Acompanhar musica pelo tom

Muitas vezes vejo a galera mais experiente q nem conhece uma determinada musica acompanhando só pelo tom.

Ex q eu ja vi acontecer:
Um baixista ta tocando com os amigos numa casa de praia, aí a galera começa a pedir uma musica q tem vareas notas, os outros integrantes da banda sabem a musica mas o baixista nunca nem escutou aí o guitarrista fala o tom da musica e começam a tocar, e aí mesmo sem saber quais são as notas específicas, só pelo tom e pelo ritmo o baixista começa a acompanhar, e voa lá, mesmo sem saber as notas a principio, ele faz um acompanhamento legal, e toca as notas certas...

Queria desvendar esse mistério, saber se é só com a esperiencia mesmo, se tem algum macete, ou alguma coisa especifica pra estudar q se consiga esses resultados.

Estude sobre escalas, aprenda suas sonoridades e digitações, e treine bastante...

Escalas, campo harmônico, progressões harmônicas...
Experiência, ouvido, feeling...
Creio eu.

Escalas e campo harmônico, basicamente. Cadências também.

Penso na Música como uma língua... e ninguém aprende primeiro gramática... a primeira coisa que aprendemos é a falar, entender as palavras e se comunicar... mesmo sem saber o que é uma oração coordenada sindética adversativa...

Ouvir é o principal exercício do Músico... ouça muita música...
Ligue o rádio e plugue o Baixo... sem saber o que vai tocar...

Dê uma lida nesse link... ele ajuda um pouco...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tonalidade

progressões é um bom caminho.

nukebass escreveu:Penso na Música como uma língua... e ninguém aprende primeiro gramática... a primeira coisa que aprendemos é a falar, entender as palavras e se comunicar... mesmo sem saber o que é uma oração coordenada sindética adversativa...

Ouvir é o principal exercício do Músico... ouça muita música...
Ligue o rádio e plugue o Baixo... sem saber o que vai tocar...

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nukebass escreveu:
Penso na Música como uma língua... e ninguém aprende primeiro gramática... a primeira coisa que aprendemos é a falar, entender as palavras e se comunicar... mesmo sem saber o que é uma oração coordenada sindética adversativa...

Ouvir é o principal exercício do Músico... ouça muita música...
Ligue o rádio e plugue o Baixo... sem saber o que vai tocar...

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Vá tocando tudo que achar, com todos que encontrar e um dia fica óbvio...

Rapaz, isso se chama Percepção Musical. Qualquer escola de música em nível básico possui essa matéria. Nesta disciplina você vai, basicamente, começar a memorizar o som dos intervalos a partir do solfejo.

Estudando dois semestres dessa disciplina você poderá começar a se virar muito bem quando não conhecer a música.

Além do mais, certos movimentos começam a ficar óbvios ao ouvido, como: II-V-I ; I-VI-II-V...

Então é basicamente prática da teoria + experiencia
Beleza!
Quem puder dar mais dicas eu agadeço, ou até citar topicos de estudo numa ordem de aprendizagem.

Concordando com tudo que foi dito, vou também tentar clarear as coisas pro amigo...

Isso aí se chama transposição. Pegar algo que vc toca em um tom (tonalidade) e executar em outro. Vc mantém as mesmas relações (distancias entre as notas), mudando o ponto de partida inicial.

Vc tendo muitas músicas mapeadas dessa forma na cabeça (mentalmente/auditivamente), fica fácil executar esse "caminho" começando em outra nota.

O conceito é mais simples do que se imagina. A aplicação se desenvolve com o que os amigos já disseram aí. Antes de conseguir tocar determinada música em vários tons, vale a pena aprender várias músicas no tom que for.

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Me confundi agora, entendi oq vc disse do ponto de vista de intervalos, ou seja, vareas musicas podem ser tocadas sem ser no tom original, desde que sejam os mesmos intervalos, blz.

Mas no caso eu ja vou saber o tom da musica, porem provavelmente não vou conhecer a musica aí a única informação q vou ter pra me basear é o tom da musica, e os outros integrantes da banda tocando na hora.

Não entendi a relação q isso tem com a transposição q vc falou Sá, uma vez q ja vou saber o tom como disse acima.

Ah, desculpe, nao me dei conta que vc fala de músicas que o baixista nunca ouviu...

Aí é só experiência mesmo... Além de tudo que os amigos falaram (conhecimento, percepção, repertório) entra outro fator em jogo: malandragem hehehe

É isso mesmo..ouça música,toque muitas músicas... De cara... Play e toque,sem saber tom nem nada...
Vai rolar..
Tenho um amigo q toca tudo...E nem sabe o a diferença de um acorde menor p o maior... MAs toca, e bem!

sei lá.. eu sempre me baseio da seguinte forma... o cara me passa o tom.. ja vem na cabeça quais sustenidos e quais notas são menores.. semi-diminuta e as tetrates...

o problema é achar a sequencia... mas geralmente é I-VI-II-V ou algo parecido..

basicamente.. é ouvir tudo

Isso é de cada um.
Veja que vários aqui tem dicas de como tocar a música junto com a banda sem nunca antes tê-la escutado.

Eu penso no seguinte: a frase da música que irei tocar junto com a banda é alegre ou triste?
Se for alegre é maior, se for triste é menor.
(nem sempre isso é verdade, mas quase sempre é).

Dai pergunto o tom para o pessoal da banda (ou descubro de ouvido).

Se for maior sei que a terça é diferente que a menor (e já fica na minha cabeça o "desenho" das notas maior e menor da escala no braço do baixo).
São essas notas que devem aparecer na sequência.

E dai aos poucos você já vai sentindo qual a próxima nota que você terá que tocar.

Essa idéia de tocar junto com uma rádio que só toca música, sem saber o que vai pintar é ótima.

No começo você vai só fazer barulho, depois de um tempo você começa a achar o tom da música.

Depois de outro tempo você começará a perceber a sequência de acordes e finalmente passará a fazer isso naturalmente.

Vai na manha, sem se desesperar.
Até achar a sua própria forma de tocar junto com a banda.

Sei de gente que compõe frases lindas de baixo no sentimento e só depois vai fazer as contas se essas frases estão ou não na escala da música, por exemplo.

O que me salva nisso é o Feeling e também a quantidade de vezes que já errei antes de conseguir acertar!

Eu já to acostumado com isso, o cara dá a tônica "e que Deus te ajude" hehe. Em música gaúcha acontece muito isso. Tem um negócio que por aqui se chama "primeira, segunda e terceira". Ex.: O "gaiteiro" fala G, automaticamente se sabe que G é a primeira, D é a segunda e C a terceira.
Isso funciona com todas as notas. Se a tonica for C primeira C, segunda G, terceira F.....
Muitas músicas seguem essas sequências com algumas variantes previsíveis, como uma nota em sétima ou terça. Um exemplo classico é o Blues.

Experimenta entrar pro mundo dos Bailes...
O cabra aprende nem que seja na marra...

^isso aconteceu comigo...

Eu tocava numa banda de Forró, e a gente pegou uma noite de 3 horas de som pra fazer, tendo material pra 15 minutos... Acho que eu tinha uns 21, 22 anos na época.

Como o cantor e o sanfoneiro sabíam um monte de músicas, eles foram puxando e eu e o guitarra fomos seguindo... Não só vai na marra, mas a alegria depois por ter conseguido é indescritível hehehe

Esse tipo de situação acontece muito em gigs sem ensaio (odeio isso), mas essa foi uma das primeiras e marcou

Também já passei muito por isso, o projeto das Cantoras do Rádio foi todo assim, conhecia o artista momentos antes de entrar no palco, tinha só uma lista com os nomes das músicas e *as vezes* tinha o tom.

Até hoje rolam uns subs em gigs que você mal acaba de conhecer os nêgos e 15 minutos depois já está tocando com eles.... mas quando rola de ser instrumental, eu acho mais fácil, tudo soa como "improviso"

É o famoso arranjo "aconteça o q acontecer..Sorria!"

É isso aí, muita malandragem e muita estrada de baile, de sair tocando sem parar. Fundamental pensar nas funções das notas e suas relações, senão cada tom vira um universo quando na verdade acontece igual a qualquer outro tom.

E quando o cantor pede um tom e entra no outro? E quando o canário muda o tom no meio da música?! Já vi acontecer! Tem que ter é muita malandragem mesmo.

Quando o canário pede um tom e entra em outro fica feio pra ele, não é só o baixo que vai ficar fora, é a banda toda.

^ Passei situação com a Emilinha Borba, da banda entrar tocando uma música, e do nada ela começar a cantar outra que não tinha nada a ver, nem o tom.... isso ao vivo na cara de 2 mil pessoas!

Tem o episódio clássico do Nelson Gonçalves, o maestro contou, a orquestra tocou a introdução de uma e ele entra cantando outra.

Ambos seguiram até o final.

Concordo com tudo que a galera falou, mas também vejo acontecer muito o fator bullshit... o camarada que se diz o senhor ouvido e quando toca de orelhada, ta sempre pra tras do resto da banda. Ta certo que dependendo do repertório vc tem uma mesma progressão rolando um monte de vezes. Mas acompanhar uma música com mais coisa sem conhecê-la, vi pouca gente fazer BEM.

Exatamente.

Hehe, gigs sem ensaio, sem conhecer ninguém... a famigerada gig "cabeça-de-porco"

O cabra fica catando nota... quando acha o tom, a música acaba... huahuaha! Ô vidaloka essa

Quando era bem novo, fui fazer um sub numa orquestra de baile sem nem saber o que se tratava... Uns músicos mais experientes com quem tocava sabíam que pra eu aprender tinha que cair na fogueira, rolou a oportunidade e lá fui eu

Tomei muito na cabeça esse dia, e o guitarrista, um coroa de uns 50 anos, qdo viu que eu tava apanhando, começou a re-harmonizar tudo com 50 acordes por compasso hehehe

Eu olhava pra ele e ele nem aí, só escondia o braço da guitarra de vez em quando kkkkkk

nukebass escreveu:Hehe, gigs sem ensaio, sem conhecer ninguém... a famigerada gig "cabeça-de-porco"

O cabra fica catando nota... quando acha o tom, a música acaba... huahuaha! Ô vidaloka essa

pior é um cara que toquei.. nosso repertorio tinha umas 10 ~ 15 músicas gospel..

começamos a tocar em vários lugares.. eles simplesmente falou que a gente devia ouvir a rádio gospel toda hora.. e ele chegava no culto.. e puxava as musicas.. falava o tom.. e mandava se virar...

guntei isso 1 ano... pelo menos minhas cadencias ficaram boas =p

Sá Reston escreveu:^isso aconteceu comigo...

Eu tocava numa banda de Forró, e a gente pegou uma noite de 3 horas de som pra fazer, tendo material pra 15 minutos... Acho que eu tinha uns 21, 22 anos na época.

Como o cantor e o sanfoneiro sabíam um monte de músicas, eles foram puxando e eu e o guitarra fomos seguindo... Não só vai na marra, mas a alegria depois por ter conseguido é indescritível hehehe

Esse tipo de situação acontece muito em gigs sem ensaio (odeio isso), mas essa foi uma das primeiras e marcou

Comigo foi esse mesmo esquema, tava em casa dormindo, aí um amigo me ligou, chamando pra ir tocar num aninversario.

eu disse: "Massa, vou sim, quando é?"
ele disse: "É agora!"

Quando cheguei ele e o guitarrista q ja tocavam juntos sabiam uma ruma de musicas, aí ficavam puxando as musicas q eu não sabia e me dando o tom.

A Gig Cabeça de Porco

Pra mim isso me ajudou bastante, pois nas igrejas aonde toco sempre tem alguém que vai cantar e temos que nos virar pra entender a melodia e achar o tom da criatura que ta cantando rsrs. Isso pra mim é muito divertido.

Hoje peguei uma "mão" dessas, só quero ver o que dá.
O cara veio me convidando pra tocar, quando eu disse sim, ele disse que é pra essa sexta e me deu um pen drive com 50 musicas pra tirar até lá.
Isso não vai dar boa coisa, mas vai a ferro

Tentei fazer o acompanhamento ouvindo musicas aleatorias, segundo a dica dos amigos, só q quando me dei conta estava tocando de acordo com o baixo da musica original q eu tava ouvindo na hora...
Só q numa situação real eu vou ouvir só a batera e a guitarra...

nukebass escreveu:Hehe, gigs sem ensaio, sem conhecer ninguém... a famigerada gig "cabeça-de-porco"

O cabra fica catando nota... quando acha o tom, a música acaba... huahuaha! Ô vidaloka essa

Muito bom este tópico!

E eu que pensava que isso só acontecia comigo. Se os feras também passam por isso, a partir de agora vou desencanar de um monte de "trauma".

maquiro escreveu:

nukebass escreveu:Hehe, gigs sem ensaio, sem conhecer ninguém... a famigerada gig "cabeça-de-porco"
O cabra fica catando nota... quando acha o tom, a música acaba... huahuaha! Ô vidaloka essa

Muito bom este tópico!

E eu que pensava que isso só acontecia comigo. Se os feras também passam por isso, a partir de agora vou desencanar de um monte de "trauma".

Desencane mesmo Maquiro... Se você não conseguir se divertir na gig, então NÃO é uma boa gig... a tensão de não conhecer a música vira emoção quando você se vê tocando a mesma, "de ouvido". Aí você se livra daquele monte de partituras e cifras chatas que tem que carregar, além de "curtir" mais o som, pois o cérebro não vai estar ocupado lendo notas num papel... é onde a diversão começa

Tem uma história bacana que escutei do Arismar, que tava tocando com o Proveta, quebrando tudo, tudo fluindo e tal. Daí terminam a música, aquele momento de satisfação entre as músicas.... vira o Arismar pro Proveta e pergunta: -bicho, que música a gente tava tocando? No que o Proveta responde: -Não sei!

Aí é a malandragem. Os caras não catam mais, a música vai simplesmente fluindo.

Olha, sei que é difícil... eu mesmo ainda não sou seguro quando faço as cabeça-de-porco... Tenho que estudar MUITO ainda... mas isso é pra recuperar o tempo perdido que gastei estudando um monte de teoria que hoje não me serve de quase NADA.

O melhor estudo é usar o ouvido... a teoria é só pra botar num papel o que a gente já faz na prática...

Mayo Pamplona escreveu:Tem uma história bacana que escutei do Arismar, que tava tocando com o Proveta, quebrando tudo, tudo fluindo e tal. Daí terminam a música, aquele momento de satisfação entre as músicas.... vira o Arismar pro Proveta e pergunta: -bicho, que música a gente tava tocando? No que o Proveta responde: -Não sei!

nukebass escreveu: O melhor estudo é usar o ouvido... a teoria é só pra botar num papel o que a gente já faz na prática...

Cara, qualquer gig de sertanejo em qualquer lugar o mundo, por mais que tenha repertório fixo, show ensaiado e tals.. um dos cantores sempre... eu disse sempre!!!! vai puxar aquelas tranqueiras velhas do tempo que os parada dura era novidade no pedaço! Algumas já são manjadas.. agora outras tem que se virar nos 30 mesmo, e são nessas músicas que o baixo mais aparece porque sem VST fica tudo na "cara"..

Isso aí é normal, sempre vai acontecer... Qdo digo que nao gosto de gig sem ensaio, é pensando no respeito à música e ao público que paga pra assistir.

Agora, acontecendo, a gente vai, se arrisca e tenta se divertir hehe

^(+1)

Gig sem ensaio é um saco... é a típica cabeça-de-porco mesmo...
Tem que rolar um ensaio pra ao menos definir a estrutura da coisa...

Hora da passagem de som (se for rolar)
Tons e ordem das músicas
Cachê e assinatura de contrato
Conhecer os músicos

É legal você ter ouvido pra tocar sem cifragem... mas ficar pedido tom na hora, perguntando qual a próxima música, regulando microfonia, é um saco... O ensaio serve também para definir o básico da gig... mesmo que não dê pra passar as músicas todas, é bom ter o ensaio ao menos pra gente saber o nome do pessoal, rsrsrs!

Já tinha tentado desencanar com a catação de nota quando vi o vídeo do Victor Wooten (Groove Workshop - eu acho), onde ele fala que o importante não são as notas, mas o "groove", pois qualquer nota errada sempre estará, no máximo, a um semitom de uma nota "certa".

O problema é que quando sai a nota errada, bate aquela impressão de que você detonou a música.

Mas a dica é essa mesmo: tem de ser divertido, senão não compensa.

Eu conheci uma dupla sertaneja (dois irmãos) numa viagem, eles tocam nuns rodeios lá pros lados da cidade deles (perto de Presidente Prudente), e sempre vai bastante gente.

Aí de noite um dos irmãos catou o violão e o outro só ia dando o tom das músicas e os dois iam puxando, tocaram horas assim, só na brincadeira. O que eu achei mais impressionante é que o cara com o violão não fazia só o arroz com feijão, fazia uns acordes bem complicados, com muitas variações e ia brincando em cima deles. Às vezes alguém pedia uma música pra ele, ele cantava um pedaço pra achar o tom e já saia tocando como se tivesse ensaiado em casa a música. Tocando com uma alegria e com uma segurança, eu chegava a achar absurdo. E errava bem poucas vezes.

O cara ganhou meu respeito eterno depois disso.

Escalas, campo harmônico, progressões harmônicas...
Experiência, ouvido, feeling...
Creio eu. [2]

Assim como o Guilherme Lizardo, também toco Gospel, temos uma banda, e sou musica da igreja tb, aquele que segura a bronca como todos do conjunto, e acontece muito isso, a pessoa é chamada pra cantar, e do nada, ela chega e diz: vc conhece aquele hino assim...? se vc conhece tdo bem, senão, tem que dizer: conhecer não conheço não, mas canta la que eu me viro aqui...rsrsrs...nos shows muitas vezes pedem alguma musica que não está no repertório e bora la tb, se vira....acaba sendo muito bom, exercita os ouvidos e te da muita percepção musical. Por ter aprendido assim totalmente de ouvidos, hoje me viro bem nesses improvisos, claro que não fiquei só nisso também, procurei estudar um pouco sozinho mesmo, com videos aulas, ajuda desse forum, e assim vou ralando pra um dia ficar bom.
Mas respondendo a pergunta de origem do tópico.... a solução é escutar muita musica e como disse o amigo acima, pluga o baixo, liga o radio, e toca o que vier.
abraço a tdos