiramos qdo estamos perto de gigantes.

Aprendi que eu tenho que estudar bastante pois tem muito gente boa tocando contrabaixo por ai!

Essa é uma sensação que não devemos nunca perder, independente da área que atuamos.
Na minha área profissional, poxa, sempre me sinto um m****, com muita coisa para aprender.

Video que fiz com o celular para ilustrar a noite. Uma pena não ter levado minhas câmeras oficiais!

Viu como a afinação dele é bem ruim. Mas ele tem muita música ai. Sem contar que a Tarantella do Bottesini é muito difícil.
Eu sou um baixista que hoje em dia valoriza muito afinação. Eu por exemplo nunca faria essa apresentação. Ele não está preparado então afinação saiu bem ruim. Não quero julgar também.