Escalas, Arpejos, Modos e Campo Harmônicos

Fernando Zadá escreveu:Eu ensino o campo harmônico a partir do conhecimento dos intervalos e da escala maior e menor.
Se pegar a escala maior (ou qualquer outra que deseje) e empilhar terças a partir de cada nota da escala você tem o campo harmônico e os respectivos modos [...]

Aprendia tocar guitarra, depois migrei para o baixo. Na guitarra aprendi a usar os modos assimilando muito mais o desenho que a "teoria" por trás deles, empilhando as terças. Quando migrei para o baixo continuei trabalhando da mesma maneira e me virei bem por anos.

Certo tempo simpatizei com o teclado. Quando comecei a praticar e tentar transpor o que já sabia para as teclas percebi que era um aprendizado deficitário, pois funcionava bem com os shapes possíveis na guitarra, baixo e violão. Sofri um bocado pois sabia o shape da escala mas não pensava sobre seus graus, onde estavam as terças, sétimas. E que dizer dos acordes!!! Cadê as pestanas que poderiam ser executadas em qualquer tom com o mesmo desenho? O primeiro Si Bemol do teclado a gente nunca esquece!

Foi tenso! Tomei um choque! Depois disso passei a analisar o contexto. Tanto que hoje em dia, aderi a um auto-indicador que no meu caso considero válido:

Só sei de fato algo se consigo explicar com clareza, caso contrário é mera síntese. Aplico isso a tudo.

cardozo escreveu:Não vi nada melhor na internet do que isto:

http://www.descomplicandoamusica.com/

É quase um "Teoria for dummies". E é sensacional.

Peter

boa.
este material é confiável, mesmo, né? ultimamente, tenho procurado me aprofundar em teoria musical.

Percebo que tocando em tonalidades menores acabo muitas vezes improvisando no modo eólio e as vezes não consigo escapar muito dali, e isto acaba as vezes capando um pouco a criatividade, geralmente a alternativa mais fácil para mim e pegar carona com a cabeça da nota seguinte ou fazer alguma subida/descida rápida de escala. Alguma outra ideia de como sobressair e conseguir criar algo mais variado?

arturbmallmann escreveu:Alguma outra ideia de como sobressair e conseguir criar algo mais variado?

Pense em frases, nao em escalas.

Henri-Q escreveu:
Sofri um bocado pois sabia o shape da escala mas não pensava sobre seus graus, onde estavam as terças, sétimas. E que dizer dos acordes!!! Cadê as pestanas que poderiam ser executadas em qualquer tom com o mesmo desenho? O primeiro Si Bemol do teclado a gente nunca esquece!

Foi tenso! Tomei um choque! Depois disso passei a analisar o contexto. Tanto que hoje em dia, aderi a um auto-indicador que no meu caso considero válido:

Só sei de fato algo se consigo explicar com clareza, caso contrário é mera síntese. Aplico isso a tudo.

Muito bem colocado, tbm comecei a assimilar as coisas desta forma quando me pus a aprender o teclado, de certa forma ele te força a entender a mecânica das notas e é muito válido para aprimorar os conhecimentos teóricos. Na minha concepção evolui muito por causa disto.[/quote]

allexcosta escreveu:

arturbmallmann escreveu:Alguma outra ideia de como sobressair e conseguir criar algo mais variado?

Pense em frases, nao em escalas.

Desculpe, tenho a mente um pouco sistemática e continua, frases vc quer dizer melodias? se sim, entendo o ponto.

arturbmallmann escreveu:Percebo que tocando em tonalidades menores acabo muitas vezes improvisando no modo eólio e as vezes não consigo escapar muito dali, e isto acaba as vezes capando um pouco a criatividade, geralmente a alternativa mais fácil para mim e pegar carona com a cabeça da nota seguinte ou fazer alguma subida/descida rápida de escala. Alguma outra ideia de como sobressair e conseguir criar algo mais variado?

Uma boa saída nessas horas é trabalhar com as relativas ou com pentatônicas.
Trabalhando com as relativas você passa a ter diversas escalas para improvisar, sem ter que apenas subir e descer rápidamente a escala.
Só que para fazer isso você terá de conhecer muito bem cada escala, de preferência sem shapes, mas os intervalos.
Se a tonalidade da música é Am por exemplo, nada te impede de improvisar sobre C jônico. Inclusive você pode continuar improvisando fazendo uma espécie de cadeia. C jônico, D dórico, E frígio e por ai vai, mas tenta evitar apenas subir e descer as escalas. Audivelmente fica tedioso, pelo menos aos meus ouvidos. Talvez isso sirva mais para as pentatônicas, que ficam legais de frente para trás, de trás para frente, do meio para o fim, e do fim para o meio.

Sim, o esquema da cadeia já fiz algumas vezes, mas requer um pouco de cuidado para não soar dissonante, a não ser que queiramos

arturbmallmann escreveu:Desculpe, tenho a mente um pouco sistemática e continua, frases vc quer dizer melodias? se sim, entendo o ponto.

Sim, melodias...

Escute as harmonias e crie frases na mente, depois cante e so entao tire no instrumento. Solos e fraseados nao devem soar como estudos e escalas.

arturbmallmann escreveu:Sim, o esquema da cadeia já fiz algumas vezes, mas requer um pouco de cuidado para não soar dissonante, a não ser que queiramos  

Fato. As mais usadas geralmente são Jônico e Eolío. Eu uso bastante Frígio também nas minhas frases, o que cria um certo charme em certos momentos, e o Lídio também. Logicamente não dá para abusar muito mesmo, senão fica dissonante demais, principalmente se a pessoa usa Lócrio, que sempre parece que "falta" algo, ou Mixolídio, que parece algo "programado". Improvisar sobre escalas menores melódicas também conferem um certo charme nas frases, gosto muito de fazer isso.

Ola pessoal! meu nome e Jonatan Sillis e sou novo aqui no Fórum. espero poder compartilhar boas informações com Vocês e Vocês comigo. sou Professor de contrabaixo e ja que o assunto se trata de Modos e arpejos, gostaria de compartilhar um video meu com Vocês. nesse trecho faço o encadeamento de arpejos dentro de uma harmonia em emprestimo modal. espero que gostem.