Transformando em Fretless - Evolução da técnica anterior

ClaudioBass escreveu:

pluís escreveu:
Também fiz um Condor que comprei essa semana pra isso.

Sei... e cadê as fotos?

Você sabe que o lema do Fórum é: "Sem fotos, sem baixo"

Demorei a voltar ao tópico. rs

Mas como dizem "antes tarde do que mais tarde" rs Segue fotos (é o garoto do avatar):

Antes:



Durante:



Depois:




Que venham muitos baixos assim a partir desse tópico rs

Valeu Claudio pelo tutorial.  

lindao!

Agora sim, parabéns, ficou bacana

Muito bom!

Esse garoto está "ameaçado" a perder os dentes também

gpraxedes,

Todos da série Yamaha que vi principalmente os BB parece que foram feitos pra ficarem banguelas rs


Edit:

Caso deixe-o e depois resolver vender me avise por MP ou facebook.

Eita! Assim meu coração roleiro não resiste, inbox


O "inbox" foi brincadeira, por enquanto

então. Depois de muito ler, ouvir a respeito, e finalmente tomar coragem, arranquei os trastes do meu ÚNICO baixo

(a real é que eu já tinha brincado bastante de fretless com uma guitarra velha, e sabia o que esperar mais ou menos). Aí peguei meu Tagima T66 novinho e meti a faca nele. Tirando alguns pequenos lascados no verniz (escala clara), sucesso.

o som? Animal! Não vou mentir e estava tocando baixo com palheta, pq não gostava do som com os dedos. Agora fretless não gosto do som da palheta (e imagino que o som com os dedos só melhore com um up da captção - que não vou fazer agora).

porém, tenho uma dúvida: ainda vou pesquisar sobre a regulagem (se for similar a guitarra fretless, tem que ser ação bem baixa, e agora está alta pra caramba), mas independente disso, sinto que a G precisa de um pouco a mais de pressão do dedo pra soar bem nítida. É normal isso, ou eu que toco as outras com pouca pressão e os trastes disfarçavam?

de resto, é triste perceber como minhas músicas "certas" ficam ruins no fretless. Não dá pra vir com a mão toda torta e achar que vai sair a nota certa

A ação da corda G deve estar realmente alta e aí o som não tem sustain. Num fretless você pode diminuir a ação das cordas até o limite e aproximar mais os captadores das cordas, sem exagero, ou mesmo procurando as referências da Fender, por exemplo pra ter parâmetros de distância em mm.
Lembre-se de ajustar as oitavas.

então, já baixei bastante as cordas (acho que dava pra baixar mais, mas aí vai precisar de um shim no braço). Um pouco vi que é a técnica (ou falta de).

qual a ação que vc usam? Vi opiniões conflitantes na internet. Tem gente que fala pra deixar alto, e gente que fala pra deixar beeem baixo (tipo espessura de um cartão de visita na corda mais fina).

Vamos lá! Como curti o resultado, estou fazendo direito, e vou documentar para quem quer fazer também.

Lembrando que não sou luthier (já fiz uma guitarra ou duas quando morava em casa, mas nada excepcional), mas li bastante e estraguei muita madeira, então sei mais ou menos o que estou fazendo.



braço sem trastes. Dessa etapa, eu peguei uma lixa 60, e lixei até tirar todo o verniz. p#$% trampo. Aparentemente os chinas que fizeram a guitarra nivelaram a escala no verniz. Logo que começei a lixar já vi uns pontos mais baixos no meio da escala (e não era de back bow, eram em pontos aleatórios em vários locais do braço). Pra lixar, usar um bloco de madeira, ou qq coisa dura e reta. Demora uma eternidade pra fazer, mas tem que ter paciência pra fazer direito.



aqui já lixado. Dá pra ver a diferença absurda de cor que ficou. Como eu não faço a menor questão dessas cores "vintage", por mim eu metia lixa em tudo, mas pelo trabalho que vai dar, deixa assim. Vou dar uma maqueada de leve pra ficar menos absurda a diferença e vamos que vamos.



aqui eu apliquei umas 3 mãos de corante laranja, bem diluído em alcool. Eu não tenho pretensão nenhuma de deixar a cor parecida. Só menos gritante a diferença. Quando for comprar o super bonder vou comprar um corante marrom pra dar uma escurecida de leve.

para tampar os slots, vou na dica do pessoal aqui, e já interceptei um pote de sorvete branco que tava dando mole na cozinha.

vou postando aos poucos pq vai demorar. Para acabamento, vou fazer algo que vi na internet e parece bem bom, mas só vou falar quando estiver pronto. É um projeto demorado, então aguardem cenas dos próximos capítulos.

/\

Legal. Acho sensacional a questão da escala "clara" para fretless.

O timbre me agrada muito. Estou atualmente no meu segundo fretless (sim! rs) e todos dois foram escala escura,sendo que o último já o peguei transformado.

Poste mais novidades sobre o processo. Irá usar o ebonol?

ebonol? Não vi nada a respeito. Não é uma escala escura sintética que usam nos fretless modernos?

estou fazendo isso aqui que achei bem bacana:



já havia usado CA para consertar uma quebra num corpo, e funcionou bem. Mas como a escala ficou bem áspera, tá bem mais difícil que a do vídeo do cara Passei várias camadas, e tá começando a aparecer um brilho. Amanhã de manhã vou lixar de leve com lixa dagua 380, e continuar aplicando camadas. Na quinta de manhã eu vou atacar com a 600. Aí imagino que já vai dar pra polir.

/\

Perdão!

Eu queria dizer epoxy  e saiu ebonol (que estava com ele na cabeça rs)

Ai está finalizado, era um rbx 360 com um captador split coil no braço, um single coil na ponte, eu tirei os trastes coloquei um humbucker e desenhei um escudo para tapar buracos, uns botões vintagr e ficou isso aí:

curti. Bonito e diferente!

rui, q linha de baixo é aquela de 130 bpm?

fheliojr escreveu:rui, q linha de baixo é aquela de 130 bpm?

Power dos Fields of the Nephilim

Boa noite pessoal,

Queria saber se alguém já tentou fazer o procedimento inverso.

Retirar a massa de madeira e recolocar trastes novos.

Abraço

^ Basta refazer os sulcos dos trastes e re-entrastar...

Olá galera!

Após trocar a escala do meu baixo por uma toda lisa, hoje vou criar coragem e fazer polimento com super bonder, ví vários vídeos na net, o resultado é muito bonito, não sei se vou conseguir, mas vou arriscar, depois de pronto posto aqui.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:^ Basta refazer os sulcos dos trastes e re-entrastar...

Como fazer isso com os filetes de pvc no canto?? Dah mto trabalho??

Já já meu velho Shelter vai ficar sem trastes também.

SMR escreveu:

Mauricio Luiz Bertola escreveu:^ Basta refazer os sulcos dos trastes e re-entrastar...

Como fazer isso com os filetes de pvc no canto?? Dah mto trabalho??

Mais ou menos o mesmo trabalho que com massa...

Desenterrando o tópico... Dei uma busca no fórum mas não achei exatamente o que queria... Emfim...

Peguei um Tagima memphis tb540 que tava parado e tirei os trastes... É o quarto baixo que faço isso, mas estou passando alguns problemas para fazer a regulagem, as cordas estão altas e com pouquíssimo sustain, mesmo ajustando o tensor e baixando os carrinhos as notam morrem quase instantaneamente em alguns pontos do braço ou "trastejam" muito...

A minha dúvida é quanto ao nivelamento da escala, no meu entendimento ela provavelmente está torta em algum lugar.. Como poderia ser feito esse nivelamento? É obrigatório ser feito com taco de raiar escala?
Tenho um tubo retificado de 60cm que uso para retificar e nivelar trastes... Poderia usar esse tubo?

Diegobass escreveu:Desenterrando o tópico... Dei uma busca no fórum mas não achei exatamente o que queria... Emfim...

Peguei um Tagima memphis tb540 que tava parado e tirei os trastes... É o quarto baixo que faço isso, mas estou passando alguns problemas para fazer a regulagem, as cordas estão altas e com pouquíssimo sustain, mesmo ajustando o tensor e baixando os carrinhos as notam morrem quase instantaneamente em alguns pontos do braço ou "trastejam" muito...

A minha dúvida é quanto ao nivelamento da escala, no meu entendimento ela provavelmente está torta em algum lugar.. Como poderia ser feito esse nivelamento? É obrigatório ser feito com taco de raiar escala?
Tenho um tubo retificado de 60cm que uso para retificar e nivelar trastes... Poderia usar esse tubo?

como a regulagem de altura das cordas nao é feita pela referencia dos trastes, a escala do fretless deve estar perfeitamente nivelada para um bom ajuste. de preferencia, o taco de raiar bem manuseado vai fazer o servico com mais qualidade e eficácia.

Entendi... Tem ideia de qual taco dr raiar posso utilizar? Não tenho nenhuma ferramenta para verificar qual é o raio da escala e no site da tagima não há essa informação...

Bem, senhores! Chegou a minha vez!
Meses atrás um amigo estava de mudança e me "vendeu" um Memphis by Tagima MB540 por R$200.
Eu não queria, mas ele ia deixar comigo de um jeito ou de outro. Então foi justo dar essa oferta




Minha primeira ideia: será cobaia das minhas aventuras na luthieria. A missão era transformar em fretless.  

Depois de alguns meses enrolando e criando coragem, essa semana resolvi colocar a mão na passa. Assisti muitos vídeos no Youtube e li todo esse tópico aqui antes de começar os trabalhos. No final irei postar todos os vídeos que me ajudaram muito!

Infelizmente não tirei foto de todas as etapas.

Vamos aos passos:

1. Usei um ferro de solda para esquentar os trastes e fui extraindo eles com a ajuda de um alicate de bico. Tentei retirar os primeiros sem esquentar e tive muita dificuldade. Uma dica do forum que apliquei: antes de tirar os trastes eu hidratei a escala com óleo de limão (Dunlop 65).

2. Desparafusei o braço do baixo e usei uma serra manual nova (daquelas amarelas) para dar uma limpeza nas fendas dos trastes e tirar aquela cola/pó de madeira usada pra tapar a lateral das fendas.



3. Para preenchimento eu usei uma folha de madeira escura retirada de uma cômoda velha kkkkkk  
Era um móvel antigo e o acabamento era feito com folhas de madeira, e não com adesivos como os móveis de hoje. E não foi vandalismo pq ele já está todo quebrado e usamos pra guardar ferramentas.

4. Para colar as madeirinhas usei super bonder mesmo. O resultado foi esse:




5. No dia seguinte comecei a cortas as sobras de madeira com um estilete e finalizei com um formão que comprei por R$9 na Amazon só pra essa aventura. Com MUITO cuidado, usei o formão para retirar quase toda a madeira que ficou exposta na escala.

6. Aproveitei para desmontar as tarraxas para evitar que pó de madeira entrasse em alguma delas. Uma dica: marque quais tarraxas ficam pra cima e quais ficam para baixo para facilitar na hora da montagem.

7. A partir daqui, HAJA BRAÇO! Iniciei com uma lixa 80 até tirar todas as pontas e marcas de cola visíveis. Depois fui graduando para as lixas 120, 300 e finalizei com a 400. Usei um toco de madeira para guiar a lixa e infelizmente não consegui um taco de raiar. No vídeo do Tiguez dá pra entender como fazer:




8. Infelizmente algumas gotas de cola acabaram vazando para a parte de trás do braço e nesse momento aproveitei para também lixar essa cola. Para não ficar diferente, lixei toda traseira do braço por igual.

9. Depois de lixar todo o braço, dei uma limpeza geral com pano seco e pincel.

10. Hidratei a escala novamente e apliquei cera com carnaúba na parte traseira do braço.




11. Fiz a montagem das tarraxas e parafusei braço no lugar.

12. No olhômetro vi que precisaria abaixar o nut cerca de 1mm. Usei uma caneta hidrocor para marcar o 1mm e usei a lixar 80 para desbastar essa quantidade.

13. Por fim foi só voltar com as cordas, afinar e colocar o baixo pra chorar.

Estou super satisfeito com o resultado! Foi minha primeira aventura mexendo com formão, lixamento de madeira e etc. Valeu muito a experiência!  
Obs.: fui querer ser bonitão colocando madeira escura e agora to apanhando sem as fret lines!





Próximos passos:
a. Aprender a tocar afinado!  
b. Blindar o as cavidades da elétrica e captadores (esperando a fita de cobre chegar)
c. Acertar a elétrica: não sei se é normal nesse baixo, mas é como se os 2 pots de tone estivessem em série. Se eu fechar o captador do braço e fechar qualquer um dos tones, o outro tone perde totalmente a ação.    O baixo é passivo!
d. Colocar cordas half wound (sem tempo $$$$$$ por enquanto)
e. Quero personalizar o headstock e tirar o Memphis dali. Aparentemente colaram uma etiqueta da Memphis e depois aplicaram um verniz por cima... Mas sem grilo por enquanto.


Vídeos de referência:







É isso! Obrigado, pessoal!

Que bacana. Eu ia falar isso de que ia sumir quase as marcas mas ficou bonitão.
Grava algo com ele pra gente poder ouvir.

Tudo é valido por 200 conto

Fernando Zadá escreveu:Grava algo com ele pra gente poder ouvir.

Pluguei aqui na interface e fiz umas firulas. No Reaper eu só usei um simulador de cab e um reverb de leve.
Vamos lá, gente... é meu primeiro fretless e antes dele eu só havia tocado rapidamente em fretless nas lojas. Perdoem todos os vacilos, tropeços, vergonhas e afins.  

Sonzeira Patrick , comentei lá no YT , ficou ótimo o timbre desse baixo , mandou bem brother....

Pô sonzão lindo.
Agora é só se divertir e ir se acostumando com ele.

É impressão ou as cordas estão mais altas que o normal?

Cantão escreveu:Sonzeira Patrick , comentei lá no YT , ficou ótimo o timbre desse baixo , mandou bem brother....

Obrigado, Cantão!

Fernando Zadá escreveu:Pô sonzão lindo.
Agora é só se divertir e ir se acostumando com ele.

Pois é! Tenho praticado todos os dias pra acostumar logo!

Juninho Sampaio escreveu:É impressão ou as cordas estão mais altas que o normal?

Li em alguns locais que as cordas no fretless costumam ser bem baixas, mas eu não tenho a experiência prática para saber o quão baixas deveriam ser.
Eu abaixei o nut e a ponte até a tocabilidade ficar confortável pra mim, mas pode ser que ainda esteja mais alto do que deveria.

patrickqueres escreveu:...Eu abaixei o nut e a ponte até a tocabilidade ficar confortável pra mim, mas pode ser que ainda esteja mais alto do que deveria.

Ué, é para ser assim mesmo.

Como eu costumo tocar com as cordas atrás do braço de tão baixas, quando eu observo alguém tocando e vejo elas descendo, sinto que está alta pra mim.

^ Rpz, eu brincava com um guitarrista conhecido meu q a ação de que ele gostava era atrás dos trastes.

fheliojr escreveu:^ Rpz, eu brincava com um guitarrista conhecido meu q a ação de que ele gostava era atrás dos trastes.

Vou até tentar postar um vídeo hoje e você vai perceber.

Ação baixa demais pode ser um pesadelo.
Uma das minhas frustrações foi não ter conseguido testar um Xotic do Adalberto num encontro porque as cordas estavam coladas no braço a ponto de eu não conseguir tirar nenhum um som dele.
Aqui em Sampa ficou conhecido como regulagem touch screen

Não é todo mundo que toca assim não. Principalmente que tem a pegada muito forte.
A minha é bem leve e pelo fato de tocar por longos períodos precisa ser extremamente baixas, lambendo os trastes e fazendo aquele ZIGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG